Negócios
Motivação além do dinheiro: como engajar e reter profissionais
Qual o real impacto das ferramentas de remuneração no engajamento e na retenção de profissionais? As empresas estão sempre em busca de novas ofertas de valor para manter os times motivados, mas, ainda assim, os índices de turnover e de satisfação parecem não reagir na direção esperada.
Tenho a sensação de que se o salário é adequado, as pessoas sentem falta de maiores desafios. Se existem desafios, falta conexão com a cultura. E se tem desafios suficientes e alinhamento cultural, falta o tal reconhecimento financeiro na velocidade desejada.
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O psicólogo comportamental Dan Ariely explora a complexa interação entre motivação, recompensa e satisfação pessoal no livro “Recompensa: A lógica oculta que molda nossas motivações” (“Payoff: The Hidden Logic That Shapes Our Motivations”), apresentando reflexões como:
Motivação vai além do dinheiro: Embora muitas vezes associemos motivação com recompensas financeiras, fatores como autonomia, competência e conexão social desempenham papéis cruciais na determinação do nosso nível de motivação.
A posse não traz felicidade duradoura: Apesar de a sociedade muitas vezes nos ensinar a buscar aquisições materiais como fonte de felicidade, o verdadeiro contentamento vem de experiências significativas e relacionamentos interpessoais.
Propósito e significado são fundamentais: Encontrar significado e propósito na vida é essencial para uma existência satisfatória. Isso pode ser alcançado por meio do trabalho, relacionamentos pessoais e engajamento em atividades que consideramos significativas.
Ambientes de trabalho motivadores valorizam mais do que dinheiro: Reconhecimento, autonomia e propósito são elementos-chave na criação de um ambiente de trabalho motivador e satisfatório.
O autor também reconhece que as motivações podem variar significativamente dependendo do estágio da vida de uma pessoa. Enquanto os jovens podem ser motivados pela busca de novas experiências e conquistas pessoais, profissionais mais maduros podem priorizar a estabilidade financeira e o tempo de qualidade com a família. É fundamental reconhecer e adaptar as estratégias de motivação de acordo com as necessidades e prioridades das diferentes fases da vida.
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Nem sempre é possível desenhar estratégias e composições de remuneração específicas para cada público, mas vale considerar que toda ferramenta de gestão salarial pode gerar motivação e também desmotivação, a depender de como for estruturada e da leitura individual de cada pessoa. Por exemplo:
Salário fixo
Motivador: Proporciona estabilidade financeira e segurança.
Desmotivador: Se mal calibrado, pode levar à falta de motivação para a busca de um desempenho excepcional.
Bônus e premiações por performance
Motivador: Oferece incentivos tangíveis para alcançar metas específicas.
Desmotivador: Metas inatingíveis ou critérios de avaliação não claros podem causar descrédito no programa e na organização.
Incentivos de longo prazo (como pagamentos baseados em ações)
Motivador: Alinha os interesses dos funcionários com os objetivos de longo prazo e a sustentabilidade da empresa.
Desmotivador: Impactos negativos decorrentes da volatilidade do mercado. Se mal comunicado, pode levar à perda do poder de engajamento e de retenção.
Benefícios
Motivador: Aumenta a satisfação no trabalho e demonstra valorização do bem-estar dos funcionários.
Desmotivador: Benefícios insuficientes, desconectados das necessidades das pessoas ou percebidos como injustos acabam não surtindo o efeito esperado.
No final das contas, para cultivar uma cultura organizacional engajadora e sustentável, é preciso não apenas combinar diferentes formas de remuneração, mas também entender o que de fato motiva as pessoas. Talvez a gente só precise perguntar.
Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
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Conheça o Brasileiro Que Ganhou Grammy Junto com Beyoncé
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Maior vencedora do Grammy, Beyoncé fez história no último domingo (2) ao levar o prêmio de Álbum do Ano, que faltava na sua coleção de agora 35 gramofones, por “Cowboy Carter”. A vitória contou com a participação do Brasil: o engenheiro de som carioca Matheus Braz também foi premiado. “Foi uma grande surpresa. Só me lembro de sentir muita honra de estar ali e de ter a oportunidade de trabalhar com música”, conta Braz, que já havia sido nomeado na categoria há dois anos pelo seu trabalho no álbum “Renaissance”, também da cantora.
Como engenheiro de gravação do álbum “Cowboy Carter”, Matheus Braz fez um pouco de tudo no projeto: gravou vocais de Beyoncé nos hits ‘Daughter’, ‘YAYA’ e ‘Spaghetti’, guitarras e outros instrumentos na canção ‘Two Hands to Heaven’, editou e limpou gravações instrumentais e preparou músicas para a cantora gravar com seu engenheiro principal, Stuart White. “Trabalhar com uma artista desse nível é uma experiência única que nunca vou esquecer”, diz. “Ela é a artista mais envolvida no projeto que já vi. Sabe de tudo o que está acontecendo em volta dela e com o time e, se não sabe, busca entender. Todo dia é um aprendizado novo.”
Apesar da experiência de trabalhar com uma estrela do calibre de Beyoncé, o carioca confessa que não esperava levar um Grammy para casa. “Tento sempre ser bem realista. E, já que a Beyoncé nunca tinha ganhado a categoria de Álbum do Ano, só estava ali para fazer parte do evento e curtir a noite.”
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Além de Matheus, outros dois brasileiros participaram do álbum mais recente de Beyoncé no time principal de seis engenheiros: Dani Pampuri e Henrique Andrade. “Eles estão trabalhando com a gente faz tempo. É muito bom ter um grupo de brasileiros comigo”, diz Braz. No entanto, apenas Braz e Pampuri receberam o reconhecimento do Grammy. Para ser nomeado ao prêmio, o artista precisa ser creditado em pelo menos 20% do projeto. “Dessa vez não deu para o Henrique, mas esse álbum não teria acontecido sem os dois.”
Há mais de dez anos nos EUA, Matheus Braz começou sua carreira trabalhando em cruzeiros como técnico de som. Decidiu voltar para a faculdade para estudar o mundo das gravações e, depois de formado, foi morar em Nova York durante a pandemia. Lá, foi contratado pela gravadora QUAD Recording Studios como estagiário. “Limpei muito banheiro, chão e cinzas de cigarro das mesas de som. Enquanto isso, usava todo tempo livre para aprender a usar os equipamentos e melhorar como engenheiro.”
Após alguns meses na posição, conquistou o cargo de assistente de engenharia e decidiu se mudar para Los Angeles com a esposa. “Por coincidência, o dono da QUAD Studios é um grande amigo do Stuart White [engenheiro principal da Beyoncé], que estava procurando um assistente nessa época. Ele me recomendou, e o resto é história.”
“É uma combinação de sorte e preparo. Ninguém nessa indústria teve a mesma trajetória, mas, se continuar dando o melhor de si, de algum jeito você chega lá.”
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Salários Anuais em Private Equity e Venture Capital Chegam a R$ 4,8 Milhões
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O mercado financeiro é uma área bastante atraente para quem busca altos salários e bônus generosos. Especificamente nos setores de private equity e venture capital, a remuneração anual pode chegar a R$ 4,8 milhões, segundo o Guia Salarial da consultoria Fox Human Capital, que avalia o setor e apresenta expectativas para 2025.
“O mercado de venture capital no Brasil enfrentou um período desafiador em 2023, marcado por uma queda acentuada nos investimentos em startups. Porém, 2024 trouxe sinais de recuperação”, analisa Nicole Ladeira, headhunter da Fox Human Capital. Para 2025, a perspectiva é mais favorável, embora o retorno dos investimentos seja gradual.
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Entre os maiores salários anuais no Brasil, destaca-se o de managing director, com remunerações que podem passar de R$ 1 milhão fixo por ano – sem contar o bônus ou carry – incentivo de longo prazo, que varia conforme o desempenho.
Essas posições, no entanto, são escassas e exigem bastante experiência. “Os cargos têm baixa rotatividade, pois são ocupados por profissionais altamente experientes e estratégicos dentro das gestoras”, afirma Filippe Apolo, sócio-fundador da Fox Human Capital e responsável pelo estudo.
Em contrapartida, analistas e associates estão em alta no mercado. “Esses profissionais continuam altamente demandados, pois são responsáveis pela execução e pela análise de investimentos, funções essenciais para o funcionamento das operações.” Os rendimentos anuais fixos para essas posições variam de R$ 60 mil a R$ 500 mil, a depender da senioridade.
Confira, a seguir, os maiores salários do setor:
O que é preciso para chegar lá
Tempo de experiência
O principal requisito para conquistar os cargos com os maiores salários do setor é o tempo de experiência. O caminho até as posições mais altas em private equity e em venture capital pode levar cerca de 15 anos, dependendo da gestora e das oportunidades internas. “O tempo para cada promoção varia conforme a performance individual e as demandas do mercado.”
De acordo com o especialista, a progressão de carreira costuma seguir o seguinte ritmo:
- Analista júnior a associate: 4 anos
- Associate a VP: 5 anos
- VP a diretor geral: 6 anos
Conjunto de habilidades
As habilidades também são essenciais para se destacar nesse mercado. De acordo com o relatório, é exigida uma combinação de competências técnicas e socioemocionais, como análise financeira, resolução de problemas complexos, liderança em situações adversas, pensamento estratégico e construção de relacionamentos de longo prazo.
Também é recomendado obter certificados como o CFA (Chartered Financial Analyst), além de adquirir experiência prévia em casas de private equity, butiques financeiras ou áreas de M&A para subir os degraus da escada corporativa. “O nível de exigência técnica é elevado desde o início da carreira”, afirma Filippe Apolo.
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Ex-CMO da Avon Assume Liderança da Pierre Fabre no Brasil
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Danielle Bibas é a nova CEO dos Laboratórios Pierre Fabre no Brasil. A executiva sucede a Ana Paula Magri, que se tornou a primeira brasileira à frente da companhia francesa, em julho de 2022, e deixou a posição em outubro de 2024.
Bibas tem mais de 20 anos de experiência em posições de liderança em grandes empresas e 15 no mercado de beleza e saúde. “Acredito que a minha bagagem vai contribuir para o momento de mercado e para a expansão da Pierre Fabre no país.”
A executiva foi CMO do Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava e Crystal, e trabalhou na Avon por mais de 12 anos. Na empresa de beleza, foi VP de Marketing Global e CMO no Brasil. Em 2021, integrou a lista Forbes dos 10 melhores CMOs do Brasil. “Quero colaborar para o crescimento das marcas e o desenvolvimento dos times. Aprender e ensinar também vai fazer parte dessa nova etapa da minha carreira”, diz a executiva, que tem a missão de ampliar o mercado das três marcas de dermocosméticos da Pierre Fabre no país, Avène, Darrow e Ducray.
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Formada em administração pela FGV, Bibas também passou 16 anos na P&G, onde começou como estagiária em São Paulo e saiu como presidente de Health and Beauty Care no Canadá. Ao longo de trajetória, passou por diferentes países e trabalhou em Bruxelas, Genebra e Londres.
Na Avon, venceu o prêmio Effie, um dos maiores reconhecimentos da área de publicidade e marketing, na categoria Branded Content pelo documentário “Repense o Elogio”, dirigido pela cineasta Estela Renner e desenvolvido em parceria com a J. Walter Thompson. Em 2019, também em colaboração com a JWT, conquistou o primeiro Leão no Festival de Cannes com a campanha “Você Não Está Sozinha”. Em 2020, recebeu o Effie Grand Prix Brasil – Melhor Case do Ano – pelo sucesso da campanha “Veio pra Ficar” da linha Powerstay também pela marca de cosméticos.
Atualmente, Bibas leciona na escola técnica Miami Ad School e é professora convidada na FGV. A executiva também é mentorada na Women Corporate Directors e se prepara para atuar como conselheira independente.
Escolhas do editor
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