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Saúde

O que acontece no cérebro quando você se apaixona?

Redação Informe 360

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Muitas pessoas acreditam que a vida fica mais bonita quando a gente se apaixona. É normal sentir uma certa euforia, melhorar o humor e até ter mais disposição. Mas o que acontece no cérebro quando nos interessamos por alguém?

Entre outros sintomas presentes, estão a aceleração dos batimentos cardíacos, o frio na barriga, ou a sensação de borboletas no estômago. Falta de sono e apetite, e outras mudanças fisiológicas como sudorese nas mãos e pensamentos obsessivos em relação ao parceiro, agora objeto de desejo, também marcam território. 

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O que acontece no cérebro quando você se apaixona?

casal em close com as testas juntas em clima romantico
Altas doses de dopamina são responsáveis pela vontade de constante de estar junto. (Imagem: Mehaniq – Shutterstock. Edição: Kelvin Leão – via Gemini)

Esse tema também intrigou por muito tempo a antropóloga americana Helen Fischer, que virou uma referência neste assunto. Ela e sua equipe realizaram um estudo na State University of New York a fim de determinar o que acontecia no cérebro dos apaixonados.

Entre os requisitos, além de estar morrendo de amor, era importante que os participantes não estivessem deprimidos. A metodologia focou em mostrar aos voluntários duas imagens, uma contendo a foto da pessoa amada, e a outra era a de um conhecido qualquer. 

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Enquanto isso, eles eram submetidos a um exame de ressonância magnética que mostrava um aumento no fluxo sanguíneo em determinadas regiões cerebrais a depender do estímulo. 

Três substâncias foram consideradas as principais causadoras pelas sensações experimentadas durante um amor romântico, são elas: dopamina, norepinefrina e serotonina. A dopamina é o principal hormônio responsável pela paixão, causando falta de sono, aceleração dos batimentos cardíacos, sensação de êxtase, bem como a obsessão em relação ao outro.

“Elevados níveis de dopamina produzem uma atenção concentrada num objeto, bem como uma motivação e comportamento direcionado a um fim. Essa é exatamente uma característica dos apaixonados: sua atenção é focada no objeto amoroso, com a exclusão de todos à sua volta”, afirma Maria Borges, professora da UFSC, que também estuda o tema.

Imagem mostra casal sorridno dentro do carro, o homem dirigindo e a mulher no banco do passageiro
Aumento da energia para atividades cotidianas e melhora do humor também são sintomas presentes nos apaixonados. (Imagem: fast-stock/Shutterstock)

Além do hiperfoco, o hormônio é responsável por outra mudança. Que o amor é cego, todos sabemos, mas tem um fundo científico por trás disso. Altos níveis de dopamina também diminuem a atividade do córtex pré-frontal, parte do cérebro responsável pelo raciocínio lógico e tomada de decisões. 

Do ponto de vista científico, enxergar as falhas do outro é uma raridade nessa fase, portanto, não se culpe.

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A liberação de norepinefrina, por sua vez, é a responsável pelo aumento da energia e vitalidade. Mesmo trabalhando em um lugar que você não gosta, por exemplo, é capaz que você comece a se arrumar pela manhã como se estivesse indo para o melhor emprego do mundo se estiver apaixonado.

A serotonina também faz parte do circuito fisiológico do amor, mas ao contrário dos outros hormônios, sofre uma queda e essa diminuição também traz mudanças importantes no comportamento do apaixonado, como a dificuldade de levar um fora ou mesmo de aceitar o término de uma relação. 

“A diminuição da serotonina faz com que a paixão se assemelhe aos transtornos obsessivos compulsivos. Na ausência do objeto ou na suspeita da rejeição, o apaixonado fica obsessivo ao invés de aceitar a perda”, aponta a pesquisadora.

Ou seja, se apaixonar pode ser um deleite, principalmente se correspondido, mas não dá para negar que gera uma bagunça fisiológica que gera mudanças de comportamentos físicos e mentais. E há até quem diga que se sinta tal qual um drogado nessa fase – e isto também tem uma fundamentação científica. É o que aponta um artigo divulgado na Frontiers in Psycology.

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A paixão também causa euforia e sensação de vício na pessoa amada. (Imagem: Shutterstock/Prostock-studio)

“Indivíduos no estágio inicial de um amor romântico intenso apresentam muitos sintomas de vícios em substâncias e outros tipos de dependência, incluindo euforia, fissura, tolerância, dependência emocional e física, abstinência e recaída”, afirma o estudo.

Apesar de os sintomas serem muitos semelhantes ao de um dependente químico, o amor romântico é considerado pelos pesquisadores como um vício natural e frequentemente positivo. Além disso, também é tido pela história da humanidade como uma estratégia de sobrevivência.

O amor romântico evoluiu ao longo de 4 milhões de anos a partir de diversas espécies de ancestrais como um mecanismo de perpetuar a espécie, incentivando a formação de pares e por conseguinte a reprodução. Comportamento observado em diversas culturas até hoje, chegando a nós, Homo sapiens.

Mesmo quem goste de estar no controle e manter a racionalidade, pode não estar livre das garras do amor, já que é um acontecimento que não se escolhe. Talvez a medida importante a tomar é investir no autoconhecimento e inteligência emocional para que, quando a paixão chegar, seja possível manter pelo menos um dos pés no chão. 

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Saúde

Mapas cerebrais podem transformar a compreensão do autismo

Redação Informe 360

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O desenvolvimento do cérebro pode se estender muito além do nascimento, segundo um conjunto inédito de estudos liderados pelo Instituto Allen e pela rede internacional BRAIN Initiative Cell Atlas Network (BICAN). A descoberta, publicada em 12 artigos científicos na Nature, apresenta os mapas mais detalhados já criados sobre como as células cerebrais se formam, amadurecem e se organizam desde o período embrionário até a vida adulta.

Cérebro continua a se desenvolver até a juventude

Os novos mapas indicam que o cérebro humano passa por transformações muito mais prolongadas do que se imaginava. A pesquisa analisou mais de 1,2 milhão de células cerebrais de várias espécies — incluindo humanos e camundongos — e revelou que novos tipos de neurônios continuam surgindo após o nascimento, especialmente em fases críticas como o início da visão e o processamento de informações sensoriais.

Estudo mapeia células cerebrais e promete impulsionar terapias para Parkinson
Estudo revela que o cérebro humano passa por transformações muito mais prolongadas do que se imaginava (Imagem: Gorodenkoff / Shutterstock)

Essas descobertas desafiam a ideia anterior de que o desenvolvimento cerebral terminava ainda na gestação. De acordo com os cientistas, há evidências de que neurônios em áreas relacionadas à aprendizagem, emoções e tomada de decisão continuam a amadurecer por anos, abrindo novas possibilidades para tratamentos de distúrbios neurológicos.

Entre os principais pontos destacados pelos pesquisadores estão:

  • Novos tipos celulares continuam se formando após o nascimento;
  • Regiões ligadas à emoção e ao aprendizado permanecem em desenvolvimento por mais tempo;
  • Há períodos críticos em que o cérebro é mais sensível a estímulos e intervenções;
  • Fatores ambientais e experiências sensoriais moldam a estrutura cerebral.

Implicações para autismo e TDAH

Os cientistas afirmam que as descobertas podem transformar a compreensão e o tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento, como autismo e TDAH, que afetam cerca de 15% de crianças e adolescentes em todo o mundo. O estudo identificou subtipos de neurônios inibitórios GABAérgicos — células responsáveis por equilibrar a atividade cerebral — e mapeou como essas células se formam e se movem ao longo do desenvolvimento.

Descobertas podem transformar a compreensão e o tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento, como autismo e TDAH (Imagem: vejaa / Istockphoto)

De acordo com os pesquisadores, esses mapas detalhados podem ajudar a identificar janelas de tempo em que intervenções terapêuticas são mais eficazes. Além disso, a pesquisa reforça que experiências sensoriais e sociais, como a visão, a audição e a interação humana, influenciam profundamente o desenvolvimento cerebral.

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As conclusões indicam que o cérebro humano é mais plástico e adaptável do que se acreditava, o que pode oferecer novas oportunidades de tratamento mesmo após o nascimento.

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Saúde

Macaé: divulgado edital de processo seletivo 2026 para Residência Médica

Redação Informe 360

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A Secretaria Municipal de Saúde, através da Comissão de Residência Médica (COREME) e a Secretaria Municipal Adjunta de Ensino Superior divulgaram, nesta sexta-feira (7), o edital (1/2025) para o Processo Seletivo Simplificado de Residência Médica 2026. As inscrições poderão ser feitas de 10 a 21 de novembro de 2025, exclusivamente pelo portal.

Ao todo, estão sendo oferecidas 29 vagas em sete especialidades: Clínica Médica (8), Pediatria (5), Cirurgia Geral (4), Ginecologia e Obstetrícia (3), Medicina de Família e Comunidade (4), Ortopedia e Traumatologia (2) e Anestesiologia (3).

O valor da inscrição é de R$ 400,00, com prazo para pagamento até o dia 24 de novembro. Candidatos inscritos no CadÚnico e de baixa renda poderão solicitar isenção da taxa no dia 11 de novembro, das 8h às 12h, na Secretaria Executiva de Ensino Superior, na Cidade Universitária (Avenida Aloísio da Silva Gomes, 50 – Granja dos Cavaleiros).

A prova objetiva será aplicada no dia 7 de dezembro, das 8h às 12h, na Cidade Universitária. O resultado final está previsto para 22 de dezembro, e as matrículas para os dias 2 e 3 de fevereiro de 2026.

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As atividades terão início em 1º de março de 2026, com duração que varia de acordo com a especialidade, entre 24 a 36 meses. A atuação dos profissionais será direcionada aos hospitais HPM e São João Batista, também conforme a especialidade.

O edital completo, com todos os critérios de participação e cronograma, está disponível no portal da Prefeitura de Macaé.

Fonte: Secom-PMC  Jornalista: Juliana Carvalho

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Saúde

8 causas comuns do zumbido no ouvido que podem te surpreender

Redação Informe 360

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A audição é um dos sentidos mais importantes para a comunicação, o aprendizado, a segurança e até o equilíbrio. Quando surgem problemas como o zumbido no ouvido, a qualidade de vida pode ser profundamente afetada. 

Mas você sabe por que esse incômodo acontece e quais são suas principais causas? Confira a seguir 8 causas comuns do zumbido no ouvido.

O que é o zumbido no ouvido?

Homem com zumbido na cabeça apertando ouvido
(Imagem: Creative Cat Studio/Shutterstock)

O zumbido no ouvido, também conhecido como tinnitus ou acufeno, é a percepção de sons inexistentes no ambiente externo, como chiados, apitos, estalos ou sibilos. Embora não seja uma doença em si, o sintoma pode ser um sinal de diferentes condições de saúde, algumas simples, outras mais sérias.

Afetando cerca de 10% a 15% da população, o zumbido pode comprometer a qualidade de vida, interferir no sono e até provocar ansiedade e irritabilidade. Entender suas causas é o primeiro passo para buscar o tratamento adequado.

Principais causas do zumbido no ouvido

Atenção: o conteúdo a seguir tem caráter exclusivamente informativo e não substitui a avaliação de um profissional de saúde. Nenhuma informação deve ser usada como forma de diagnóstico. Em caso de sintomas persistentes, procure um médico otorrinolaringologista.

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Perda de audição

Senhor com aparelho de surdez com dificuldade de ouvir
Imagem: Jacob Wackerhausen / iStock

A perda auditiva é uma das causas mais frequentes do zumbido. Ela pode ocorrer naturalmente com o envelhecimento ou após exposição prolongada a ruídos altos, como fones de ouvido no volume máximo ou ambientes barulhentos.

Quando as células do ouvido interno são danificadas, o cérebro tenta compensar a falta de estímulo auditivo criando sons inexistentes, o que resulta no tinnitus.

Acúmulo de cera

O uso incorreto do cotonete pode empurrar a cera e entupir o ouvido / Imagem: fizkes/Shutterstock

O excesso de cerume pode bloquear o canal auditivo e alterar a pressão sobre a membrana do tímpano, causando sensação de ouvido tampado e zumbido. Em muitos casos, a simples remoção da cera por um profissional elimina o sintoma. É importante evitar o uso de hastes flexíveis, que podem empurrar a cera ainda mais para dentro.

Infecções e inflamações no ouvido

Mulher sentindo dores no ouvido
Mulher sentindo dores no ouvido – Imagem: jaojormami/Shutterstock

Infecções como otite média ou inflamações no ouvido interno também podem gerar zumbidos temporários. Esses casos costumam vir acompanhados de dor, febre ou perda de audição momentânea. O tratamento inclui antibióticos e medicamentos anti-inflamatórios, prescritos por um otorrinolaringologista.

Problemas na articulação temporomandibular (ATM)

Homem na beira da cama com zumbido no ouvido
(Imagem: BlurryMe/Shutterstock)

A ATM, articulação que conecta a mandíbula ao crânio, fica próxima ao ouvido. Alterações ou tensões nessa região podem causar zumbido associado a estalos na boca e dor facial. O tratamento envolve fisioterapia, uso de placas de mordida e, em alguns casos, acompanhamento odontológico e psicológico.

Traumas na cabeça ou pescoço

Mulher asiática tonta com a mão na cabeça / Crédito: Kmpzzz (Shutterstock/reprodução)

Lesões na cabeça ou no pescoço podem afetar nervos, vasos sanguíneos e estruturas auditivas. O zumbido decorrente desses traumas geralmente surge de forma súbita e pode estar associado a tontura ou perda de audição unilateral. A avaliação médica é essencial para investigar possíveis danos neurológicos.

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Doenças crônicas

Imagem: PeopleImages/Shutterstock

Condições como hipertensão, diabetes, alterações metabólicas e esclerose múltipla podem comprometer o fluxo sanguíneo e o funcionamento das estruturas do ouvido interno. Controlar essas doenças é fundamental para reduzir ou evitar o agravamento do tinnitus.

Medicamentos ototóxicos

Orelha de mulher em vermelho e preto e branco
Fique atento ao ruído! (Imagem: BLACKDAY/Shutterstock)

Certos medicamentos possuem efeitos ototóxicos, ou seja, podem afetar a audição. Entre eles estão alguns antibióticos, diuréticos e quimioterápicos. Quando há suspeita de que o zumbido esteja ligado ao uso de remédios, o médico pode ajustar a dosagem ou substituir o tratamento.

Estresse, ansiedade e depressão

estresse
Imagem: fizkes/Shutterstock

O estresse emocional e os transtornos de ansiedade podem intensificar ou até causar zumbido, devido à liberação de hormônios e alterações nos neurotransmissores do cérebro. Nessas situações, terapias comportamentais e técnicas de relaxamento ajudam a reduzir o incômodo.

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