Negócios
Como Acabar com o Drama no Escritório com Cinco Palavras

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O drama no escritório é como um incêndio: ele se alimenta de oxigênio, ou neste caso, de reações emocionais. Quanto mais você se envolve na cena, maior se torna o fogo.
Pessoas dramáticas exageram e transformam pequenas situações em grandes crises. E se você reage no mesmo tom, está apenas alimentando ainda mais o caos.
A psicologia do drama no ambiente de trabalho
Um estudo da Leadership IQ, empresa de pesquisa e consultoria focada em gestão, descobriu que funcionários que trabalham em ambientes turbulentos e dramáticos enfrentam níveis mais altos de estresse, menor engajamento e queda na produtividade.
Isso porque o drama e a tensão não são apenas irritantes – são ativamente prejudiciais. Reações emocionais exageradas criam confusão, amplificam a negatividade e desviam o foco do trabalho real. Mas se você souber como lidar com essas interações, pode interromper o problema antes que ele se espalhe.
Apenas os fatos
O drama sobrevive de emoções. Ele se intensifica quando as pessoas reagem com choque, frustração ou simpatia, pois essas reações validam a percepção exagerada da situação. Os seres humanos são naturalmente programados para responder emocionalmente a eventos inesperados como um mecanismo de sobrevivência. No entanto, no ambiente de trabalho, esse instinto pode gerar caos e falhas na comunicação.
Existe um jeito simples de retomar o controle da situação: foque nos fatos.
Quando um colega dramático chega com uma história exagerada, ele está buscando uma reação. Ele quer que você se espante, entre em pânico e valide sua interpretação extrema. Em vez disso, responda com cinco palavras: “Apenas os fatos, por favor.”
Imagine que alguém entre na sua sala dizendo: “Foi horrível! Uma enchente! O prédio inteiro devia ser interditado!”
Como você provavelmente não tem ideia do que aconteceu, sua primeira resposta pode ser algo como: “Eu não sei o que aconteceu, então apenas os fatos, por favor.”
Veja o que acontece a seguir:
- Eles podem tentar te levar para a interpretação deles: “Você não faz ideia do quão terrível foi!”
- Eles vão insistir para que você reaja emocionalmente: “Precisamos evacuar o prédio inteiro!”
Mas se você mantiver a calma e repetir: “Eu entendo, mas preciso dos fatos“, o drama começa a perder força.
Por que essa abordagem funciona
Essa técnica é baseada na psicologia comportamental. Quando as pessoas percebem que seu comportamento teatral não está gerando a reação esperada, sua energia muda.
Isso vale para qualquer situação exagerada que chegue até você. O drama precisa de uma plateia e, quando não a encontra, naturalmente se dissipa.
Além disso, responder com fatos define um tom de resolução racional de problemas e promove confiança no ambiente profissional.
Quando os funcionários percebem que as decisões são baseadas em informações claras e objetivas, em vez de reações emocionais, eles se sentem mais seguros e confiantes. Se houver um problema real a ser resolvido, você poderá lidar com ele sem que exageros atrapalhem a solução.
Walk the talk
Líderes que mantêm a calma e se concentram nos fatos estabelecem um padrão para toda a empresa. Se você se mantiver neutro e imparcial, seu time aprenderá a fazer o mesmo.
Com o tempo, as pessoas mais propensas ao drama vão se adaptar a essa nova cultura ou perceber que suas tendências exageradas não vão mais surtir efeito.
Essa abordagem não significa ignorar problemas, mas sim filtrar o ruído para que você possa focar no que realmente importa. Aqui está como implementá-la de forma eficaz:
- Mantenha a neutralidade: Fale com calma e mantenha uma expressão neutra. Sem revirar os olhos, sem suspiros, apenas um comportamento estável e sereno.
- Reafirme a regra dos fatos: Se a dramatização continuar, repita seu pedido: “Eu entendo que você está chateado, mas preciso saber exatamente o que aconteceu.”
- Redirecione a energia: Assim que os fatos estiverem claros, passe direto para as soluções: “Entendi, houve um pequeno vazamento na copa. Vamos chamar a manutenção e resolver isso.”
Adaptando sua comunicação
Se a tensão e o drama no escritório estiverem fora de controle, pode ser hora de avaliar os estilos de comunicação envolvidos.
De acordo com mais de um milhão de pessoas que responderam ao teste “Qual é o seu estilo de comunicação?”, existem quatro estilos principais: Pessoal, Intuitivo, Analítico e Funcional.
Comunicadores Pessoais, que valorizam conexões emocionais, podem, sem querer, amplificar o drama. Em situações dramáticas, migrar para um estilo Intuitivo (direto ao ponto), Analítico (baseado em dados) ou Funcional (estruturado e detalhado) pode ajudar a manter a conversa racional e focada na solução.
O impacto na cultura do trabalho
Quando você acaba com o drama insistindo nos fatos, cria um ambiente de trabalho onde a lógica e as soluções se sobrepõem aos surtos emocionais. Isso melhora a produtividade, reduz o estresse e favorece decisões mais assertivas, mostram estudos.
Isso porque o drama no escritório só tem poder se recebe reações emocionais. Ao manter a neutralidade e exigir fatos, você transforma o ambiente de trabalho em um espaço mais racional e produtivo. Da próxima vez que o drama bater à sua porta, lembre-se: “Apenas os fatos, por favor.”
*Mark Murphy é colaborador sênior da Forbes US. Ele é escritor best-seller, palestrante e fundador da LeadershipIQ.com, uma empresa de capacitação em liderança corporativa.
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Negócios
Remuneração em 2025: O que Entrou na Pauta do RH

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Chegou dezembro (já?) e resolvi resgatar as apostas que fiz no meu artigo de janeiro quanto aos assuntos que poderiam ser destaque na pauta dos gestores de RH em 2025, considerando o que vinha sendo discutido até então nas minhas interações com organizações dos mais diferentes perfis e portes.
Dentre esses temas, citei o investimento em IA, pauta que realmente se mostrou presente em 100% das empresas que atendi este ano; ações de diversidade e inclusão, que vinham mobilizando muito as empresas em 2024, mas que perderam tração em 2025; flexibilização de benefícios, sendo esta uma alternativa financeiramente mais interessante para reforçar a oferta de valor aos funcionários; investimento em incentivos de longo prazo, especialmente as Stock Options, que já vinham sendo discutidas como ferramentas de característica mercantil junto ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça); além do reforço à governança corporativa e aos comitês de pessoas, que trariam maior segurança e assertividade às práticas de gestão.
Mas, na prática, o que aconteceu foi que vivemos um ano de grandes inseguranças e instabilidades nas empresas. Muitas organizações estão tendo dificuldades para fechar o ano entregando resultados suficientes para gatilhar os planos de bônus. A batalha para o controle do turnover não parece estar nem perto do fim, mesmo com as ações do RH para a modernização de seus programas e políticas. O investimento em ferramentas tecnológicas não se mostrou tão simples quanto parecia, uma vez que os processos e sistemas legados não tombam facilmente para novas plataformas, que também demandam alto investimento e concorrem com outras frentes de transformação digital do negócio.
Diferentemente do que prevíamos, e enquanto essa realidade nada animadora foi tomando conta do calendário, os temas que acabaram se tornando pauta das publicações por aqui nos últimos meses foram:
EVP (Employee Value Proposition)
Só o salário não é capaz de assegurar a performance da equipe. São necessárias muitas outras iniciativas dentro da oferta de valor trabalhada pelas áreas de RH para que uma empresa seja capaz de atrair, motivar, engajar e reter talentos adequados e alinhados aos valores corporativos.
Performance corporativa vs Remuneração
O rigor na fundamentação técnica dos programas de incentivos é fundamental para que eles cumpram seu papel de passar mensagens e alinhar esforços coletivos. Mas o frenesi midiático a partir de interpretações equivocadas dos programas não tem ajudado em nada na percepção do mercado quando o assunto são os resultados das empresas de capital aberto.
Síndrome do cargo fictício
O sucesso de um profissional tem sido medido pela sua velocidade de progressão entre cargos. Mas para dar vazão às expectativas de encarreiramento do time, empresas passaram a conceder o título do cargo sem que necessariamente houvesse um reflexo nas reais atribuições do profissional, em seu nível de autonomia ou impacto no negócio. Neste movimento, o cargo passa a existir no papel, mas não na prática, e a remuneração tende a não acompanhar valores típicos de mercado.
Exposição da remuneração executiva
A XP publicou, e em seguida tirou do ar (não sem antes causar grande furor), um relatório no qual havia divulgado a remuneração de grandes executivos do mercado, a partir de dados extraídos dos Formulários de Referência da CVM. De fato, esse relatório deveria ser uma fonte confiável de dados para apoiar a tomada de decisão dos acionistas. Entretanto, mesmo para profissionais de remuneração, esses dados são bastante nebulosos. Não é raro encontrar inconsistências entre as informações utilizadas internamente para a gestão dos executivos e os números divulgados.
Pejotização dos contratos de trabalho
A legislação prevê a possibilidade de contratação de profissionais para a prestação de serviços no modelo PJ, ainda que haja habitualidade e pessoalidade, e mesmo que para atuação em áreas fim do negócio. O que define a existência de vínculo empregatício é a subordinação. Mas existem cuidados a serem tomados para evitar riscos jurídicos na migração do modelo CLT para o modelo PJ, tais como a aplicação da linha de corte de hipersuficiência, a distinção de nomenclaturas dos cargos, além de práticas distintas de gestão de pessoas.
Riscos e vieses da gestão financeira
Quando uma empresa desenha sua estratégia de remuneração, cada escolha carrega mensagens poderosas. O mercado de comparação, o nível de competitividade, o equilíbrio entre salário fixo e variável, os mecanismos de premiação – tudo isso influencia comportamentos, expectativas e, principalmente, decisões. Os programas de remuneração variável são ferramentas valiosas para alinhar interesses, engajar talentos e impulsionar resultados. Mas precisamos ir além do discurso. É urgente investir em letramento financeiro para executivos, criar espaços de diálogo sobre riscos e preparar as pessoas para lidar com as incertezas do mercado.
Mais segurança jurídica para os planos de Stock Options
O STJ reconheceu oficialmente a natureza mercantil desses programas, tornando a premiação muito mais atrativa em razão da eficiência tributária. Antes disso, parte da Fazenda Nacional e da Receita Federal defendia que os lucros “embutidos” na diferença entre o preço de mercado e o preço de exercício configurariam remuneração disfarçada, tributável como renda do trabalho — e não como ganho de capital.
O futuro da remuneração está na tecnologia
A transformação digital e as novas expectativas das gerações Y e Z vêm demandando evoluções nos processos do RH, incluindo na gestão salarial. Não se pode mais pautar as decisões sobre a carreira das pessoas no caso a caso e na base da discricionariedade. Ferramentas que garantam credibilidade, agilidade e transparência são essenciais para sustentar esse novo paradigma de gestão da remuneração.
Das questões que se mostravam urgentes no início do ano, poucas permaneceram em destaque sem serem atropeladas pelos desafios de negócio e pelos incêndios a serem apagados. E enquanto vemos proliferar eventos sem fim para discutir as “tendências” de gestão de RH e de remuneração, a realidade de cada empresa se impõe e exige de seus líderes cada vez mais soluções personalizadas e individualizadas. Nesse jogo, ganha quem tem visão de negócio, consistência técnica, flexibilidade e muita resiliência.
*Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
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Mastercard Anuncia Nova VP Sênior de Pessoas para América Latina e Caribe

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A Mastercard anunciou Luciana Cardoso como nova vice-presidente sênior de pessoas para a América Latina e o Caribe. Desde 2023, a executiva ocupava a vice-presidência da área para a companhia no Brasil.
Com mais de 20 anos de carreira, Luciana soma passagens por empresas como Biogen, Novartis e Kimberly-Clark. É formada pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e tem MBA executivo pelo Insper.
No novo cargo, ela será responsável por liderar a estratégia de pessoas da Mastercard na região, com foco no desenvolvimento de talentos, na inovação e na consolidação de uma cultura de alto desempenho e impacto sustentável.
A companhia também anunciou Daniela Belisário como nova vice-presidente de pessoas no Brasil. Com mais de 20 anos de experiência em RH, a executiva tem passagens por Banco BMG, SulAmérica, Nubank, Itaú Unibanco e Valid Soluções. Formada em administração de empresas, também tem MBA em gestão empresarial.
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De Trainee a CEO: A Trajetória do Novo Líder Global da Coca-Cola

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Henrique Braun, novo CEO global da The Coca-Cola Company a partir de 31 de março de 2026, construiu toda a sua carreira na companhia: foi de trainee ao maior cargo em quase três décadas de empresa. Nascido na Califórnia e criado no Brasil, o executivo entrou na Coca-Cola em 1996 como trainee de engenharia global, durante um intercâmbio na Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos. “Enquanto encerrava meu semestre no exterior, me deparei com um panfleto sobre a oportunidade de estágio, e o resto é história”, escreveu em uma publicação no LinkedIn.
Atualmente vice-presidente executivo e diretor de operações, posição que assumiu em janeiro deste ano, Braun supervisiona todas as unidades operacionais da companhia no mundo.
A trajetória do novo CEO da Coca-Cola
O executivo passou parte da sua infância em Petrópolis (RJ), cidade de origem de sua família. Formado em engenharia agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, possui mestrado em ciências pela Universidade de Michigan e MBA pela Universidade da Geórgia.
Ao relembrar o início da carreira na Coca-Cola, Braun destaca o papel dos mentores que encontrou no caminho. “Lembro das pessoas incríveis que investiram seu tempo em mim, me deram desafios que me fizeram crescer e abriram meus olhos para novas possibilidades.”
O executivo rodou o mundo ao longo de sua trajetória na companhia: ocupou posições de liderança na América do Norte, Europa, América Latina e Ásia, com passagens por áreas como cadeia de suprimentos, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação e operações de engarrafamento. “Tive a sorte de chamar muitos lugares de ‘casa’”, diz. “Um deles é Bruxelas, onde, há 25 anos, aceitei um cargo em nosso centro de P&D. Esse capítulo despertou minha paixão pela inovação: ouvir os consumidores, experimentar com ousadia e ampliar aquilo que funciona.”
Entre os cargos que já ocupou, foi presidente da Coca-Cola na China e na Coreia do Sul (2013–2016), liderou a unidade de negócios do Brasil (2016–2020), comandou as operações da América Latina (2020–2022) e foi presidente de desenvolvimento internacional (2022–2024), supervisionando sete das nove unidades operacionais globais da companhia.
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