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Saúde

AVC mata um brasileiro a cada seis minutos; 80% dos casos poderiam ser evitados

Redação Informe 360

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O acidente vascular cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morte no Brasil, perdendo apenas para o infarto. Segundo informou o Ministério da Saúde ao g1, as doenças cardiovasculares representam cerca de 30% dos óbitos anuais no país.

De janeiro a outubro deste ano, 64.471 pessoas morreram por AVC, o que equivale a uma vida perdida a cada seis minutos. Em 2023, foram mais de 85 mil mortes registradas, colocando o Brasil entre os países com maior carga da doença.

Além do impacto humano, o custo financeiro é expressivo: entre 2019 e setembro de 2024, o tratamento de pacientes com AVC custou R$ 910 milhões ao sistema hospitalar, com mais de 85 mil internações — sendo que um em cada quatro pacientes precisou de UTI, segundo dados da consultoria Planisa.

Controle da pressão e hábitos saudáveis são essenciais

Segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC), oito em cada dez casos de AVC poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção. Entre os principais fatores de risco estão a hipertensão arterial, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo e colesterol alto. O controle da pressão arterial é apontado como o passo mais importante para reduzir o risco, já que a hipertensão é silenciosa, mas altamente tratável.

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Controlar a pressão arterial é uma das medidas para evitar um AVC (Imagem: Fire_dragon/Shutterstock)

A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e abandono do cigarro, também é decisiva para diminuir a incidência da doença.

Existem dois tipos principais de AVC: o isquêmico, que representa 85% dos casos e é causado pela obstrução de um vaso sanguíneo, e o hemorrágico, responsável por 15% dos episódios, quando ocorre o rompimento de uma artéria cerebral. Embora menos comum, o tipo hemorrágico é mais grave e tem maior risco de sequelas e mortalidade.

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Cresce o número de jovens acometidos por AVC

Antes considerada uma doença de idosos, o AVC vem se tornando cada vez mais frequente entre jovens adultos. Nos últimos dez anos, a incidência do tipo isquêmico aumentou 66% em pessoas com menos de 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de AVC.

Entre os principais fatores que explicam esse crescimento estão as doenças cardíacas, como a persistência do forame oval (que permite a passagem de coágulos ao cérebro), o tabagismo combinado com anticoncepcionais hormonais (que multiplica o risco de AVC e trombose), e o uso de anabolizantes e testosterona em academias, elevando o risco de tromboses graves.

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Além disso, o estresse contínuo, noites mal dormidas e dietas desequilibradas contribuem para o aumento precoce de hipertensão, obesidade e diabetes — condições diretamente ligadas ao AVC.

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Dormir bem também é fundamental para a saúde e pode ajudar a prevenir AVCs (Imagem: KieferPix/Shutterstock)

Reconhecimento rápido salva vidas

O tempo de resposta é determinante no tratamento. Os sintomas do AVC aparecem de forma súbita e exigem ação imediata. O teste “SAMU” ajuda a identificar rapidamente os sinais:

  • Sorriso: peça para a pessoa sorrir; se um lado do rosto não mexer, é sinal de alerta.
  • Abraço: veja se consegue levantar os dois braços.
  • Música: peça para repetir uma frase simples; se houver dificuldade, procure ajuda.
  • Urgente: ligue imediatamente para o 192.

O tratamento precisa começar em até quatro horas após o início dos sintomas. Em casos isquêmicos, podem ser utilizados medicamentos trombolíticos ou o procedimento de trombectomia mecânica para remover o coágulo. O diagnóstico é feito por tomografia ou ressonância magnética, que identificam o tipo e a área afetada.

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Sintomas do AVC aparecem de forma súbita e exigem ação imediata (Imagem: utah778/iStock)

A reabilitação — com fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional — é essencial para recuperar funções perdidas. Embora os avanços médicos tenham melhorado o prognóstico, especialistas são unânimes: a prevenção é a arma mais eficaz contra o AVC. Controlar os fatores de risco e adotar um estilo de vida saudável ainda é o caminho mais seguro para evitar essa condição devastadora.

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Saúde

O que é o bicho geográfico? Entenda a condição de saúde, causas e tratamento

Redação Informe 360

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Quando chega o verão, também chega a temporada de férias na praia. A sensação da areia nos pés é revigorante, mas, às vezes, um parasita indesejado pode voltar para casa com você. Estamos falando da Larva migrans cutânea, popularmente conhecida no Brasil como “bicho geográfico”.

Embora o nome possa soar quase inofensivo ou curioso, quem já teve a infecção sabe que o desconforto é real. A condição, muito comum em países tropicais, não escolhe idade e está diretamente ligada aos locais onde nossos animais de estimação circulam. Mas o que exatamente acontece sob a pele e como se livrar desse hóspede indesejado?

O que causa o bicho geográfico e como tratar?

Para entender a doença, primeiro precisamos apresentar o culpado. O bicho geográfico é causado, na maioria das vezes, por larvas de parasitas intestinais de cães e gatos, sendo o Ancylostoma braziliense o mais comum.

O ciclo de vida desses parasitas começa no intestino dos animais. Os ovos do verme são eliminados nas fezes de cães e gatos infectados. Quando essas fezes entram em contato com solos quentes, úmidos e arenosos (como praias ou tanques de areia em parquinhos), os ovos eclodem e liberam as larvas.

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Parasita intestinal de cães e gatos Ancylostoma braziliense
Parasita intestinal de cães e gatos Ancylostoma braziliense (Imagem: Reprodução/wikidoc)

É aqui que entra o ser humano, funcionando como um hospedeiro acidental. Ao pisarmos descalços ou sentarmos nessa areia contaminada, a larva penetra diretamente na pele humana, iniciando a infecção.

Por que “bicho geográfico”?

O nome popular é uma descrição visual perfeita do sintoma. Como o ser humano não é o hospedeiro natural do parasita, a larva não consegue perfurar as camadas mais profundas da pele para atingir a corrente sanguínea (como faria no cão).

O resultado? Ela fica presa na epiderme, vagando sem rumo. Enquanto se desloca, ela escava túneis visíveis, criando lesões lineares e sinuosas que se assemelham ao desenho de um mapa, daí o nome “geográfico”.

Bicho geográfico, larva migrans cutânea
Bicho geográfico, larva migrans cutânea (Imagem: Reprodução/Portal Drauzio Varella)

Sintomas e diagnóstico

O principal sintoma, além da marca visual avermelhada que cresce dia após dia (a larva pode avançar alguns milímetros ou centímetros diariamente), é uma coceira intensa. O prurido costuma piorar durante a noite.

O diagnóstico é essencialmente clínico. Ou seja, não são necessários exames de sangue ou biópsias complexas. Um clínico geral ou dermatologista identifica a infecção apenas observando o aspecto característico das lesões na pele e ouvindo o relato do paciente sobre onde ele esteve recentemente.

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Do que a larva se alimenta?

Uma dúvida comum e um tanto agoniante, é sobre a alimentação do parasita dentro do corpo humano. Diferente do que ocorre no intestino do animal, onde o verme adulto se alimenta de sangue, na pele humana a larva se nutre basicamente de fluidos teciduais e detritos celulares da epiderme enquanto tenta sobreviver. Sem tratamento, ela acaba morrendo após algumas semanas ou meses, pois não consegue completar seu ciclo evolutivo em humanos.

Tratamento

Apesar de a infecção ser autolimitada (o parasita morre eventualmente), ninguém quer (ou deve) aguentar a coceira e a inflamação por tanto tempo. O tratamento visa matar a larva rapidamente e aliviar os sintomas.

Conforme a lembrança correta mencionada anteriormente, a abordagem médica geralmente envolve o uso de anti-helmínticos (vermífugos):

  • Via tópica: Para casos leves, pomadas contendo tiabendazol podem ser aplicadas diretamente na lesão.
  • Via oral: Em casos mais extensos ou com múltiplas lesões, médicos prescrevem antiparasitários orais, como albendazol ou ivermectina.

É importante ressaltar que métodos caseiros, como aplicar gelo ou tentar furar a pele para retirar a larva, não são recomendados e podem causar infecções bacterianas secundárias. Ao notar qualquer linha vermelha que “anda” pela pele, a melhor rota é sempre o consultório médico.

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Saúde

Obesidade abdominal e perda muscular aumentam risco de morte após os 50

Redação Informe 360

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Um estudo brasileiro, em parceria com o Reino Unido, revela que a combinação de obesidade abdominal e perda de massa muscular aumenta o risco de morte em 83% após os 50 anos. Pesquisadores da UFSCar e da University College London alertam para a importância do diagnóstico precoce da obesidade sarcopênica, condição que compromete a autonomia e a qualidade de vida.

A pesquisa mostra que métodos simples, como medir a circunferência abdominal e estimar a massa muscular, podem identificar indivíduos em risco, evitando exames complexos e dispendiosos. Intervenções precoces, incluindo acompanhamento nutricional e exercícios, podem melhorar a saúde e prolongar a vida, afirma o MedicalXpress.

Obesidade abdominal e perda de músculo aumentam risco de morte, mas ações simples como exercícios e nutrição podem proteger a saúde.
Obesidade abdominal e perda de músculo aumentam risco de morte, mas ações simples como exercícios e nutrição podem proteger a saúde. Imagem: grinvalds/iStock

Entenda por que a obesidade sarcopênica é preocupante

A obesidade sarcopênica, também chamada de síndrome da fragilidade, combina perda de massa muscular com aumento da gordura corporal. Essa condição está associada a quedas, comorbidades e à redução da capacidade funcional dos idosos.

Além de avaliar o risco de morte associado à obesidade abdominal e à baixa massa muscular, conseguimos comprovar que métodos simples podem ser utilizados para detectar a obesidade sarcopênica.

Tiago da Silva Alexandre, professor da UFSCar e um dos autores do estudo, em nota.

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A detecção precoce permite intervenções mais eficazes e melhora a qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais.

Perda muscular e gordura em excesso prejudicam idosos. Diagnóstico simples ajuda a identificar e tratar a obesidade sarcopênica precocemente.
Perda muscular e gordura em excesso prejudicam idosos. Diagnóstico simples ajuda a identificar e tratar a obesidade sarcopênica precocemente. Imagem: rasamma/Shutterstock

Métodos acessíveis tornam o diagnóstico mais simples

Tradicionalmente, a obesidade sarcopênica é identificada por exames complexos, como ressonância magnética, tomografia, bioimpedância ou densitometria. Apesar da precisão, esses métodos são caros e pouco acessíveis.

O estudo demonstrou que métodos simples podem ser eficazes na detecção precoce:

  • Medição da circunferência abdominal
  • Estimativa da massa magra com equações clínicas que consideram idade, sexo, peso, altura e raça
  • Avaliação periódica para rastrear alterações ao longo do tempo

“Pela primeira vez, mostramos que é possível rastrear esses indivíduos precocemente usando ferramentas simples”, reforça Alexandre.

Massa muscular adequada pode proteger mesmo com obesidade abdominal; a combinação das duas condições é que representa maior risco.
Massa muscular adequada pode proteger mesmo com obesidade abdominal; a combinação das duas condições é que representa maior risco. Imagem: kwanchai.c/Shutterstock

Impacto da gordura e da perda muscular no metabolismo

O estudo acompanhou 5.440 participantes do Estudo Longitudinal Inglês sobre Envelhecimento (ELSA) por 12 anos. A combinação de obesidade abdominal e baixa massa muscular elevou o risco de morte em 83%, enquanto a baixa massa muscular isolada reduziu o risco em 40%.

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Valdete Regina Guandalini, professora da UFES e pesquisadora do estudo, explica: “O excesso de gordura intensifica processos inflamatórios que comprometem diretamente o tecido muscular, prejudicando suas funções metabólicas, endócrinas, imunológicas e funcionais.”

Curiosamente, indivíduos com obesidade abdominal, mas massa muscular adequada, não apresentaram risco maior de morte, reforçando que a combinação das condições é o maior problema.

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Critérios usados no estudo

Para padronizar a definição de obesidade sarcopênica, os pesquisadores utilizaram os seguintes critérios:

  • Obesidade abdominal: circunferência >102 cm para homens e >88 cm para mulheres
  • Baixa massa muscular: índice de massa muscular esquelética <9,36 kg/m² para homens e <6,73 kg/m² para mulheres

Essas medidas simples podem ajudar médicos e idosos a identificar riscos e agir antes que complicações graves ocorram.

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Saúde

FDA aprova implante auditivo para bebês a partir de 7 meses nos Estados Unidos

Redação Informe 360

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A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou o uso do implante coclear da MED-EL para crianças a partir de 7 meses com perda auditiva sensorioneural bilateral. A decisão amplia significativamente o acesso à tecnologia, permitindo que bebês tenham contato mais cedo com estímulos sonoros essenciais para o desenvolvimento da fala. As informações são da Medical Express.

Implante coclear chega a mais crianças

Com a aprovação, o sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens. A medida também expande os critérios audiológicos e de fala para crianças a partir de 12 meses, ampliando o grupo elegível para receber o dispositivo.

Com a aprovação, o sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens
O sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens (Imagem: Tutye / iStock)

Segundo a empresa, oferecer acesso ao som o mais cedo possível pode gerar impactos positivos para toda a vida da criança, especialmente na fase crítica de desenvolvimento da linguagem.

Estudos indicam alta taxa de sucesso

A decisão da FDA se baseou em um estudo com 123 crianças, entre 7 e 71 meses. Os resultados mostraram taxas de sucesso clínico entre 81% e 88% no primeiro ano de uso do implante coclear, com baixa incidência de complicações — todas já conhecidas e esperadas para esse tipo de procedimento.

Leia mais:

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Lista dos principais destaques do estudo:

  • 81% a 88% de sucesso clínico no primeiro ano;
  • Baixa taxa de complicações, semelhante entre bebês e crianças mais velhas;
  • Todos os eventos adversos dentro do escopo conhecido para implante coclear.
Menino recém-nascido dormindo
Decisão da FDA se baseou em um estudo com 123 crianças, entre 7 e 71 meses (Imagem: NataliaDeriabina / iStock)

A FDA também prevê um estudo pós-aprovação para acompanhar crianças que se enquadram nos novos critérios, garantindo monitoramento contínuo da segurança e eficácia.

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