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Saúde

Por quanto tempo o vírus HIV sobrevive fora do corpo?

Redação Informe 360

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Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês), pode ser transmitido por meio de contato direto com sangue, sêmen, fluidos sexuais, leite materno e outros materiais biológicos.

Sendo assim, as pessoas não devem compartilhar agulhas, seringas, itens cortantes e outros objetos de injeção de drogas e medicamentos, pois podem conter sangue. Mas, afinal, quanto tempo o vírus causador da AIDS “sobrevive” fora do corpo, ou seja, permanece ativo?

Olhar Digital buscou informações em relação ao tema. Continue a leitura e saiba tudo sobre o tempo de “sobrevivência” do vírus após ele sair do corpo da pessoa infectada. 

Vírus HIV fora do corpo ainda pode infectar?

Primeiramente, é importante destacar que secreções como beijo, saliva, suor, lágrimas e catarro, assim como fezes, vômitos e urina, não oferecem risco de contaminação.

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Símbolo da campanha contra AIDS na camisa de um homem
Símbolo da campanha contra AIDS (Reprodução: Anna Shvets/Pexels)

Dito isto, a resposta para a pergunta feita acima é sim: o vírus ainda se mantém ativo no sangue fora do corpo. Por isso, a pessoa pode ser infectada através de objetos. No entanto, existe um tempo no qual o vírus permanece “vivo” fora do corpo da pessoa infectada.

Em um vídeo em seu canal no YouTube, a Dra. Keilla Mara de Freitas (CRM-SP: 161392 | RQE: 55156), formada em infectologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e especializada em infectologia hospitalar pela USP (Universidade de São Paulo), explicou que o vírus HIV sobrevive pouco tempo fora do corpo. Além disso, ele não consegue se multiplicar fora de um hospedeiro humano. 

Essa é a mesma opinião da médica infectologista atuante no Rio de Janeiro, Dra. Cydia Alves Pereira de Souza, que disse o seguinte no site Doctoralia:

O vírus HIV sobrevive fora do corpo por muito pouco tempo, pois é bastante sensível e frágil ao meio externo, não sobrevivendo fora de células vivas. Estima-se que o vírus da AIDS seja capaz de sobreviver cerca de uma hora fora do organismo humano.

— Cydia Alves Pereira de Souza, médica e infectologista (CRM-RJ: 362735 | RQE: 14592)

De acordo com Keilla Mara, o vírus morre rapidamente quando é exposto à luz ou ao ar. Sendo assim, o contato com materiais potencialmente contaminantes já secos, geralmente não oferecem risco de contaminação.

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Tubos de sangue
Tubos de ensaio com sangue (Reprodução: Kaboom Pics/Pexels)

Mas é importante ressaltar, que não há um tempo específico de sobrevivência para o vírus fora do corpo humano, pois isso depende de diversos fatores. Por isso, é essencial manter os cuidados e não compartilhar itens cortantes, por exemplo. 

Entre os fatores de sobrevivência do vírus, segundo a médica, estão o tipo e a quantidade de fluído corporal liberado, a concentração do vírus, a superfície em que ele está, temperatura, acidez, umidade e exposição ou não à luz do ambiente.

Além disso, temperaturas acima de 60ºC e pH menores que 7 e maiores que 8 matam o HIV fora do corpo humano. 

Materiais biológicos que podem transmitir o vírus

Abaixo, confira os materiais biológicos que podem passar o vírus para outras pessoas. 

  • Sêmen ou líquido pré-ejaculatório;
  • Sangue e materiais com resíduos sanguíneos;
  • Fluido vaginal;
  • Líquido amniótico (líquido que protege o feto na placenta);
  • Líquido cerebrospinal (liquor), que circula no sistema nervoso central;
  • Líquidos de serosas (peritoneal – capa de revestimento dos órgãos abdominais, pleural – capa que reveste os pulmões, pericárdico – capa que reveste o coração);
  • Líquido articular – localizado dentro das articulações ou juntas.

Leia mais:

Por que isso é importante?

É muito importante saber sobre o tempo de sobrevivência do vírus fora do corpo, principalmente porque existem pessoas infectadas e mal intencionadas, que se autointitulam “carimbadores”. Elas espalham o vírus sem que outros saibam. 

Tubo de ensaio HIV positivo
Sangue contaminado pelo vírus HIV (Reprodução: PENpics Studio/Shutterstock)

Em 2024, por exemplo, durante o Carnaval, no show na Praça do Carmo, em Olinda (PE), a auxiliar administrativa Letícia Almeida de Araújo, 18, sentiu uma ardência no braço e ao olhar, notou que havia sido furada por uma agulha. Assim, ela procurou rapidamente uma autoridade que a orientou a procurar atendimento médico. 

Ela seguiu a recomendação e iniciou um tratamento preventivo contra o HIV e outras doenças transmissíveis. Por isso, saiba que o vírus pode permanecer ativo por pouco tempo fora do corpo humano, ou seja, mesmo que por um pequeno período, ele ainda pode gerar infecções. Em caso de contato ou suspeita de infecção, procure atendimento médico imediatamente.

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Quanto tempo o HIV leva pra ser inativado quando expelido pelo corpo?

Isso depende de diversos fatores, mas de acordo com a infectologista Keilla Mara de Freitas, o vírus sobrevive por pouco tempo após ser expelido do corpo. 

Quais as formas de transmissão do vírus HIV?
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O vírus HIV pode ser transmitido por meio de relação sexual sem o uso de preservativo, compartilhamento de objetos cortantes, agulhas e seringas. Além disso, há a possibilidade de uma transmissão vertical de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação. O micro-organismo ainda pode ser passado em um transplante de órgãos ou doação de sangue e através do contato direto com o sangue em alguma superfície. 

Como saber que carrego o vírus HIV?

Se você teve um contato de risco e depois de 2 ou 4 semanas apresentar febre constante, manchas na pele, ínguas, dor de garganta, dores musculares e de cabeça, vá ao médico. O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue chamado teste Elisa. Geralmente, 20 dias após o contato de risco, ele costuma apontar que a pessoa está infectada. No entanto, se com 3 meses o exame der negativo, não é mais necessário repeti-lo, pois não houve a infecção.

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Saúde

Dispositivo usa ondas sonoras para “quebrar” pedras nos rins

Redação Informe 360

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Cientistas da Espanha criaram dispositivo — ainda em fase de protótipo — capaz de destruir cálculos de forma não invasiva. O equipamento de baixo custo usa um ultrassom que transmite ondas sonoras para quebrar pedras nos rins dentro do corpo.

O tamanho e a portabilidade do dispositivo tornariam o tratamento de cálculos renais um procedimento ambulatorial sem a necessidade de máquinas, como é o caso atualmente.

O Lithovortex atua com base em novo tipo de onda acústica, os feixes de vórtice. A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Politécnica de Valência (Espanha) e do Conselho Nacional de Pesquisa Espanhol.

Sistema utiliza braço robótico para guiar tratamento (Imagem: Divulgação/UPV)

Leia Mais:

Como funciona a tecnologia para “quebrar” pedras nos rins?

  • Com uma “cabeça terapêutica” de vórtices acústicos de alta intensidade montados em um braço robótico automatizado, o tratamento é guiado por um sistema de imagem;
  • Os feixes giram em torno das pedras como tornados e não focam no cálculo em si, como é o caso dos pulsos ESWL, que trata cálculos renais e ureterais em até uma hora;
  • “Os feixes podem produzir forças de cisalhamento em cálculos renais de forma mais eficiente do que um feixe convencional. É como se eles dessem uma pinça microscópica dentro das pedras, e essa pinça faz com que a pedra se fragmente em pedaços muito finos, quebrando-se em areia que é finalmente expelida pela uretra“, explicou o pesquisador Noé Jiménez.
Illustração de como funciona o feixe de vórtice (Imagem: Divulgação/UPV)

Por enquanto, o protótipo foi validado com cálculos artificiais e, no ano que vem, passará por testes em modelo animal. O experimento será realizado em colaboração com a Unidade de Litotripsia do Hospital La Fe de Valência.

“A vantagem de usar esse tipo de feixe é que, por serem tão eficientes, permitem que a amplitude da onda seja reduzida pela metade, e isso também reduz a probabilidade de produzir lesões e dor em tecido saudável”, acrescenta o Dr. César David Vera Donoso, que realizou o estudo inicial.

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Saúde

Vereador Leandro Babão propõe implantação da Telemedicina em São Francisco de Itabapoana

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Na sessão ordinária da última terça-feira (11), a Câmara de Vereadores de São Francisco de Itabapoana discutiu uma proposta inovadora para a área da saúde pública. O vereador Leandro Babão (PDT), apresentou a Indicação 004 solicitando ao Poder Executivo a implantação da Telemedicina no município.

Segundo o vereador, a iniciativa surgiu após uma conversa com o ex-secretário de Esportes, Noel Júnior, que destacou o sucesso dessa modalidade no estado do Espírito Santo. Após analisar a viabilidade da Telemedicina, o vereador entendeu que a modalidade poderia beneficiar diretamente a população de São Francisco de Itabapoana, especialmente pelas especialidades de atendimento e da extensa área territorial do município, onde o deslocamento até unidades de saúde pode ser um desafio para muitos moradores.

Tecnologia a favor da saúde pública

A Telemedicina tem transformado a saúde pública para permitir que os pacientes tenham acesso a especialistas que muitas vezes não estão disponíveis em seus municípios. Em regiões onde há escassez de determinadas especialidades médicas, essa tecnologia possibilita consultas remotas com profissionais de outros estados, como São Paulo, por exemplo.

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O atendimento ocorre por meio de uma chamada de vídeo entre o paciente e o médico, com a presença de um enfermeiro(a) para acompanhar todo o procedimento presencialmente. Caso necessário, receitas médicas e outros documentos podem ser emitidos imediatamente e enviados diretamente para o paciente via WhatsApp, garantindo mais agilidade e eficiência no tratamento.

” Já conversamos com a prefeita a respeito disso, ela foi simpática a implantação desse serviço em nossa cidade e não tenho nenhuma dúvida que ela levará isso ao nosso secretário de saúde, Fauzi e, em breve, nós vamos ter esse serviço disponível, que vai ser de muita valia para nosso público.” disse o vereador Leandro.

Mecanismo de apoio a saúde mental

Além da ampliação do acesso a consultas médicas à distância, um dos pontos de destaque da proposta é o impacto da Telemedicina na saúde mental da população. Noel Júnior, que também é Coach em Inteligência Emocional, enfatizou a importância desse serviço para atendimentos psicológicos e psiquiátricos, setores essenciais em um momento em que o debate sobre bem-estar emocional está cada vez mais presente.

“ A Telemedicina pode ter um papel fundamental no suporte à saúde mental, tema muito em alta no Brasil, garantindo atendimentos especializados sem que os pacientes precisem se deslocar de grandes distâncias. Temos que usar a tecnologia a nosso favor.”, explicou Noel Júnior.

A proposta agora segue para avaliação do Poder Executivo, e a expectativa é que o tema gere ainda mais debates sobre a modernização da saúde pública no município. Caso seja implantada, a Telemedicina poderá representar um avanço significativo em qualidade e no alcance dos serviços de saúde em São Francisco de Itabapoana.

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Saúde

Por que a fumaça de incêndios florestais urbanos é tão perigosa?

Redação Informe 360

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Os incêndios florestais urbanos têm se tornado cada vez mais comuns devido ao crescimento desordenado das cidades, às mudanças climáticas e ao aumento de eventos extremos, como secas prolongadas e ondas de calor.

Embora o fogo em si represente um perigo imediato, a perigosa fumaça gerada em um incêndio florestal urbanos pode ser ainda mais prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. Diferente da fumaça de incêndios em áreas naturais isoladas, a fumaça de incêndios florestais urbanos contém uma combinação ainda mais tóxica de partículas finas, metais pesados e compostos químicos nocivos.

O que são incêndios florestais urbanos?

Os incêndios florestais urbanos ocorrem em áreas onde há uma sobreposição entre vegetação natural e estruturas urbanas, como casas, edifícios e indústrias. Diferente dos incêndios em florestas remotas, esses incêndios apresentam um risco ampliado porque além da vegetação seca, o fogo consome materiais de construção, plásticos, produtos químicos industriais e outros resíduos urbanos.

Isso resulta em uma combustão mais complexa e em uma fumaça altamente tóxica, que pode afetar não apenas os moradores locais, mas também cidades vizinhas, dependendo da direção dos ventos.

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Esses incêndios são particularmente difíceis de combater, pois a proximidade com áreas habitadas aumenta os riscos para bombeiros e moradores, além de dificultar a contenção das chamas. O crescimento urbano próximo a florestas e a falta de planejamento adequado tornam essas regiões altamente vulneráveis a incêndios catastróficos.

Por que a fumaça de incêndios florestais urbanos é tão perigosa?

Qualquer bombeiro vai responder para você que em um incêndio o que mata, muitas vezes não é nem o fogo e nem as altas temperaturas. O maior inimigo da vida em um incêndio é a fumaça. O fogo é definido como o decaimento rápido de um combustível que gera calor e luz, o que sobra, a fuligem é então projetada pelo ar quente e se espalha pelos ambientes.

Essas partículas de fuligem em contato com a mucosa das vias respiratórias do corpo humano vão causar uma série de problemas já que não absorvidas pelo corpo. Asfixia, queimaduras graves, intoxicação e envenenamento são apenas alguns dos problemas causados pela inalação de fumaça.

Efeitos da fumaça no corpo
Pessoas com doenças, como asma e bronquite, são mais vulneráveis aos efeitos da fumaça causada por incêndios. Imagem: JOURNEY STUDIO7 / Shutterstock

A perigosa fumaça de um incêndio florestal urbano contém uma mistura de partículas finas (PM2.5 e PM10), gases tóxicos e produtos químicos perigosos, tornando-a extremamente prejudicial para a saúde humana.

Diferente da fumaça de incêndios em áreas exclusivamente florestais, a queima de materiais urbanos adiciona componentes altamente nocivos ao ar, como metais pesados, dioxinas e compostos orgânicos voláteis (COVs).

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A combustão de materiais urbanos libera gases tóxicos, como monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de enxofre (SO₂).

O monóxido de carbono reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio, levando a sintomas como tontura, fadiga e, em casos graves, morte por asfixia. Já os óxidos de nitrogênio podem provocar inflamações pulmonares e aumentar o risco de infecções respiratórias.

Quando plásticos, tintas e produtos industriais pegam fogo, liberam substâncias tóxicas, incluindo metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio, além de compostos orgânicos voláteis e dioxinas. Esses elementos são altamente tóxicos e podem causar danos ao sistema nervoso, além de estarem associados a um maior risco de câncer.

Danos para a saúde e o meio ambiente

(Imagem: eley archive / Shutterstock.com)

Estudos mostram que a exposição contínua à fumaça de incêndios urbanos aumenta o risco de ataques cardíacos, arritmias e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Isso ocorre porque a inflamação causada pelas partículas finas e pelos gases tóxicos afeta a circulação sanguínea e pode levar à formação de coágulos.

Além disso, a exposição prolongada pode comprometer o sistema imunológico, tornando o organismo mais suscetível a infecções e doenças crônicas.

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Além disso, essa fumaça contém substâncias que contribuem para o agravamento do efeito estufa e podem impactar ecossistemas inteiros, prejudicando a qualidade do solo e da água. Isso acontece porque partículas tóxicas podem se depositar em rios e lagos, contaminando a água utilizada para consumo e irrigação.

Diante desses riscos, especialistas recomendam medidas preventivas, como evacuações rápidas, uso de máscaras adequadas (como N95), filtros de ar em ambientes fechados e monitoramento constante da qualidade do ar.

Além disso, políticas públicas voltadas para o manejo responsável das áreas de interface entre florestas e cidades podem ajudar a reduzir a incidência desses incêndios e seus impactos devastadores.

Com informações de EPA (Environmental Protection Agency).

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