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Saúde

Exame de Covid-19 desenvolvido no Brasil mira testagem em larga escala

Redação Informe 360

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O laboratório brasileiro Mendelics e o hospital Sírio-Libanês, sediado em São Paulo, desenvolveram um teste para Covid-19 que, segundo os responsáveis, permite o processamento de 110 mil amostras de saliva por dia.

Batizado de #PareCOVID, o teste leva uma hora, custa até R$ 95 e utiliza a metodologia RT-LAMP (Reverse Transcription Loop-Mediated Isothermal Amplification), sem depender de equipamentos e reagentes atualmente escassos. O projeto piloto com 50 mil pessoas não identificou falsos positivos, dizem os responsáveis.

A maior parte dos exames existentes que identificam o vírus coleta as amostras de secreções através de um swab nasal longo — um tipo de cotonete alongado. Esse ato causa um movimento involuntário que pode expelir o vírus, aumentando o risco de infecção para os profissionais da saúde.

No método do novo teste, o próprio paciente realiza a coleta de amostras de saliva em um tubo estéril, o que pode ajudar a resolver o problema de demanda de kits de coleta — fator que tem limitado diretamente a capacidade de coleta e testagem no Brasil.

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A Mendelics tem uma parceria com o Hospital Sírio-Libanês para a realização do exame, que já está disponível para alguns parceiros. Amostras podem ser coletadas de todo o Brasil para a realização do exame, e o processamento, por enquanto, será feito exclusivamente em São Paulo.

Até a noite desta quinta-feira (11), o Brasil já tinha registrado pelo menos 40.919 mortes por Covid-19, além de 802.828 casos confirmados da doença, segundo o Ministério da Saúde. Fonte: CNNBrasil

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Saúde

Ultraprocessados afetam a sua saúde e a do planeta; reforça estudo

Redação Informe 360

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Os alimentos ultraprocessados podem ser uma opção mais fácil e rápida, mas deixam um rastro de problemas não só na sua saúde, mas também no meio ambiente. Um novo estudo sobre o comportamento alimentar dos brasileiros revela que o consumo desses alimentos está relacionado à menor adesão à dieta planetária — que considera os efeitos ambientais da alimentação — e, consequentemente, contribui para a degradação ambiental.

A pesquisa, conduzida pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, utilizou dados do Inquérito Nacional de Alimentação de 2017-2018 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE.

O que é dieta planetária?

Em entrevista ao Jornal da USP, o pesquisador e autor do estudo, Leandro Cacau, explica que a dieta planetária é um modelo de alimentação que busca equilibrar a saúde humana com a saúde do planeta. Ela foi proposta em 2019 por um grupo de cientistas de áreas como nutrição, saúde, agronomia e produção sustentável.

A ideia é adotar alimentos que respeitem os limites naturais da Terra, promovendo o bem-estar das pessoas sem sobrecarregar os recursos do planeta. Consiste em priorizar alimentos frescos, in natura ou minimamente processados, como frutas, vegetais e grãos, enquanto desaconselha o consumo excessivo de ultraprocessados, como salgadinhos e biscoitos industrializados. O principal motivo é que esses alimentos não só prejudicam a saúde, mas também contribuem para o desgaste ambiental.

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A dieta planetária prioriza alimentos frecos e naturais – Imagem: Natalia Lisovskaya/Shutterstock

O modelo alimentar está alinhado com as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, que há cerca de 10 anos aconselha o consumo de alimentos naturais e a redução de ultraprocessados.

O consumo de ultraprocessados leva à menor adesão à dieta planetária

  • Pesquisas anteriores já mostraram que os ultraprocessados geram danos ao meio ambiente. O Olhar Digital divulgou uma delas.
  • A fabricação desses alimentos passa por certos processos industriais e utiliza ingredientes como aditivos químicos, fatores que, com o tempo, podem prejudicar o equilíbrio da natureza e aumentar a liberação de gases responsáveis pelo aquecimento global.
  • A dieta planetária surge como uma alternativa viável, mas, para que ela seja efetiva, é preciso reduzir o consumo desses produtos industrializados.
  • O novo estudo comportamental mostra que quanto maior o consumo de alimentos ultraprocessados, menor a adesão à dieta planetária.
  • Ou seja, as pessoas que consomem muitos ultraprocessados tendem a seguir menos as práticas alimentares que favorecem tanto a saúde quanto o meio ambiente.
alimentos ultraprocessados
Quanto maior o consumo de alimentos ultraprocessados, menor a adesão à dieta planetária – Imagem: Niloo/Shutterstock

Leia mais:

Uma alimentação natural é a melhor opção para você e para o planeta

As descobertas do novo estudo reforçam a necessidade de promover informações sobre os impactos negativos dos ultraprocessados e, assim, reduzir seu consumo. A dieta planetária é uma alternativa saudável não apenas para nossos organismos, mas também para o planeta todo. Leandro Cacau ressalta:

Nosso estudo reforça as evidências acumuladas de que uma alimentação mais natural é essencial para a saúde e o meio ambiente.

Leandro Cacau para o Jornal da USP

O pesquisador também destaca que a pesquisa serve como um ponto de apoio para o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem uma alimentação mais saudável e sustentável.

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Saúde

Não tão inofensivos assim: 20 produtos do dia a dia que podem prejudicar à saúde

Redação Informe 360

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Presentes em nosso lar, nos ambientes de lazer, no salão de beleza e escritórios, alguns produtos podem prejudicar nossa saúde. Sobretudo, porque possuem substâncias químicas capazes de alterar o sistema endócrino e a nossa função hormonal

Os chamados disruptores endócrinos podem apresentar substâncias diferentes em cada produto, mas ainda assim não deixam de ser um potencial nocivo à saúde. Entenda agora quais são eles e em que produtos costumam estar presentes.

Leia mais

20 produtos do dia a dia que podem prejudicar sua saúde

Antes de mais nada, saiba que os produtos listados aqui possuem em sua composição ou fabricação um disruptor endócrino químico (EDC). Deste modo é prejudicial à saúde, uma vez que um disruptor endócrino é um produto químico exógeno ou uma mistura de produtos químicos que interfere em qualquer aspecto da ação hormonal.

Ao serem inseridos em nosso cotidiano, eles atuam como múltiplos mecanismos, incluindo: interferência nos receptores hormonais, além de alteração na síntese, distribuição, circulação e metabolismo dos hormônios. Além disso, podem induzir mudanças epigenéticas e alterar a expressão ou transporte do receptor hormonal através das membranas celulares. 

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Endocrinologia. A palavra está escrita em um pedaço de papel colorido. termos de saúde, palavras de cuidados de saúde, terminologia médica. Palavras-chave de bem-estar. siglas de doenças/Shutterstock/Foto evan_huang
Disruptores endócrinos são substâncias químicas externas que podem interferir na ação dos hormônios do corpo. Imagem: evan_huang / Shutterstock

Existem mais de 800 químicos suspeitos ou capazes de interferir com nossos receptores. Eles podem estar presentes em diversos produtos, desde eletrônicos a pesticidas. Entre as substâncias mais conhecidas estão os ftalatos, parabenos, nonilfenóis e triclosan. Além desses, componentes como Bisfenol A são muito comuns em diversos produtos.

Veja a lista a seguir:

  1. Grama sintética
  2. Pisos
  3. Armários
  4. Computadores
  5. Esmaltes de unhas
  6. Inseticidas
  7. Hidratantes
  8. Xampus
  9. Condicionadores
  10. Brinquedos plásticos
  11. Bolsas de sangue
  12. Tapetes
  13. Garrafas pet
  14. Mamadeiras
  15. Copos descartáveis
  16. Latas de refrigerantes
  17. Embalagens de alimentos industrializados
  18. Tintas e pigmentos
  19. Primmers
  20. Verniz

Riscos à saúde dos produtos considerados disruptores endócrinos

A exposição a tais produtos podem trazer diversos riscos à saúde, como câncer, prejuízos ao neurodesenvolvimento infantil, maiores chances de obesidade, diabetes e infertilidade (atrofia testicular, diminuição dos espermatozoides, aumento de abortamento).

Além da vulnerabilidade de contaminação com produtos que possuem os disruptores endócrinos, pesquisadores acreditam que não há um nível seguro de risco dessa exposição. Ou seja, o correto seria não serem fabricados mais produtos com tais químicas.

No entanto, há um grande desafio quando o assunto é reduzir a exposição aos EDCs (disruptor endócrino químico). Afinal, ainda não existem muitos requisitos legais para testes de segurança serem realizados antes dos produtos químicos serem comercializados.

Esmaltes pastel em frascos isolados em branco/ Shutterstock/Foto New Africa
Esmaltes podem ser prejudiciais à saúde. Imagem: New Africa / Shutterstock

Sobretudo, isso ainda não acontece, pois, a legislação de muitos países também é falha. Dessa forma, enquanto não existirem leis que proíbam a produção, venda e consumo de tais produtos, eles não deixarão de circular.   

Para se ter uma ideia, o Bisfenol A, substância discriminada e proibida em alguns países desenvolvidos, ainda circulava pelo Brasil em 2011. Contudo, mesmo após a Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) já ter reconhecido seus malefícios na data, ainda é possível encontrar produtos com a substância, com exceção de mamadeiras.

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De acordo com a Anvisa, está proibido a importação e fabricação de mamadeiras que contenham Bisfenol A no Brasil, considerando a maior exposição e susceptibilidade dos indivíduos usuários deste produto. A Resolução RDC n. 41/2011 está vigente desde 2012.

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Saúde

Alergia grave: pesquisadores criam 1ª caneta de adrenalina brasileira

Redação Informe 360

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Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu a primeira caneta de adrenalina autoinjetável do país. A medicação, quando disponibilizada nesse tipo de dispositivo, é aplicada pelo próprio paciente, em casos de reação alérgica grave e potencialmente fatal, quadro médico conhecido como anafilaxia.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), a adrenalina figura atualmente como o único medicamento disponível no mercado capaz de tratar casos de anafilaxia. O modelo autoinjetável, entretanto, só pode ser adquirido no Brasil por importação, o que torna o custo extremamente elevado.

Rio de Janeiro 08/11/2024 - O pesquisador da Fiocruz e neurofisiologista Renato Rozental, fala sobre a primeira caneta de adrenalina autoinjetável desenvolvida por pesquisadores brasileiros.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O pesquisador da Fiocruz e neurofisiologista Renato Rozental fala sobre a 1ª caneta de adrenalina autoinjetável desenvolvida por pesquisadores brasileiros. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O médico Renato Rozental coordena a equipe responsável pela caneta nacional. Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou que, apesar de ser o primeiro protótipo brasileiro, não se trata de uma “inovação radical”. “Você encontra essa caneta com facilidade na Europa, na América do Norte, na Ásia, na Oceania”.

“A grande pergunta é: por que demorou tanto tempo pra termos isso acontecendo no Brasil?”, questionou o pesquisador da Fiocruz.

Rozental lembrou que, desde 2018, com a quebra do monopólio, opções genéricas da caneta no mercado externo fizeram com que o preço do dispositivo caísse substancialmente. “Mas continuava exorbitante”.

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“Pra quem tem seguro de saúde, caríssimo lá fora, o preço chega a US$ 100. Quem não tem seguro paga até US$ 700. No Brasil, pessoas que têm condições, por meio de processos de judicialização, conseguem importar, mas o preço ainda está nas alturas. Importar uma caneta por R$ 3 mil ou R$ 4 mil é algo fora da realidade brasileira.”

“A maior parte da população brasileira, não apenas via Sistema Único de Saúde (SUS) mas também na rede privada, não tem acesso. O que fizemos foi estruturar, observando canetas já existentes no mercado. O processo é muito rápido. Começamos a conversar no ano passado e já temos um protótipo funcional agora.”

Anvisa

Rozental ressaltou que, há poucos meses, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fechou um acordo de bilateralidade com a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA). A proposta é agilizar a entrada, no Brasil, de medicamentos já aprovados nos Estados Unidos.

“A Anvisa teria acesso a esses resultados de forma direta, apesar de serem confidenciais. Isso facilitaria muito a aprovação de qualquer dispositivo no Brasil. É um processo que vamos discutir na semana que vem, em Salvador, onde teremos um representante da Anvisa que lida especificamente com isso”, disse, ao se referir ao debate agendado para a próxima sexta-feira (15) no Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia.

“Do nosso lado, teríamos condições de, em 11 meses, ter essa caneta de adrenalina pronta para distribuição no país. Mas vai depender dessa discussão na próxima semana, do reconhecimento e da liberação pela Anvisa. Não está nas nossas mãos.”

Anafilaxia

À Agência Brasil, o presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Fábio Chigres, alertou para um “aumento exponencial” de alergias no Brasil – incluindo casos de anafilaxia.

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“Há 30 anos, em hospitais públicos especializados no tratamento de alergia, referência para esses casos, a gente via oito ou dez casos por ano de crianças com alergia a leite de vaca. Hoje, vejo isso em uma semana”.

Brasília (DF) 08/11/2024 - Fábio Chigres, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

Fábio Chigres, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). – Fábio Chigres/Divulgação

Segundo ele, os alimentos figuram, no país, como a principal causa de alergia entre crianças – sobretudo leite e ovo. “Não é lagosta ou algo que se come eventualmente”, destacou.

“E essa criança com alergia alimentar fica muito mais exposta na rua do que quando está dentro de casa. Com isso, a qualidade de vida de toda a família fica muito ruim. Eles vivem esperando uma reação grave. Temos casos de crianças que caminham pela sessão de laticínios do mercado e têm reação”.

Já entre adultos, a principal causa de alergia, de acordo com Chigres, são medicamentos – sobretudo analgésicos e anti-inflamatórios, remédios que sequer exigem pedido médico no ato da compra. Antibióticos também respondem por um número considerável de casos de alergia na população adulta, além de alimentos como crustáceos e mariscos.

“No caso específico da anafilaxia, trata-se de uma reação alérgica muito grave e que se desenvolve rapidamente”, disse. “Essa reação causa choque anafilático, uma queda de pressão abrupta e muito grande, que faz com que o sangue não circule pelo corpo e não chegue ao cérebro. O organismo libera uma substância chamada histamina, que causa uma reação generalizada e pode afetar pele e pulmão, além de causar broncoespasmo e edema de glote, fechando as vias aéreas superiores.”

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“A adrenalina reverte todos esses sintomas. Se eu começo a ter uma reação dessa e aplico a adrenalina, no prazo de um a cinco minutos, reverto quase totalmente o quadro de anafilaxia – ou permito que essa pessoa vá ao hospital completar o tratamento”, destacou Chigres.

“Não é só sobre o acesso à adrenalina. Preciso de um dispositivo que facilite o uso. E a caneta brasileira pode ser aplicada, na parte lateral da coxa, por uma pessoa que não tem formação em saúde.”

Segundo Chigres, a estimativa é que a caneta de adrenalina autoinjetável desenvolvida por pesquisadores brasileiros chegue ao mercado nacional custando em torno de R$ 400.

Agencia Brasil

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