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Bonner intervém em briga com Lula e diz que Kelmon ‘instituiu nova regra’

Redação Informe 360

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Mediador do último debate entre presidenciáveis antes do primeiro turno, William Bonner se irritou com a insistência do candidato Padre Kelmon (PTB) em descumprir regras do programa, realizado hoje pela TV Globo. O jornalista também precisou intervir em uma troca de farpas entre o petebista o ex-presidente e candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

Bonner repreendeu Kelmon depois que o petebista fez sucessivas interrupções durante falas de outros candidatos. O mediador disse então que o religioso “instituiu nova regra” para o debate e pediu que ele corrigisse sua postura.

“O senhor realmente decidiu instituir uma nova regra nesse debate. O senhor poderia olhar para mim respeitosamente? O senhor instituiu uma nova regra nesse debate! Ela não existia, eu pedi ao senhor diversas vezes. Eu vou pedir apenas que o senhor aguarde a conclusão da fala do seu oponente! E retorne ao seu assento, como fizeram todos os demais.”.

A confusão ocorreu no terceiro bloco do programa, quando os candidatos poderiam fazer perguntas com tema livre a outro previamente escolhido. O Padre Kelmon escolheu então Lula e apontou supostos casos de corrupção da Lava Jato.

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Vários de seus comparsas foram presos e disseram que você era o chefe do maior esquema de roubo de corrupção da história mundial. Renato duque, Palocci são alguns exemplos, o seu próprio vice disse que você quer voltar a cena do crime para voltar… por que tanta gente próxima de você foi presa, te denunciou, você era o chefe do esquema? Disse, Padre Kelmon.

Lula tentou responder à questão, mas logo foi interrompido pelo sacerdote, o que irritou o apresentador. “Candidato Kelmon, eu não consigo entender. Eu já falei algumas vezes, o senhor compreendeu que tem regra o debate? O senhor concordou com elas. E que basta cumpri-las? Quando o seu adversário, candidato, por favor, quando o seu adversário está falando é só o senhor aguardar, o senhor vai ter direito a réplica. É assim que funciona. Por favor, em respeito ao público, candidato, candidato Lula, o senhor pode recomeçar”, afirmou Bonner.

Ao iniciar o tempo para a sua resposta, Lula chamou o padre Kelmon de “candidato laranja”.

“É que candidato laranja não tem respeito por regras, candidato laranja faz o que quer. Deixa eu lhe dizer uma coisa. Eu tive 26 denúncias. Mentirosas. De uma pessoa que depois foi ser ministro do atual governo. Eu tive uma quadrilha montada no Ministério Público que nós conseguimos provar a culpabilidade deles”, disse o ex-presidente, sem citar o nome do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro.

Na sequência, o padre Kelmon culpou Lula pela corrupção no Brasil, e o ex-presidente, por sua vez, o acusou de estar fantasiado de padre. “Você não é padre, está fantasiado. Você é padre?”

Visivelmente irritado, Bonner novamente precisou intervir na discussão entre os dois candidatos, momentos depois.

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“Padre Kelmon, o senhor realmente decidiu instituir uma nova regra nesse debate. O senhor poderia olhar para mim respeitosamente? O senhor instituiu uma nova regra nesse debate! Ela não existia, eu pedi ao senhor diversas vezes”, destacou o mediador. 

Fonte: UOL

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Castro: operação foi “sucesso” e policiais mortos foram únicas vítimas

Redação Informe 360

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O governador do Rio, Cláudio Castro, disse nesta quarta-feira (29) que a Operação Contenção foi um sucesso e que as únicas vítimas dos confrontos foram os policiais mortos.

“Temos muita tranquilidade de defender o que foi feito ontem. Queria me solidarizar com as famílias dos quatro guerreiros que deram a vida para libertar a população. Eles foram as verdadeiras quatro vítimas. De vítima ontem, só tivemos os policiais”, disse Castro em entrevista no Palácio Guanabara, sede do Executivo estadual. 

“Quais são os indícios que levam a crer que todos eram criminosos? O conflito não foi em área edificada. Foi todo na mata. Não creio que tivesse alguém passeando na mata num dia de conflito. Por isso a gente pode tranquilamente classificar de criminosos”, acrescentou o governador. 

Assista à entrevista do governador na reportagem do Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil

https://youtube.com/watch?v=79CmMNezfg0%3Fsi%3D5greesZW-CmLhsC6%26start%3D714

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Número de mortos

Cláudio Castro disse ainda que o número oficial de mortos na operação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão nessa terça-feira (28) é de 58 mortos, incluindo os dois policiais civis e os dois policiais militares. Ele não explicou o motivo da mudança da contagem oficial, mas disse que o dado oficial vai mudar “com certeza”.

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Ontem, o governo contabilizou 64 pessoas mortas, inclusive os quatro agentes das forças de segurança. O governador também não quis comentar sobre os cerca de 60 corpos retirados da área de mata pelos moradores do Complexo da Penha após a operação mais letal da história do estado

>> Veja as operações policiais mais letais no Rio nos últimos anos

O governador destacou que o estado do Rio é o epicentro do problema da segurança pública que “assola o Brasil”.

“Mostramos ontem um duro golpe na criminalidade e que temos condições de vencer batalhas. Mas temos a humildade de reconhecer que essa guerra não será vencida sozinhos. Agora é momento de união e não de politicagem”. 

Moradores do Rio de Janeiro viveram momentos de medo nessa terça-feira (28) diante da operação policial. Milhares de pessoas enfrentaram dificuldades para conseguir chegar em casa devido aos bloqueios das vias da cidade, além de terem de fugir dos tiroteios.

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Especialistas ouvidos pela Agência Brasil criticaram a ação que gerou grande impacto na capital fluminense e não atingiu o objetivo de conter o crime organizado.

Para a professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jacqueline Muniz, a operação foi amadora e uma “lambança político-operacional”. Movimentos populares e de favelas também condenaram as ações policiais e afirmaram que “segurança não se faz com sangue”

Agencia Brasil

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Mães de mortos questionam operação no Rio: “Arrancaram o braço dele”

Redação Informe 360

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A cena dos corpos enfileirados na Praça São Lucas, no complexo da Penha, na manhã desta quarta-feira (29), correram o Brasil e o mundo. Ao lado das dezenas de homens mortos durante a Operação Contenção, realizada ontem (28) pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, estavam familiares, em sua maioria mulheres. Mães, irmãs e esposas que choravam ao redor dos corpos e questionavam a ação do Estado.  

Uma delas era Elieci Santana, 58 anos, dona de casa. Ela conta que o filho Fábio Francisco Santana, de 36 anos, mandou mensagem dizendo que estava se entregando e compartilhando sua localização.

“Meu filho se entregou, saiu algemado. E arrancaram o braço dele no lugar da algema”, diz.  

O relato de que muitos foram mortos mesmo depois de terem sido rendidos era comum entre as famílias que acompanhavam a movimentação na praça. Os corpos foram trazidos pelos próprios moradores, na caçamba dos carros, durante a madrugada. 

A confeiteira Tauã Brito, cujo filho Wellington morreu durante a operação, diz que muitos ainda estavam vivos ontem na mata, apesar de baleados.  

“Ontem eu fui lá no Getúlio [Hospital Getúlio Vargas] pedir para subirem com a gente, para gente poder salvar esses meninos. Ninguém podia subir. Eles estavam vivos”, afirma. 

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Segundo ela, os moradores começaram a entrar na mata para procurar os feridos somente à noite, depois que a polícia tinha ido embora.

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“Ficamos lá, cada um caçando seus filhos, seus parentes. Isso aí está certo para o governo?”, questiona.  

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Moradores protestam contra execuçoes na comunidade da Vila da PenhaOperação Contenção.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Moradores protestam contra execuções na comunidade da Vila da Penha. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
https://youtube.com/watch?v=bGyZdGj5I_4%3Fsi%3DM3QBbW35zn7icaVM

Emocionada, Tauã disse à reportagem que só queria tirar o filho do meio da rua.

“Não vai dar em nada. A verdade é essa. Porque aqui tem um montão de gente chorando, mas lá fora tem um montão de gente aplaudindo. Isso que eles fizeram foi uma chacina”, lamentou. 


Execução 
 

Rio de Janeiro (RJ), 29/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção.
Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil
Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Operação Contenção. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O advogado Albino Pereira, que representa algumas das famílias, acompanhou a ação durante a manhã. Na avaliação dele, há sinais claros de tortura, execução e outras violações de direitos.  

“Você não precisa nem ser perito para ver que tem marca de queimadura [na pele]. Os disparos foram feitos com a arma encostada. Chegou um corpo aqui sem cabeça. A cabeça chegou dentro de um saco, foi decapitado. Então isso aqui foi um extermínio”,  aponta.  

Os corpos começaram a ser recolhidos pela Defesa Civil na parte baixa da comunidade por volta de 8h30, e encaminhados para o IML.

Fundador da ONG Rio da Paz, Antonio Carlos Costa acompanhou as cenas na Praça São Lucas e criticou a letalidade da operação.  

“Não há uma invasão aqui do Estado na sua plenitude, trazendo saneamento básico, moradia digna, acesso à educação de qualidade, hospitais decentes. Por que historicamente a resposta tem que ser essa? E por que a sociedade não se revolta?”, questionou.  

Operação Contenção 

A Operação Contenção, realizada pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, deixou 119 mortos, sendo 115 civis e quatro policiais, de acordo com o último balanço. O governo do estado considerou a operação “um sucesso” e afirmou que as pessoas mortas reagiram com violência à operação, e aqueles que se entregaram foram presos. No total, foram feitas 113 prisões. 

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil criticaram a ação que gerou um grande impacto na capital fluminense e não atingiu o objetivo de conter o crime organizado. Para a professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jacqueline Muniz, a operação foi amadora e uma “lambança político-operacional”.

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Movimentos populares e de favelas também condenaram as ações policiais e afirmaram que “segurança não se faz com sangue”

Hoje pela manhã (29), ativistas que acompanharam a retirada de mais de 60 corpos de uma área de mata no Complexo do Penha classificaram a ação policial como um “massacre”.

A operação contou com um efetivo de 2,5 mil policiais e é a maior realizada no estado nos últimos 15 anos. Os confrontos e as ações de retaliação de criminosos geraram pânico em toda a cidade, com intenso tiroteio, fechando as principais vias, escolas, comércios e postos de saúde. 

Fonte: Agencia Brasill

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Rio tem a maior operação letal histórica do estado com ao menos 64 mortos

Redação Informe 360

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A cidade do Rio de Janeiro vive um cenário de guerra nesta terça-feira (28), depois que policiais e bandidos da organização criminosa Comando Vermelho (CV) entraram em confronto durante uma megaoperação policial para prender 100 traficantes nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Há o registro de 64 mortos no conflito, sendo quatro policiais, o que torna essa a operação mais letal já registrada no Rio de Janeiro.

O governo do estado do Rio de Janeiro informou ainda que 81 pessoas foram presas na Operação Contenção. A ofensiva conta com mais de 2,5 mil agentes e é parte de uma estratégia permanente do governo fluminense para conter o avanço do tráfico e retomar o controle de áreas dominadas por facções.

O planejamento da ação policial levou 60 dias. Até então, a operação mais letal no Rio de Janeiro havia ocorrido em maio de 2021, no Jacarezinho, quando 28 óbitos foram registrados.

Imagens divulgadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro mostram que os criminosos chegaram a usar drones para lançar granadas contra os agentes. “É assim que a polícia do Rio de Janeiro é recebida por criminosos: com bombas lançadas por drones. Esse é o tamanho do desafio que enfrentamos. Não é mais crime comum, é narcoterrorismo”, disse o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), em coletiva de imprensa no final da manhã desta terça.

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Colaborou: Gazeta do Povo

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