Saúde
Estudo pode viabilizar o primeiro tratamento da COVID longa

Pesquisadores da WEHI, um instituto médico da Austrália, desenvolveram um composto antiviral que demonstrou prevenir sintomas da COVID longa em camundongos, oferecendo uma possível esperança para o tratamento dessa condição debilitante.
Publicado na Nature Communications, o estudo é o primeiro a mostrar que o tratamento evitou disfunção cerebral e pulmonar de longo prazo, principais sintomas da COVID longa.
A pesquisa abre caminho para futuros ensaios clínicos e, potencialmente, um tratamento oral para a doença.
COVID longa ainda carece de tratamentos
- A COVID longa, ou sequela pós-aguda da COVID-19 (PASC), é uma condição crônica caracterizada por sintomas persistentes como dificuldades respiratórias, fadiga e confusão mental.
- Embora afete milhões de pessoas, sua causa ainda é pouco compreendida, e não há tratamento aprovado.
- O Dr. Marcel Doerflinger, chefe do laboratório WEHI, destacou que os resultados podem ser um marco na busca por terapias eficazes.

Leia mais:
- Qual é a probabilidade de pegar Covid-19?
- Pandemia ou epidemia: entenda a diferença de forma simples
- Restos ‘zumbi’ de Covid-19 podem estar causando doenças letais. Entenda
A pesquisa
Os pesquisadores identificaram uma proteína chamada PLpro, essencial para o coronavírus, como alvo promissor.
Após examinar mais de 400 mil compostos, a equipe desenvolveu um novo medicamento que pode superar barreiras dos tratamentos existentes. O Prof. David Komander, co-líder da equipe, comemorou a rapidez da descoberta, realizada em menos de cinco anos.
Além de prevenir a COVID longa, o novo composto mostrou eficácia superior a antivirais atuais, como o Paxlovid, que apresenta limitações, como interações com outros medicamentos.
A pesquisa continua em colaboração com outros centros para otimizar o composto e avaliar seu potencial em tratamentos mais amplos para a COVID-19.

O post Estudo pode viabilizar o primeiro tratamento da COVID longa apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Vício em doces é real — e agora a Ciência consegue medi-lo

Por que é tão difícil parar no primeiro biscoito ou chocolate? Para muitas pessoas, doces não são apenas prazerosos — despertam desejo, culpa e sofrimento emocional.
Um novo estudo da Fundação FitMIND propõe a primeira escala validada voltada especificamente para identificar comportamentos semelhantes ao vício em açúcar: a FFSAS (Escala de Dependência de Doces da FitMIND).
Publicada na Nutrients, a pesquisa envolveu 344 adultos na Polônia e revelou que mais de 60% dos participantes se identificaram como “viciados em doces”, com muitos relatando consumo diário, tentativas frustradas de redução e sentimentos de culpa.

Como a escala deve funcionar
- Diferente das escalas alimentares tradicionais, a FFSAS se concentra apenas em doces e avalia não só a frequência do consumo, mas também o impacto emocional e cognitivo do comportamento.
- A escala foi inspirada na YFAS 2.0, usada para dependência alimentar em geral, e adaptada para mapear sintomas com base nos critérios de vício do DSM-5.
- Os pesquisadores encontraram forte consistência interna e destacaram que emoções negativas, como remorso e vergonha, foram indicadores mais relevantes do que a quantidade consumida.
Leia mais:
- Qual é o melhor para sua saúde: açúcar ou adoçante? Veja o que diz a ciência
- Dois ingredientes comuns são inimigos do seu estômago!
- Vontade de um docinho depois do almoço? A explicação está no seu cérebro

Encontrando respostas sobre a dependência do açúcar
Embora o estudo seja piloto, ele destaca a necessidade de compreender a dimensão emocional do consumo de açúcar, muitas vezes ignorada em avaliações nutricionais. A equipe agora trabalha em validações mais amplas e em versões resumidas da ferramenta para uso clínico e educacional.
A mensagem é clara: o vício em doces vai além da falta de disciplina — envolve padrões psicológicos reais. Reconhecê-los pode ser o primeiro passo para estratégias de alimentação mais saudáveis e sustentáveis, com apoio emocional adequado.

O post Vício em doces é real — e agora a Ciência consegue medi-lo apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
O que acontece no cérebro durante a gravidez?

Durante a gestação, as transformações físicas são evidentes: a barriga cresce, os seios se modificam, a pele pode apresentar mudanças e o inchaço pode ser intenso. Mas o que acontece no cérebro durante a gravidez? Apesar de pouco discutido, ele também passa por adaptações surpreendentes que influenciam emoções, memória e comportamento.
Na gravidez, muitas mulheres vivenciam lapsos de memória, dificuldade de concentração e névoa mental, fenômeno conhecido como “baby brain”.
Com o objetivo de desvendar esses e outros aspectos, pesquisadores analisaram o cérebro antes, durante e depois da gestação, revelando descobertas importantes sobre suas transformações. Confira!
O que ocorre no cérebro humano durante uma gestação?
Um estudo, realizado pela Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (nos EUA) e publicado na revista Nature Neuroscience, acompanhou as alterações neuroanatômicas observadas ao longo da gestação. Em outras palavras, os neurocientistas investigaram o que acontece no cérebro durante a gravidez.

Emily Jacobs, autora do estudo, destacou que essa pesquisa representa o primeiro mapa detalhado do cérebro humano durante a gestação, trazendo novas perspectivas sobre as transformações cerebrais nesse período. O mais interessante é que esse acompanhamento aconteceu em tempo real, mais precisamente no cérebro da cientista Elizabeth Chrastil (38 anos).
Como a gravidez altera a estrutura do cérebro?
Durante o estudo, os pesquisadores analisaram 26 exames de imagem do cérebro de Elizabeth. A partir daí descobriram alterações significativas em áreas responsáveis pela socialização e pelo processamento das emoções.

Essas mudanças foram tão marcantes que ainda eram perceptíveis dois anos após o parto, indicando que a gravidez pode ter efeitos duradouros na estrutura cerebral.
Essas descobertas não apenas trazem dados inéditos sobre as mudanças cerebrais na gravidez, mas também podem contribuir para uma melhor compreensão dos primeiros indícios de condições como depressão pós-parto e pré-eclâmpsia.
Ao aprofundar o conhecimento sobre essas alterações, os cientistas esperam melhorar a identificação precoce e o tratamento dessas questões de saúde que afetam muitas mães no período gestacional e pós-parto.
Durante a gravidez, o cérebro passa por adaptações significativas. No estudo, constatou-se que aproximadamente 80% das regiões cerebrais da participante apresentaram uma redução de cerca de 4% no volume de massa cinzenta, estrutura essencial para funções como movimento, emoções e memória.
Essa diminuição teve apenas uma leve recuperação após o parto, sugerindo que algumas alterações podem ser duradouras.
Por outro lado, a integridade da massa branca, responsável por garantir conexões eficientes entre diferentes áreas do cérebro, aumentou nos primeiros meses da gestação, indicando um possível fortalecimento da comunicação neural nesse período.
No entanto, essa melhora foi temporária, retornando aos níveis normais logo após o nascimento do bebê.
Esses achados reforçam a complexidade das mudanças cerebrais na gravidez e ajudam a compreender melhor seus impactos na cognição e na saúde mental materna.
Durante a gestação, a participante não percebeu sinais do chamado “cérebro de grávida”, como lapsos de memória ou dificuldade de concentração. No entanto, no terceiro trimestre, ela sentiu um aumento no cansaço e notou-se mais emotiva.
Leia mais:
- O que acontece no cérebro durante o ciclo menstrual?
- Gravidez psicológica: como a mente e o corpo reagem à pseudociese?
- O que é trombofilia? Conheça a doença que acometeu a gravidez de Maíra Cardi
Por que saber o que ocorre no cérebro durante a gravidez é importante?
Outra neurocientista que fez parte do estudo, Laura Pritschet, também reforçou as informações reveladas na pesquisa no podcast “Chasing Life”.

Ela apontou que as mudanças neuroanatômicas ocorridas durante a gravidez podem ter impactos significativos na compreensão da vulnerabilidade a transtornos de saúde mental, assim como nas variações individuais do comportamento parental.
Em outras palavras, o estudo pode ajudar a mapear e compreender problemas como depressão pós-parto, dores de cabeça, enxaquecas, epilepsia, derrame e comportamento.
Contudo, Pritschet enfatiza que essa é uma área que ainda exige muitas pesquisas e um aprofundamento significativo no contexto, destacando a importância de uma compreensão mais ampla sobre as mudanças cerebrais na gravidez.
O post O que acontece no cérebro durante a gravidez? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Dieta vegana pode prevenir diabetes, sugere estudo

Os alimentos que você consome impactam diretamente na sua saúde. Isso não é uma novidade, mas novos estudos vêm descobrindo novas informações importantes sobre a relação entre a dieta e o combate a algumas doenças.
Este é o caso de um novo trabalho publicado na revista Frontiers in Nutrition. Nele, pesquisadores do Comitê de Médicos para Medicina Responsável identificaram que os alimentos presentes na dieta vegana podem auxiliar na prevenção do diabetes.

Consumo de alimentos veganos diminui a carga ácida do corpo
- De acordo com a equipe responsável pela pesquisa, o veganismo é capaz de diminuir significativamente a carga ácida do corpo em comparação com a dieta mediterrânea.
- Os pesquisadores explicam que este efeito é causado pela ingestão de produtos como carne, ovos e laticínios.
- Isso pode causar uma inflamação crônica que interrompe o metabolismo e pode levar ao aumento do peso corporal.
- No entanto, ao substituir alimentos de origem animal por produtos à base de plantas, como frutas e legumes, é possível promover o emagrecimento e criar um microbioma intestinal saudável.
- Ao mesmo tempo, a adoção desta dieta pode reduzir as chances de desenvolvimento de diabetes, uma vez que a carga ácida é um fator de risco para a doença.
Leia mais
- Algumas profissões aumentam o risco de ter diabetes tipo 2, diz estudo
- Avanço contra diabetes: estudo com células-tronco mostra resultados inéditos
- Microplásticos podem aumentar risco de diabetes, revela estudo

Dieta vegana também pode auxiliar na perda de peso
No novo estudo, os cientistas analisaram 62 pacientes adultos com sobrepeso. Eles foram divididos em dois grupos. O primeiro adotou uma dieta mediterrânea, enquanto o segundo consumiu apenas alimentos veganos com baixo teor de gordura.
O tempo total de experimento foi de 36 semanas. Ao final deste período, os pesquisadores calcularam a carga ácida de cada participante. Este trabalho é feito a partir da análise da Carga Ácida Renal Potencial (PRAL) e da Produção Líquida de Ácido Endógeno (NEAP). Uma pontuação maior nestes indicadores sugere uma carga ácida dietética mais alta.

A equipe observou que as duas pontuações diminuíram significativamente na dieta vegana, mas não apresentaram mudanças significativa na dieta mediterrânea. A redução da carga ácida ainda promoveu uma perda de peso média de quase seis quilos nos participantes que adotaram o veganismo.
Os principais alimentos utilizados na dieta vegana analisada foram vegetais (principalmente folhas verdes, brócolis, beterraba, aspargos, alho, cenoura e repolho), frutas (como maçãs, cerejas, damascos ou melão), leguminosas (por exemplo, lentilhas, grão de bico, ervilha, feijão ou soja) e grãos (quinoa ou painço).
O post Dieta vegana pode prevenir diabetes, sugere estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
- Tecnologia1 semana atrás
Gostou de “Operação: Lioness”? Confira 5 séries e filmes parecidos com a produção da Netflix
- Saúde1 semana atrás
O que é a pneumonia silenciosa? Veja sintomas e tratamento
- Tecnologia1 semana atrás
Pó de borboleta causa cegueira?
- Tecnologia4 dias atrás
O que é candidíase? Veja os sintomas, causas e quando tratar
- Saúde1 semana atrás
Quais testes detectam a dengue no corpo humano?
- Negócios1 semana atrás
10 Frases de Meryl Streep sobre Carreira, Autenticidade e Sucesso
- Tecnologia1 semana atrás
Mundial de Clubes: veja quais tecnologias são usadas pela FIFA no torneio
- Saúde6 dias atrás
Microplásticos podem aumentar risco de diabetes, revela estudo