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ChatGPT ou Bard: qual é melhor?

Redação Informe 360

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Há poucas semanas, o Google anunciou o mais avançado modelo de inteligência artificial (IA) de que se tem notícia, o Gemini. Logo, a tecnologia foi embarcada no Bard, a IA generativa do Google.

A esperança do Google é que, dessa forma, seu chatbot derrote o ChatGPT, atualmente o mais potente e maior rival da gigante das buscas.

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O ChatGPT e o Bard enriquecido com o Gemini são similares, com o Gemini Pro sendo mais comparável à última versão do chatbot da OpenAI, o GPT-4, que, atualmente, está disponível para assinantes do ChatGPT Plus.

Com a novidade do Google, o The Verge fez um teste para tentar determinar qual das duas IAs generativas é a mais poderosa: ChatGPT ou Bard? Vale lembrar, contudo, que uma pesquisa recente indicou que a IA do Google venceu a da OpenAI em avaliação de 57 disciplinas.

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Básico

  • Tanto o ChatGPT Plus quanto o Gemini Pro são chatbots bem avançados e baseados em modelos de linguagem grande (LLM, da sigla em inglês);
  • Eles são as últimas e melhores opções disponíveis por suas companhias e prometem ser mais rápidos e melhores ao responder comandos do que seus predecessores;
  • Ambos são treinados com base em informações recentes, em vez de apenas saberem o que estava na Internet até 2021, como anteriormente;
  • São bem simples de usar na condição de produtos independentes, em contraste com o novo Grok, da X, implantado como um extra na rede social de Elon Musk;
  • Contudo, há diferenças significativas: enquanto o Bard é gratuito, o ChatGPT Plus custa US$ 20 (R$ 97,18) mensais;
  • Já o Gemini Pro não possui capacidades multimodais (capacidade de receber comando em texto e responder com foto ou vídeo) como o ChatGPT Plus possui (mas é possível que o futuro Gemini Ultra terá tal capacidade);
  • O Bard, por sua vez, oferece maneira de verificar outros rascunhos de respostas, algo inexistente no ChatGPT.

Dificuldades

Contudo, o artigo cita algumas dificuldades no teste de chatbots, como a significativa diferença de respostas ao rodar o mesmo comando várias vezes.

Além disso, percebe-se que o Bard é mais lento que o ChatGPT: são seis segundos contra três do chatbot da OpenAI para “Pensar” no que vai responder ao usuário.

O portal também encontrou mais restrições contra respostas potencialmente danosas, racistas e violações de direitos autorais no Bard do que no ChatGPT. Abaixo, confira os comandos dados pelo jornalista e a resposta de cada chatbot:

Receita de bolo

Pedir uma receita de bolo está entre as perguntas mais comuns da internet, algo que também se torna normal nas IAs. Para comparar os resultados obtidos junto ao Bard e ao ChatGPT, foi utilizado um livro de receitas. E, de um modo geral, estavam parecidos.

Mas, como as IAs não são perfeitas, algumas questões foram levantadas. Por exemplo, não deu para entender se o ChatGPT exigia água quente. Já o Bard parecia ter copiado uma receita de um blog local, mas solicitando o dobro de ovos.

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Na hora de fazer as receitas, ficou comprovado que ambas funcionam, mas não ficaram tão boas. A receita do Gemini ficou meio “viscosa”, mas foi o mais úmido. Já o do ChatGPT ficou denso, suave, achocolatado e quase perfeito.

Saber mais sobre chás

Os chatbots foram incumbidos de dar informações diretas sobre chás, bem como algumas recomendações de livros.

Os dois apps deram respostas com os princípios básicos, incluindo as origens e tipos do chá, seus benefícios para saúde e lista de tópicos para prepará-lo.

Enquanto o Bard deu links para artigos que explicam melhor sobre o chá, o ChatGPT respondeu de forma mais extensa. Foram nove categorias focadas no significado cultural da bebida em vários países, produção global, técnicas de preparo e origem do chá.

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Ao repetir o comando, o chatbot da OpenAI o condensou em seis pontos com uma ou duas frases em cada uma das categorias. Dessa vez, as sugestões de livros não foram alucinações, mas, sim, livros reais.

Significado do “Soneto 116”, de William Shakespeare

O jornalista resolveu pedir aos chatbots para explicarem o significado do “Soneto 116”, composto por William Shakespeare.

O Bard deu rápido resumo dos temas da constância e da atemporalidade de amor do soneto e escreveu algumas linhas do escrito, enquanto o ChatGPT foi mais profundo, analisando quadra por quadra. Ao reexecutar o comando no ChatGPT, contudo, ele seguiu mais a linha do rival.

“Desenhe foto de magnífico cavalo brincando em campo de margaridas ao nascer do Sol”

Nessa, só o ChatGPT consegue transformar texto em imagem (por enquanto). Como vemos abaixo, ele conseguiu cumprir com o pedido da repórter do The Verge.

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Enquanto o ChatGPT desenhou exatamente o que a jornalista queria… (Imagem: ChatGPT)

Como dito no começo da matéria, o Gemini Pro terá essa capacidade, mas ele ainda não está disponível no Bard. Sendo assim, foi pedido que ele desenhasse o Sol, no que ele respondeu:

… o Bard resolveu “brincar” (Imagem: Bard)

Letra da música “Ivy”, de Taylor Swift

O Bard se recusou a responder ao comando, afirmando não conhecer a pessoa. Supostamente, ele pensou que o nome da canção era o nome de uma pessoa real, pois ele respondeu normalmente quando lhe foi pedida a biografia de Taylor Swift.

Dias depois, contudo, o chatbot do Google mudou sua resposta, mas trouxe o refrão errado da música:

I’m your ivy, twining ‘round your evergreen
You’re my anchor, holding me safe from the keen
Bitter wind that chills my bones to the marrow
But you, you’re my shelter from the storm

Refrão errado de “Ivy”, de Taylor Swift, trazido pelo Bard

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Oh, goddamn
My pain fits in the palm of your freezing hand
Taking mine, but it’s been promised to another
Oh, I can’t
Stop you putting roots in my dreamland
My house of stone, your ivy grows
And now I’m covered in you

Refrão verdadeiro de “Ivy”, de Taylor Swift

O ChatGPT foi mais conciso, trazendo não só a letra, como, ainda, uma dissertação sobre a música: “As letras mostram o estilo de escrita poético e evocativo de Swift, misturando imagens e emoções de uma forma que se tornou marca registrada de suas composições.”

A resposta do chatbot da OpenAI surpreende, visto que é comum serviços que trazem letras de músicas dessa forma serem processados por direitos autorais. Um exemplo foi a Universal Music, que já processou a rival de Google e OpenAI, a Anthropic, criadora do Claude, por distribuir letras protegida por direitos autorais sem licença.

Geralmente, o ChatGPT barra a publicação da letra e afirma que não pode mostrá-la por completo, ou, às vezes, refere-se a limitações de proteção de direitos autorais.

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“Qual é melhor: o iPhone 15 ou o Pixel 8?”

Em um primeiro momento o ChatGPT foi mais justo em sua comparação, detalhando as diferenças entre ambos e dizendo que a Apple “normalmente usa hardware de alta qualidade, com foco no desempenho e durabilidade” e que sua câmera provavelmente terá excelente qualidade com melhorias de desempenho em pouca luz.

Sobre os Pixel, ele disse que “incluem, geralmente, as mais recentes inovações de hardware e possuem recursos, como Night Sight”. Porém, nada disse sobre detalhes importantes, como preço, resolução, etc., ou seja, não trouxe informações úteis, mais um apanhado geral sobre eles.

Já o Bard – recorde-se que o chatbot e o Pixel pertencem à mesma companhia – também não respondeu à pergunta de forma eficaz. Ele alegou que o iPhone 15 ainda não foi lançado (provavelmente por estar em fase de testes e ter limitações em seus dados-teste).

Sabe-se que os dados do GPT-4 vai até 2021, enquanto sua última versão, o GPT-4 Turbo, vai até abril de 2023. Não se sabe a do Gemini Pro.

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Contudo, ambos podem pesquisar na internet e buscar informações em tempo real, que estão saindo neste momento, inclusive. Ou seja, não está claro por que o Bard não trouxe a informação precisa sobre o iPhone 15, assim como o ChatGPT, que também aparentou não ter ido à web buscar dados sobre o aparelho.

Últimas informações no caso Epic vs. Google

Uma pergunta mais complexa, porém recente. Há alguns dias, a Epic Games venceu o Google no caso antitruste. Será que os chatbots (especialmente o Bard) saberiam explicar o que houve no final? De fato, ambos responderam certo.

O ChatGPT optou por descrever o caso em dois parágrafos, sumarizando a vitória da Epic e ligou sua resposta a artigos de fontes, como Reuters, WBUR e Digital Trends. Ele informou que a decisão pode ter implicações para o Google, mas que ainda cabe recurso.

Já o Bard, do considerado culpado Google, detalhou a decisão em suas principais questões, sobre por quais razões a gigante das buscas foi considerada culpada.

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Também afirmou que sua criadora manteve monopólio ilegal pela Play Store, sufocou sua concorrência injustamente e usou de táticas anticompetitivas. Ainda, indicou os próximos passos que podem ser tomados pelo Google, além das implicações mais amplas da vitória da Epic no que tange as lojas de aplicativos.

Contudo, diferente do ChatGPT, as referências trazidas pelo Bard não eram tão sólidas. Ele chegou a trazer um link do The Verge explicando o julgamento, contudo, o rotulou como sendo um comunicado à imprensa da própria Epic, enquanto um texto do TechCrunch foi creditado à Reuters.

O que fazer se for asmático

Normalmente, esse tipo de pergunta é feita ao Google, mas pe bem capaz de que se tornará comum às IAs generativas cada vez mais.

Ambos os chatbots responderam que era importante seguir o plano de ação para asma desenvolvida por paciente e médico, tomar os devidos remédios, identificar gatilhos e alergias, monitorar sintomas e considerar mudanças no estilo de vida, tais como perder peso. O ChatGPT acrescentou mais uma coisa: tomar vacinas contra a gripe.

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Porém, só o Bard trouxe uma isenção de responsabilidade, indicanto que não é um médico e que não pode ofercer conselhos médicos. Contudo, explicou que suas respostas foram providas pela Mayo Clinic e pela Associação Americana de Pulmão, ambas com links originais. O ChatGPT não citou fontes.

Biografia da repórter

A autora do artigo, Emilia David, resolveu testar os conhecimentos de ambos os chatbots acerca de sua vida e carreira.

O ChatGPT visitou o site da profissional, trazendo informações da área “Sobre Mim”, de um artigo escrito sobre ela e alguns dados de publicações realizadas pela profissional.

O Bard não foi tão eficaz assim. Ele simplesmente informou: “Não tenho informações suficientes sobre esta pessoa para te ajudar com essa solicitação.”

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Extra: e a minha biografia?

Inspirado por David, resolvi pedir ao ChatGPT e ao Bard que “escreva uma minibiografia sobre o jornalista Rodrigo Mozelli“. Enquanto o chatbot da OpenAI disse que não tinha informações suficientes sobre mim, o Bard me surpreendeu e trouxe um pequeno texto sobre minha carreira, até elogiou meus textos (!), mas se equivocou em alguns dados.

Por exemplo, ele se “esqueceu” de um veículo pelo qual passei e colocou datas erradas em outro. Além disso, disse que recebi menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos de 2020 (algo que, até onde sei, não aconteceu!).

Veredito

O Bard tem muitas condições de competir igualmente com o ChatGPT Plus, mesmo ainda não pdoendo oferecer conversão de comandos de texto em imagens.

Contudo, ele recusou responder mais comandos do que o rival, ora citando impossibilidade de criar imagens por enquanto, ora citando limitações em seu código. E, mesmo sendo ligeiramente mais lento, possui a vantagem de ser gratuito (até agora).

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Tecnologia

IA reduz pela metade o tempo de testes da Nissan em veículos elétricos

Redação Informe 360

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A Nissan está utilizando inteligência artificial (IA) para acelerar o lançamento de seus veículos elétricos, segundo o Interesting Engineering.

A tecnologia, desenvolvida em parceria com a empresa britânica Monolith, combina 90 anos de dados da montadora com aprendizado de máquina para otimizar cada etapa do processo.

A Nissan integrou 90 anos de dados ao software de engenharia da Monolith para simular e validar o desempenho de seus veículos.
Nissan integrou 90 anos de dados ao software de engenharia da Monolith para simular e validar o desempenho de seus veículos (Imagem: Divulgação/Nissan)

IA no volante da inovação

A parceria entre Nissan e Monolith foi renovada até 2027 e promete revolucionar o desenvolvimento de carros elétricos. A colaboração começou com o Nissan Leaf e, agora, se expande para outros modelos, utilizando IA para simular e validar o desempenho dos veículos com precisão inédita.

Ao integrar o software de engenharia avançado da Monolith e décadas de dados de testes, conseguimos simular e validar o desempenho com notável precisão.

Emma Deutsch, diretora de engenharia e operações de teste do Centro Técnico da Nissan na Europa, ao Interesting Engineering

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A tecnologia de aprendizado de máquina permite que os engenheiros da Nissan usem dados históricos e simulações digitais para prever resultados e reduzir a dependência de protótipos físicos, economizando tempo, recursos e diminuindo o impacto ambiental.

Parceria entre a Nissan e Monolith era voltada para otimizar os testes em seus veículos elétricos, mas, agora, passará a fazer parte do desenvolvimento de outros modelos.
Parceria entre a Nissan e Monolith era voltada para otimizar os testes em seus veículos elétricos, mas, agora, passará a fazer parte do desenvolvimento de outros modelos (Imagem: Divulgação/Nissan)

Como a IA transforma os testes de veículos elétricos

Os engenheiros da Nissan, em Cranfield (Reino Unido), utilizam a plataforma de IA da Monolith para processar e aprender com o vasto acervo de dados acumulados em nove décadas. Isso ajuda a prever o desempenho dos carros em diversas condições, antes mesmo de irem para a pista.

“Essa abordagem não apenas acelera nosso tempo de lançamento no mercado, como, também, reforça o compromisso com a inovação e a sustentabilidade”, destaca Deutsch.

Entre os ganhos obtidos com a aplicação do sistema, estão:

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  • Redução significativa no tempo total de testes;
  • Menor necessidade de protótipos físicos;
  • Maior precisão nos resultados e diagnósticos;
  • Economia de recursos e energia;
  • Otimização de todo o ciclo de desenvolvimento.
De acordo com a Nissan, aplicar esse processo a todos os modelos pode cortar pela metade o tempo total de validação.
De acordo com a Nissan, aplicar esse processo a todos os modelos pode cortar pela metade o tempo total de validação (Imagem: Alexiushan/Shutterstock)

Engenharia orientada por dados

A IA já mostrou resultados concretos. Em um dos testes, o sistema foi usado para analisar o torque ideal das juntas de parafusos do chassi. O algoritmo identificou a faixa ideal de aperto e sugeriu quais testes deveriam ser priorizados, reduzindo em 17% os experimentos físicos.

De acordo com a Nissan, aplicar esse processo a todos os modelos pode cortar pela metade o tempo total de validação. “Nossa missão é capacitar engenheiros com ferramentas de IA que tornem o desenvolvimento mais inteligente e rápido”, explica Richard Ahlfeld, CEO e fundador da Monolith.

Leia mais:

  • Google lança recurso de orientação de faixa para o carro elétrico Polestar 4 nos EUA e na Suécia
  • Frota de veículos elétricos cresce mais de 1.000% em São Paulo em seis anos
  • Tesla fecha acordo bilionário com Samsung SDI por baterias – mas não são para carros elétricos

Além de prever resultados, a plataforma da Monolith conta com ferramentas, como o “Recomendador de Próximo Teste” e o “Detector de Anomalias“, que ajudam a identificar falhas e sugerir novos experimentos quase em tempo real.

“Os resultados do nosso trabalho com a Nissan demonstram como o aprendizado de máquina pode impulsionar a eficiência e a inovação na engenharia automotiva”, completa Ahlfeld.

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Tecnologia

10 detalhes para entender a série Tremembé, do Prime Video

Redação Informe 360

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A série “Tremembé”, lançada pelo Prime Video adentra em um dos ambientes mais controversos e midiáticos do sistema prisional brasileiro: a Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo. A produção mistura drama, crime e jornalismo investigativo para revisitar os bastidores de crimes que chocaram o país.

Mais do que recontar casos conhecidos, “Tremembé” propõe uma reflexão sobre o encarceramento, a mídia e a linha tênue entre realidade e ficção. 

A seguir, confira 10 detalhes que ajudam a entender a série e seus bastidores.

10 detalhes para entender a série Tremembé, do Prime Video

  • A prisão de Tremembé é real, e famosa por abrigar criminosos “de destaque”
  • A série é inspirada em livros-reportagem de Ulisses Campbell
  • A abordagem de Tremembé
  • Tremembé mostra o funcionamento da prisão
  • Elenco recria figuras reais, com Marina Ruy Barbosa no papel de Suzane von Richthofen
  • Elize Matsunaga e “Sandrão” ganham destaque
  • A série recria a entrevista de Suzane com Gugu Liberato
  • Bastidores e polêmicas com os envolvidos reais
  • Criminosos receberam dinheiro pela série?
  • Famosos que não aparecem na série

A prisão de Tremembé é real, e famosa por abrigar criminosos “de destaque”

Penitenciária II de Tremembé
Penitenciária II de Tremembé / Crédito: Wikimedia

A Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como Tremembé II, existe de fato. Construída em 1948, a unidade passou a receber “presos especiais” em 2002, após uma rebelião. Lá estão (ou já estiveram) nomes como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Roger Abdelmassih e Alexandre Nardoni, todos retratados na série. 

O local é conhecido por não abrigar membros de facções criminosas, mas sim detentos envolvidos em casos de grande repercussão nacional.

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A série é inspirada em livros-reportagem de Ulisses Campbell

Livros publicados por Ulisses Campbell / Crédito: Editora Matrix (reprodução)

O jornalista Ulisses Campbell, autor dos livros “Suzane: Assassina e Manipuladora” e “Elize: A Mulher que Esquartejou o Marido”, também assina o roteiro da produção. A narrativa de Tremembé se baseia em suas investigações, que incluem autos processuais, entrevistas e documentos inéditos. 

A direção é de Vera Egito, conhecida por “Amores Urbanos” e “As Boas Maneiras”. Ela também atua como showrunner da série.

A abordagem de Tremembé

Crédito: Amazon Prime Video (reprodução/divulgação)

Em entrevista à CNN, o roteirista Ulisses Campbell explicou que Tremembé apresenta uma abordagem diferenciada do gênero true crime. 

Ao contrário de outras produções, a série foca menos nos crimes em si e mais em suas consequências e desdobramentos, explorando o que acontece com os condenados após a sentença.

Tremembé mostra o funcionamento da prisão

Crédito: Amazon Prime Video (reprodução/divulgação)

A série retrata de forma detalhada o cotidiano da penitenciária: celas que comportam até oito presos, oficinas de trabalho, aulas de teatro e atividades usadas para remição de pena. 

Também mostra como os presos famosos convivem sob regras específicas e vigilância constante, longe da superlotação típica de outros presídios.

Elenco recria figuras reais, com Marina Ruy Barbosa no papel de Suzane von Richthofen

Personagens da série
Personagens da série Tremembé – Imagem: Divulgação/Amazon Prime Video

A escolha de Marina Ruy Barbosa para interpretar Suzane von Richthofen foi uma das mais comentadas da produção, e marcou seu primeiro papel após o fim do contrato de 20 anos com a Globo. A atriz enfrentou comparações inevitáveis com Carla Diaz, que viveu a personagem na trilogia “A Menina que Matou os Pais”.

Além de Marina, “Tremembé” traz um elenco que recria com realismo figuras conhecidas de casos criminais: Bianca Comparato interpreta Anna Carolina Jatobá, Lucas Oradovschi vive Alexandre Nardoni, Felipe Simas e Kelner Macêdo dão vida aos irmãos Cravinhos, e Anselmo Vasconcelos interpreta Roger Abdelmassih.

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Elize Matsunaga e “Sandrão” ganham destaque

Crédito: Amazon Prime Video (reprodução/divulgação)

Carol Garcia interpreta Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido. Sua performance chamou atenção pela complexidade e pelas cenas intensas ao lado de Letícia Rodrigues, que vive Sandra Regina, a “Sandrão”. 

A personagem é inspirada em relatos sobre uma detenta que teria se envolvido em um triângulo amoroso com Elize e Suzane, um dos pontos mais comentados e polêmicos da série.

Leia mais

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A série recria a entrevista de Suzane com Gugu Liberato

Entrevista do Gugu e a sua reprodução na série/ Crédito: Record e Tremembé (Amazon Prime Video)/ (reprodução/divulgação)

Um dos momentos mais impactantes é a reconstituição da famosa entrevista de Suzane ao Domingo Espetacular, conduzida por Gugu Liberato. O ator Paulo Vilhena interpreta o apresentador.

O episódio marca o momento em que Suzane tenta se redimir diante das câmeras, enquanto o público questiona suas intenções.

Bastidores e polêmicas com os envolvidos reais

Tremembé / Crédito: Amazon Prime Video (reprodução/divulgação)

Após o lançamento, o ex-detento Cristian Cravinhos, um dos condenados pelo caso Richthofen, criticou a série nas redes sociais, afirmando que havia “muita mentira”. Em resposta, o roteirista Ulisses Campbell divulgou documentos e objetos que comprovariam a veracidade de certos episódios, como cartas trocadas na prisão e provas de relacionamentos entre presos. 

O embate entre ficção e realidade reacendeu o debate sobre até onde o entretenimento pode ir ao retratar crimes reais.

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Criminosos receberam dinheiro pela série?

mariana ruy barbosa
Tremembé / Crédito: Amazon Prime Video (reprodução/divulgação)

Em geral, criminosos não recebem dinheiro por produções baseadas em seus crimes. A lei brasileira proíbe o enriquecimento com o proveito do crime, e qualquer pagamento pode ser confiscado e revertido ao Estado ou às vítimas.

A liberdade de expressão artística permite esse tipo de obra, mas impede que o criminoso lucre com sua própria história criminal.

Famosos que não aparecem na série

Robinho em Tremembé
Robinho em Tremembé / Crédito: Conselho Comunidade de Taubate (reprodução)

A série concentra-se em casos icônicos como os de Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, mas vários outros “famosos” que passaram pelo presídio ficaram de fora da produção.

Entre os notáveis ausentes estão:

  • Robinho – ex-jogador condenado por estupro;
  • Ronnie Lessa – acusado do assassinato de Marielle Franco;
  • Maníaco do Parque – condenado por uma série de assassinatos;
  • Thiago Brennand – empresário condenado por estupro;
  • Edinho, filho de Pelé – condenado por lavagem de dinheiro.

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Tecnologia

Panelas antiaderentes são perigosas? Entenda os possíveis problemas causados pelo teflon

Redação Informe 360

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Mais do que alimentar sua família com os preparos das refeições, as panelas antiaderentes são práticas e fáceis de lavar. Porém, no que diz respeito à saúde, elas podem se tornar um risco, e são mais perigosas do que poderíamos imaginar.

Isso porque o teflon, material usado em sua fabricação pode conter substâncias tóxicas, que causam consequências graves como “gripe do teflon”, que teve 265 casos de suspeitas nos Estados Unidos somente em 2023, de acordo com os Centros de Informação Toxicológica dos Estados Unidos (America’s Poison Centers). Entenda agora quais perigos esse composto envolve, e como isso piora no processo de cozimento ao usar panelas antiaderentes.

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Como o teflon deixou as panelas antiaderentes perigosas

Sobretudo, as panelas antiaderentes se tornam altamente perigosas quando expostas a temperaturas superiores a 260 °C. Nessas condições, o politetrafluoroetileno (PTFE), conhecido como teflon, presente no revestimento, pode liberar gases tóxicos prejudiciais à saúde.

Segundo Kelly Krisna Johnson-Arbor, toxicologista médica do MedStar Georgetown University Hospital, “quando o PTFE é aquecido a temperaturas muito altas, especialmente acima de 500 graus Fahrenheit, ele pode se quebrar em partículas finas que podem entrar nos pulmões e causar sintomas respiratórios”. Sendo assim, esse composto, presente no revestimento antiaderente pode liberar gases tóxicos quando supera os 260 °C.

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Teflon: perigos para a saúde

Mãos de homem segurando uma panela que está velha por dentro, com material descascado.
Panelas antiaderentes com revestimento de Teflon podem liberar gases tóxicos quando superaquecidas (Imagem: Lena Ogurtsova/Shutterstock)

Gripe do teflon

Quando somos expostos aos gases liberados pelo superaquecimento do politetrafluoroetileno, podemos ter sintomas respiratórios semelhantes aos da gripe. Após a inalação, essas substâncias entram na corrente sanguínea e podem desencadear reações como: febre, tosse, calafrios, fadiga, tonturas e dor de cabeça.

Esses sintomas são conhecidos como “febre dos fumos de polímero”, uma condição temporária que pode surgir após a exposição a vapores tóxicos gerados por materiais como o teflon em altas temperaturas.

Contaminação por microplásticos

Por outro lado, não é apenas na preparação dos alimentos que as panelas antiaderentes apresentam riscos à saúde, mas também ao liberar partículas tóxicas no próprio material, caso aconteça arranhões, por exemplo.

Um estudo feito pela Universidade de Newcastle, na Austrália, mostrou que arranhões em panelas antiaderentes podem liberar milhões de microplásticos tóxicos nos alimentos e no ambiente da casa. Isso porque, esses pequenos pedaços invisíveis se soltam do revestimento quando a superfície é danificada.

Para se ter ideia do perigo, entre as substâncias liberadas estão os PFAS, conhecidos como “produtos químicos para sempre” porque permanecem no corpo e no meio ambiente por muito tempo. Eles estão ligados a problemas de saúde, como alterações na tireoide, e podem ser ingeridos sem que a pessoa perceba.

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O interessante é que na pesquisa, os cientistas usaram luz e microscópios para observar como essas partículas se espalham e descobriram que um arranhão de apenas cinco centímetros pode liberar cerca de 2,3 milhões de microplásticos.

Então, minhas panelas antiaderentes são perigosas?

panela de teflon antiaderente toda arranhada
Em 2023 o uso de panelas antiaderente causou suspeitas de gripe de teflon/Shutterstock_I’m Conqueror

Geralmente, o maior perigo para a saúde humana está relacionado ao processo de fabricação, pois é onde é usado e PFOA (perfluorooctanóico). Quando usada em casa, esse composto não será liberado, desde que você siga as instruções para o uso seguro, mantendo a superfície da panela integra e respeitando o limite de temperatura (abaixo de 260 graus).

Além disso, esse composto PFOA, um dos mais nocivos na fabricação de teflon passou a ser descontinuado a cerca de uma década. Sendo assim, se você comprou suas panelas recentemente, saiba que ela não deve conter essa substância. Contudo, outros PFAS ainda não estão fora de circulação e ainda não há estudos sobre seus impactos do uso a longo prazo.

Dito isso, vale reforçar os cuidados ao utilizar suas panelas antiaderentes. Então mantenha o uso, se apenas seu material estiver 100% íntegro (sem soltar pedaços), e não faça preparo de alimentos em altas temperaturas.  

Dica extra

De acordo com o médico Samuel Dalle Laste, em seu canal no YouTube, as panelas mais indicadas para uso, e que não fazem mal para a saúde, são as que são fabricadas em: aço cirúrgico, cerâmica e vidro. Porém, mesmo assim Dalle Laste orienta as pessoas a verificarem também a procedência da marca das panelas para maior segurança. Confira o vídeo completo:

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Dr. Samuel Dalle Laste (YouTube)

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