Saúde
Nova droga contra a obesidade mexe com o mercado

A empresa farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk superou a Tesla em valor de mercado. Isso aconteceu após a fabricante do popular medicamento para perda de peso Wegovy anunciar os resultados de testes iniciais para o desenvolvimento de um novo remédio contra a obesidade.
Leia mais
- Remédio faz paciente perder 25% do peso e pode ser alternativa à cirurgia bariátrica
- Obesidade entre jovens de 18 a 24 anos subiu 90% em um ano
- Alta da obesidade tem a ver com ultraprocessados no Brasil

Novo Nordisk em alta
Nesta quinta-feira (7), as ações da Novo Nordisk subiram mais de 8%, atingindo patamares recordes e um valor de mercado de US$ 566 bilhões (R$ 2,8 trilhões). Isso coloca a empresa no posto de 12ª mais valiosa do mundo, à frente de Tesla e Visa, por exemplo.
Os investidores ficaram animados com as informações de que os teste de fase I da versão da pílula da droga experimental amicretina mostraram que os participantes perderam 13,1% de seu peso após 12 semanas. Isso se compara a uma perda de peso de cerca de 6% após 12 semanas e 15% após 68 semanas em testes para Wegovy.
Desde junho de 2021, quando o medicamento contra a obesidade mais famoso foi lançado, os papéis da farmacêutica valorizaram mais de três vezes. A empresa já é a mais valiosa da Europa. As informações são da Reuters.

Obesidade afeta mais de um bilhão de pessoas no mundo
- A forte valorização das ações da empresa dinamarquesa também podem ser explicadas pela emergência de saúde global que a obesidade se tornou.
- No último dia primeiro de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um estudo apontando que 1 em cada 8 pessoas no planeta está bem acima do peso.
- Isso significa que a obesidade já atinge mais de 1 bilhão de pessoas.
- O trabalho ainda comparou a situação atual (de 2022, no caso) com os números de 1990.
- Na população adulta, a taxa de obesidade mais que dobrou entre mulheres e quase triplicou entre os homens nesse período.
- No total, 879 milhões de adultos podiam ser considerados obesos em 2022, um salto de impressionantes 350% em comparação com 1990.
- Saiba mais sobre o assunto clicando aqui.
O post Nova droga contra a obesidade mexe com o mercado apareceu primeiro em Olhar Digital.
Saúde
Vírus comum pode ser a chave do lúpus, dizem cientistas

Pesquisadores da Stanford Medicine encontraram a evidência mais forte até hoje de que o vírus Epstein-Barr (EBV) — presente em até 95% dos adultos — pode ser o gatilho direto para o lúpus, doença autoimune crônica que atinge cerca de milhões de pessoas globalmente.
O estudo descreve como o vírus sequestra células do sistema imunológico e as transforma em “células motoras” da inflamação.
“Esta é a descoberta mais impactante da minha carreira”, afirmou William Robinson, chefe da Divisão de Imunologia e Reumatologia de Stanford. “Acreditamos que se aplica a 100% dos casos de lúpus.”

Detalhes do estudo
- A pesquisa mostra que o EBV se instala em células B, responsáveis por produzir anticorpos e ativar outras células imunológicas.
- Em pessoas saudáveis, apenas uma em cada 10.000 células B carrega o vírus; em pacientes com lúpus, esse índice sobe para uma em cada 400 — um aumento de 25 vezes.
- A chave desse processo é a proteína viral EBNA2, que reprograma as células B e ativa genes pró-inflamatórios.
Leia também:
- Pesquisadores descobrem causa genética do lúpus
- Fevereiro Roxo: campanha reforça a conscientização sobre Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus
- Vacinação reversa pode ser a chave para o tratamento de doenças autoimunes

Como o vírus desencadeia a autoimunidade
Essa reprogramação leva as células B infectadas a ativarem células T auxiliares, provocando uma cascata inflamatória que ataca o próprio material celular do organismo — marca registrada do lúpus. Mulheres são as mais afetadas, por motivos ainda desconhecidos.
Embora muitos pacientes controlem a doença com medicação, cerca de 5% enfrentam complicações graves.
As conclusões também reforçam a hipótese de que o EBV possa participar do desenvolvimento de outras doenças autoimunes, como esclerose múltipla e artrite reumatoide. Agora, cientistas investigam se apenas certas cepas do vírus são capazes de acionar esse mecanismo.
Robinson e colegas trabalham em novas abordagens terapêuticas, incluindo a eliminação profunda de células B infectadas. “Pela primeira vez, temos uma explicação biológica clara para o papel do EBV no lúpus”, disse ele. O estudo foi publicado na Science Translational Medicine.

O post Vírus comum pode ser a chave do lúpus, dizem cientistas apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Especialistas defendem preparo uso seguro da IA na medicina

A inteligência artificial na medicina já não é uma promessa distante — ela está acontecendo agora. Para especialistas, o debate atual não gira mais em torno do “se”, mas do “como” usar essa tecnologia com segurança e responsabilidade. O tema ganhou força justamente pelo impacto crescente da IA na tomada de decisões clínicas.
Mesmo entre defensores da inovação, permanece a preocupação central: garantir que os algoritmos sejam confiáveis e sustentados por boas práticas. Sem essa base, a tecnologia corre o risco de comprometer diagnósticos e condutas, como destaca reportagem do G1.

IA na saúde exige responsabilidade
Os debates mais recentes deixam evidente que a IA já está no cotidiano da medicina. Mas, como alertou o médico Charles Souleyman, diretor-executivo da Rede Total Care, usar tecnologia apenas para acelerar atendimentos pode gerar efeitos indesejados.
Ele critica modelos de telemedicina baseados em consultas rápidas e pouco aprofundadas. “O resultado é uma consulta de péssima qualidade, com um agravante: provavelmente, será solicitado um número excessivo de exames”.
O desafio, portanto, é incorporar essas ferramentas sem transformar o atendimento em algo automático ou sem critério. A IA pode ser uma aliada poderosa, mas precisa ser usada de maneira cuidadosa.

Algoritmos bem treinados fazem toda a diferença
Para que a inteligência artificial realmente contribua com decisões clínicas, ela precisa se apoiar em bases de dados sólidas. Isso torna a qualidade e a validação dos algoritmos fatores essenciais.
Os dados precisam de robustez e é fundamental saber se o algoritmo foi bem treinado, se a validação é consistente.
Carlos Sacomani, urologista e especialista em projetos de telemedicina, durante o FISweek 2025, evento dedicado a inovação e tendências em saúde.
Ele também chama atenção para um ponto importante: alguns produtos do mercado prometem resolver qualquer demanda, mas nem sempre entregam o que anunciam. Sem validação adequada, a IA pode gerar uma falsa sensação de precisão — algo perigoso em ambientes médicos.
O que torna um algoritmo confiável?
- Uso de bases de dados amplas e representativas.
- Validações consistentes antes da aplicação clínica.
- Transparência sobre limitações e cenários de uso.
- Atualizações frequentes conforme surgem novos estudos.
- Revisão constante por profissionais especializados.

Profissionais precisam ser treinados para usar IA
Souleyman também destaca um problema que ainda está longe de ser resolvido: a formação dos profissionais de saúde para trabalhar com IA. Segundo ele, a capacitação ainda não faz parte das grades das faculdades de medicina, criando uma lacuna importante.
Esse preparo é indispensável. Afinal, a tecnologia exige médicos capazes de fazer as perguntas certas e interpretar sugestões com senso crítico.
Leia mais:
- IA que ‘enxerga além da imagem’ detecta câncer de pele com precisão inédita
- O que acontece quando pacientes consultam o ChatGPT antes de buscar um médico?
- Microsoft está criando “super IA humanista” focada em saúde
Além disso, consultas assistidas por IA podem melhorar a experiência do paciente. A ferramenta pode ajudar o médico a organizar dúvidas comuns, sugerir falas mais acolhedoras e até indicar exames complementares — sempre com supervisão humana. No dia a dia, a IA também pode agilizar fluxos internos, otimizar o tempo do especialista e tornar o atendimento mais eficiente.
As discussões do FISweek 2025 mostram que a inteligência artificial tem potencial para transformar tanto o cuidado ao paciente quanto a gestão hospitalar. Mas isso só será viável com validação rigorosa, critérios bem definidos e profissionais preparados para usá-la de maneira ética e consciente.
O post Especialistas defendem preparo uso seguro da IA na medicina apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Suplementos pré-natais podem reduzir risco de autismo em até 30%

Uma revisão abrangente conduzida por pesquisadores da Universidade Curtin, na Austrália, em parceria com instituições da Etiópia, indica que a suplementação pré-natal com ácido fólico e multivitamínicos está associada a um risco até 30% menor de desenvolvimento de transtorno do espectro autista (TEA) em crianças.
A análise reuniu evidências de revisões sistemáticas e meta-análises que, juntas, incluem mais de três milhões de participantes.
O TEA, que atinge cerca de 1% das crianças globalmente, afeta habilidades sociais, comunicação e comportamento, podendo coexistir com condições como ansiedade, TDAH, distúrbios do sono e epilepsia.
A nutrição materna pré-natal é considerada um dos fatores ambientais modificáveis mais importantes para o neurodesenvolvimento.

Leia mais:
- Existe diferença entre o cérebro de mulheres e homens autistas
- Diagnóstico precoce reduz dificuldades na comunicação de autistas
- Cientistas descobrem relação entre autismo e microbiota do intestino
Evidências reunidas e queda consistente no risco
- A revisão, publicada na PLOS One, avaliou oito revisões sistemáticas que investigaram o uso materno de ácido fólico e multivitamínicos.
- A maioria apontou associação entre o uso desses suplementos e menor risco de TEA, embora algumas análises anteriores tenham apresentado resultados contraditórios.
- No conjunto, a nova avaliação encontrou uma redução média de 30% no risco entre mães que utilizaram ácido fólico ou multivitamínicos durante o período pré-natal.
- Em subanálises, multivitamínicos mostraram redução de 34% no risco e o ácido fólico isolado, de 30%.
- Os resultados mantiveram consistência mesmo quando cada revisão foi retirada individualmente da análise.

Efeito protetor reforçado
Os autores classificam as evidências como “altamente sugestivas” de um efeito protetor dos suplementos no desenvolvimento cerebral fetal.
O ácido fólico desempenha papel central na formação do tubo neural e na regulação epigenética, enquanto os multivitamínicos contribuem para equilíbrio imunológico e metabolismo de neurotransmissores.
Segundo os pesquisadores, a força do padrão observado sustenta recomendações para que mulheres utilizem ácido fólico e multivitamínicos antes da concepção e nas primeiras fases da gravidez.

O post Suplementos pré-natais podem reduzir risco de autismo em até 30% apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico

Tecnologia1 semana atrásComo e quando fazer a manutenção da suspensão do carro?

Saúde1 semana atrásApenas 50 pessoas no mundo têm este sangue raro — e a ciência quer fabricá-lo

Saúde6 dias atrásVariante H5N5 da gripe aviária é registrada pela primeira vez em humano nos EUA

Justiça7 dias atrásSTF forma maioria para tornar Eduardo Bolsonaro réu no tarifaço

Tecnologia6 dias atrásGosta de faroeste e história policial? Conheça as séries e filmes de Taylor Sheridan

Negócios1 semana atrásNovas Regras para Vale-Alimentação Podem Gerar Economia Anual de R$ 8 Bi

Justiça7 dias atrásCrime organizado demanda articulação nacional, diz procurador do RJ

Negócios1 semana atrásEntenda Medida Que Altera Regras para Vales-Alimentação





























