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Negócios

CEO da JCDecaux aplica aos negócios a competitividade que traz do esporte

Redação Informe 360

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Aos 56 anos, Ana Célia Biondi lidera os 500 funcionários da JCDecaux no Brasil

Ana Célia Biondi se define como uma mulher competitiva. Traz isso da sua época de esportista, quando participava de torneios de tênis e, hoje, aplica essa característica nos negócios. “Somos a décima filial do mundo e eu quero subir nesse ranking”, diz a executiva, CEO da empresa francesa JCDecaux no Brasil.

A companhia, presente em mais de 80 países, é a maior do mundo no setor de mídia OOH (out of home). É a responsável pelos relógios digitais no meio de avenidas movimentadas de São Paulo, pelos painéis de grandes marcas no aeroporto de Guarulhos e por envelopar metrôs da capital com anúncios dos novos filmes e séries da Netflix. “O OOH é inevitável. Você não consegue pular o anúncio.”

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Nessa cadeira há 10 anos, e outros 10 como sócia da companhia no país, Biondi viveu diferentes momentos do setor no Brasil – do pré e pós-cidade limpa (lei que reduziu a poluição visual na cidade de São Paulo) ao pré e pós-pandemia. Hoje, a empresa tem mais de 900 anunciantes. A receita bruta cresceu 27,3% no ano passado, em relação ao ano anterior. E de 2021 a 2023, o grupo aumentou os investimentos no país em mais de 200%, com foco na digitalização. “Quero ajudar o segmento de out of home a ganhar mercado, ser mais relevante no Brasil”, diz a executiva. “É retorno sobre o investimento, não tem segredo.”

Propaganda na rua

Depois da pandemia, que tirou as pessoas da rua e levou embora quase todos os seus clientes, a JCDecaux vive um novo momento. “As marcas foram muito rápidas e voltaram mais criativas e investindo mais na rua”, lembra. O Brasil foi um dos países do grupo que superou os patamares pré-pandêmicos já em 2022.

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O período também trouxe lições de liderança. “Foi um PhD”, diz ela, que se considera uma “gestora de porta aberta”. “Acho que todo mundo funciona melhor na visibilidade.”

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Experiência tem muito valor

Filha de publicitário, não se envolveu na área, como suas irmãs fizeram, e se formou em economia. “Minha experiência começou dentro da quadra de tênis”, diz ela, que ainda na faculdade entrou no mercado financeiro e, aos 23 anos, foi passar uma temporada em um banco na Suíça. “A carreira é uma soma de experiências. E elas podem ser um término de namoro, uma viagem, um esporte, um trabalho.”

De volta ao Brasil no final da década de 1990, foi chamada para fazer a análise de viabilidade econômica para uma empresa de mobiliário urbano. “Cresci no ambiente de publicidade, mas não conhecia o modelo”, diz. Ela liderou o projeto, virou sócia e fez uma parceria com a JCDeCaux, em 2004.

Aos 56 anos, Biondi está à frente de cerca de 500 funcionários. Quando o trabalho e a vida pessoal causam ansiedade, já tem suas armas: atividade física, meditação e finais de semana dedicados à família. A experiência e a maturidade também ajudam. “O mais difícil não é fazer leitura de P&L [demonstrativo de lucros e perdas]. É ser uma pessoa presente sem ser a microgestora, e equilibrar o meu tempo para cuidar de tudo e estar com meu filho.”

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A trajetória de Ana Célia Biondi, CEO da JCDecaux no Brasil

Primeiro cargo de liderança

“Tive uma fábrica de chocolate com 16 anos com funcionários que embrulhavam os bombons. Mas uma liderança consciente, foi quando eu vim trabalhar no laboratório farmacêutico.”

Quem me ajudou

“Tive mentores e muitas pessoas que me ajudaram sem saber. Teve um sócio do meu pai que me falou: ‘Você vai engolir sapo a vida inteira, só vai variar o tamanho’. Naquele momento, aquela frase não me coube, mas me ajudou muito. Meu pai, que é publicitário, foi um grande exemplo de uma pessoa que adorava o que fazia, e a minha mãe foi um grande exemplo de uma mulher autônoma, bem resolvida e dona das suas escolhas. E tem uma diretora de contratos internacionais da JcDecaux na França que me ensinou e que teve paciência. Tive muita sorte de estar com pessoas inteligentes, interessadas e interessantes.”

Turning point

“Foi quando eu descobri a minha paixão por esse modelo de negócio que tem um lado do business e um lado de serviço e interação com a cidade.”

O que ainda quero fazer

“A gente sempre tem que ter sonhos e desejos, senão a vida fica chata. Eu ainda quero ter conquistas como JCDecaux Brasil. Nós somos a 10ª filial do mundo e eu quero crescer nesse ranking. O Brasil tem potencial para crescer nesse mercado. O share de mercado do Brasil, que era 6% pré-cidade limpa, caiu a 3% e hoje está flertando nos dois dígitos, de 10%. Quero ajudar esse segmento de out of home a ganhar mais share de mercado, a ser mais relevante e ter mais dinheiro de mídia no Brasil. Como JCDecaux, vamos surfar nessa onda, quero crescer mais e empregar mais pessoas. E, pessoalmente, quero ter mais disponibilidade para contribuir e devolver para o Brasil um pouco do que eu tive.”

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Causas que abraço

“A empresa apoia diversas causas, mas algumas têm uma relevância pessoal para mim. São três: a Amigos do Bem, de educação e água no Sertão, o Protea, de câncer de mama, que faz um trabalho inacreditável, e o Instituto liberta, contra a exploração e violência sexual. Eu tenho como projeto desse ano estar mais envolvida pessoalmente e contribuir mais com o meu tempo e ajudar no que for possível.”

Quinzenalmente, a Forbes publica a coluna Minha Jornada, retratando histórias de mulheres que trilharam vidas e carreiras de sucesso.

Veja outras executivas do Minha Jornada

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Maurino Borges

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Negócios

Fundo Patrimonial de Harvard Aumenta para Quase US$ 57 Bilhões e Doações Atingem Recorde

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O valor do fundo patrimonial da Universidade de Harvard, o maior do mundo entre as universidades, cresceu quase US$ 4 bilhões, chegando a US$56,9 bilhões no ano fiscal de 2025 devido aos fortes retornos de investimento, mesmo com os cortes do governo Trump no financiamento para pesquisas da instituição.

A Harvard Management Co, braço de investimentos da universidade, informou nesta quinta-feira que obteve um retorno de 11,9% no ano fiscal encerrado em 30 de junho. O retorno superou a meta de longo prazo da universidade de 8%, de acordo com seu relatório anual. No ano fiscal de 2024, o fundo patrimonial de Harvard obteve um retorno de 9,6%, totalizando US$53,2 bilhões.

A instituição disse que também recebeu um recorde de US$ 600 milhões em doações irrestritas de ex-alunos e amigos, já que suas batalhas com o governo Trump chegaram às manchetes dos jornais.

O presidente Donald Trump acusou Harvard de promover o antissemitismo no campus em meio à guerra de Israel em Gaza, mas críticos afirmam que a alegação é um pretexto para uma campanha mais ampla contra o que o republicano vê como preconceito anticonservador no meio acadêmico.

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A disputa, que agora se desenrola na Justiça, também envolve esforços federais para cortar o financiamento a pesquisas e restringir a matrícula de estudantes internacionais na universidade.

O fundo patrimonial da instituição de ensino alocou 41% de seus ativos em investimentos de private equity e 31% em fundos de hedge, e manteve sua alocação em ações públicas inalterada em 14%, escreveu o presidente-executivo da Harvard Management, N.P. Narvekar, em uma carta.

“Embora os resultados do fundo patrimonial no ano fiscal de 2025 tenham sido prejudicados pelo fato de haver menos ações públicas do que privadas, o desempenho geral da HMC foi reforçado pela seleção criteriosa dos gestores”, escreveu Narvekar, referindo-se ao uso de consultores de investimento externos pelo fundo patrimonial.

Os retornos das universidades da Ivy League, como Harvard, são observados de perto porque elas foram pioneiras em práticas como o uso de fundos de hedge e fundos de private equity, e estão sob escrutínio ainda maior diante das atuais batalhas políticas.

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“Continuamos a nos adaptar à incerteza e às ameaças às fontes de receita”, escreveu o presidente de Harvard, Alan Garber, sem mencionar Trump.

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Negócios

Nestlé Vai Cortar 16.000 Empregos, Diz CEO

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Nestlé cortará 16.000 empregos, disse o novo CEO Philipp Navratil nesta quinta-feira (16), à medida que a maior empresa de alimentos embalados do mundo busca cortar custos e reconquistar a confiança dos investidores.

A redução representa 5,8% dos cerca de 277.000 trabalhadores da Nestlé. Navratil disse que a Nestlé aumentou sua meta de redução de custos para 3 bilhões de francos suíços em comparação com 2,5 bilhões de francos até o final de 2027.

“O mundo está mudando, e a Nestlé precisa mudar mais rápido”, disse Navratil.

A Nestlé, cujas ações saltaram cerca de 8% no início do pregão, passou por um período sem precedentes de turbulência administrativa, com Navratil substituindo Laurent Freixe, que foi demitido em setembro do cargo de presidente-executivo por causa de um relacionamento não revelado com um subordinado direto.

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Já o chair Paul Bulcke deixou o cargo de forma antecipada para dar lugar ao ex-executivo da Inditex, Pablo Isla, duas semanas depois.

Navratil disse que o corte de 12.000 empregos administrativos nos próximos dois anos, além de uma redução adicional de 4.000 funcionários como parte das iniciativas em andamento na produção e na cadeia de suprimentos, faz parte de um esforço para aumentar a eficiência.

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Como Adriana Aroulho Foi de Bailarina a CEO da SAP na América Latina

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O lema “é preciso um pouco mais de coragem do que de medo” tem acompanhado Adriana Aroulho, que está na lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025, em toda a carreira. Foi o que a ajudou a trocar de empresa após quase 20 anos de HP, em 2017, e três anos depois assumir a liderança da SAP no Brasil, em plena pandemia – para, no início de 2025, dar mais um salto e ficar à frente da companhia de software de gestão empresarial em toda a América Latina e Caribe, com 10 países e cerca de 7 mil funcionários sob o seu guarda-chuva.

Adriana liderava uma das maiores subsidiárias da SAP no mundo e a principal da região, com quase 4 mil pessoas, havia quase cinco anos, quando recebeu o convite do CEO global para o processo seletivo. “Eu já tinha domínio de 40% da região, e agora tenho a oportunidade de conhecer todo o resto, diferentes países, culturas e equipes”, comenta.

No primeiro mês, rodou a América Latina: Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México. Em uma primeira reunião com os líderes da região, fez uma pesquisa para entender em qual língua eles preferiam se comunicar. “Até então, as reuniões internas eram em inglês, mas todos escolheram o ‘portunhol’, que virou nossa língua informal.”

“Precisamos de inovação, e isso exige pessoas que pensem diferente.”

Adriana Aroulho

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O episódio ilustra o que ela considera seu ponto forte: “Trago a habilidade de liderança, de unir pessoas por um objetivo comum, ser empática e conciliar interesses”. Ex-bailarina formada em Ciências Sociais pela USP, precisou decidir se seguiria carreira no balé ou se mergulharia no mundo acadêmico. Não imaginava um terceiro caminho, liderando grandes empresas de tecnologia. “Nunca fui a mais especialista de nenhuma das muitas áreas que gerenciei, mas sempre entendi o suficiente e soube a quem perguntar.”

Foi na gigante da computação HP, onde começou como estagiária e logo ficou amiga dos números, que pegou gosto pelo corporativo. Assumiu como COO da SAP em 2019, quando a unidade de negócios no país foi eleita a melhor do mundo. Um ano depois, foi surpreendida com o convite da então presidente, Cristina Palmaka (a quem também sucedeu na América Latina) para o processo de sucessão no Brasil. “Fiquei tão chocada que falei que ia pensar e digerir a notícia.”

Em 2024, a receita global da SAP, presente em 190 países, foi de 34,1 bilhões de euros. Embora não divulgue resultados locais, a subsidiária brasileira, sob a liderança de Adriana, vinha sendo citada nos relatórios globais como uma operação de destaque.

Na contramão de um setor dominado por homens, a executiva quer seguir avançando na agenda de diversidade. “Para a empresa se manter relevante há mais de 50 anos no mundo e 30 no Brasil, precisamos de inovação, e isso exige pessoas que pensem diferente.”

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Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.

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