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Como o Excesso de Tempo de Tela Afeta Seu Cérebro

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O brasileiro passa, em média, cerca de nove horas por dia diante de telas, segundo levantamento feito pela plataforma Electronics Hub, um site de informações eletrônicas, a partir da pesquisa Digital 2023:Global Overview. Embora o debate geralmente se concentre em sintomas físicos, como cansaço ocular e dores no pescoço, pesquisas em neurociência apontam que o uso excessivo de telas está remodelando o cérebro de formas surpreendentes.
“Os efeitos negativos do tempo de tela são enganosos, porque você não consegue ver o que está acontecendo no seu cérebro enquanto olha para a tela”, diz Maris Loeffler, pesquisadora da faculdade de medicina de Stanford. “Se você rolasse o celular na cama por uma hora em apenas uma manhã, os impactos negativos seriam mínimos. Mas se isso se tornar um hábito, dia após dia, mês após mês, esse comportamento pode cobrar seu preço.”
A seguir, veja maneiras cientificamente comprovadas de como o excesso de tempo diante das telas afeta o seu cérebro, além de estratégias práticas para preservar o bem-estar mental no ambiente de trabalho.
5 formas comprovadas de como o excesso de telas afeta o cérebro
1. A camada externa do seu cérebro está afinando
Uma das descobertas de pesquisas recentes em neurociência é que o tempo excessivo de tela pode levar a mudanças físicas na estrutura do cérebro. Estudos mostram que, em adultos de 18 a 25 anos, o uso excessivo de telas pode causar afinamento do córtex cerebral, a camada mais externa do cérebro, responsável por funções essenciais como memória e resolução de problemas.
É o centro de comando do seu cérebro, que orquestra desde o raciocínio complexo até o pensamento criativo. Quando essa região se torna mais fina devido à exposição excessiva às telas, pode afetar sua capacidade de focar, tomar decisões e processar informações de forma eficaz.
O que você pode fazer
Implemente a regra 20-20-20, recomendada pela Academia Americana de Oftalmologia, ao longo do seu dia de trabalho. A cada 20 minutos, olhe para algo a 20 pés de distância (aproximadamente 6 metros) por pelo menos 20 segundos. Agende esses momentos como lembretes recorrentes na sua agenda, se necessário.
Além disso, negocie com sua liderança pausas para “recuperação do córtex”. Breves intervalos de 10 a 15 minutos a cada 2 horas podem aumentar a produtividade. Use esses momentos para atividades como sessões de brainstorming, reuniões caminhando ou revisão de materiais impressos, em vez de permanecer preso ao monitor.
2. O volume da sua matéria cinzenta está diminuindo
A matéria cinzenta é o tecido essencial do cérebro, responsável por tudo, desde os movimentos até as emoções. Embora ela diminua naturalmente com a idade, um estudo realizado por pesquisadores da Wilfrid Laurier University, no Canadá, indica que adultos que passam tempo excessivo diante de telas apresentam um volume significativamente menor de matéria cinzenta em comparação aos seus pares.
Esse encolhimento prematuro é preocupante, porque a matéria cinzenta abriga a maior parte dos corpos celulares neuronais do cérebro. Quando você perde volume de matéria cinzenta antes do esperado, acelera o envelhecimento cognitivo, o que pode afetar sua memória, regulação emocional e agilidade mental.
O que você pode fazer
Para proteger e desenvolver sua matéria cinzenta, considere estas estratégias:
- Faça reuniões caminhando: Substitua videochamadas por ligações telefônicas enquanto caminha, ou sugira discussões a pé em reuniões individuais para otimizar o tempo;
- Priorize interações presenciais: Prefira conversas ao vivo em vez de mensagens no Slack e no WhatsApp sempre que possível, participe de eventos de networking e atividades de integração de equipes;
- Invista em desenvolvimento profissional: Participe de workshops, faça cursos online ou junte-se a associações profissionais que exijam participação ativa e desenvolvimento de novas habilidades.
3. Seu ciclo de sono está sendo sequestrado
A luz azul emitida pelas telas não apenas cansa os olhos; ela também afeta o sono. Pesquisas mostram que a luz das telas pode atrasar a liberação de melatonina pela glândula pineal do cérebro, interrompendo o ritmo circadiano natural do corpo e dificultando o adormecer e a obtenção de ciclos de sono restauradores.
Quando seu ritmo circadiano é alterado, isso gera uma série de problemas que a neurociência relaciona ao comprometimento do desempenho cognitivo. A má qualidade do sono prejudica a consolidação da memória, reduz a performance cognitiva e pode até contribuir para distúrbios de humor e ansiedade.
O que você pode fazer
Para proteger seu sono e seu ritmo circadiano:
- Estabeleça limites claros: Negocie com seu líder para evitar e-mails à noite e crie políticas de comunicação fora do expediente;
- Use tecnologia protetora: Se precisar trabalhar até tarde, utilize óculos que bloqueiam luz azul ou ative o modo noturno em todos os dispositivos;
- Crie um ritual de desconexão: Feche o laptop, desligue notificações e passe para atividades sem telas;
- Proponha horários flexíveis: Considere escalas de trabalho que se alinhem ao seu ritmo circadiano natural para maximizar a performance.
4. Seu cérebro está preso no modo “luta ou fuga”
“Um dos maiores problemas de pegar o celular imediatamente pela manhã é que, quando você tem um objeto próximo ao rosto, ele é registrado como uma ameaça”, explica Loeffler, de Stanford. “Você não gostaria de acordar e encarar um urso toda manhã. Em nível fisiológico, é a mesma coisa.”
Quando você pega o celular assim que acorda e mergulha nos e-mails, seu sistema nervoso é sobressaltado e dispara uma resposta de luta ou fuga antes mesmo de você estar totalmente desperto. Isso cria um padrão em que seu cérebro tende à hipervigilância e à ansiedade ao longo do dia, dificultando relaxar, focar e pensar com clareza.
O que você pode fazer
Implemente a primeira hora do dia sem telas. Em vez de verificar e-mails imediatamente, comece com atividades que regulam seu sistema nervoso, como exercícios, meditação ou o preparo de um café da manhã saudável.
Chegue ao trabalho cedo para se acomodar sem a pressão imediata de e-mails e notificações. Use esse tempo para planejar seu dia, organizar seu espaço de trabalho ou ter conversas informais com colegas. Essa abordagem te ajuda a começar o trabalho a partir de um estado calmo e focado, em vez de entrar no modo de estresse reativo.
5. Seu risco de doenças neurodegenerativas está aumentando
Pesquisas indicam que adultos que assistem à televisão por cinco horas ou mais diariamente podem ter um risco maior de desenvolver doenças como demência, AVC ou Parkinson. Essa conexão provavelmente decorre de uma combinação de fatores: redução da matéria cinzenta, padrões de sono interrompidos, ativação crônica do estresse e o estilo de vida sedentário que geralmente acompanha o tempo excessivo de tela. Quando esses fatores se acumulam ao longo de anos ou décadas, eles podem acelerar o declínio cognitivo e aumentar a vulnerabilidade a condições neurológicas graves.
O que você pode fazer
Adote uma abordagem abrangente para a saúde do cérebro em sua vida profissional:
- Busque desafios cognitivos: Voluntarie-se para projetos que exijam pensamento estratégico, resolução de problemas e soluções criativas, ou lidere equipes multifuncionais e oriente colegas;
- Incentive o bem-estar no trabalho: Proponha iniciativas como grupos de caminhada no horário do almoço, sessões de meditação ou workshops de gerenciamento de estresse que incorporem técnicas baseadas em neurociência;
- Defenda o suporte à saúde: Demande estações de trabalho ergonômicas e exames de saúde regulares oferecidos aos funcionários.
Reverta o impacto do tempo de tela no seu cérebro
Lembre-se de que seu cérebro é adaptável. Ao controlar o tempo que passa diante das telas e proteger sua saúde cognitiva, você pode reprogramar os caminhos neurais do cérebro, reduzir o risco de declínio mental e criar uma relação mais saudável com a tecnologia, que impulsione (em vez de prejudicar) seu sucesso profissional.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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12 Lições de um Mentalista Para Ler Pessoas e Alavancar Sua Carreira

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Talvez você já tenha visto o mentalista vencedor do Emmy, Oz Pearlman, em programas da TV americana como “America’s Got Talent” ou “60 Minutes”, impressionando o público com sua habilidade de “ler mentes”. No seu TED Talk, ele afirma que, mais do que isso, sua capacidade é de ler as pessoas. Segundo Pearlman, é possível impulsionar sua carreira usando algumas das técnicas desenvolvidas por ele para agir sob pressão, liderar e se comunicar. “O trabalho de um mentalista é entender como as pessoas pensam, sentem e tomam decisões”, afirma. “E esse é o mesmo trabalho que você faz todos os dias nos negócios, seja apresentando uma proposta, liderando uma equipe ou participando de uma entrevista.”
Como avançar na carreira lendo as pessoas
“As pessoas acham que ler mentes é impossível”, diz o mentalista. “Mas todo grande líder, negociador e comunicador faz isso, não por mágica, mas por consciência. Quando você entende as pessoas profundamente, para de reagir e começa a liderar.”
Segundo Pearlman, o mentalismo é sobre consciência – de si mesmo, dos outros e da energia de um ambiente. Ele explica como os mesmos hábitos que o tornam eficaz no palco podem ajudar qualquer profissional a aprimorar o foco, fortalecer a confiança e se comunicar com clareza. “Quando você domina isso, é capaz de entrar em qualquer situação, seja uma negociação, uma apresentação, uma performance, e saber exatamente como se conectar, influenciar e liderar.”
Essa é, inclusive, a base de seu novo livro, “Read Your Mind: Proven Habits for Success from the World’s Greatest Mentalist” (em português, Leia Sua Mente: Hábitos Comprovados de Sucesso do Maior Mentalista do Mundo).
Oz Pearlman compartilha 12 dicas para aplicar no dia a dia e avançar na carreira.
1. Aprimore sua capacidade de observação
A observação é a “sua vantagem oculta”. É também uma técnica usada por treinadores como Jon Gordon, consultor de times campeões da NFL e da NBA, para preparar jogadores para temporadas desafiadoras. “Assim que a dúvida surgir, perceba e anote, no papel ou no celular”, orienta Gordon. “Depois, ao lado dessas dúvidas, escreva palavras de encorajamento que você diria a alguém nessas mesmas condições. Isso é autodiálogo. Eu ensino as pessoas a falarem consigo mesmas em vez de apenas ouvirem a própria voz interna. Essas dúvidas não são você falando. Não ouça. Fale com você mesmo com incentivo.”
Pearlman recomenda prestar atenção ao que os outros ignoram – o tom de voz, a hesitação antes de um “sim”, a energia de uma sala. “Quando você consegue ‘ler o ambiente’, consegue também influenciar o resultado.”
2. Acredite para conquistar
“A primeira mente que você precisa ler é a sua”, afirma Pearlman. “Se você não acredita que merece o sucesso, suas ações sempre vão te limitar. Mas, quando realmente espera que as coisas deem certo, começa a agir como se já tivessem dado, e é isso que as pessoas percebem.”
3. Faça o medo da rejeição desaparecer
Segundo o mentalista, a resiliência é a moeda mais valiosa na carreira. “A rejeição nunca é pessoal, é preparação”, diz. “Cada ‘não’ te dá informações para o próximo ‘sim’. As pessoas que mais vencem são aquelas dispostas a ouvir mais ‘nãos’ ao longo do caminho.”
Ele lembra uma frase do lendário jogador de beisebol Babe Ruth: “Cada strike me aproxima do meu próximo home run.”
4. Foque nos outros
A empatia constrói influência mais rápido que a especialização, afirma Pearlman. “Todo mundo tenta ser interessante. O verdadeiro poder vem de ser interessado”, diz. “Quando você foca no que importa para o outro – ps objetivos, medos e pressões – cria conexão e influência de forma natural.”
5. Esqueça o amanhã, comece hoje
“O impulso começa no momento em que você age”, afirma. “A ação sempre vence a intenção. Não espere estar pronto: envie o e-mail, apresente a ideia, faça a ligação. Quando você se movimenta, o impulso toma conta, e isso gera confiança.”
6. Prepare o terreno a seu favor
A preparação é o maior impulsionador da confiança. “Antes de cada apresentação, eu ensaio todos os cenários possíveis – o que acontece se o truque falhar, se o público não reagir, se faltar luz”, conta. “Você pode fazer o mesmo antes de uma negociação ou apresentação. Quando já visualizou as partes difíceis, nada te abala.”
7. Não seja seu pior inimigo
“O diálogo interno define seus resultados externos”, diz Pearlman. “Sua voz interior pode ser cruel. Você nunca vai ter um desempenho melhor do que a história que conta a si mesmo. Antes de entrar em uma reunião, ouça o que está dizendo para si mesmo e reescreva o roteiro. A confiança começa nessa conversa interna.”
8. Peça ajuda
“Todo grande desempenho tem uma equipe por trás”, diz. “Tenho mentores, colaboradores e pessoas com quem troco ideias, e não tenho vergonha de pedir ajuda. As pessoas mais inteligentes na sala são aquelas que sabem quando fazer perguntas.”
9. Transforme fraquezas em forças
Para Pearlman, curiosidade é força, não fraqueza, e a autoconsciência transforma falhas em combustível. “Eu achava que minha necessidade de controle era um defeito”, confessa. “Mas essa obsessão me tornou disciplinado. Qualquer que seja o seu ‘defeito’, encontre a força dentro dele. A consciência transforma limitação em vantagem.”
10. Faça da memória seu superpoder
“Lembrar de detalhes cria lealdade instantânea”, afirma. “Lembre-se dos nomes das pessoas, do que elas gostam, das histórias que te contam. Isso não é só simpatia, é liderança. Quando alguém se sente lembrado, se sente valorizado, e isso gera confiança.”
11. Desarme com charme
Pearlman destaca que a autenticidade é a forma mais persuasiva de carisma. “Seja caloroso. Seja curioso. Seja humano”, aconselha. “Você não conquista as pessoas com performance, mas fazendo com que se sintam à vontade. Quando você as desarma com um charme genuíno, a influência vem naturalmente.”
12. Amarre tudo com uma boa história
“As pessoas se lembram de você por causa das histórias”, explica. “Fatos informam, mas histórias convencem. Quando você conecta emoção e lógica, não precisa convencer ninguém: elas mesmas se convencem. Seja liderando uma equipe ou apresentando uma ideia, conte uma história que faça as pessoas sentirem.”
O poder do mentalismo na carreira
Dominar sua própria mente é a base para dominar sua carreira. Quanto mais você entende seus próprios pensamentos e emoções, melhor consegue navegar pelos dos outros.
“Seja no palco, em uma sala de reuniões ou construindo sua trajetória, o segredo é o mesmo: Leia a si mesmo primeiro. Depois, leia os outros. E então responda com empatia e intenção. Isso não é mágica, é domínio da mente humana.”
Para Pearlman, o sucesso não está no controle, mas na conexão. E a maior vantagem profissional, segundo ele, é aprender a ver o mundo não pelos próprios olhos, mas pelos olhos dos outros. “É aí que você realmente começa a vencer e a avançar na carreira.”
Assista ao TED Talk de Oz Pearlman, A Arte de Ler Mentes
*Bryan Robinson é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.
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Yuval Harari: “Se Você Não Tem Tempo, Você É Pobre”

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
“Bilionários e grandes empresários da tecnologia em lugares como o Vale do Silício têm medo de que, em parte por causa de suas próprias ações, o mundo logo viverá um apocalipse, uma terceira guerra mundial, um desastre ecológico, uma catástrofe artificial”, disse o historiador israelense e autor de best-sellers como “Sapiens”, Yuval Harari, durante o evento HSM+, em São Paulo, nesta quinta-feira (6). “Para sobreviver, eles estão construindo bunkers onde podem se esconder, mas ainda não sabem onde construir. Esse é um dos temas mais comentados em conversas privadas.”
O historiador provoca: “Então, deixe-me dizer onde construir seu ‘bunker do juízo final’: construa-o na sua mente.”
Segundo o autor de “Homo Deus”, “21 Lições para o Século 21” e “Nexus”, as ameaças enfrentadas pela humanidade hoje se movimentam na velocidade da luz e atacam nossas mentes antes mesmo de chegar aos nossos corpos. “O que todos precisamos é fortalecer a mente, e isso é especialmente importante para líderes, porque as decisões que você faz dentro do bunker, dentro da sua mente, mudam a vida de milhares e até milhões de pessoas.”
“Se sua mente está cheia de raiva e desconfiança, isso é o que você estará espalhando ao redor do mundo.”
Yuval Harari
Para isso, é preciso investir tempo – o maior luxo da atualidade. “Essa é uma tarefa que você não pode delegar a um assistente e não pode resolver com dinheiro. Você não pode mandar a sua mente para a lavanderia; tem que limpá-la sozinho. Seja com terapia, meditação ou fazendo uma trilha na floresta, sempre leva tempo.”
Enquanto os algoritmos ditam as conversas e a inteligência artificial assume cada vez mais funções, os humanos têm tentado acompanhar o ritmo das máquinas. “Como todos os animais e plantas, nós vivemos por ciclos: dia e noite, verão e inverno, atividade e descanso. Se você mantiver um organismo ocupado o tempo todo, sem descanso, ele eventualmente vai colapsar e morrer”, disse o historiador. “Os algoritmos, por outro lado, não são orgânicos. Eles não funcionam por ciclos, eles não precisam de tempo para descansar, não têm famílias, não tiram férias.”
Nesse novo mundo em que os algoritmos tomam conta – desde os bancos até a política –, nós, humanos, também não desligamos. “Se você tenta descansar, parece que está ficando para trás.”
Isso vale especialmente para as lideranças. Depois de conhecer grandes líderes empresariais e políticos, Harari encontrou muitas diferenças entre eles, mas um ponto em comum: “Quase todos não têm permissão para descansar. Eles não têm tempo. E isso faz deles muito pobres.”
“Se você não tem tempo, você é pobre. Não importa quanto dinheiro você tem. Porque a verdadeira moeda da vida é o tempo.”
Yuval Harari
Na sua visão, algumas das pessoas mais ricas e poderosas do mundo são extremamente pobres. “Eles não conseguem descansar, meditar, ler um livro ou caminhar. Eles não têm tempo para cuidar de suas mentes”, disse. “Isso não é bom para eles, e certamente não é bom para a sociedade humana ser liderada por pessoas com mentes perturbadas e sem tempo para relaxar.”
Harari fechou sua palestra com um chamado para os líderes: “Não somente pelo seu próprio bem, mas também pelo da sociedade, encontrem tempo para cuidar das suas mentes.”
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Brasil Lidera com os Maiores Salários de Tecnologia da América Latina

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Os salários pagos no Brasil são, em média, os mais altos da América Latina, e ocupam a 11ª posição em um ranking global da Deel, multinacional de recursos humanos, entre os 15 países que melhor representam a presença e a atuação da companhia em diferentes regiões. O levantamento, em parceria com a plataforma de gestão de equity Carta, analisou tendências salariais com base em mais de 1 milhão de contratos ativos em cerca de 150 países.
No Brasil, a média salarial anual entre as profissões em alta demanda analisadas – especialistas em IA, desenvolvimento de software, computação em nuvem, dados e cibersegurança – é de US$ 67 mil (R$ 360 mil, na cotação atual). Supera com folga outros países da região, como México (US$ 48 mil), Argentina (US$ 42 mil) e Colômbia (US$ 37 mil). “A maioria das pessoas empregadas pela Deel, no Brasil, trabalha para empresas estrangeiras e tem mais chances de ser remunerada em dólares, o que não ocorre com os brasileiros que trabalham para empresas locais”, afirma Jessica Pillow, head de compensação global da Deel.
Demanda por profissionais de tech eleva os salários globais
Além disso, o desempenho brasileiro é impulsionado pela alta concentração de profissionais qualificados nessas áreas em alta demanda, com salários acima da média regional. O relatório destaca que funções ligadas à IA, cibersegurança e ao marketing digital pagam, em média, de 20% a 25% acima da média global, reflexo da escassez de talentos e da disputa por especialistas nesses campos. “Também há um movimento crescente de pacotes de compensação que incluem equity e benefícios mais competitivos, aumentando o valor total percebido pelos profissionais”, explica a executiva.
Outro estudo, da consultoria global de gestão Bain & Company, que entrevistou profissionais dos Estados Unidos, da Alemanha, Índia, Reino Unido e Austrália, reforça que a pressão por especialistas em tecnologia tem elevado os salários globalmente. Desde 2019, a remuneração média em funções ligadas à IA cresce cerca de 11% ao ano, chegando a 56% em cargos mais especializados.
E a expectativa, segundo Pillow, é de que essa tendência se intensifique. “Para 2026, observamos uma valorização acelerada de carreiras ligadas à IA, cibersegurança e dados, que devem continuar elevando a média salarial.”
Onde está o Brasil entre os maiores salários do mundo
Com salários médios anuais de US$ 150 mil (R$ 807 mil) e US$ 121 mil (R$ 651 mil), respectivamente, Estados Unidos e Canadá ocupam o primeiro e o segundo lugar no ranking global de salários da Deel. O Brasil está bem distante desse pódio. “A equiparação com EUA e Canadá enfrenta barreiras estruturais”, explica Pillow. “O custo médio de capital humano e a produtividade por setor ainda diferem, o ecossistema de investimentos e remuneração via equity é menos maduro em muitos segmentos, e fatores fiscais e regulatórios elevam o custo total de contratação.”
O mercado brasileiro tem grande oferta de profissionais para funções menos especializadas, o que comprime a média salarial. Ao mesmo tempo, posições altamente qualificadas seguem disputadas globalmente, com remunerações muito superiores. “Essas lacunas tendem a persistir enquanto não houver maior produtividade setorial, incentivos ao capital e escala de empresas capazes de pagar salários mais altos.”
A seguir, veja as médias salariais anuais por país
- 1. Estados Unidos: US$ 150 mil
- 2. Canadá: US$ 121 mil
- 3. Grã Bretanha: US$ 117 mil
- 4. Países Baixos: US$ 101 mil
- 5. Dinamarca: US$ 100 mil
- 6. Austrália: US$ 98 mil
- 7. Polônia: US$ 93 mil
- 8. Espanha: US$ 87 mil
- 9. Singapura: US$ 86 mil
- 10. França: US$ 82 mil
- 11. Brasil: US$ 67 mil
- 12. México: US$ 48 mil
- 13. Argentina: US$ 42 mil
- 14. Colômbia: US$ 37 mil
- 15. Índia: US$ 22 mil
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