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Tecnologia

Uso de IA para falar com os mortos divide opiniões nos EUA

Redação Informe 360

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Você toparia conversar com o avatar de um amigo ou ente querido mesmo depois da morte dele? Passaria horas consultando alguém que não existe mais no plano físico? Confiaria nas respostas, mesmo sabendo que foi um computador que as criou? Acharia tudo muito mórbido? Pagaria por uma experiência dessa?

Esses são alguns dos questionamentos que vêm sendo feitos nos Estados Unidos, diante do aumento do uso de chatbots para esse fim.

Uma reportagem do jornal The New York Times ouviu pessoas que usaram essas Inteligências Artificiais. Muitos gostaram, mas outros ficaram enojados, como se fosse um desrespeito àqueles que já partiram.

Aplicativos como o StoryFile e o HereAfter AI oferecem esse tipo de serviço. O primeiro está no mercado desde 2017; o segundo entrou em 2019.

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Apesar de um tempo relativamente longo no mercado, as plataformas começaram a ter mais acessos recentemente, com a maior exposição na mídia de informações sobre tecnologias de IA, como o ChatGPT.

Em paralelo a isso, aumentaram as discussões no campo ético. Um jornalista pode usar o ChatGPT para escrever textos? Um publicitário pode usar a ferramenta para criar uma campanha? As obras criadas pela IA podem ser consideradas obras de arte? E, agora, é correto conversar com o avatar de alguém que já morreu?

Especialistas discutem

Para Alex Connock, pesquisador sênior da Saïd Business School da Universidade de Oxford e autor de “The Media Business and Artificial Intelligence”, tudo é uma questão de consentimento.

Em entrevista ao Times, ele afirmou o seguinte:

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“Como todas as linhas éticas da IA, tudo se resumirá à permissão. Se você fez isso com conhecimento de causa e de boa vontade, acho que a maioria das preocupações éticas pode ser superada com bastante facilidade.”

David Spiegel, presidente associado de psiquiatria e ciências comportamentais da Escola de Medicina de Stanford, disse que programas como StoryFile e HereAfter AI podem ser importantes para as pessoas, desde que elas entendam claramente do que se trata:

“O crucial é manter uma perspectiva realista do que você está examinando – que não é que essa pessoa ainda esteja viva, se comunicando com você, mas que você está revisitando o que ela deixou”.

Ilustração de mão humana quase tocando mão robótica de inteligência artificial
(Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock)

Como funcionam esse serviços

  • Os dois aplicativos, HereAfter AI e StoryFile, geram as respostas a partir de entrevistas concedidas pelos clientes, ainda vivos, claro.
  • São feitas perguntas como “Conte-me sobre sua infância” e “Qual foi o maior desafio que você enfrentou?”.
  • A partir dessas respostas, a Inteligência Artificial cria um avatar que consegue interagir com os usuários dos apps, criando respostas próprias.
  • Como foram gravadas entrevistas, a base de dados dessas plataformas consegue utilizar a voz e a imagem real dessas pessoas.

Fonte: Olhar Digital.

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Tecnologia

Já pensou em falar com seu “eu do futuro”? É o que promete essa IA

Redação Informe 360

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Pergunta hipotética: se fosse possível, o que você perguntaria ao seu eu do futuro? Sim, se você pudesse acessar sua versão 30 anos mais velha, como seria essa conversa?

É claro que isso não existe — até por que máquinas do tempo nunca devem sair do campo da ficção. A inteligência artificial (IA), no entanto, já fornece experiência similar — e bastante interessante.

Reprodução de questionário a ser preenchido pelo usuário
Usuário deve responder a extenso questionário (Imagem: Reprodução/YouTube/Massachusetts Institute of Technology [MIT])

O Future You é nova plataforma interativa de IA que permite aos usuários criar um eu virtual mais velho. Segundo o The Wall Street Journal, a iniciativa partiu de psicólogos, pesquisadores e tecnólogos e vem fazendo bastante sucesso nos Estados Unidos (e não só lá).

A ferramenta foi testada originalmente com algumas centenas de estadunidenses de 18 a 30 anos, mas, atualmente, está sendo usada por cerca de 60 mil pessoas de 190 países diferentes.

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Ah, o serviço é de graça. Em contrapartida, os desenvolvedores poderão utilizar seus dados para treinar a IA deles, aprimorando cada vez mais a experiência.

Como funciona a “IA do futuro”

  • Ao acessar a plataforma, a primeira coisa que deve fazer é tirar uma selfie;
  • O algoritmo, então, te entregará uma projeção de você velhinho;
  • Depois disso, o usuário deve responder a um extenso questionário;
  • Primeiro, com questões básicas, como nome, idade, profissão e orientação sexual;
  • Depois, com questões sobre sua personalidade, como sua animação e ansiedade;
  • Por fim, o Future You pergunta coisas, como quais são as pessoas mais importantes da sua vida, ou, ainda, um grande projeto que você gostaria de concluir;
  • A ideia é alimentar um grande modelo de linguagem (LLM, na sigla em inglês);
  • A partir das suas respostas, a IA funcionará como um chatbot e conversará com o usuário;
  • Vale destacar que ela não dará nenhuma resposta factual, como a causa da sua morte ou quanto você terá na sua conta bancária;
  • A IA, entretanto, poderá te dar dicas sobre certos comportamentos no presente que podem ser modificados para resultado melhor no futuro.

Leia mais:

  • 8 coisas que você não deve compartilhar com inteligências artificiais
  • Inteligência artificial: conheça os pontos negativos e perigos da IA
  • Nova IA quer prever – e evitar – desastres futuros

Experiência psicológica

A mente por trás do projeto, o pós-doutorado do MIT Media Lab Pat Pataranutaporn, deixou claro que a sua IA não pratica futurologia. Segundo ele, os usuários devem pensar na ferramenta “como uma possibilidade, não uma profecia“.

A IA não é adivinha, nem dará conselhos ou resultados financeiros, ou médicos. Ela, no entanto, servirá para que a pessoa faça uma reflexão. Uma espécie de exercício de psicologia.

No estudo inicial dos desenvolvedores, 344 participantes que interagiram com a IA por não mais que 30 minutos relataram que se sentiram 16% mais motivados em comparação com aqueles do grupo de controle.

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Eles também mostraram uma conexão 15% mais forte com seu eu futuro quando comparados com aqueles que não falaram com o chatbot.

Os pesquisadores afirmam que precisam de mais dados para tornar a experiência cada vez mais realista. Você pode ajudá-los — basta acessar a página oficial e dar início ao chat. O único porém é que ele opera apenas em língua inglesa.

Vale ressaltar: a IA não é adivinha, nem dará conselhos ou resultados financeiros, ou médicos (Imagem: Reprodução/Future You)

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Tecnologia

DeepSeek pode mudar rumo da corrida global por IA, dizem especialistas

Redação Informe 360

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Nos últimos anos, os Estados Unidos lideraram a corrida global pelo desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA). Entre 2018 e 2023, vultosos investimentos públicos e privados permitiram que o país ocupasse o topo do ranking criado por especialistas da Universidade Stanford para medir os esforços de um grupo de nações para criar ou aprimorar soluções que permitam às máquinas realizar tarefas cada vez mais sofisticadas – seja na forma de um assistente digital capaz de interagir com o usuário, respondendo a comandos de voz e texto, seja na forma de ferramentas de busca mais precisas.

Conforme o mais recente relatório da Universidade Stanford, publicado no ano passado, de todos os “modelos notáveis” de IA lançados ao longo de 2023,  61 resultaram dos esforços de instituições e desenvolvedores sediados nos EUA, superando os 21 modelos apresentados pela União Europeia e os 15 da China. Dos 36 países avaliados na ocasião, o Brasil terminou na 34ª posição, à frente da Nova Zelândia e da África do Sul.

Seguindo o exemplo estadunidense, outros países decidiram investir grandes somas em dinheiro na pesquisa em IA. Principalmente a China e algumas outras nações asiáticas (Japão, Índia, Malásia e Coreia do Sul), que, rapidamente, transformaram-se em uma força motriz que ajudou a impulsionar o crescente número de novas patentes registradas em todo o mundo. E consolidando a crença em que, para ter sucesso nesse setor, seria preciso cada vez mais dinheiro para custear estruturas computacionais cada vez mais sofisticadas.

De acordo com o relatório da Universidade Stanford, em 2023, “os custos de treinamento de modelos de IA de última geração atingiram níveis sem precedentes”, com os 36 países analisados investindo em torno de US$ 25,2 bilhões no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial. Só a Google gastou cerca de US$ 191 milhões para alimentar ao seu Gemini Ultra com as informações computacionais necessárias para habilitá-lo a aprender a identificar padrões e criar conexões por si só. Já a OpenAI gastou cerca de US$ 78 milhões para “treinar” o GPT-4.

“Ao longo dos últimos anos, na medida em que os algoritmos e as soluções de inteligência artificial foram avançando, o mercado se preparou para funcionar com uma determinada estrutura de custos de processamento [de dados] e de equipamentos”, explicou o coordenador do MBA de Negócios Digitais da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Miceli, à Agência Brasil.

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Toda esta “estrutura” sofreu um abalo em 20 de janeiro deste ano, quando a startup chinesa DeepSeek apresentou ao mundo seu assistente virtual (chatbot) DeepSeek R1. Modelo que, segundo a própria empresa e especialistas, combina custos de produção significativamente menores que os dos concorrentes e soluções computacionais eficientes, capazes de entregar, gratuitamente, resultados parecidos e, em alguns aspectos, superiores aos de outros assistentes de ponta, pagos.

De acordo com a própria DeepSeek, seus desenvolvedores obtiveram resultados semelhantes aos dos concorrentes gastando em torno de US$ 6 milhões, ou o equivalente a aproximadamente R$ 35 milhões. Além disso, ao contrário das grandes empresas de tecnologia (bigtechs), a DeepSeek decidiu disponibilizar o acesso ao chamado código-fonte do R1, permitindo a qualquer interessado conhecer o conjunto de instruções usado para criar o programa.

“O aspecto mais importante dessa nova tecnologia é mostrar que o volume de recursos necessários para competir em IA não é inalcançável para países como o nosso”, afirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em entrevista à CNN, no último dia 30.

Agencia Brasil

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Tecnologia

AMD levanta dúvidas em investidores sobre potencial com chips de IA

Redação Informe 360

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Os investidores da AMD estarão atentos à estratégia de inteligência artificial (IA) da empresa, enquanto ela se prepara para divulgar os resultados do quarto trimestre nesta semana. A mudança da big tech para chips personalizados levanta dúvidas sobre a posição da gigante dos chips na corrida de infraestrutura de IA, informa a Reuters.

Espera-se que a receita do quarto trimestre da empresa cresça mais de 22%, atingindo US$ 7,53 bilhões (R$ 44,18 bilhões, na conversão direta), mas a concorrência com a Nvidia e o movimento das gigantes de tecnologia, como Microsoft e Amazon, que estão desenvolvendo seus próprios chips, ofuscam as perspectivas de crescimento.

Analistas destacam que, embora a AMD tenha potencial no mercado de chips de IA, a Nvidia lidera com sua participação dominante e o software CUDA, amplamente adotado por desenvolvedores.

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logo da amd
Tendência das big techs em desenvolver chips personalizados pode impactar o futuro da AMD no mercado de IA (Imagem: Tigarto/Shutterstock)

A tendência de empresas, como Microsoft, Amazon e Meta, criarem chips personalizados para processar IA tem impulsionado as vendas de empresas, como Broadcom e Marvell Technology, que fornecem chips para essas big techs. Em contraste, as ações da AMD caíram 18% em 2024.

Leia mais:

  • O que é FreeSync da AMD?
  • DLSS ou FSR: qual recurso das placas da Nvidia e AMD é melhor?
  • O que é e como funciona o AMD FSR 3.0?

AMD: previsão de receita bilionária em 2025

  • Analistas da TD Cowen preveem que a AMD possa arrecadar até US$ 10 bilhões (R$ 58,68 bilhões) com chips de IA em 2025, o dobro de sua própria previsão de US$ 5 bilhões (R$ 29,34 bilhões) no ano passado;
  • O segmento de data center da empresa, que inclui chips de IA, deve ver crescimento de 82%, representando mais da metade das vendas totais da empresa;
  • A demanda por chips de IA ainda supera a oferta, mas a TSMC, que fabrica para a AMD, está trabalhando para aumentar a capacidade de produção.

Além disso, o mercado de PCs continua a ser área de crescimento para a AMD, com aumento de 33% na receita do quarto trimestre, impulsionada pela conquista de participação de mercado da Intel. No geral, espera-se que o lucro líquido da AMD no quarto trimestre aumente mais de 61%, atingindo US$ 1,08 bilhão (R$ 10,56 bilhões).

Celular com logotipo da AMD na tela e linhas de ações financeiras ao fundo
Mesmo crescendo no mercado de chips de IA, a AMD ainda está atrás da Nvidia, líder do setor (Imagem: sdx15/Shutterstock)

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