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Tecnologia

CES 2024: confira o que de melhor foi apresentado na feira de tecnologia

Redação Informe 360

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Nesta semana, tivemos a realização da CES 2024, em Las Vegas (EUA). O evento é o primeiro do ano no qual empresas trazem novidades tecnológicas e, muitas vezes, futuristas. O Olhar Digital marcou presença e registrou muitas novidades por lá.

Vale lembrar que o evento é uma previsão do que vem por aí no ano. Nesta reportagem, elencamos as novidades mais interessantes (e curiosas) que foram apresentadas na edição 2024. Confira:

Leia mais:

  • Como ganhar dinheiro com Pinterest?
  • Por que os preços de smartphones e tablets são tão altos no Brasil?
  • O touchpad bucal que permite mover o mouse com a língua

Carros voadores

Durante a CES 2024, vimos uma demonstração do supercarro voador XPENG AEROHT eVTOL. Nesse conceito, o veículo pode transitar facilmente do modo terrestre para o modo de voo.

Em 2022, a XPENG AEROHT realizou com sucesso voo de teste de protótipo pesando aproximadamente duas toneladas. A empresa diz que pode passar para a produção em massa assim que os cenários de política, regulamentação e aplicação relacionados ao setor se tornarem mais maduros.

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Já o carro voador modular ‘Land Aircraft Carrier’ estará disponível para pré-encomenda no quarto trimestre de 2024, com entrega para usuários individuais a partir do quarto trimestre de 2025. O veículo possui um design de duas partes. O módulo terrestre pode envolver a aeronave.

Nós conversamos com Tan Wang, cofundador da XPENG AEROHT. Ele disse que a aposta para o futuro é alta:

“Eu acho que os humanos são animais 3D. Mas o transporte continua em duas dimensões. No futuro, podemos ter 3 dimensões. Esse deve ser o futuro. Quando queremos esse desenvolvimento, podemos ter uma indústria totalmente nova. Por isso acho que terá um futuro brilhante”. 

A Hyundai também apresentou seu próprio modelo. Chamado de Supernal SA-2. Ele tem velocidade máxima de 193 km/h e altitude máxima de 457 m, com suposta autonomia de 40 km a 64 km.

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Veja os supercarros no vídeo abaixo:

Google: Android, Chromecast e Google Pixel

O Google foi um dos grandes da indústria tech que divulgou várias novidades. Entre elas, envolvendo o Android, acessórios Bluetooth, TVs, casa inteligente e até veículos.

  • No Android, a novidade ficou por conta da união dos serviços de compartilhamento de arquivos Nearby Share, do Google, e o Quick Share, da Samsung;
  • O Fast Pair, maneira rápida de encontrar e conectar dispositivos Android e Chromebook a acessórios Bluetooth, chegou ao Chromecast;
  • Vídeos do TikTok poderão ser transmitidos dos smartphones para o Chromecast (em breve, transmissões ao vivo também entrarão no bojo);
  • Mais dispositivos Chromecast, incluindo TVs da Hisense e da TCL;
  • Parceria com a LG que permitirá aos usuários continuar acompanhando seus conteúdos em vídeo em apps de streaming em TVs LG em quartos de hotel, sem precisar logar em cada app separadamente e lembrar de deslogar;
  • Donos de smartphones Google Pixel poderão transferir músicas para o Pixel Tablet quando ele estiver por perto;
  • Novos dispositivos equipados com a tecnologia Matter, incluindo TVs LG e dispositivos com Google TV e Android TV OS;
  • Android Auto em novos veículos elétricos e projetando informações do carro no Google Maps, como autonomia da bateria, entre outros recursos liberados para todos os tipos de automóveis.

Para conferir cada recurso lançado em detalhe, clique aqui.

TV transparente? A LG tem!

A LG trouxe o conceito de tela transparente com a TV translúcida na feira deste ano: a LG OLED Signature T.

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  • Atrás do painel transparente, há espécie de filme de contraste;
  • Basta apertar um botão no controle remoto para que ele seja acionado, fazendo com que a TV funcione como outros modelos com tela OLED;
  • Quando o filme fica abaixado, é possível enxergar o que está por trás da tela;
  • A TV possui ainda widgets personalizados que ocupam apenas a parte inferior da tela e executa interface personalizada do sistema operacional webOS.

Leia mais sobre ela aqui.

TV da LG é a primeira do mundo com tela transparente (Imagem: Divulgação/LG)

Samsung com tela transparente (mas não é uma TV!)

Mas não foi só a LG que trouxe o conceito de tela transparente para a CES 2024. A Samsung também entrou na onda com o primeiro display MicroLED transparente do mundo. Embora ainda seja um protótipo, o novo dispositivo chega para disputar espaço com a nova OLED Transparente da LG.

A multinacional sul-coreana de eletrônicos mostrou não um, mas três monitores microLED transparentes com designs diferentes — um deles com vidro colorido.

Também conhecida como mLED, as TVs com display MicroLED combinam o melhor do OLED e do LCD para aprimorar a qualidade de imagem em TVs e monitores.

A tecnologia, em desenvolvimento há anos, usa LEDs microscópicos e iluminação própria para formar a tela, gerando imagens com preto profundo, cores vívidas e brilho forte.

A sul-coreana também mostrou um pouco de seu investimento parrudo em IA com a apresentação do chip NQ8 AI Gen3 para Smart TVs. Vale lembrar que, na quarta-feira (17), a empresa fará seu clássico evento Galaxy Unpacked, onde deverá apresentar os novos Galaxy S24.

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Para saber mais sobre as apresentações da Samsung na CES 2024, clique aqui.

Imagem: Reprodução/YouTube/Samsung

Laptop dois em um da Lenovo

Laptops híbridos não são bem uma novidade no mercado, mas a Lenovo apresentou seu próprio modelo que vira um tablet: o Lenovo ThinkBook Plus 5 Hybrid Laptop. O dispositivo possui duas CPUs, dois sistemas operacionais e seis alto-falantes.

Ao separar as duas metades, é possível executá-las simultaneamente. Quando a tela está desconectada, ela opera como um tablet com Android 13. A parte inferior, chamada de Hybrid Station, pode ser conectada a um monitor para usar o Windows 11.

Para conferir todas as características e dados técnicos do lançamento, clique aqui.

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Imagem: Divulgação/Lenovo

Direção autônoma

A CES 2024, mostrou que inovações, como robotáxis e IA em automóveis, não pararam, mas é provável que um veículo que dirija sozinho não chegue tão cedo.

Ainda assim, especialistas divergem, com alguns defendendo que a tecnologia deve crescer já nos próximos anos.

Um carro que se dirige sozinho não foi apresentado. As inovações envolvem principalmente recursos de segurança. Grandes empresas e startups já apresentaram recursos de visão 3D, visão noturna e detecção de fadiga do condutor, por exemplo.

Um estudo da S&P Global Mobility diz que um carro que dirige completamente sozinho é possível, mas não antes de 2035.

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Para saber o que os especialistas pensam sobre a direção autônoma e compreender por qual razão ela não deu as caras na CES 2024, clique aqui.

Robô “walkie-talkie” com IA

O Rabbit R1 é um pequeno aparelho portátil que não quer substituir seu smartphone, mas quer mostrar uma maneira melhor de fazer as coisas. Ele é uma espécie de walkie-talkie com tela e inteligência artificial (IA). Basta segurar o botão, perguntar algo e esperar pela resposta.

O diferencial do software do R1 é o “modelo de ação grande”. Na prática, significa capacidade de interagir com aplicativos e serviços. Quando pedido para pesquisar voos, por exemplo, o R1 faz os cliques e toques que o usuário normalmente faria antes de ler os resultados. Ou seja, “faz o trabalho” para a pessoa – por US$ 199 (R$ 1 mil em conversão direta).

A ideia foi tão bem-aceita pelo mercado que, em um único dia de venda, já se esgotou.

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‘Companheiro de bolso’ com IA vende milhares de unidades em um dia
Imagem: Divulgação

Ferramenta de saúde multiúso

O Withings BeamO é um dispositivo que combina quatro instrumentos médicos em um único aparelho. Com o objetivo de facilitar a medição das principais funções vitais em casa, o BeamO é equipado com um termômetro, um estetoscópio, um oxímetro de pulso e um eletrocardiograma.

Essa combinação de funções permite aos usuários monitorar sua temperatura corporal, auscultar o coração, verificar os níveis de oxigênio no sangue e realizar um eletrocardiograma com facilidade e precisão.

Conforme a NBC, o dispositivo é conectado ao aplicativo Withings Health Mate por meio de Wi-Fi, permitindo que os dados sejam armazenados e compartilhados com profissionais de saúde em consultas remotas.

Além disso, o BeamO pode ser recarregado por meio de um cabo USB-C, garantindo longa duração da bateria para uso contínuo. O lançamento do Withings BeamO está previsto para junho de 2024, com preço de varejo de $249,95 (R$ 1.215,50).

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No entanto, a marca ressalta que a liberação pela FDA (espécie de Anvisa dos EUA) da funcionalidade de eletrocardiograma é necessária antes do lançamento no mercado. Essa regulamentação é importante para garantir a segurança e eficácia do aparelho, fornecendo aos usuários resultados confiáveis e precisos em suas medições de saúde.

Imagem: Reprodução

Cabeça mecânica equipada com IA

A WeHead revelou na CES 2024 uma cabeça mecânica que dá uma aparência física ao ChatGPT, o popular chatbot desenvolvido pela OpenAI. Este dispositivo revolucionário consiste em modelo de linguagem alimentado pela IA e duas telas individuais que exibem imagens realistas de olhos e bocas, também geradas pela IA.

Com o intuito de proporcionar experiência mais “humana” ao interagir com o assistente virtual, a WeHead buscou dar vida ao ChatGPT por meio dessa cabeça mecatrônica. No entanto, surpreendentemente, a aparente falta de expressividade e a objetividade da máquina podem tornar a interação assustadora e desconcertante, apesar de ser algo revolucionário. Ainda assim, a funcionalidade do dispositivo permanece intacta e ele é capaz de prover todas as informações e serviços oferecidos pelo ChatGPT.

A WeHead planeja lançar o produto no mercado ainda este ano, com um preço estimado de US$ 5 mil (R$ 24,3 mil, em conversão direta). Essa cabeça mecânica tem o potencial de revolucionar a forma como as pessoas se envolvem com assistentes virtuais, graças à sua aparência humanizada e às capacidades avançadas de processamento de linguagem da IA. Apesar dos desafios encontrados em relação à sua expressividade, a WeHead está otimista em relação à aceitação e demanda pelo novo dispositivo.

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Fazenda inflável

A AirFarm é a primeira fazenda inflável do mundo que oferece produção de alimentos a qualquer momento e em qualquer lugar. Projetada para ser resistente, mas leve, ela elimina a necessidade de estruturas pesadas e caras de aço.

A fazenda converte a umidade do ar em água em tempo real, tornando-se a primeira fazenda a operar sem infraestrutura de água. Ela recircula a umidade produzida pelas plantações de volta às raízes, reduzindo em 99% as necessidades de água em comparação com a agricultura tradicional e em 90% em relação aos concorrentes da agricultura vertical.

A AirFarm revoluciona o paradigma do uso da água, priorizando a sustentabilidade e a eficiência na produção de alimentos. A instalação da fazenda é rápida e fácil, levando apenas meio dia, e pode passar facilmente por portas e elevadores sem a necessidade de maquinário pesado.

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Essa característica inovadora a torna ideal para produção imediata de alimentos em áreas atingidas por desastres, em campos de refugiados e em nações em desenvolvimento, garantindo segurança alimentar para populações vulneráveis.

A AirFarm oferece ainda a flexibilidade de cultivar alimentos em qualquer espaço interno existente, rompendo com as limitações dos sistemas agrícolas pré-planejados. Seu design inflável até mesmo abre possibilidades de segurança alimentar no espaço.

Por sua ideia revolucionária e inovadora, a AirFarm foi premiada pela CES 2024, recebendo o prêmio de Produto Inovador desta edição.

Outras novidades

Confira, abaixo, outras novidades que o Olhar Digital conferiu de perto em Las Vegas:

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Para conferir tudo o que o Olhar Digital publicou sobre a CES 2024, clique aqui. E para mais vídeos do Olhar Digital direto da CES 2024, acesse nosso YouTube (link abaixo).

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Tecnologia

Já pensou em falar com seu “eu do futuro”? É o que promete essa IA

Redação Informe 360

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Pergunta hipotética: se fosse possível, o que você perguntaria ao seu eu do futuro? Sim, se você pudesse acessar sua versão 30 anos mais velha, como seria essa conversa?

É claro que isso não existe — até por que máquinas do tempo nunca devem sair do campo da ficção. A inteligência artificial (IA), no entanto, já fornece experiência similar — e bastante interessante.

Reprodução de questionário a ser preenchido pelo usuário
Usuário deve responder a extenso questionário (Imagem: Reprodução/YouTube/Massachusetts Institute of Technology [MIT])

O Future You é nova plataforma interativa de IA que permite aos usuários criar um eu virtual mais velho. Segundo o The Wall Street Journal, a iniciativa partiu de psicólogos, pesquisadores e tecnólogos e vem fazendo bastante sucesso nos Estados Unidos (e não só lá).

A ferramenta foi testada originalmente com algumas centenas de estadunidenses de 18 a 30 anos, mas, atualmente, está sendo usada por cerca de 60 mil pessoas de 190 países diferentes.

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Ah, o serviço é de graça. Em contrapartida, os desenvolvedores poderão utilizar seus dados para treinar a IA deles, aprimorando cada vez mais a experiência.

Como funciona a “IA do futuro”

  • Ao acessar a plataforma, a primeira coisa que deve fazer é tirar uma selfie;
  • O algoritmo, então, te entregará uma projeção de você velhinho;
  • Depois disso, o usuário deve responder a um extenso questionário;
  • Primeiro, com questões básicas, como nome, idade, profissão e orientação sexual;
  • Depois, com questões sobre sua personalidade, como sua animação e ansiedade;
  • Por fim, o Future You pergunta coisas, como quais são as pessoas mais importantes da sua vida, ou, ainda, um grande projeto que você gostaria de concluir;
  • A ideia é alimentar um grande modelo de linguagem (LLM, na sigla em inglês);
  • A partir das suas respostas, a IA funcionará como um chatbot e conversará com o usuário;
  • Vale destacar que ela não dará nenhuma resposta factual, como a causa da sua morte ou quanto você terá na sua conta bancária;
  • A IA, entretanto, poderá te dar dicas sobre certos comportamentos no presente que podem ser modificados para resultado melhor no futuro.

Leia mais:

  • 8 coisas que você não deve compartilhar com inteligências artificiais
  • Inteligência artificial: conheça os pontos negativos e perigos da IA
  • Nova IA quer prever – e evitar – desastres futuros

Experiência psicológica

A mente por trás do projeto, o pós-doutorado do MIT Media Lab Pat Pataranutaporn, deixou claro que a sua IA não pratica futurologia. Segundo ele, os usuários devem pensar na ferramenta “como uma possibilidade, não uma profecia“.

A IA não é adivinha, nem dará conselhos ou resultados financeiros, ou médicos. Ela, no entanto, servirá para que a pessoa faça uma reflexão. Uma espécie de exercício de psicologia.

No estudo inicial dos desenvolvedores, 344 participantes que interagiram com a IA por não mais que 30 minutos relataram que se sentiram 16% mais motivados em comparação com aqueles do grupo de controle.

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Eles também mostraram uma conexão 15% mais forte com seu eu futuro quando comparados com aqueles que não falaram com o chatbot.

Os pesquisadores afirmam que precisam de mais dados para tornar a experiência cada vez mais realista. Você pode ajudá-los — basta acessar a página oficial e dar início ao chat. O único porém é que ele opera apenas em língua inglesa.

Vale ressaltar: a IA não é adivinha, nem dará conselhos ou resultados financeiros, ou médicos (Imagem: Reprodução/Future You)

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Tecnologia

DeepSeek pode mudar rumo da corrida global por IA, dizem especialistas

Redação Informe 360

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Nos últimos anos, os Estados Unidos lideraram a corrida global pelo desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA). Entre 2018 e 2023, vultosos investimentos públicos e privados permitiram que o país ocupasse o topo do ranking criado por especialistas da Universidade Stanford para medir os esforços de um grupo de nações para criar ou aprimorar soluções que permitam às máquinas realizar tarefas cada vez mais sofisticadas – seja na forma de um assistente digital capaz de interagir com o usuário, respondendo a comandos de voz e texto, seja na forma de ferramentas de busca mais precisas.

Conforme o mais recente relatório da Universidade Stanford, publicado no ano passado, de todos os “modelos notáveis” de IA lançados ao longo de 2023,  61 resultaram dos esforços de instituições e desenvolvedores sediados nos EUA, superando os 21 modelos apresentados pela União Europeia e os 15 da China. Dos 36 países avaliados na ocasião, o Brasil terminou na 34ª posição, à frente da Nova Zelândia e da África do Sul.

Seguindo o exemplo estadunidense, outros países decidiram investir grandes somas em dinheiro na pesquisa em IA. Principalmente a China e algumas outras nações asiáticas (Japão, Índia, Malásia e Coreia do Sul), que, rapidamente, transformaram-se em uma força motriz que ajudou a impulsionar o crescente número de novas patentes registradas em todo o mundo. E consolidando a crença em que, para ter sucesso nesse setor, seria preciso cada vez mais dinheiro para custear estruturas computacionais cada vez mais sofisticadas.

De acordo com o relatório da Universidade Stanford, em 2023, “os custos de treinamento de modelos de IA de última geração atingiram níveis sem precedentes”, com os 36 países analisados investindo em torno de US$ 25,2 bilhões no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial. Só a Google gastou cerca de US$ 191 milhões para alimentar ao seu Gemini Ultra com as informações computacionais necessárias para habilitá-lo a aprender a identificar padrões e criar conexões por si só. Já a OpenAI gastou cerca de US$ 78 milhões para “treinar” o GPT-4.

“Ao longo dos últimos anos, na medida em que os algoritmos e as soluções de inteligência artificial foram avançando, o mercado se preparou para funcionar com uma determinada estrutura de custos de processamento [de dados] e de equipamentos”, explicou o coordenador do MBA de Negócios Digitais da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Miceli, à Agência Brasil.

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Toda esta “estrutura” sofreu um abalo em 20 de janeiro deste ano, quando a startup chinesa DeepSeek apresentou ao mundo seu assistente virtual (chatbot) DeepSeek R1. Modelo que, segundo a própria empresa e especialistas, combina custos de produção significativamente menores que os dos concorrentes e soluções computacionais eficientes, capazes de entregar, gratuitamente, resultados parecidos e, em alguns aspectos, superiores aos de outros assistentes de ponta, pagos.

De acordo com a própria DeepSeek, seus desenvolvedores obtiveram resultados semelhantes aos dos concorrentes gastando em torno de US$ 6 milhões, ou o equivalente a aproximadamente R$ 35 milhões. Além disso, ao contrário das grandes empresas de tecnologia (bigtechs), a DeepSeek decidiu disponibilizar o acesso ao chamado código-fonte do R1, permitindo a qualquer interessado conhecer o conjunto de instruções usado para criar o programa.

“O aspecto mais importante dessa nova tecnologia é mostrar que o volume de recursos necessários para competir em IA não é inalcançável para países como o nosso”, afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em entrevista à CNN, no último dia 30.

Agencia Brasil

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Tecnologia

AMD levanta dúvidas em investidores sobre potencial com chips de IA

Redação Informe 360

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Os investidores da AMD estarão atentos à estratégia de inteligência artificial (IA) da empresa, enquanto ela se prepara para divulgar os resultados do quarto trimestre nesta semana. A mudança da big tech para chips personalizados levanta dúvidas sobre a posição da gigante dos chips na corrida de infraestrutura de IA, informa a Reuters.

Espera-se que a receita do quarto trimestre da empresa cresça mais de 22%, atingindo US$ 7,53 bilhões (R$ 44,18 bilhões, na conversão direta), mas a concorrência com a Nvidia e o movimento das gigantes de tecnologia, como Microsoft e Amazon, que estão desenvolvendo seus próprios chips, ofuscam as perspectivas de crescimento.

Analistas destacam que, embora a AMD tenha potencial no mercado de chips de IA, a Nvidia lidera com sua participação dominante e o software CUDA, amplamente adotado por desenvolvedores.

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logo da amd
Tendência das big techs em desenvolver chips personalizados pode impactar o futuro da AMD no mercado de IA (Imagem: Tigarto/Shutterstock)

A tendência de empresas, como Microsoft, Amazon e Meta, criarem chips personalizados para processar IA tem impulsionado as vendas de empresas, como Broadcom e Marvell Technology, que fornecem chips para essas big techs. Em contraste, as ações da AMD caíram 18% em 2024.

Leia mais:

  • O que é FreeSync da AMD?
  • DLSS ou FSR: qual recurso das placas da Nvidia e AMD é melhor?
  • O que é e como funciona o AMD FSR 3.0?

AMD: previsão de receita bilionária em 2025

  • Analistas da TD Cowen preveem que a AMD possa arrecadar até US$ 10 bilhões (R$ 58,68 bilhões) com chips de IA em 2025, o dobro de sua própria previsão de US$ 5 bilhões (R$ 29,34 bilhões) no ano passado;
  • O segmento de data center da empresa, que inclui chips de IA, deve ver crescimento de 82%, representando mais da metade das vendas totais da empresa;
  • A demanda por chips de IA ainda supera a oferta, mas a TSMC, que fabrica para a AMD, está trabalhando para aumentar a capacidade de produção.

Além disso, o mercado de PCs continua a ser área de crescimento para a AMD, com aumento de 33% na receita do quarto trimestre, impulsionada pela conquista de participação de mercado da Intel. No geral, espera-se que o lucro líquido da AMD no quarto trimestre aumente mais de 61%, atingindo US$ 1,08 bilhão (R$ 10,56 bilhões).

Celular com logotipo da AMD na tela e linhas de ações financeiras ao fundo
Mesmo crescendo no mercado de chips de IA, a AMD ainda está atrás da Nvidia, líder do setor (Imagem: sdx15/Shutterstock)

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