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O Que a Geração Z Quer do Trabalho

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A Geração Z, nascida entre 1997 e 2012, trouxe novas prioridades para as empresas e já se firmou como uma das principais forças no mercado de trabalho. Com os membros mais velhos se aproximando dos 30 anos, eles deixaram de ser os “novatos” do escritório para assumir papéis de destaque na transformação do ambiente corporativo.
Segundo projeções da companhia de seguros Zurich Insurance para 2025, a Geração Z deve representar 27% da força de trabalho global até o fim deste ano — número que também aparece nas estimativas do Fórum Econômico Mundial.
Nos EUA, já ultrapassaram os Baby Boomers: no segundo trimestre de 2024, essa geração correspondia a 18% da força de trabalho americana, contra 15% dos Boomers.
Novos objetivos
A nova visão da Geração Z sobre o trabalho não é apenas uma tendência passageira, mas uma mudança significativa nas dinâmicas do ambiente profissional. Esse grupo traz uma mentalidade orientada por valores. Seus objetivos diferem dos das gerações anteriores. Mais do que (apenas) um salário, eles buscam propósito, impacto e significado no que fazem.
De acordo com uma pesquisa global de 2024 da Deloitte, uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo, 86% dos jovens da Geração Z consideram que ter um senso de propósito é essencial para a satisfação no trabalho, e 44% afirmam que rejeitariam propostas de empresas que não se alinham com seus princípios éticos.
Essa geração busca empresas cujas ações estejam alinhadas com suas convicções — de justiça racial a saúde mental. Um estudo de 2023 do Pew Research Center, instituto americano especializado em pesquisas sociais e comportamentais, mostrou que 70% da Geração Z prioriza trabalhar em organizações com posturas éticas fortes, mesmo que isso signifique ganhar menos — uma diferença marcante em relação aos Millennials (58%) e à Geração X (47%).
No entanto, esse olhar também impulsiona taxas mais altas de rotatividade entre a GenZ. Outra pesquisa da Deloitte de 2023 indicou que 49% dos profissionais da Geração Z abandonariam seus empregos em até dois anos caso os valores da empresa ou o equilíbrio entre vida pessoal e profissional não estivessem alinhados com suas expectativas. Entre os Millennials, esse índice é de 41%, e entre a Geração X, 33%. A GenZ tende a sair se não encontrar flexibilidade, crescimento e propósito — o que tem frustrado líderes acostumados com maior permanência.
Esse comportamento tem influenciado o mercado. Segundo o relatório “State of the Global Workplace 2024”, da Gallup, consultoria especializada em pesquisas sobre o ambiente de trabalho e comportamento organizacional, o modelo híbrido — antes uma bandeira da Geração Z — já é adotado por 45% dos Baby Boomers e 52% da Geração X em 2025, um salto em relação aos 30% e 38%, respectivamente, registrados em 2022.
Trabalho remoto e flexibilidade
A Geração Z prefere, majoritariamente, modelos híbridos ou remotos. Uma pesquisa do LinkedIn de 2024 revelou que 72% dos jovens já deixaram ou pensaram em deixar empregos que não ofereciam políticas flexíveis — índice superior ao dos Millennials (55%) e da Geração X (40%).
Não é que eles tenham preguiça de trabalhar, mas valorizam o controle sobre onde e quando trabalham. Dados da Deloitte mostram que 63% dos profissionais dessa Geração Z preferem o modelo híbrido, que garante tanto flexibilidade quanto a conexão pessoal, tão relevante no início da carreira. Para eles, não se trata apenas de conveniência, mas de equilíbrio diante dos desafios financeiros e questões de saúde mental que impactam os jovens.
Os desafios enfrentados pela Geração Z
Pressões econômicas como dívidas estudantis, alto custo de moradia e salários estagnados pesam sobre a mais nova geração a entrar no mercado. A pesquisa da Deloitte de 2024 mostra que 40% da Geração Z se sente estressada o tempo todo ou na maior parte do tempo, sendo que 36% atribuem esse estresse ao trabalho. Apenas 51% avaliam sua saúde mental como boa ou excelente — taxa inferior à dos Millennials (62%) e da Geração X (68%).
Suas altas expectativas podem se tornar uma armadilha. Quando a realidade não corresponde aos ideais, a frustração se instala. Dados da Gallup de 2024 mostram que apenas 35% dos membros da Geração Z se sentem engajados no trabalho, abaixo dos Millennials (42%) e da Geração X (48%). Segundo a Deloitte, um em cada quatro profissionais essa geração afirma que deixaria o emprego mesmo sem ter outra oportunidade em vista — o dobro da taxa registrada entre os profissionais da Geração X (12%).
Subir na hierarquia ou buscar equilíbrio?
A Geração Z não está necessariamente focada em subir na hierarquia corporativa. Como acontece com todas as gerações, as generalizações têm suas limitações — mas algumas tendências se destacam. De modo geral, esses profissionais tendem a valorizar mais o aprendizado, o desenvolvimento de novas habilidades, o impacto e a flexibilidade do que cargos ou títulos formais. A Deloitte aponta que apenas 38% desse grupo priorizam promoções — um percentual significativamente menor que os 52% observados entre os Millennials.
Mas isso não quer dizer que falte ambição. Pelo contrário: uma pesquisa de 2024 da Ripplematch, plataforma de recrutamento voltada para jovens talentos, revela que 70% da Geração Z espera ser promovida em até 18 meses. A pressa dos jovens é reflexo do mundo acelerado e imediatista em que estamos inseridos, com novidades tecnológicas a todo momento e feeds intermináveis de redes sociais.
Os jovens mesclam carreiras tradicionais com iniciativas empreendedoras: segundo levantamento da Handshake, plataforma de empregos voltada para estudantes e recém-formados, 41% da GenZ valoriza os chamados “side hustles” (trabalhos paralelos) para garantir renda extra, liberdade e como uma alternativa às carreiras tradicionais.
*Jack Kelly é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é CEO, fundador e recrutador executivo da WeCruitr, uma startup de recrutamento e consultoria de carreira.
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Einstein e Stanford Abrem Inscrições para Formar Líderes da Saúde

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O Einstein Hospital Israelita está com inscrições abertas para a quarta edição do Fellowship em Biodesign e Inovação em Saúde, programa de pós-graduação afiliado à Universidade de Stanford.
Voltado a profissionais das áreas de saúde e tecnologia, como médicos, engenheiros e cientistas de dados, o curso selecionará apenas oito participantes, que receberão bolsa integral e acesso a unidades de saúde públicas e privadas, além de laboratórios de prototipação.
Com aulas presenciais em São Paulo, o programa acontecerá entre abril e novembro de 2026 e será conduzido por professores do Einstein e de Stanford. O curso foca no desenvolvimento de soluções para desafios reais em áreas como saúde digital, biotecnologia, dispositivos médicos, diagnósticos e entrega de medicamentos. “Trata-se de uma metodologia de referência mundial, concebida em Stanford para capacitar líderes a transformar desafios reais em soluções de impacto”, afirma Rodrigo Demarch, diretor executivo de inovação do Einstein.
Os projetos desenvolvidos ao longo do programa serão avaliados por uma banca de especialistas e podem receber apoio do Einstein e do CTIS (Centro de Tecnologia e Inovação em Saúde), com histórico de resultados que incluem patentes, parcerias de pesquisa e criação de startups em outras edições.
Para se candidatar, é necessário comprovar graduação na área e, no caso de profissionais de tecnologia, experiência mínima de três anos, além de carta de recomendação. A taxa de inscrição é de R$ 250 e o processo seletivo inclui análise curricular e entrevista presencial.
As inscrições para o programa podem ser realizadas aqui até 8 de fevereiro de 2026.
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Black Friday e Proteção de Dados: Como a Privacidade se Tornou Essencial para a Confiança do Consumidor

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Imagine a cena: é Black Friday, o tráfego no seu site dispara, sua equipe comemora as vendas recordes, mas, ao mesmo tempo, o volume de cadastros e consentimentos dobra a cada minuto. Enquanto os carrinhos se enchem, um detalhe precisa de cuidado redobrado: os dados pessoais coletados. Cada clique em um banner de cookies, cada formulário preenchido e cada aceite de política de privacidade representam uma necessidade de proteção. E se esses dados não forem protegidos, as consequências vão muito além de uma multa, atingem a confiança do consumidor e a reputação da marca.
De acordo com a pesquisa Voz do Consumidor 2024, da PwC, 90% dos consumidores brasileiros tratam a proteção de seus dados pessoais como um dos fatores mais importantes para que as empresas conquistem sua confiança. Já na média global, o número é de 83%.
Por isso, é essencial ter estratégias que priorizem a proteção dos dados dos consumidores, mantendo o titular e o controlador em uma relação de conformidade. Segundo Duílio Alves, DPO das Americanas, algumas das ações realizadas pela empresa envolvem investimentos em diferentes aspectos: “Durante a Black Friday, o volume de dados pessoais cresce de forma significativa, e isso exige uma postura ainda mais atenta das empresas em relação à segurança. Aqui na Americanas, investimos constantemente em criptografia, tanto para dados em trânsito, quanto em repouso, além de implementação obrigatória de autenticação multifator para acesso a sistemas críticos”, afirma Duílio.
Uma pesquisa da Rede Globo mostra que, em 2024, a Black Friday registrou alta de 14% no número de pedidos em relação ao ano anterior. Além disso, cerca de 47% dos consumidores afirmaram comprar somente online. Esse crescimento representa não apenas uma explosão nas vendas, mas também um volume inédito de dados pessoais circulando, como cadastros, endereços, formas de pagamento e preferências de consumo, que exigem tratamento responsável e seguro.
Nesse cenário, a privacidade torna-se parte da experiência de compra. O consumidor não espera apenas rapidez na entrega ou descontos agressivos, mas também a certeza de que suas informações estão protegidas. É por isso que as empresas mais maduras em governança de dados tratam a segurança e a transparência como extensões da marca. Investem em tecnologia, revisam fluxos de resposta a titulares e automatizam controles de consentimento para garantir que, mesmo em momentos de alta demanda, cada dado coletado siga princípios de conformidade e responsabilidade.
Para Fernando Cesar Junkes, Diretor de Tecnologia da Informação da Intelbras, um framework de privacidade é essencial ao tratar os dados dos clientes: “Um programa robusto de governança tem papel estratégico na construção da confiança do consumidor. A Intelbras reafirma seu compromisso ético ao adotar práticas transparentes, reduzir riscos, fortalecer a reputação e garantir segurança em todas as interações digitais, promovendo relações sustentáveis e respeitosas com os titulares”, comentou.
O caminho para uma governança de privacidade efetiva vai além da tecnologia; passa pela responsabilidade e pela cultura organizacional. Intelbras e Americanas são exemplos de empresas que mostram que, ao investir em proteção de dados, os processos são fortalecidos e a gestão aprimorada. Aline Deparis, CEO da Privacy Tools, destaca: “Em momentos como a Black Friday, responsabilidade e tecnologia precisam caminhar juntas. A Privacy Tools apoia as empresas a evoluírem nesses pilares, oferecendo uma plataforma completa de governança que une automação, segurança e conformidade para transformar a privacidade em uma vantagem competitiva.”
Mais do que uma data de descontos, a Black Friday é um momento decisivo para marcas que buscam consolidar sua confiança no ambiente digital. Em um mercado cada vez mais orientado por dados, a privacidade não é apenas uma obrigação legal, é um ativo de marca. E as empresas que entendem isso saem na frente: conquistam o consumidor hoje e fortalecem a relação de confiança para o amanhã.
*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores.
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Como o CEO da Petz Assumiu a Liderança do Mercado no Brasil

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Apesar de ter construído um império dentro do varejo e de estar à frente de uma das fusões mais aguardadas dos últimos anos – da sua Petz com a rival Cobasi –, Sergio Zimerman, um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025, nem sempre quis seguir essa carreira.
Filho de comerciantes, ele viu desde cedo as dificuldades do setor e tentou ir em outra direção, estudando edificações na Escola Técnica Federal. A carreira na construção civil, no entanto, não foi longe. Aos 18 anos, utilizou o dinheiro do seguro após o roubo de seu carro para criar uma empresa de animação de festas infantis. O sucesso do buffet deu lugar a uma adega e, depois, a um atacado que chegou a ter 600 funcionários e faturamento mensal de R$ 15 milhões no câmbio da época.
O caminho, no entanto, não foi linear. “Em 2002, eu tive o maior privilégio que um empreendedor pode ter na vida: quebrar. Isso vale por 10 MBAs”, diz. No mesmo ano nasceu o Pet Center Marginal, inspirado nos modelos de megaloja da Cobasi. O embrião da Petz surgiu mais por necessidade de sobrevivência do que por afinidade com o setor.
“Ser CEO é ir à contabilidade, olhar logística, organizar o dia a dia, cuidar da performance, prestar contas.”
Zimerman ainda não sabia, mas ali nascia também um CEO. Empenhado em não repetir erros, voltou aos bancos escolares aos 34 anos. Enquanto expandia a Petz, formou-se em administração na Unip, fez MBA em varejo na FIA-USP e cursos de extensão na Europa e nos Estados Unidos. Na teoria, dividia-se entre estudante e empresário até 2009. Na prática, fez da curiosidade sua maior aliada.
A entrada do fundo de private equity Warburg Pincus no negócio, em 2013, significou para ele um “novo MBA”: “Comecei a entender que ser CEO não é ser empreendedor. Ser CEO é ir à contabilidade, olhar logística, organizar o dia a dia, cuidar da performance, prestar contas. Tive um professor que resumiu bem: empreender é fazer o filme; ser CEO é administrar o filme. São papéis absolutamente distintos.”
Sob seu comando, a Petz não apenas ultrapassou a concorrente histórica, tornando-se líder no mercado brasileiro, como também estruturou um ecossistema completo, com hospitais veterinários, centros de estética e uma plataforma digital robusta.
Aos 60 anos, Zimerman se prepara para um novo desafio. Independentemente do desfecho da fusão entre Petz e Cobasi – prevista para ser concluída até o fim do ano –, conduz o processo de sucessão da sua cadeira. “Agora quero aprender a ser um bom presidente de conselho. Quero entender como é que um presidente de conselho consolida valor para a companhia”, afirma, já de olho no próximo capítulo.
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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