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Política

Comissão da Alerj debate reabertura do estádio do Vasco da Gama

Redação Informe 360

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Cerca de 60% dos comerciantes da região tiveram a renda reduzida por conta do fechamento de São Januário.

A reabertura do estádio de São Januário, pertencente ao clube Vasco da Gama, e seus desdobramentos no âmbito social e econômico foram temas da audiência pública da Comissão de Esporte e Lazer, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizada nesta segunda-feira (11/09), na sede do Parlamento fluminense. Durante a reunião, foram debatidos os impactos negativos do fechamento do estádio, como a redução da renda de 60% dos comerciantes da região, além das ações que já estão sendo implementadas para a reabertura do estádio: biometria digital nas catracas e o reconhecimento facial dos torcedores. A comissão definiu, também, que enviará um relatório ao Ministério Público detalhando todos os pontos discutidos na audiência.

O presidente do colegiado, deputado Carlinhos BNH (PP), ressaltou como a decisão de fechar o estádio prejudica os comerciantes que vivem da renda dos jogos para sobreviver. “Essa decisão preconceituosa de impedir partidas em São Januário é extremamente prejudicial para as pessoas que trabalham no entorno, vai além do futebol. O Parlamento está unido nesse debate e vai levar ao Ministério Público um relatório para poder reabrir o estádio”, afirmou.

De acordo com o secretário municipal de Trabalho, Everton Gomes, desde a determinação do MPRJ pela interdição do estádio, em junho passado, cerca de 18 mil moradores da região foram impactados. E destes, 1.050 trabalhadores formais e informais perderam suas fontes de renda, contabilizando uma perda de 60% no faturamento dos estabelecimentos locais.

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“É preciso que se tenha uma ideia do real impacto da manutenção desta interdição no local, pois, naquela região, 92% da população possui uma renda média de dois salários mínimos. Portanto, não bastasse a estigmatização desses trabalhadores, a proibição dos jogos em São Januário prejudica toda uma cadeia produtiva”, afirmou Gomes.

Vânia Rodrigues, presidente da Associação de Moradores da comunidade Barreira do Vasco, disse que a interdição marginaliza os moradores da comunidade e impede que os trabalhadores do local sustentem suas famílias. “Se o MP-RJ conhecesse nossa comunidade, não haveria essa interdição. Esse tipo de situação também ocorre em outros estádios como o Maracanã e o Engenhão, mas não houve o mesmo tipo de decisão. Milhares de famílias estão sendo prejudicadas porque não tem jogo do Vasco e vivem sem trabalho e sofrendo discriminação”, afirmou Vânia.

Termo de Ajustamento de Conduta

Um dos pontos prioritários tratados durante a reunião foi o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) apresentado pelo Vasco ao MPRJ, como o reconhecimento facial e a biometria nas catracas que estão sendo implementados em São Januário. Durante a audiência, a presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), Renata Mansur, declarou que o assunto deveria ter sido tratado na esfera do órgão e não pelo MP-RJ. “Eu me solidarizo com o Vasco e vejo que não é uma competência do Judiciário julgar este caso, mas do TJD”, disse.

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Participaram da reunião os deputados Alan Lopes (PL), Martha Rocha (PDT), Tande Vieira (PP), Douglas Ruas (PL), além do vice-presidente do Vasco, Carlos Osório, e do advogado do clube, Marcelo Figueira. Também estiveram presentes o comandante do Batalhão Especializado em Policiamento nos Estádios (Bepe), tenente-coronel Ferreira; o subcomandante do Bepe, Major William; o subdiretor de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), tenente-coronel Pablo Ribeiro; o presidente da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), Renato de Paula.

Fonte: Alerj – Por: Luiza Macedo e Rafael Vargas – Foto: Julia Passos

Política

Não há “ditadura da toga” no Brasil, afirma Gilmar Mendes

Redação Informe 360

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou suas redes sociais para rebater as recorrentes críticas ao Poder Judiciário brasileiro. Em uma postagem publicada no início da noite na rede X, Mendes defendeu a atuação da Corte, afirmando que o STF atua como guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando garantias fundamentais.

“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”, escreveu Mendes, poucas horas após atos organizados por políticos de direita e grupos religiosos terem reunido milhares de manifestantes a favor da anistia do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e de réus condenados pelos atos do 8 de Janeiro e do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

“Não há, no Brasil, ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”, afirmou Mendes

Segundo ele, os ministros da Corte vêm atuando de forma a preservar as chamadas garantias fundamentais – ou seja, os direitos e proteções asseguradas na Constituição Federal a todos os cidadãos brasileiros.

Sem mencionar nomes, Mendes teceu críticas alusivas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, lembrando das recorrentes críticas do ex-presidente e de seus apoiadores ao sistema eleitoral brasileiro e a gestão da pandemia da covid-19 pelo governo Bolsonaro, entre outros episódios.

“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia; vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades; ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes; acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, comentou o ministro.

Mais cedo, em evento na Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, classificou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre tentativa de golpe de Estado, como “tirania”. “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que tá acontecendo nesse país ”  Tarcísio, durante o ato na Paulista. 

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“O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, concluiu o ministro Gilmar Mendes.

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Política

ALERJ aprova sanções para casos de internação psiquiátrica involuntária irregular ou ilegal

Redação Informe 360

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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em segunda discussão, nesta quinta-feira (04/09), o Projeto de Lei 330/23, que estabelece sanções em casos de internação psiquiátrica involuntária considerada irregular ou ilegal. As multas podem chegar até R$ 450 mil. O texto é assinado pelos deputados Carlos Minc (PSB) e Vinicius Cozzolino (União), além do ex-parlamentar Tande Vieira (PP). A medida será encaminhada ao governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la.

Segundo a proposta, as multas serão de R$ 225 mil (50 mil Ufir/RJ) para as clínicas, hospitais, comunidades terapêuticas e afins. Os valores poderão passar a ser de R$ 450 mil (100 mil UFIR/RJ) em caso de reincidência. Na primeira sanção, os estabelecimentos de saúde serão descredenciados junto à Secretaria de Estado de Saúde (SES) por um período de seis meses. Já na reincidência, o descredenciamento será definitivo.

Já para os profissionais de saúde, será aplicada multa de R$ 22,5 mil (5 mil Ufir/RJ), ampliada para R$ 45 mil (10 mil Ufir/RJ) em caso de reincidência. Os profissionais também terão seus registros suspensos junto ao Conselho Regional da categoria por um período de seis meses na primeira autuação e serão suspensos por um ano em caso de reincidência.

Por fim, as multas para pessoas físicas que auxiliarem na internação irregular também será de R$ 22,5 mil (5 mil Ufir/RJ) e, em caso de reincidência, de R$ 45 mil (10 mil Ufir/RJ). Se forem reincidentes, as pessoas também poderão ser proibidas de assumir cargos públicos, comissionados ou por concurso público, por um período de um ano.

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Internações compulsórias

A proposta atualiza a Lei 3.944/02, que estabeleceu os direitos fundamentais dos usuários dos serviços de saúde mental. A nova proposta, além de instituir as sanções para internação irregular, também regulamenta a Lei Federal 10.216/01 a nível estadual. De acordo com a normativa federal, a internação psiquiátrica, em qualquer das modalidades, só é permitida quando os recursos não hospitalares forem tidos como insuficientes e houver risco à integridade física, à saúde ou à vida dos portadores de transtorno mental ou a terceiros. A situação de perigo concreto deve constar em laudo por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado onde se localize o estabelecimento.

A medida considera os seguintes tipos de internação psiquiátrica: internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

A nova proposta também determina que a internação psiquiátrica involuntária deverá ser comunicada ao Ministério Público Estadual, Defensoria Pública e ao Conselho Regional de Medicina, em até 48 horas, pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando houver alta.

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Além disso, a internação considerada legal terá o prazo de validade máximo de 20 dias, posteriormente reavaliada, a partir de um relatório médico que justifique a necessidade da permanência e indique o programa terapêutico a ser adotado, que deverá ser encaminhado às entidades judiciais mencionadas.

Fonte: Comunicação AlerjPor: Buanna Rosa

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ALERJ define calendário para análise da CCJ e votação de 12 projetos do Governo

Redação Informe 360

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Em reunião comandada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Rodrigo Bacellar (União), e realizada nesta segunda-feira (01/09), o Colégio de Líderes definiu o período de análise e votação das 12 proposições do Poder Executivo. O cronograma estabelece apreciação prévia dos textos pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, após os pareceres, o envio das matérias ao Plenário para deliberação dos deputados.

Conforme acordado no Colégio de Líderes da Alerj, os projetos que receberem parecer na CCJ deverão entrar na pauta da Ordem do Dia do Plenário na semana seguinte à aprovação na Comissão.

Calendário de análise das propostas

Nesta quarta-feira (03/09), a CCJ inicia a análise do bloco de segurança pública, incluindo o projeto protocolado pelo presidente Bacellar que trata desse tema. Na mesma reunião, a Comissão também avaliará as propostas de reformulação de carreira da Polícia Civil e a que autoriza a alienação de imóveis do governo.

Na reunião da CCJ do dia 10/09, a Comissão discutirá os projetos referentes à Polícia Militar, entre eles o que trata da convocação de policiais da reserva por prazo de até nove anos, no regime de Prestação de Serviço por Tempo Certo.

Já no encontro do dia17/09 entram em pauta os temas de maior impacto fiscal: a proposta do Executivo que autoriza o uso de royalties do petróleo para amortização de dívidas do Estado, atualmente vinculados ao pagamento de aposentadorias e pensões do Rioprevidência, e o projeto que institui novo programa de refinanciamento da dívida ativa (Refis).

Por: Comunicação Social – Imagem: Erick Quintanilha

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