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Saúde

Você tem dor na coluna? Saiba quando a artrodese é indicada para sua coluna ou lombar

Redação Informe 360

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A dor na coluna é uma das queixas mais comuns nos consultórios médicos e pode afetar diretamente a qualidade de vida. Quando o tratamento com medicamentos, fisioterapia e outras abordagens conservadoras não trazem os resultados esperados, uma opção considerada pelos especialistas é a artrodese.

Essa cirurgia é indicada para diversos problemas na coluna, como hérnias de disco, instabilidade vertebral, espondilolistese e degenerações severas.

A artrodese tem como objetivo estabilizar a coluna, eliminando movimentos entre vértebras específicas. Com isso, ela alivia a dor e previne o avanço de deformidades. Pode ser realizada em diferentes regiões da coluna: cervical, torácica, lombar ou sacral, dependendo da origem do problema.

Agora, você vai entender como funciona a artrodese, quando ela é indicada, quais são os tipos mais comuns, como é o pós-operatório e o que esperar da recuperação. Também falaremos sobre os riscos e os avanços tecnológicos que tornaram esse procedimento mais seguro e eficaz.

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O que é artrodese?

A artrodese é uma cirurgia ortopédica que tem como finalidade promover a fusão de duas ou mais vértebras da coluna. O procedimento elimina a mobilidade entre essas vértebras, criando uma estrutura sólida e estável. Isso é feito utilizando enxertos ósseos (do próprio paciente ou de bancos de ossos) e, em muitos casos, com o auxílio de parafusos, hastes ou placas metálicas.

pessoa com escoliose
(Imagem: Danilo Oliveira/Imagefx)

Essa imobilização controlada é fundamental para corrigir deformidades, tratar doenças degenerativas e aliviar dores crônicas relacionadas à instabilidade vertebral.

Indicações da artrodese

A artrodese não é uma cirurgia indicada de forma imediata. Ela só é considerada quando tratamentos conservadores falham. Entre as principais indicações estão:

  • Hérnia de disco grave (principalmente com recorrência ou que não responde a outros tratamentos);
  • Espondilolistese (deslocamento de uma vértebra sobre a outra);
  • Instabilidade da coluna;
  • Doenças degenerativas discais;
  • Escoliose ou cifose com deformidades progressivas;
  • Fraturas vertebrais com risco de compressão medular;
  • Tumores ou infecções que comprometem a estrutura óssea vertebral.

Cada caso é avaliado individualmente, com base em exames de imagem (como ressonância magnética e tomografia) e análise dos sintomas do paciente.

hérnia de disco lombar
imagem: staras/shutterstock

Tipos de artrodese de acordo com a região da coluna

A cirurgia pode ser feita em diferentes partes da coluna vertebral. Veja os principais tipos a seguir.

Artrodese cervical

Indicada para doenças na parte superior da coluna (pescoço). É comum em casos de hérnia cervical, instabilidade e doenças degenerativas que comprimem a medula ou os nervos cervicais.

Sintomas mais comuns: dor no pescoço, irradiação para os braços, formigamento e perda de força nos membros superiores.

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Artrodese lombar

A mais realizada entre os tipos de artrodese. É indicada para tratar problemas na região inferior da coluna, como hérnias lombares, espondilolistese e estenose de canal.

Sintomas mais comuns: dor lombar intensa, ciática, dormência nas pernas e dificuldade para andar.

Artrodese torácica

Menos comum, pois a região torácica (meio das costas) tem menor mobilidade. Indicada geralmente em casos de deformidades como escoliose ou doenças infecciosas.

Como é feita a cirurgia de artrodese?

O procedimento varia de acordo com a localização do problema e a técnica escolhida pelo cirurgião. Pode ser feito por via anterior (pela frente do corpo), posterior (pelas costas) ou mista.

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Passo a passo simplificado:

  1. Acesso à coluna: o cirurgião realiza a abertura e alcança a região afetada.
  2. Remoção de estruturas danificadas: como discos intervertebrais comprometidos.
  3. Posicionamento do enxerto ósseo: que servirá de base para a fusão das vértebras.
  4. Fixação com instrumentação: uso de parafusos, placas ou hastes para estabilizar a coluna durante a cicatrização óssea.
  5. Fechamento da incisão e início do processo de recuperação.

A cirurgia pode durar de 2 a 6 horas, dependendo da complexidade do caso.

Representação de uma coluna após uma cirurgia de artrodese
Representação de uma coluna após uma cirurgia de artrodese (Imagem: Danilo Oliveira/Dall-e

Pós-operatório da artrodese

O pós-operatório requer cuidados específicos para garantir uma boa recuperação. Veja os principais pontos:

  • Internação: em média, de 2 a 5 dias, dependendo da evolução do paciente.
  • Uso de colar cervical ou cinta lombar: para auxiliar na imobilização inicial.
  • Fisioterapia precoce: geralmente inicia ainda no hospital, com caminhadas curtas e orientações posturais.
  • Medicação para dor e inflamação.
  • Evitar esforço físico por pelo menos 6 a 8 semanas.

A fusão óssea completa pode levar de 6 meses a 1 ano. Durante esse período, o acompanhamento médico é essencial.

Riscos e complicações possíveis

Como toda cirurgia, a artrodese envolve riscos. Entre os principais estão:

  • Infecção no local da cirurgia;
  • Sangramento excessivo;
  • Falha na fusão óssea (não união dos enxertos);
  • Lesão de nervos próximos;
  • Perda de mobilidade em excesso (rigidez);
  • Tromboembolismo (formação de coágulos).

Contudo, com os avanços na técnica cirúrgica, uso de microscopia e melhorias nos materiais de fixação, as complicações vêm diminuindo significativamente.

Recuperação e qualidade de vida após a artrodese

Muitos pacientes relatam significativa melhora na dor e na funcionalidade após a cirurgia. Embora a artrodese limite parte da mobilidade da coluna, ela geralmente compensa com a estabilização e alívio dos sintomas incapacitantes.

Com reabilitação adequada, muitos voltam a realizar atividades cotidianas, trabalhar e até praticar exercícios físicos, sempre com orientação médica.

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Imagem: Evgeny Atamanenko/Shutterstock

É importante ter expectativas realistas. A artrodese não é uma cura total, mas sim uma forma eficaz de controle da dor e da progressão de doenças na coluna.

A artrodese é uma cirurgia de grande importância no tratamento de patologias graves da coluna. Indicada quando outros métodos falham, ela pode transformar a vida de pacientes que sofrem com dor crônica e limitações severas.

Graças aos avanços tecnológicos e técnicas mais seguras, a artrodese tornou-se uma opção confiável e eficaz. No entanto, como qualquer cirurgia, exige avaliação individualizada, acompanhamento médico e cuidados pós-operatórios adequados.

Se você enfrenta dores persistentes na coluna e quer saber se a artrodese é uma possibilidade, converse com um ortopedista especialista em coluna.

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Saúde

Medicamento comum para o coração pode não funcionar

Redação Informe 360

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Um estudo internacional revelou que os betabloqueadores, usados há mais de 40 anos como tratamento padrão após um ataque cardíaco, podem não trazer benefícios para a maioria dos pacientes — e até representar riscos adicionais para algumas mulheres.

De acordo com os pesquisadores, mulheres com função cardíaca preservada (fração de ejeção acima de 50%) tiveram risco significativamente maior de sofrer novo ataque cardíaco, serem hospitalizadas por insuficiência cardíaca ou até morrer quando tratadas com o medicamento.

ataque cardiaco
40 anos depois, betabloqueadores deixam de ser unanimidade no tratamento pós-infarto (Imagem: kung_tom/Shutterstock)

O risco foi quase três vezes maior em comparação às que não usaram betabloqueadores. O estudo está publicado no European Heart Journal.

“Essas descobertas reformularão todas as diretrizes clínicas internacionais e devem desencadear uma abordagem específica para cada sexo no tratamento das doenças cardiovasculares”, afirmou o Dr. Valentin Fuster, do Hospital Mount Sinai, em Nova York.

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ataque cardíaco
Especialistas defendem tratamentos personalizados e alertam que diretrizes médicas ainda não acompanharam os avanços da ciência – Imagem: Theerani lerdsri/Shutterstock

O efeito adverso foi mais evidente em mulheres que receberam altas doses, destacou o Dr. Borja Ibáñez, do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular de Madri.

Diferenças de gênero e novas abordagens

  • Especialistas explicam que homens e mulheres respondem de forma distinta a medicamentos cardiovasculares.
  • Fatores como tamanho do coração, sensibilidade a drogas para pressão arterial e características próprias da doença cardíaca feminina podem explicar essa discrepância.
  • “O gênero tem muito a ver com a forma como as pessoas respondem à medicação”, disse o Dr. Andrew Freeman, do National Jewish Health, em Denver.

Ensaio clínico reforça tese de pesquisadores

O ensaio clínico REBOOT, que acompanhou mais de 8.500 pacientes na Espanha e Itália, reforçou que não há benefício no uso de betabloqueadores em homens ou mulheres com função cardíaca preservada.

Segundo os autores, avanços como o uso de stents e anticoagulantes logo após o infarto já reduzem a necessidade desse tipo de medicamento.

Ainda assim, diretrizes médicas em vários países mantêm o uso rotineiro, aplicado hoje em cerca de 80% dos pacientes.

Um dado adicional: outra análise publicada no The Lancet mostrou que pessoas com fração de ejeção entre 40% e 50% ainda se beneficiam, com redução de 25% nos riscos de novos eventos.

Betabloqueadores em xeque: novo estudo mostra riscos para mulheres após infarto (Imagem: Tharakorn/iStock

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Saúde

Estalar os dedos faz mal à saúde? Veja o que diz a medicina

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Estalar os dedos é um hábito bastante comum para várias pessoas. Embora para alguns o som seja irritante, para muitas outras esse hábito pode ser uma forma de amenizar o tédio, ou mesmo uma maneira de buscar alívio e relaxamento. Mas será que estalar os dedos pode fazer mal à saúde?

Há um senso comum, geralmente passado em família, que diz que fazer estalar os dedos repetidamente pode fazer mal, sendo uma das causas da artrite e pode até mesmo engrossar as articulações. 

Pessoa com mãos sobre notebook
Estalar os dedos serve para alguma pessoas como uma forma de relaxamento e também para aliviar o tédio. (Imagem: Farknot Architect/Shutterstock)

É importante esclarecer que em todas as articulações do corpo humano existe a presença do líquido sinovial – que é responsável por lubrificar as partes do corpo que fazem conexões umas com as outras, evitar o atrito entre ossos e preservar as cartilagens.

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O barulho que surge ao estalar os dedos acontece porque há a formação de bolhas de ar ou vácuo dentro do líquido sinovial que estouram ao serem pressionadas.

A razão pela qual você não pode estalar o mesmo dedo duas vezes seguidas é porque leva algum tempo para que as bolhas se acumulem novamente na articulação.

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Estalar os dedos faz mal à saúde? 

Exames radiográficos mostram que estalar os dedos não prejudica a saúde das mãos. (Imagem: Pinto Art/Shutterstock)

O estalar de dedos vem sendo estudado na medicina há anos. Um estudo curioso sobre o tema foi realizado pelo médico americano Donald Unger com um único paciente: ele mesmo. 

Na infância, o menino ouvia muito de sua mãe que, se continuasse a estalar os dedos, num futuro próximo teria artrite. Como não tinha idade para realizar um estudo científico formal, nem um laboratório, muito menos um grupo de participantes para o seu experimento, usou as próprias mãos. 

O menino, que mais tarde tornou-se médico alergista, passou 50 anos estralando duas vezes ao dia os dedos da mão esquerda, enquanto a direita permaneceu intacta para servir como grupo de controle. 

Após exames de radiografia, a conclusão foi que, depois de meio século, ele não desenvolveu artrite em nenhuma das mãos, assim como não havia nenhuma diferença substancial entre elas. E o estudo acabou sendo divulgado em 1998 pela publicação científica Arthritis & Rheumatism (que atualmente se chama Arthritis & Rheumatology). 

Outro estudo realizado por Robert L. Swezey e Stuart E. Swezey com 28 idosos e 28 crianças com idade média de 11 anos também não conseguiu demonstrar correlação entre o estalo dos dedos e alterações degenerativas nas articulações. 

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Em suma, não há comprovação científica de que estalar os dedos cause mal à saúde. Mesmo que seja feito repetidamente, não há nenhum risco de comprometimento ósseo, nem mesmo para as articulações.

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Saúde

Anvisa proíbe alimentos infantis, molho de pimenta e creme corporal por irregularidades

Redação Informe 360

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no Diário Oficial da União (DOU), uma nova determinação que impacta alimentos e cosméticos vendidos no Brasil, segundo informações de O Globo.

Entre os produtos suspensos estão alimentos infantis da linha “PF da Nina”, um lote de molho de pimenta da marca Ubon e o creme corporal multifuncional Adeus. A medida foi tomada após inspeções que constataram riscos à saúde e descumprimento das regras de produção e rotulagem.

molho de pimenta
Molho de pimenta da marca Ubon é suspendido pela Anvisa (Imagem: YelenaYemchuk/iStock)

Produtos suspensos pela Anvisa

A decisão da Anvisa envolve três tipos de produtos diferentes:

  • Molho de pimenta extra forte Ubon (lote 4512823): suspensão da comercialização devido à presença de dióxido de enxofre não declarado no rótulo. Esse composto pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis;
  • Alimentos infantis “PF da Nina”: fabricados sem licença sanitária e sem cumprir Boas Práticas de Fabricação, obrigatórias para produtos destinados a crianças. A venda está proibida e os itens devem ser retirados das prateleiras;
  • Creme corporal multifuncional Adeus: suspenso porque, apesar de registrado como cosmético, o produto faz alegações farmacológicas de tratamento e cura, o que não é permitido pela legislação.

A Anvisa reforça que a comercialização, fabricação e uso desses itens estão proibidos até que as irregularidades sejam sanadas. Produtos que ainda estejam em circulação poderão ser apreendidos.

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creme corporal
Creme corporal multifuncional Adeus é suspenso pela Anvisa (Imagem: Elena Katkova/iStock)

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Riscos e justificativas do órgão

Segundo a agência, a decisão tem como objetivo principal proteger os consumidores, já que cada caso representa uma ameaça diferente à saúde pública.

No caso do molho de pimenta, a ausência de informação sobre o dióxido de enxofre é grave, porque impede que pessoas alérgicas saibam do risco. Já os alimentos infantis da “PF da Nina” representam uma preocupação ainda maior, porque atingem um público extremamente sensível: bebês e crianças de primeira infância.

Outro ponto é o creme Adeus, que promete efeitos terapêuticos incompatíveis com sua classificação de cosmético. De acordo com a Anvisa, esse tipo de prática pode induzir o consumidor ao erro e levá-lo a acreditar em propriedades medicinais que não foram testadas ou autorizadas.

Essas medidas refletem a atuação da Anvisa em fiscalizar, constantemente, o mercado, e garantir que apenas produtos seguros estejam disponíveis para a população. A agência reforça que denúncias de irregularidades podem ser feitas pelos canais oficiais para acelerar a retirada de itens que não estejam em conformidade com a legislação sanitária.

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Fachada do prédio da Anvisa
Medida foi tomada pela agência após inspeções que constataram riscos à saúde e descumprimento das regras de produção e rotulagem (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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