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Trump faz corte histórico na NASA visando viagem a Marte

A administração do presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou, na sexta-feira (2), sua proposta de orçamento federal para 2026, confirmando os rumores de cortes significativos para a NASA.
O plano reduz o financiamento da agência espacial em US$ 6 bilhões (R$ 33,93 bilhões, na conversão direta) em comparação com os valores de 2025, passando de US$ 24,8 bilhões (R$ 140,28 bilhões) para US$ 18,8 bilhões (R$ 106,34 bilhões) — redução de 24%, que representa o maior corte anual na história da NASA, segundo a organização sem fins lucrativos Planetary Society.
O “orçamento enxuto” proposto pelo governo redireciona as prioridades da agência espacial estadunidense, cancelando projetos importantes, como a estação espacial lunar Gateway e o programa de retorno de amostras de Marte, enquanto aloca US$ 1 bilhão (R$ 5,65 bilhões) para iniciativas focadas no Planeta Vermelho, alinhando-se com a ambição de Elon Musk e sua empresa, a SpaceX.

Mudança de prioridades na NASA
- A proposta orçamentária reflete as prioridades da administração Trump, que valoriza “retornar à Lua antes da China e colocar um homem em Marte“, segundo o documento;
- As reduções são especialmente profundas para ciência espacial, ciência da Terra e sistemas legados de exploração humana, que seriam cortados em US$ 2,3 bilhões (R$ 13,01 bilhão), US$ 1,2 bilhão (R$ 6,78 bilhões) e quase US$ 900 milhões (R$ 5,09 bilhões), respectivamente;
- Segundo a CNBC, Janet Petro, administradora interina da NASA, afirmou, em e-mail enviado a todos os funcionários da agência, que o orçamento proposto “reflete o apoio da administração à nossa missão e prepara o terreno para nossas próximas grandes conquistas”;
- Ela instou os funcionários a “perseverar, manter a resiliência e apostar na disciplina necessária para fazer coisas que nunca foram feitas antes — especialmente em ambiente restrito”;
- Petro reconheceu que o orçamento exigirá “escolhas difíceis” e que algumas das “atividades da NASA serão encerradas“.
Fim de programas emblemáticos
Se este orçamento for aprovado pelo Congresso — o que não é garantido — alguns programas de alto custo da NASA serão eliminados.
Entre eles estão o programa de retorno de amostras de Marte, esforço conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) para trazer, para a Terra, material coletado pelo rover Perseverance, e o Gateway, a planejada estação espacial em órbita lunar que, há muito tempo, é parte fundamental do programa Artemis.
Além disso, o plano prevê o fim do Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês) e da cápsula Orion após três voos. “Apenas o SLS custa US$ 4 bilhões [R$ 22,62 bilhões] por lançamento e está 140% acima do orçamento”, afirma o documento.
“O orçamento financia um programa para substituir os voos do SLS e da Orion à Lua por sistemas comerciais mais econômicos que apoiariam missões lunares subsequentes mais ambiciosas.”
O SLS e a Orion voaram juntos apenas uma vez — na missão não tripulada Artemis 1, que foi à órbita lunar e retornou no final de 2022. Com o novo plano orçamentário, a dupla seria aposentada após a Artemis 3, que pretende pousar astronautas perto do polo sul lunar em 2027.
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Foco em Marte e oportunidade para empresas privadas
O documento, publicado no site da NASA, afirma que a agência está alocando mais de US$ 7 bilhões (R$ 39,59 bilhões) para exploração lunar e “introduzindo US$ 1 bilhão [R$ 39,59 bilhões] em novos investimentos para programas focados em Marte“.
Esta mudança de prioridades beneficia empresas privadas, como a SpaceX, que já está entre os maiores contratados da NASA e do Departamento de Defesa.
A empresa de Elon Musk, há muito tempo, busca lançar uma missão tripulada a Marte e afirma, em seu site, que seu enorme foguete Starship foi projetado para “transportar tanto tripulação quanto carga para a órbita terrestre, a Lua, Marte e além“.
Musk, fundador e CEO da SpaceX, tem papel central na administração Trump, liderando um esforço para reduzir o tamanho, os gastos e a capacidade do governo federal, além de influenciar mudanças regulatórias por meio do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).
Impacto na força de trabalho e missões científicas
A NASA também afirmou que precisará “racionalizar” sua força de trabalho, serviços de tecnologia da informação, operações dos Centros NASA, manutenção de instalações e atividades de construção e conformidade ambiental. Além disso, terá que encerrar várias missões “inacessíveis” e reduzir missões científicas em nome da “responsabilidade fiscal“.
O documento destaca que algumas das maiores reduções, caso o orçamento seja aprovado, afetariam as divisões de ciência espacial, ciência da Terra e suporte a missões da agência espacial. “Esta está longe de ser a primeira vez que a NASA foi solicitada a se adaptar, e sua capacidade de entregar, mesmo sob pressão, é o que diferencia a NASA”, escreveu Petro em seu e-mail.

Próximos passos
O indicado pelo presidente Trump para liderar a NASA, o empresário de tecnologia Jared Isaacman, ainda precisa ser aprovado pelo Senado dos EUA. Sua nomeação foi aprovada pelo Comitê de Comércio do Senado na quarta-feira (30).
A proposta orçamentária ainda precisa passar pelo Congresso, onde pode enfrentar resistência. No entanto, ela sinaliza, claramente, uma mudança na política espacial estadunidense, priorizando o retorno à Lua e eventual missão tripulada a Marte, com maior participação do setor privado e foco em “vencer” a China na nova corrida espacial.
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“Homem de Gelo” tinha genética diferente dos vizinhos, diz estudo

Pesquisadores analisaram o DNA de 15 habitantes dos Alpes italianos da Idade do Cobre para compará-los com a famosa múmia Ötzi, o “Homem de Gelo”, que viveu nesse mesmo período. O estudo sugere que ele era diferente de seus vizinhos e sua linhagem materna pode ter sido extinta, o que o torna ainda mais enigmático na história genética humana.
Encontrada em 1991, perto do monte Similaun, na fronteira da Áustria com a Itália, uma múmia superconservada conhecida como Ötzi – nomeada popularmente como o “Homem de Gelo” – tem sido alvo de estudos há três décadas. Cientistas já estimaram a aparência, especularam a causa de morte e revelaram como foram feitas as 61 tatuagens no corpo desse famoso defunto congelado.
No novo estudo, publicado na revista Nature Communications, a equipe de pesquisadores analisou o genoma de 47 indivíduos datados entre o Mesolítico (6380-6107 a.C.) e a Idade do Bronze Médio (1601-1295 a.C.) para entender como a estrutura genética dos grupos humanos nos Alpes variou com o tempo.
A partir de uma pesquisa de 2023, em que cientistas descobriram que Ötzi tinha ascendência de fazendeiros da Anatólia, a equipe atual investigou se os vizinhos dele, 15 habitantes alpinos da mesma época em que o Homem de Gelo viveu, também carregavam essa genética.

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Linhagem materna de Ötzi pode ter sido extinta, dizem pesquisadores
- O estudo revelou que, sim, a maioria dos humanos moradores dos Alpes tinham ancestralidade de fazendeiros da Anatólia, cerca de 80% a 90%;
- Esses grupos apresentaram também uma estrutura genética e ancestralidade similar;
- Os pesquisadores traçaram o caminho genético para descobrir informações sobre os pais e mães desses indivíduos;
- A análise do cromossomo Y, herdado de pai para filho, revelou que todos os homens analisados compartilhavam uma ancestralidade similar encontrada nas regiões da Alemanha e da França pré-históricas;
- A linhagem materna desses sujeitos, ao contrário da paternal, se mostrou mais diversa. Segundo a pesquisa, isso sugere que as mulheres podem ter se casado com um grupo unido de homens.

Diferente de seus vizinhos, Ötzi apresentou uma linhagem paterna mais dispersa e uma linhagem materna diferente de todas. Desde sua descoberta, há mais de 30 anos, pesquisadores não conseguiram encontrar nenhuma genética materna similar a do Homem de Gelo, seja em indivíduos ancestrais ou modernos.
Os pesquisadores sugerem que, como a linhagem da mãe nunca foi encontrada, ela pode ter sido extinta. Mas, há também a possibilidade de uma má interpretação dos dados, alertaram os cientistas.
“Talvez o Homem do Gelo, em comparação com outros indivíduos do mesmo período, venha de um grupo diferente de agricultores, mas isso só poderá ser descoberto se tivermos mais dados sobre indivíduos neolíticos da Anatólia e do norte da Itália”, disse Valentina Coia — pesquisadora do Instituto de Estudos de Múmias em Bolzano (Itália), onde Ötzi está guardado para pesquisas — em uma entrevista ao site Live Science.
Estudo revelou novos detalhes para o debate sobre a aparência do Homem de Gelo
Em um estudo de 2012, pesquisadores demonstraram que Ötzi era um homem de olhos escuros e cabelo preto. Ao examinarem seu genoma, o grupo encontrou também detalhes intrigantes: ele tinha problemas no joelho e era intolerante a lactose.
Essa aparência foi contestada na pesquisa de 2023, que defendia, a partir de outra análise de DNA, que o Homem de Gelo tinha pele escura, olhos castanhos e era calvo. O estudo também sugeriu que ele tinha uma dieta rica em carne, evidenciada pela presença de restos de animais em seu estômago.

Agora, o novo estudo revelou que os outros habitantes dos Alpes na mesma época também tinham olhos castanhos e cabelos entre castanho escuro e preto, o que sugere uma semelhança com o Homem de Gelo. A análise genética mostrou que esses grupos alpinos eram também intolerantes à lactose.
Antes desta pesquisa, apenas dois moradores dos Alpes na Idade do Cobre tiveram seu genoma sequenciado por pesquisadores. Os 15 novos DNAs estudados, vindos dos vizinhos de Ötzi, aprimoram a compreensão da comunidade cientifica acerca da vida dos habitantes alpinos de cinco mil anos atrás, revelando novos capítulos da história genética humana.
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EUA têm interesse em minerais críticos do Brasil; Lula responde

Nesta quinta-feira (24), o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, disse que Gabriel Escobar, encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, manifestou, novamente, em nome do governo de Donald Trump, interesse nos minerais críticos e estratégicos (MCEs) do Brasil.
Jungmann explicou que o tema foi citado por Escobar em reunião com representantes do setor privado. O presidente do Ibram representou o instituto, pois a entidade cuida das principais mineradoras brasileiras, é privada e não tem poderes para negociar, institucionalmente, com governos estrangeiros.
O executivo afirmou, ainda, que Escobar já havia dito isso anteriormente há cerca de três meses. “O encarregado de negócios da embaixada não falou isso, de ‘realizar acordos’, etc. O que ele falou é que os EUA tinham interesse nos MCEs — o que, aliás, ele já tinha nos falado há três meses”, disse.
Contudo, segundo Jungmann, ele reafirmou o que o Ibram defende. “Dissemos então que a pauta de negociações era privativa do governo. E que nós pretendíamos negociar com o setor privado de lá”, prosseguiu.
Não houve nenhum contato por parte do governo Trump com o Brasil para tratar do assunto, diz o g1. Além disso, o presidente estadunidense tem uma política global de interesse pelos minerais e pelas terras raras.

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Lula já respondeu
Ainda na quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, durante cerimônia de entregas do governo federal em Minas Novas (MG), o interesse dos EUA nos minerais raros do Brasil.
Lula disse que “aqui ninguém põe a mão“, frisando a soberania do país sobre suas riquezas naturais. “Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro“, afirmou.
“A única coisa que eu peço ao governo americano é que respeite o povo brasileiro como eu respeito o povo americano”, disparou.

O que são minerais críticos?
- Minerais críticos e estratégicos são os que têm papel crucial na economia;
- Eles são usados em setores, como na tecnologia de ponta (em chips para celulares e computadores) e na transição energética;
- Boa parte deles são as chamadas “terras raras“, essenciais na geopolítica atual e que são tema importante nos EUA;
- Recentemente, o país fechou acordo com Ucrânia e China;
- Brasil e China possuem as maiores reservas do mundo.
E essa reserva nacional está deixando governos e empresas mundiais cada vez mais de olho no Brasil. Entre os minerais mais abundantes por aqui e mais essenciais na tecnologia e produção de energia dos tempos modernos, estão: nióbio, lítio, grafite, cobre, cobalto, urânio e os elementos terras raras.
Basicamente, tudo o que usamos hoje depende desses minérios: celulares, computadores, até componentes dos equipamentos de energia solar e mísseis hipersônicos, dependem dos minerais críticos.
Por conta disso, as maiores nações vêm tentando garantir boas e seguras reservas para fabricação dos componentes. E a transição energética e a disputa tecnológica existente entre EUA e China fazem com que as cadeias de fornecimento fiquem mais e mais sob pressão, lembra o g1.
É aí que o Brasil entra, pois é um dos poucos países que reúne condições de ter posição de destaque no setor. A nação tem reservas naturais abundantes, e vantagens competitivas, tais como: matriz energética limpa, território estável, tradição mineradora e conhecimento técnico acumulado pelo Serviço Geológico do Brasil e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Os minerais mais buscados são os elementos terras raras. Eles são usados em equipamentos, como usados em turbinas eólicas, carros elétricos, chips e sistemas de defesa.
O Serviço Geológico dos EUA afirma que o Brasil detém a segunda maior reserva conhecida desses elementos no planeta, perdendo apenas para a China. Contudo, responde por somente 1% da produção do planeta.
No Brasil, além da extração, é preciso transformar o potencial mineral em desenvolvimento tecnológico e industrial. Isso faz com que o país precise investir em pesquisa, atrair parcerias estratégicas e desenvolver capacidades para refinar e agregar valor aos minérios antes de exportá-los.
O governo Lula já sinalizou que está atrás dessas questões, com incentivos à transformação mineral e parcerias firmadas com centros de pesquisa e inovação.
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Pode fumar enquanto dirige? Entenda o que a lei realmente diz

Muita gente nem pensa duas vezes antes de acender um cigarro no carro, seja no meio do trânsito ou em uma estrada. Mas será que isso é realmente permitido?
A cena de alguém fumar enquanto dirige é comum no Brasil, mas existem implicações legais e de segurança que precisam ser levadas em consideração. Mais do que um simples hábito, essa prática pode representar riscos sérios, tanto para quem dirige quanto para os passageiros e demais usuários das vias.
Vamos esclarecer se fumar ao volante é uma infração de trânsito, quais as penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e que tipo de consequências práticas isso pode gerar. Também abordaremos se os passageiros podem fumar, inclusive em motocicletas.
Se você tem o costume de fumar enquanto dirige ou conhece alguém que o faz, vale a pena entender os riscos e as responsabilidades envolvidas. Informação é o primeiro passo para evitar dores de cabeça ou multas salgadas.
Pode fumar enquanto dirige?
Tecnicamente, fumar enquanto dirige não é expressamente proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro. Ou seja, não existe um artigo no CTB que diga, literalmente, que acender um cigarro ao volante é uma infração. No entanto, isso não significa que está tudo liberado. A prática pode ser enquadrada como uma infração dependendo do contexto e das consequências para a direção segura.
Por que fumar enquanto dirige pode ser problemático?
Mesmo não sendo diretamente mencionado, fumar ao volante pode ser considerado uma infração com base no Art. 252, inciso V do CTB. Esse artigo determina que é proibido “dirigir com apenas uma das mãos, salvo quando mudar a marcha do veículo, acionar equipamentos ou acessórios do carro”.
Como é necessário usar uma das mãos para segurar o cigarro, o ato pode se encaixar nessa infração leve, com multa e pontos na carteira.

chayanuphol/Shutterstock
Além disso, há o risco de que o cigarro desvie a atenção do motorista. Mexer no isqueiro, acender o cigarro, jogar a cinza pela janela ou até o deixar cair dentro do carro pode causar distrações sérias. O próprio ato de fumar exige ações coordenadas: colocar o cigarro na boca, inspirar, soltar a fumaça e tudo isso enquanto se deveria estar com atenção total na via.
Na prática, fumar enquanto dirige compromete tanto a concentração quanto o controle do veículo, ainda que por segundos. E segundos, no trânsito, podem ser fatais.
E no caso de motociclistas?
No caso de motociclistas, a situação se torna ainda mais crítica. Como o guidão exige o uso das duas mãos constantemente e não há compartimentos para descarte seguro do cigarro, fumar pilotando é ainda mais perigoso. O risco de acidentes aumenta significativamente, sem falar nas chances de queimar o próprio corpo ou as roupas com a brasa do cigarro em movimento.
A legislação, nesse caso, também pode ser aplicada de forma indireta. O Art. 244 do CTB proíbe “conduzir motocicleta sem segurar o guidão com ambas as mãos”, salvo para indicar manobras. Logo, fumar pilotando pode configurar infração gravíssima, com penalidade ainda maior que no caso de carros.

O que de pior pode acontecer ao motorista?
Se o motorista for flagrado fumando de forma que comprometa a condução segura, ele pode ser multado. No caso de dirigir com apenas uma mão, a infração é considerada leve, com multa de R$ 88,38 e acréscimo de 3 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Já em situações mais graves como jogar a ponta do cigarro pela janela, o caso pode ser enquadrado como infração gravíssima.
Lançar objetos pela janela do carro, mesmo que seja uma bituca de cigarro, é proibido pelo Art. 172 do CTB. A multa nesse caso é de R$ 293,47, com adição de 7 pontos na CNH.
Em casos extremos, se o ato de fumar resultar em um acidente com vítimas, o condutor pode até responder criminalmente por direção perigosa ou homicídio culposo, dependendo da gravidade. Aí, sim, entram consequências mais sérias, como prisão, cassação da carteira e processo judicial.
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- Quais os acidentes mais comuns no trânsito brasileiro? Veja lista
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Passageiros podem fumar?
Sim, passageiros podem fumar dentro do carro, desde que não haja nenhuma proibição local (como restrições ambientais ou regras específicas de rodovias estaduais ou federais). Entretanto, é importante considerar que o cigarro afeta a qualidade do ar e pode causar desconforto para o motorista, além de gerar distrações como a necessidade de abrir janelas, lidar com o cheiro ou fumaça, etc.

Outro ponto importante: o cigarro não pode atrapalhar o motorista. Se houver qualquer situação em que o passageiro cause distração, incômodo ou risco à segurança da condução, o motorista pode ser responsabilizado.
No caso de motocicletas, a regra é mais rígida. O passageiro está exposto ao vento e sem proteção adequada. Fumar nesse cenário é extremamente perigoso e pode colocar em risco tanto o condutor quanto terceiros, o que pode gerar responsabilizações legais em caso de acidente.
Outras consequências: mais do que multas
Além das penalidades legais, fumar enquanto dirige traz outros riscos. O odor do cigarro pode impregnar o interior do veículo, desvalorizando o carro para revenda. Sem contar o risco de incêndios: já houve casos em que bitucas mal apagadas causaram focos de fogo no estofado, tapete ou até em terrenos, quando lançadas pela janela.
A brasa do cigarro também pode cair em roupas, bancos ou partes plásticas do veículo, causando queimaduras, distrações bruscas e até pânico. Se um acidente ocorrer por causa de uma reação dessas, a responsabilidade recai totalmente sobre o motorista.
Fumar no carro com crianças: isso, sim, é proibido
Vale lembrar: em alguns estados e municípios, é proibido fumar dentro do carro quando há presença de crianças. Isso segue orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e políticas locais de combate ao tabagismo passivo.
Por exemplo, no estado de São Paulo, a Lei Estadual nº 13.541/09 proíbe fumar em locais fechados de uso coletivo, incluindo carros quando há menores de idade. Nesse caso, a infração pode gerar multas específicas e até denúncia ao Conselho Tutelar, dependendo da gravidade.

Mesmo que o Código de Trânsito Brasileiro não proíba de forma direta fumar enquanto dirige, os riscos envolvidos fazem da prática uma péssima escolha. Entre perder o controle do veículo, causar acidentes, ser multado ou até responder criminalmente por danos, o cigarro ao volante é um hábito perigoso e desnecessário.
Se você precisa fumar, o ideal é parar o carro em um local seguro e fazer isso fora da direção. No caso de motociclistas, a recomendação é ainda mais rigorosa: nada de fumar pilotando, por questão de segurança óbvia. Para passageiros, o bom senso deve prevalecer, sempre respeitando o ambiente e o motorista.
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