Saúde
O que cientistas acham do 1º implante de chip cerebral da Neuralink

Elon Musk, CEO da Neuralink, anunciou em uma publicação no X (antigo Twitter) que o 1º chip cerebral da empresa foi implantando em 28 de janeiro, dando início aos testes em humanos. A nova etapa do desenvolvimento dos chips aconteceu depois de negativas da agência reguladora Food and Drug Administration (FDA) e deve analisar os resultados em voluntários pelos próximos seis anos.
A reação da comunidade científica foi mista. Enquanto alguns estão céticos sobre os critérios de Elon Musk no estudo, outros estão animados com as possibilidades da novidade.
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O que dizem os cientistas sobre o chip da Neuralink
Os chips cerebrais da Neuralink foram batizados de Telepathy (Telepatia) e tem o objetivo de ajudar pessoas com algum tipo de paralisia. O dispositivo é instalado por um robô em uma região do cérebro que controla o movimento, permitindo controlar eletrônicos, membros robóticos, cadeiras de rodas e mais usando apenas o pensamento.
Segundo a Nature, os cientistas da área estão cautelosos. Mariska Vansteensel, neurocientista do Centro Médico Universitário de Utrecht, nos Países Baixos, e presidente da Sociedade Internacional BCI (chips como o da Neuralink) espera que os chips sejam seguros e possam provar isso.
Além disso, a especialista espera que eles sejam eficazes a curto e, mais importante, a longo prazo, e questiona se a qualidade dos sinais captados se degrada nos chips (o que é comum) e como isso funcionará com o tempo, já que uma troca não é tão simples.
Já Tim Denison, neuroengenheiro da Universidade de Oxford, acredita que as possibilidades do chip cerebral são empolgantes “para o bem dos pacientes”. Claro, observando a segurança, “sem derrames, sem sangramentos, sem danos na vasculatura, qualquer coisa assim”.
No entanto, no geral, há frustração acerca das informações disponíveis sobre os ensaios clínicos da Neuralink. Isso porque, segundo Denison, além de um folheto recrutando voluntários, a empresa de Elon Musk não divulgou onde os implantes estão sendo feitos e quais resultados as avaliações vão monitorar.
Outro ponto é que o ensaio não está registrado no ClinicalTrials.gov, um repositório online com curadoria de Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, onde é comum que investigações desse tipo sejam documentadas. Além disso, muitas revistas médicas exigem esse registro antes de publicar os resultados.
Para Ian Burkhart, cofundador da BCI Pioneers Coalition, a Neuralink seria muita mais benéfica se divulgasse as informações do estudo, ao invés de deixar a comunidade especulando. “Principalmente os pacientes que esperam ansiosamente por esse tipo de tecnologia para poder melhorar suas vidas”, completou.

Chip cerebral da Neuralink
- A FDA aprovou os testes em humanos para o chip cerebral da Neuralink em maio de 2023. Quatro meses depois, a companhia abriu as inscrições para voluntários.
- O teste é chamado Prime e vai durar seis anos.
- Os pacientes passarão por testes duas vezes por semana para controlar o computador usando os sinais neurais e avaliar a experiência.
- As avaliações vão investigar três pontos do chip: primeiro, o implante em si, o N1/Telepathy; segundo, o robô R1, responsável pela implantação cirúrgica do chip; e terceiro, o N1 User App, software que se conecta ao chip para transmitir os sinais cerebrais para os eletrônicos.
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Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
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Saúde
Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:
- Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
- Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
- Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
- Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.
Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas
No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.
Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida
A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.
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Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.
A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.
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Saúde
Longevidade vai além do DNA: o que Harvard diz sobre viver mais

A longevidade está menos ligada ao DNA do que às escolhas feitas ao longo da vida. É o que destaca a Harvard Health Publishing, segundo a qual a genética responde por cerca de 25% da expectativa de vida, enquanto o restante depende, em grande parte, de hábitos cotidianos que afetam a saúde física e emocional.
Entre esses comportamentos, um se destaca pela simplicidade e pelo impacto: a socialização regular. Um estudo citado pela instituição, realizado com cerca de 28 mil pessoas, aponta que manter interações sociais frequentes está diretamente associado a viver mais e melhor.
A pesquisa indica que encontros regulares, participação em atividades coletivas e vínculos sociais sólidos ajudam a proteger contra o declínio emocional e cognitivo ao longo do envelhecimento.

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Socialização como fator-chave da longevidade
De acordo com a análise assinada por Lisa Catanese, quanto maior a frequência de interações sociais, maior a probabilidade de um envelhecimento saudável.
Em contrapartida, o isolamento prolongado está associado a níveis mais altos de estresse, sintomas depressivos e piora do bem-estar geral, fatores que afetam diretamente a saúde ao longo do tempo.
Alimentação, sono e hidratação fazem diferença
- A Harvard Health também reforça o papel de uma alimentação baseada em vegetais, associada à redução do risco de doenças crônicas.
- Um estudo da JAMA Network Open citado pela instituição aponta uma queda de 23% na mortalidade entre mulheres que seguem o padrão da dieta mediterrânea.
- O sono é outro pilar essencial. Adultos devem dormir entre sete e nove horas por noite para preservar a saúde cardiovascular, metabólica e cerebral.
- Já a hidratação adequada foi associada, em um estudo com mais de 11 milhões de participantes, a menor incidência de doenças crônicas e maior longevidade.

Movimento, hábitos e atitude mental
A atividade física segue como um fator relevante. As diretrizes americanas recomendam 150 minutos semanais de exercício moderado ou 75 minutos de atividade vigorosa, além de fortalecimento muscular duas vezes por semana.
Caminhar, pedalar, nadar e até tarefas domésticas contribuem para a saúde muscular e cardiovascular.
Por fim, Harvard destaca outros três hábitos decisivos: não fumar, limitar o consumo de álcool e cultivar o otimismo. Estudos indicam que uma atitude positiva está associada a maior longevidade e melhor saúde emocional, reforçando que viver mais envolve tanto o corpo quanto a mente.

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