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Como Diretor de Fotografia Brasileiro Chegou à Série de Harry Potter

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A primeira foto do ator Dominic McLaughlin caracterizado como o personagem Harry Potter para a nova série da HBO Max viralizou recentemente, especialmente no Brasil. Mas o motivo não foi óbvio: na imagem, o artista aparecia segurando uma claquete com o nome do diretor de fotografia da produção, até então não revelado: o brasileiro Adriano Goldman. “Considero um privilégio fazer parte disso. É um gênero novo para mim – nunca havia trabalhado com fantasia –, então estou aprendendo bastante, mas é um processo fascinante.”
Responsável pela direção de fotografia de grandes projetos internacionais, como “The Crown”, da Netflix, e “Andor”, série do universo de Star Wars, do Disney+, o fotógrafo já venceu dois Emmys, um BAFTA e um prêmio da ASC (American Society of Cinematographers) ao longo dos mais de 30 anos de carreira no cinema. “Foi (e continua sendo) muito trabalho. Muitas horas da minha vida foram passadas em sets de filmagem, viagens e produções intensas”, conta. “Por isso, embora eu considere um grande privilégio tudo o que está acontecendo hoje, também tenho plena consciência de que trabalhei bastante para chegar até aqui.”
O trabalho por trás das câmeras
Na nova série de Harry Potter, Goldman é o diretor de fotografia principal, responsável por dirigir quatro dos oito episódios da primeira temporada, incluindo o primeiro e o último. “Essa primeira temporada, em especial, é monumental, porque precisa estabelecer todo um universo: cenários que devem durar muitos anos, tudo sendo criado agora.”
O fotógrafo participou das 18 semanas de pré-produção, trabalhando em decisões visuais e conceituais. Agora, durante as filmagens, lidera uma equipe de mais de 100 profissionais e decide o que entra na câmera. “Meu jeito de trabalhar envolve uma postura no set e o gerenciamento eficiente do tempo”, conta. “Não se trata apenas de estética, mas de garantir que tudo funcione e que a engrenagem continue girando.”
“A fotografia não está isolada do resto – a série como um todo precisa funcionar.”
Adriano Goldman
Com grandes produções nacionais e internacionais no currículo, Goldman começou a carreira nos bastidores da televisão, enquanto estudava jornalismo. Trabalhou como assistente de direção até se encontrar na direção de fotografia, apesar da paixão pelo ofício desde a adolescência. “Queria contar histórias em outras línguas e sonhava em ir para Los Angeles. Passei a assistir muito cinema, estudei intensamente e comecei a entender quem era quem dentro dos filmes.”
A seguir, confira destaques da entrevista com o diretor de fotografia da série de Harry Potter, Adriano Goldman.
Forbes: Como a direção de fotografia da série de “Harry Potter” chegou até você?
Adriano Goldman: “The Crown” me deu a oportunidade de trabalhar com diferentes diretores e produtores ao longo das temporadas. O Mark Mylod, diretor da série de “Harry Potter”, comentou que gostava muito de “The Crown” e que queria que essa nova versão de “Harry Potter” tivesse uma abordagem mais realista. Tivemos duas conversas por Zoom no ano passado, enquanto eu estava em Budapeste, filmando um projeto para a Netflix. A conversa foi excelente e nos conectamos bem. Depois disso, me ofereceram a série.
Não sou o único diretor de fotografia — são oito episódios e três diretores de fotografia, além da segunda unidade [equipe secundária]. Mas atuo como lead photographer, o diretor de fotografia principal, porque faço os dois primeiros episódios e o último. No total, quatro dos oito episódios.
A série começou a ser filmada agora, mas você também trabalhou na pré-produção. Como foi esse processo?
A pré-produção durou 18 semanas e, durante esse período, há apenas um diretor de fotografia envolvido. Os diretores de fotografia e arte funcionam como os braços esquerdo e direito do diretor. Nessa etapa, todas as decisões visuais e conceituais passam principalmente por esse trio e suas respectivas equipes.
Esse projeto, especificamente, não é baseado apenas em locações, há muitos cenários construídos, mas também locações reais. Toda a pesquisa, visita e aprovação dessas locações faz parte do processo. Paralelamente, o departamento de arte produz plantas, maquetes e os chamados concept drawings, que são esboços ou quadros que podem inspirar um tom ou servir como ponto de partida para discussões visuais. As decisões sobre cor, composição, atmosfera – tudo isso é discutido intensamente na pré-produção.
Essa é a parte que considero mais gratificante: colaborar desde a origem do projeto. Isso não é comum na carreira de um diretor de fotografia. Em longas-metragens, normalmente você recebe o roteiro, tem um período de pré-produção, filma e encerra sua participação. É um processo que também gosto muito e pretendo continuar fazendo, mas essa preparação extensa, essa elaboração conjunta do conteúdo visual, que também envolve figurino e maquiagem, permite uma colaboração mais ampla entre profissionais talentosos de várias áreas.
Agora, durante as filmagens, como funciona seu trabalho no dia a dia?
Quando as filmagens começam, as locações já foram definidas. Muitas vezes, recebo essas locações já modificadas conforme o planejamento. Por exemplo, visitei uma lanchonete que originalmente era verde, e sabia que ela seria alterada para amarelo. Quando cheguei, ela já estava transformada, com toda a ambientação pronta.
A partir daí, posiciono luzes, câmeras, defino lentes e discuto os movimentos de câmera. Se pensarmos numa sequência simples – os personagens entram na lanchonete, conversam e saem –, é necessário decidir quantos planos ou tomadas serão usados para essa pequena cena. Qual o objetivo dramático da sequência? Essas questões são discutidas constantemente com o diretor. Essa é a essência da colaboração entre o fotógrafo e o diretor.
Além disso, existe um trabalho enorme de gerenciamento. Trata-se de uma operação muito grande, com 300, 400, até 500 pessoas envolvidas. A minha equipe, que inclui câmera, movimento de câmera e elétrica, é composta por cerca de 100 a 120 pessoas. Tenho o apoio de outros profissionais, mas sou responsável por liderar essa estrutura.
Falando em termos técnicos, lidero as equipes de câmera e equipamento de câmera, grip e rigging (maquinaria), além da equipe de elétrica e seus equipamentos. É um processo que exige muita organização e não pode haver erros.
O tempo também é um fator crucial, especialmente quando se trabalha com crianças, cujo tempo permitido em set é bastante limitado. O gerenciamento de tempo é uma das partes mais importantes do meu trabalho. Sei, desde o início, que não terei todo o tempo que gostaria, e aceito isso ao entrar em um projeto desse porte.
Por isso, a fase de pré-produção é essencial: preciso garantir que, ao chegar ao set, haja uma infraestrutura preparada que me permita trabalhar com rapidez e eficiência, mas também com espaço para a elaboração artística.

Goldman foi responsável pela fotografia de longas nacionais como “O ano em que meus pais saíram de férias” e “Xingu”
O que você pode adiantar do seu trabalho na série?
Tenho uma relação especial com a cor. Considero que essa série precisa ser mais vibrante do ponto de vista global da imagem. Gosto da ideia de que meu trabalho inspirou o Mark Millar – tanto em “The Crown” quanto em “Andor”, que, apesar de ser uma ficção científica, tem um tratamento visual mais realista.
Esse meu jeito de trabalhar envolve não apenas um olhar específico, mas também uma postura no set e um gerenciamento eficiente do tempo. É assim que eles me enxergam profissionalmente. Não se trata apenas de estética, mas de garantir que tudo funcione e que a engrenagem continue girando.
Tenho muito orgulho de ter construído essa reputação e trabalhei bastante para isso. Acho interessante ser reconhecido como alguém rápido no set, mas é preciso cuidado: quanto mais rápido você é, mais esperam que você continue sendo. Por isso, é importante ser estratégico e encontrar formas de conquistar o tempo necessário para a elaboração artística.
Quais são os maiores aprendizados ao participar de um projeto dessa escala?
Há muito pouco glamour no meu trabalho. Muitas pessoas ainda associam o cinema a algo glamouroso, mas, nessa escala de produção, isso passa longe da realidade. Para se ter uma ideia, construíram uma escola para as crianças que serão educadas dentro dessa estrutura nos próximos oito, nove ou dez anos. Essa primeira temporada, em especial, é monumental porque precisa estabelecer todo um universo: cenários que devem durar muitos anos, tudo sendo criado agora.
Considero um privilégio fazer parte disso. É um gênero novo para mim – nunca havia trabalhado com fantasia e magia –, então estou aprendendo bastante, inclusive sobre efeitos especiais. Muitas das soluções que buscamos são realizadas em câmera, e não com computação gráfica. Durante a pré-produção, tivemos discussões muito ricas sobre o que pode ser feito com elementos fotoquímicos, o que pode ser representado visualmente e o que se transforma em magia a partir de elementos da natureza. Foi um processo fascinante. Mas, quanto ao restante, permanece em segredo.
Como é liderar uma equipe como diretor de fotografia?
Existe um jeito de trabalhar que aprendi no início da carreira, que entendo hoje como um conceito: a fotografia não está isolada do resto. O filme como um todo precisa funcionar. Tudo tem que ficar bom, em conjunto. Então, minha vaidade como diretor de fotografia não está acima da colaboração com o projeto como um todo.
Eu participo de tudo: movo equipamentos, arrasto cadeiras, espalho folhas secas no chão, pinto o que for possível. Estou sempre envolvido em todos os aspectos visuais. Acredito que isso também é valorizado. Minha relação com o trabalho não é burocrática, é afetiva. Gosto do que faço.

Brasileiro conta como lidou com os desafios de trabalhar fora do Brasil: “Debater em outro idioma é complexo”
Hollywood costuma ser o destino mais visado por quem quer trabalhar com cinema. Como sua trajetória acabou te levando a Londres?
Venho trabalhando na Inglaterra desde 2010, quando fiz “Jane Eyre”, meu primeiro longa com o diretor Cary Fukunaga. Na época, ainda vivia no Brasil, e Los Angeles parecia ser o destino natural para quem aspirava a uma carreira no cinema, especialmente para brasileiros. Dei sorte: antes disso, havia feito um filme no México, depois vim para esse projeto aqui, e já tinha trabalhado também nos Estados Unidos.
Mas, quando finalmente comecei a trabalhar em Londres, mudei um pouco meu direcionamento em termos de quais dessas indústrias ou polos criativos eu achava mais adequado para mim. Gostei muito de Londres e, a partir daí, comecei a voltar com frequência.
Em 2013, fiz um filme no Brasil com o diretor Stephen Daldry, que sempre admirei por “Billy Elliot”. Quando ele voltou ao Brasil para lançar o filme, eu já tinha ouvido falar de uma série que ele estava desenvolvendo com o roteirista Peter Morgan – que eu também conhecia por já ter feito o filme “360” com o Fernando Meirelles. Falei que estava interessado em trabalhar como Daldry novamente e ele respondeu: “Ah, se você quiser fazer a série, é sua.” Na época, o projeto ainda estava em desenvolvimento; era “The Crown”.
Comecei a trabalhar na série em 2015 e fui ficando na Inglaterra entre as temporadas. Ainda consegui fazer mais dois filmes diferentes e também participei da primeira temporada de “Andor”.
Londres acabou se tornando o lugar onde me sinto mais à vontade profissionalmente. Desde 2010, vi essa indústria crescer muito, não apenas pela quantidade de projetos que vêm para cá, mas também pela infraestrutura. Existem diversos estúdios em construção e expansão neste momento, inclusive os da Warner Bros., onde estou trabalhando.
Sempre esteve nos seus planos seguir uma carreira internacional?
Acredito que tudo começou no ano em que assisti a dois filmes que me marcaram profundamente como cinéfilo: “Blade Runner” e “Paris, Texas”. Fiquei completamente impactado com a amplitude de gênero e possibilidades que percebi naquela forma de arte.
A partir dali, quis contar histórias em outras línguas e sonhava em ir para Los Angeles. Passei a assistir muito cinema, estudei intensamente e comecei a entender quem era quem dentro das produções. Isso influenciou diretamente minhas escolhas: na época das locadoras, eu buscava os filmes no formato VHS com base em quem havia assinado a fotografia. Se eu gostava de um filme específico, procurava acompanhar a carreira daquele diretor de fotografia, muitas vezes mais do que a do próprio diretor.
Foi (e continua sendo) muito trabalho. Realmente muitas horas da minha vida foram passadas em sets de filmagem, em viagens, em produções intensas. Por isso, embora eu considere um grande privilégio tudo o que está acontecendo hoje, também tenho plena consciência de que trabalhei bastante para chegar até aqui.
Quais foram os momentos mais marcantes da sua carreira?
Com certeza foram os filmes brasileiros que fiz e que adoro profundamente, como “O ano em que meus pais saíram de férias”, “Xingu” e “Dos Homens”, além de tantos outros projetos realizados com grandes amigos dos estúdios da Conspiração e da O2.
Mas “Sin Nombre”, que fiz em 2007, foi realmente um divisor de águas. A partir desse filme, comecei a acreditar que poderia ter uma carreira internacional. Logo após o longa, passei a ter uma agente (a mesma com quem trabalho até hoje), e isso também me ajudou bastante. Esse filme me rendeu um prêmio no Festival de Cinema de Sundance, então comecei com o pé direito.
O primeiro episódio de “The Crown” que dirigi mudou muita coisa na minha carreira. Os episódios que fotografei e que ganharam prêmios também foram especiais – em particular o episódio “Beryl”, da segunda temporada, pelo qual recebi um Emmy, um BAFTA e um prêmio da ASC (American Society of Cinematographers), todos no mesmo ano.
Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao longo da carreira?
No início, foi difícil entender que falar inglês é uma coisa, mas discordar conceitualmente e debater em outro idioma é algo mais complexo. Essa articulação levou um tempo para se desenvolver.
Ao mesmo tempo em que eu enfrentava essas dificuldades, fiquei muito focado e determinado a superar esses desafios. Queria que minha opinião fosse ouvida e validada, e busquei ter confiança de que estava expressando minhas ideias de maneira clara e compreensível.
O sotaque é algo que no início parece importar – e, em alguns momentos, você realmente sente que importa. Eu trabalho com uma equipe formada por ingleses, um australiano e um escocês. Entre eles, eu sou a pessoa com sotaque.
Ainda há a questão de como se impor. No meu trabalho, ocupo a posição de Head of Department. É um cargo que exige bastante exposição. Minha voz precisa ser ouvida diversas vezes ao longo do dia, de forma clara e firme. E isso, de fato, não é fácil. Mas fui avançando aos poucos, e as coisas começaram a dar certo.
Como surgiu sua paixão pelo cinema?
Meu pai era arquiteto e, em algum momento da adolescência, cheguei a querer seguir a mesma profissão. Depois, comecei a me interessar por oceanografia, porque adorava os documentários do Jacques Cousteau. Foi através deles que, pela primeira vez, percebi a existência de uma equipe por trás das imagens. Ele filmava a própria equipe pegando as câmeras, mergulhando, e então me dei conta: alguém está registrando tudo isso que gosto tanto de assistir.
Sempre gostei muito de cinema. Na mesma fase da adolescência, também fui muito cinéfilo. Frequentava a Mostra de Cinema de São Paulo e assistia a muitos filmes em casa, em VHS.
Acabei optando por cursar jornalismo, em vez de cinema, mas no terceiro ano da faculdade parei para começar a trabalhar na Olhar Eletrônico, uma produtora bastante efervescente de São Paulo, na década de 1980. A partir daí, entrei no universo da televisão e não parei mais.
Como começou sua carreira na direção de fotografia?
Em 1996, voltei para o Brasil depois de trabalhar em um projeto em Portugal. Já atuava com televisão e fui para lá fazer uma sitcom. Quando retornei, a MTV estava em plena ascensão no Brasil e tomei uma decisão: não queria mais ser diretor, queria ser diretor de fotografia.
O caminho estava se desenhando para que eu me tornasse diretor, pois havia trabalhado na Olhar Eletrônico, tinha sido assistente de direção e já estava ganhando algum dinheiro com isso. Mas percebi que não era o que eu queria.
Então, ao voltar de Portugal, decidi seguir como diretor de fotografia. Comecei a fazer muitos videoclipes com uma geração de diretores da minha idade, com quem eu tinha bastante afinidade. Foi o melhor laboratório para um diretor de fotografia.
Como você avalia essa trajetória até aqui?
Acho que tive a sorte, e fiz a escolha certa, de seguir como diretor de fotografia, e não como diretor. O que mais gosto nessa função é poder trabalhar com tantas mentes criativas, com diretores diferentes, metodologias distintas, em lugares diversos. Isso enriquece muito a experiência.
Tenho também a sorte enorme de contar com uma família que sempre compreendeu o fato de que eu viajaria muito. Sempre foram muito tolerantes e amorosos. Sempre tive um lugar para voltar. Hoje, todos estão comigo, morando em Londres.
O mercado audiovisual brasileiro tem crescido, com cada vez mais profissionais almejando trabalhar em grandes produções, inclusive fora do país. Que conselho você daria para quem quer seguir carreira como diretor de fotografia e conquistar espaço em projetos internacionais?
É fundamental gostar muito do que se faz, ler o roteiro com atenção e, de certa forma, entender que você é o seu próprio marketing. Sempre fui freelancer, e para mim o mais importante foi manter as portas abertas, fazer com que as pessoas queiram trabalhar com você novamente. A colaboração, na minha visão, é a melhor forma de sustentar relações dentro dessa indústria.
Sabemos que existem muitos casos de profissionais que são rudes, extremamente vaidosos e arrogantes: diretores de fotografia, diretores, atores. Não é o meu estilo. Tenho uma forma diferente de trabalhar.
Quando me perguntam se há um segredo, não acho que exista uma fórmula única para todos. Mas acredito que ter paixão pelo que se faz, e entender o funcionamento da indústria, é essencial.
Ao longo da carreira, surgirão oportunidades para trabalhar em projetos mais autorais, menores ou maiores, nos quais a sua veia artística será mais requisitada. E, em outros casos, os fatores determinantes serão o tempo, o orçamento e a pressão do estúdio. Você pode decidir não participar desses projetos, é uma escolha. Eu já experimentei todos esses contextos, com a Netflix, com a Disney e, agora, com a Warner. Gosto da pressão, mas sei que não é algo que agrada a todo mundo.
Você tem mais algum projeto ou sonho que pretende realizar nos próximos anos?
Tenho amigos queridos com quem gostaria muito de filmar novamente. O Stephen Daldry, por exemplo, é um deles. Também o Fernando Meirelles e o Paulo Morelli, do Brasil, e o Ben Caron, com quem trabalhei em “The Crown” e com quem tive uma parceria muito boa.
Tenho vontade de fazer mais longas-metragens e séries por um tempo ainda. Mas acredito que o mais importante, neste momento, é poder contar boas histórias.
Faz sentido, agora, considerar a possibilidade de participar de mais uma ou duas temporadas de “Harry Potter”, o que, no total, representaria um compromisso de cerca de três anos. Existe a perspectiva de sete temporadas para a série. Não sei se estarei em todas, mas certamente há uma longa jornada pela frente. Vamos ver como as coisas se desenrolam.
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CEO do iFood: “Empreender é se Ferrar 80% do Tempo por Sonhar Grande”

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Admitir vulnerabilidades tem sido apontado, em anos recentes, como um sinal de força, empatia e inspiração no mundo corporativo. “Minha grande vulnerabilidade é estar em um país de moeda depreciada. Se eu tenho uma bala para lutar, quem vem com um dólar tem seis”, admite Diego Barreto, 42, à frente do iFood desde maio de 2024 e um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025.
E há gente vindo com munição pesada. Nesse caso, é melhor não olhar para o lado. “Quando você se preocupa com a concorrência, o máximo que consegue é empatar com ela.”
Mineiro de Uberaba, na infância Diego ajudava nos afazeres da fazenda do avô e acompanhava o pai, que mexia com caminhões. O lado empreendedor revelou-se logo aos 8 anos, quando começou a vender balas (mas não as mesmas citadas acima). Aos 19, mudou-se para São Paulo, formou-se em direito pela PUC-SP e fez MBA no IMD Business School.
Aprendeu por conta própria fundamentos de economia e finanças. Passou por grandes empresas, como OAS e Suzano, e entrou no Grupo Movile em 2016. Está no iFood, que faz parte do grupo, desde 2018, quando assumiu como CFO e vice-presidente de finanças e estratégia.
“A cultura do iFood é baseada em empreendedorismo e inovação. E empreendedorismo significa se ferrar 80% do tempo porque você está sonhando muito grande.”
Diego Barreto, CEO do iFood
A liderança e a notável presença do iFood no Brasil e na América Latina foram conquistadas, diz Diego, “criando soluções e ativos para um ecossistema de entregadores, comerciantes e consumidores” e com muita cultura corporativa – e essa, por sua vez, é sua principal fortaleza. Cultura e a capacidade de mobilizar pessoas, de “simplificar o que é complexo” e de conseguir mudar rapidamente de direção quando necessário. Essa é uma tradução possível do que Diego escreveu sobre si no LinkedIn, um texto no qual a palavra “liderança” predomina.
A cultura do iFood é, segundo ele, baseada em dois pilares: empreendedorismo e inovação. O primeiro significa “se ferrar 80% do tempo porque você está sonhando muito grande”. O segundo, para além de buscar ferramentas virtualmente inexistentes – como IA já em 2018 –, é instilar nos liderados a tal capacidade de mobilização. Em um processo que se energiza mutuamente, é isso que ajuda a gerar inovação, e vice-versa.
Fala-se aqui do mesmo espírito de startup da origem da empresa, quando, em 2013, com apenas 20 pessoas, ela foi comprada pela Movile, companhia do baiano Fabricio Bloisi, agora CEO global da controladora do iFood, a Prosus.
Hoje no iFood são 8 mil funcionários, 120 milhões de pedidos por mês, 460 mil estabelecimentos no cast, 450 mil entregadores e 60 milhões de clientes, números que devem crescer com a entrada do iFood em delivery de outros produtos que não refeições – segmento já responsável por 30% do movimento total.
No future wall, o mural dos sonhos grandes que já havia na Movile, Diego escreveu querer “mudar o Brasil”. A ideia permanece.
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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Desemprego no Brasil Fica em 5,6% no 3º Tri com Menor Número de Desocupados da História

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A taxa de desemprego no Brasil encerrou o terceiro trimestre em 5,6%, repetindo a menor taxa da série histórica do IBGE e com o menor contingente de pessoas sem trabalho, mostrando que o mercado de trabalho segue aquecido e resiliente.
Segundo analistas, no entanto, ele pode estar começando a mostrar sinais de desaceleração.
O resultado divulgado nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra queda em relação aos 5,8% do segundo trimestre. No mesmo período do ano anterior a taxa de desemprego havia sido de 6,4%.
Mas a taxa repetiu a leitura dos três meses encerrados em julho e do trimestre até agosto, e ficou um pouco acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 5,5%.
“O fato de a taxa estar em 5,6% pela terceira vez não dá para dizer que é um piso, até porque há movimentos de mercado e ainda tem sazonalidade de mais contratações para atender a demanda de fim de ano”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.
No entanto, André Valério, economista sênior do Inter, ressalta que os três meses seguidos com a mesma taxa de desemprego podem indicar sim um pico.
“O cenário ainda é de um mercado de trabalho bastante robusto. (Mas) há indícios de que possamos estar próximos a um ponto de virada no mercado de trabalho. A estabilidade pelo terceiro mês consecutivo na taxa de desocupação sugere pico no indicador”, disse ele.
O mercado de trabalho brasileiro vem mostrando força, o que ajuda a amenizar a desaceleração econômica e mitigar os efeitos dos juros elevados, o que representa um desafio para o Banco Central já que ajuda a sustentar o consumo e dificulta o controle da inflação.
“Olhando à frente, com base nos dados recentes e na natureza cíclica do mercado de trabalho, esperamos que o aquecimento persista por um período prolongado, ainda que em meio a um processo gradual de desaceleração”, disse Igor Cadilhac, economista do PicPay.
Depois de manter a taxa básica de juros em 15%, o Banco Central afirmou que entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê a Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.
No terceiro trimestre, o número de desempregados caiu 3,3% em relação aos três meses anteriores, chegando a 6,045 milhões, o que representa ainda uma queda de 11,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o menor contingente desde o início da pesquisa, em 2012.
Já o total de ocupados aumentou 0,1% na comparação trimestral e 1,4% na anual, atingindo 102,433 milhões, ainda em patamar recorde.
“O nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”, avaliou Beringuy.
“Ainda continuamos com queda nos desocupados e isso tem a ver com abertura de vagas e postos no país. A sustentabilidade da abertura de vagas é garantida por diversas atividades econômicas”, completou ela.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 0,5% no terceiro trimestre e renovaram o recorde, com 39,229 milhões, enquanto os que não tinham carteira recuaram 0,3%.
No período, a renda média real habitual dos trabalhadores foi recorde a R$3.507, aumento de 0,3% no trimestre e 4,0% no ano.
Dados do Caged mostraram na quinta-feira que o Brasil abriu 213.002 vagas formais de trabalho em setembro, maior saldo desde abril e acima do esperado.
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IBM Tem Programa Gratuito para Formar Novos Talentos em Tecnologia

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A IBM, em colaboração com o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), tem um programa gratuito para estudantes e educadores desenvolverem habilidades em áreas como inteligência artificial, computação em nuvem e cibersegurança.
Por meio da plataforma IBM SkillsBuild, a iniciativa oferece mais de 1.000 cursos online e gratuitos, disponíveis em 20 idiomas, com trilhas de aprendizagem personalizadas e emissão de credenciais. Os participantes terão acesso a atividades práticas, mentoria com especialistas da IBM e caminhos que conectam o aprendizado a oportunidades de carreira.
“O objetivo é não apenas preparar jovens para carreiras no setor de tecnologia, mas também criar mais oportunidades que promovam o desenvolvimento social e econômico.”
Flávia Freitas, líder de responsabilidade social corporativa da IBM América Latina
O programa é voltado a estudantes e professores do ensino médio, universitários, educadores e profissionais em busca de qualificação.
Os cursos gratuitos podem ser acessados aqui.
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