Ligue-se a nós

Negócios

Como usar a fofoca no trabalho a seu favor?

Redação Informe 360

Publicado

no

No vasto ecossistema das dinâmicas do trabalho, existe um fenômeno peculiar, porém onipresente: a fofoca. O canal privado no Slack, o chat no Zoom, a copa no escritório – todos podem se transformar em cantos de conversa, onde fragmentos de informação são secretamente passados de pessoa para pessoa.

Estudos indicam que os profissionais gastam aproximadamente 65% de suas horas de trabalho em fofocas, e mais de 95% dos funcionários participam delas, provando que praticamente ninguém está acima desse passatempo no escritório.

Getty Images
Getty Images

Fofoca tem efeitos positivos e negativos na cultura empresarial

Você pode ter sentimentos conflitantes sobre essas rodas de boatos – sem saber se deve ignorá-las completamente ou participar para ser aceito em um grupo de colegas. Embora a fofoca possa parecer um aspecto inofensivo da cultura do escritório – um pequeno prazer culposo – ela pode ser uma espada de dois gumes e uma joia escondida. Eleanor Roosevelt disse uma vez: “grandes mentes discutem ideias; mentes medianas discutem eventos; mentes pequenas discutem pessoas.” Mas ela estava ignorando o lado positivo da fofoca no século XXI.

Anúncio

Confira cinco maneiras de usar os círculos de fofoca no trabalho a seu favor, além de evitar algumas armadilhas comuns.

Alívio do estresse

Vamos encarar: o trabalho pode ser estressante. Prazos se aproximam, tensões fervem e temperamentos se exaltam. Nesse cenário, entra a válvula de escape que oferece uma fuga momentânea das pressões do dia a dia. Compartilhar uma risada ou desabafar frustrações com colegas pode aliviar a carga emocional e criar uma sensação de catarse.

No entanto, cuidado com a linha tênue entre desabafar e aventurar-se em conflitos. A fofoca tem um talento para atiçar as chamas da discórdia, transformando pequenos desentendimentos em grandes disputas. A última coisa que você quer é ser rotulado como negativo ou, pior ainda, um “câncer” dentro da empresa. Portanto, é melhor ser seletivo sobre o contexto da sua queixa.

Se você se sente microgerenciado, é aceitável compartilhar esses sentimentos com um colega de equipe que provavelmente sente o mesmo. Isso é um “desabafo construtivo” – informações que podem ser usadas para melhorar, não apenas a sua situação de trabalho, mas também a de outros membros da equipe. Você e seus colegas podem pensar em maneiras de compartilhar com seu chefe que se sentem sufocados – de forma profissional, é claro.

Anúncio

Networking

Compartilhar uma risada sobre o último escândalo do escritório ou comiserar sobre como é estar em chamadas de vídeo o dia todo pode criar um senso de unidade entre os colegas. É a cola social que une equipes virtuais, fomentando um senso de pertencimento e experiência compartilhada.

No entanto, ande com cuidado, pois sob a aparência de conexão está a sombra da toxicidade. A fofoca pode rapidamente se transformar em negatividade, que gera ressentimento e corroe a confiança. Lembre-se de que, se você for o primeiro a compartilhar um rumor suculento, a pessoa que o recebe pode concluir que você provavelmente falará sobre ela pelas costas também. Portanto, tome cuidado para não começar todas as chamadas com boatos ou reclamações sobre colegas de trabalho.

Rede de informações

No mundo acelerado dos negócios, conhecimento é poder. Use a fofoca para coletar informações, pois as rodas de conversa muitas vezes servem como redes informais de acontecimentos, disseminando fragmentos que podem não chegar aos canais oficiais, como um anúncio por e-mail da empresa. Precisa saber sobre mudanças futuras na liderança? Curioso sobre os últimos desenvolvimentos do projeto? Sua amiga fofoqueira do escritório pode ter a informação privilegiada.

Mas cuidado, ao jogar o jogo do celular corporativo, a mensagem pode se embaraçar e se transformar em inverdade. O que começa como uma especulação inofensiva pode acabar em rumores prejudiciais, desencadeando confusão e desviando a produtividade. Melhor agir sempre com ouvidos amigáveis para colegas desabafarem, em vez de ser a fonte da propagação de boatos.

Anúncio

Construir confiança

No fundo, a fofoca é uma forma de moeda social e muitas vezes é trocada por confiança. Compartilhar anedotas pessoais ou discutir interesses comuns pode aprofundar conexões e criar uma sensação de “estamos todos juntos nessa” entre os colegas. É a união por experiências compartilhadas que pode construir relacionamentos duradouros.

Leia também:

O outro lado é a traição da confiança, pois informações confidenciais se tornam combustível para conversas inúteis. Uma vez quebrada a credibilidade, reconstruí-la pode ser quase impossível. Portanto, é melhor evitar o excesso de compartilhamento e assumir que qualquer coisa que você diga a um colega pode ser usada contra você como fofoca.

Por exemplo, talvez não compartilhe que você gosta de sair cedo toda sexta-feira ao meio-dia para trabalhar em seu projeto paralelo. Em vez disso, tente compartilhar algo menos potencialmente prejudicial, como o quanto você adora poder levar seu cachorro para passear na hora do almoço.

Identificar oportunidades

Em um mundo ideal, a transparência no local de trabalho reina suprema, com canais de comunicação abertos e uma cultura de honestidade. A fofoca, em sua forma mais pura, pode servir como um termômetro de transparência organizacional, que oferece insights sobre o funcionamento interno da empresa e proporciona oportunidades de crescimento que não são inicialmente óbvias. É o pulso da empresa, refletindo o fluxo e refluxo de informações.

Anúncio

No entanto, ao descascar as camadas, você encontrará um terreno fértil para o segredo. Conversas sussurradas e reuniões clandestinas podem criar uma atmosfera de desconfiança – onde a transparência não tem esperança de sobreviver.

  • Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

No cenário em constante evolução da cultura de escritório, os círculos de fofoca continuarão a prosperar, moldando o tecido das dinâmicas do local de trabalho. Então, da próxima vez que você se encontrar atraído pelo turbilhão das conversas de escritório, pause e reflita sobre o delicado equilíbrio entre camaradagem e toxicidade, transparência e segredo, válvula de escape e conflito. Afinal, no jogo das fofocas de escritório, não se trata apenas de quem está falando, mas também do que está sendo dito e seus efeitos em cascata sobre a confiança, os relacionamentos e a cultura organizacional.

*Elizabeth Pearson é colaboradora da Forbes US. Ela é consultora de carreira, autora, podcaster e palestrante com foco em mulheres.

O post Como usar a fofoca no trabalho a seu favor? apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo
Anúncio

Negócios

De Trainee a CEO: A Trajetória do Novo Líder Global da Coca-Cola

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Henrique Braun, novo CEO global da The Coca-Cola Company a partir de 31 de março de 2026, construiu toda a sua carreira na companhia: foi de trainee ao maior cargo em quase três décadas de empresa. Nascido na Califórnia e criado no Brasil, o executivo entrou na Coca-Cola em 1996 como trainee de engenharia global, durante um intercâmbio na Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos. “Enquanto encerrava meu semestre no exterior, me deparei com um panfleto sobre a oportunidade de estágio, e o resto é história”, escreveu em uma publicação no LinkedIn.

Atualmente vice-presidente executivo e diretor de operações, posição que assumiu em janeiro deste ano, Braun supervisiona todas as unidades operacionais da companhia no mundo.

A trajetória do novo CEO da Coca-Cola

O executivo passou parte da sua infância em Petrópolis (RJ), cidade de origem de sua família. Formado em engenharia agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, possui mestrado em ciências pela Universidade de Michigan e MBA pela Universidade da Geórgia.

Ao relembrar o início da carreira na Coca-Cola, Braun destaca o papel dos mentores que encontrou no caminho. “Lembro das pessoas incríveis que investiram seu tempo em mim, me deram desafios que me fizeram crescer e abriram meus olhos para novas possibilidades.”

Anúncio

O executivo rodou o mundo ao longo de sua trajetória na companhia: ocupou posições de liderança na América do Norte, Europa, América Latina e Ásia, com passagens por áreas como cadeia de suprimentos, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação e operações de engarrafamento. “Tive a sorte de chamar muitos lugares de ‘casa’”, diz. “Um deles é Bruxelas, onde, há 25 anos, aceitei um cargo em nosso centro de P&D. Esse capítulo despertou minha paixão pela inovação: ouvir os consumidores, experimentar com ousadia e ampliar aquilo que funciona.”

Entre os cargos que já ocupou, foi presidente da Coca-Cola na China e na Coreia do Sul (2013–2016), liderou a unidade de negócios do Brasil (2016–2020), comandou as operações da América Latina (2020–2022) e foi presidente de desenvolvimento internacional (2022–2024), supervisionando sete das nove unidades operacionais globais da companhia.

O post De Trainee a CEO: A Trajetória do Novo Líder Global da Coca-Cola apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Negócios

Conheça o Novo CEO da Vivara

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O conselho de administração da Vivara elegeu Thiago Lima Borges como novo CEO na quinta-feira (11). O executivo substitui Icaro Borrello, que ficou pouco mais de um ano à frente da companhia. É a quinta troca de liderança na companhia em menos de dois anos.

Com mais de 20 anos de experiência executiva, Borges já atuou como CFO e diretor de relações com investidores do Grupo Smart Fit. Além disso, coleciona passagens por empresas como Arezzo&Co e Braskem. Formado em administração pela Universidade Salvador, também possui MBA pela Stanford University.

Thiago Lima Borges, novo CEO da Vivara
Reprodução/LinkedIn

Thiago Lima Borges, novo CEO da Vivara

Anúncio

Além do novo CEO, o colegiado da Vivara também elegeu Cassiano Lemos da Cunha para o cargo de diretor de operações, no lugar de Bruno Kruel Denardin.

Vivara avança mais de 2% após anunciar troca de CEO

As ações da Vivara figuravam entre os destaques positivos do Ibovespa nesta sexta-feira (12), com alta de mais de 2%, um dia após a rede de joalherias anunciar as mudanças na gestão.

Analistas do Bradesco BBI/Ágora Investimentos afirmaram ver a nomeação de Borges como positiva, dado seu histórico no setor e reconhecimento pelo mercado. “Apesar de mais uma mudança no C-level (alta administração) parecer exaustiva, entendemos a decisão do conselho de administração da Vivara como parte da nova fase estratégica iniciada em 2025, com maior foco em governança e alinhamento aos minoritários”, afirmaram em relatório a clientes.

“Acreditamos que, à medida que Borges e Lemos consolidem suas funções, os controladores devem reduzir a atuação executiva e concentrar-se no conselho”, acrescentaram Pedro Pinto e Flávia Meireles. “Mantemos recomendação neutra e preço-alvo de R$36 (para a ação), porém, aguardando sinais de execução e estabilidade na gestão para reavaliar as perspectivas.”

Anúncio

Por volta de 10h25, as ações da Vivara tinham alta de 2,37%, a R$35,01, entre as maiores altas do Ibovespa, que subia 0,61%.

O post Conheça o Novo CEO da Vivara apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Negócios

Siemens Energy Anuncia Marcela Souza Como Vice-Presidente Sênior para a América Latina

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Siemens Energy anunciou Marcela Souza como nova vice-presidente sênior para a América Latina, cargo que ela assumirá em 12 de janeiro de 2026. Atualmente diretora jurídica no Brasil e diretora de compliance para a região, Marcela é a primeira mulher a ocupar o posto mais alto de gestão da empresa na América Latina. Ela sucede André Clark, que deixa a companhia após oito anos para assumir a liderança da farmacêutica Viveo.

Com 17 anos de Siemens Energy e mais de duas décadas de carreira, Marcela já ocupou diferentes posições de liderança e acumula experiência em gestão reputacional. Formada em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, possui MBA em administração de empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Na nova função, liderará a estratégia operacional da empresa em uma região que reúne nove fábricas e escritórios distribuídos por 13 países. Sua missão inclui elevar o desempenho de uma equipe de 7.200 funcionários. No Brasil — maior operação da Siemens Energy na América Latina, com cinco fábricas e três centros de serviços — ela será responsável por 3.100 colaboradores.

O post Siemens Energy Anuncia Marcela Souza Como Vice-Presidente Sênior para a América Latina apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Em Alta