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Saúde

Dois DNAs ao mesmo tempo? Entenda o caso do homem que é pai e tio de uma criança

Redação Informe 360

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É fascinante considerar como as descobertas científicas podem revelar histórias extraordinárias escondidas dentro de nós mesmos. Nos últimos dias, um caso bastante curioso que ocorreu nos Estados Unidos em 2015, ressurgiu nas redes sociais: um homem descobriu que, embora fosse o pai biológico de seus filhos, os testes de DNA não o identificavam como tal.

Após investigações aprofundadas, os cientistas desvendaram que ele havia absorvido o DNA de um irmão gêmeo não nascido durante o desenvolvimento no útero, tornando-se uma quimera. Essa fusão genética resultou em um corpo com dois conjuntos de DNA distintos.

A genética humana está repleta de mistérios, e o caso de um homem que descobriu ser pai e tio da própria filha chama a atenção para o fenômeno do quimerismo. Em um teste de DNA, foi revelado que ele não compartilhava a quantidade esperada de material genético com a criança.

Investigações posteriores mostraram que ele é uma quimera, ou seja, uma pessoa que possui dois conjuntos de DNA diferentes. Essa condição rara oferece uma janela para compreendermos situações extraordinárias que podem ocorrer no corpo humano.

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O termo “quimera” vem da mitologia grega, onde descrevia uma criatura formada por diferentes partes de animais: normalmente um leão, uma cabra e uma serpente. Na biologia e na medicina, o termo foi adotado para descrever organismos que contêm células geneticamente distintas oriundas de diferentes linhagens.

Apesar de o quimerismo e o microquimerismo compartilharem semelhanças, é importante diferenciá-los. No quimerismo, a mistura de DNA é mais extensiva e pode afetar grandes porções do corpo, enquanto no microquimerismo, as células com DNA diferente estão presentes em pequenas quantidades e geralmente não causam alterações visíveis.

Como um ser humano pode ter dois DNAs ao mesmo tempo?

O quimerismo pode ser explicado pela fusão de dois embriões no útero durante os estágios iniciais da gestação. Normalmente, esses embriões se desenvolveriam como gêmeos fraternos, mas, em casos raros, eles se fundem e formam um único organismo.

Isso significa que a pessoa resultante desse processo carrega células geneticamente distintas em seu corpo. No caso mencionado, 90% do DNA do homem vinha de um embrião, enquanto os outros 10% eram de um embrião distinto. Foi esse DNA minoritário que contribuiu para a formação do espermatozoide que originou sua filha. Assim, ele é geneticamente pai e tio da criança ao mesmo tempo.

Ilustração de helix de DNA
(Imagem: mohsiniqbalmailsi/Shutterstock)

O DNA do irmão mais velho pode passar para o irmão mais novo? Conheça o microquimerismo

Outro exemplo de como uma pessoa pode carregar dois DNAs é o microquimerismo. Diferente do quimerismo clássico, que envolve uma mistura extensiva de células geneticamente diferentes, o microquimerismo acontece quando pequenas quantidades de células com um DNA distinto permanecem no corpo.

Esse fenômeno ocorre frequentemente durante a gravidez, quando células fetais atravessam a barreira placentária e entram no organismo da mãe. Essas células podem persistir por anos e se integrar em diferentes tecidos.

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Embora o microquimerismo seja comumente associado à gravidez, ele também pode surgir em outros contextos. Transfusões de sangue, transplantes de medula óssea e transplantes de órgãos também podem introduzir células geneticamente diferentes no corpo.

Normalmente, o quimerismo pode ser observado em casos de embriões de gêmeos fraternos. Imagem: Dragon Images/Shutterstock

Por exemplo, uma pessoa que recebeu um transplante de medula pode produzir sangue com o DNA do doador, enquanto o restante de seu corpo mantém seu próprio perfil genético.

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Casos como o do homem que é pai e tio de uma criança mostram como a genética humana pode desafiar nossas expectativas. Embora o quimerismo e o microquimerismo sejam raros, eles destacam a complexidade do desenvolvimento humano e oferecem novas perspectivas para o estudo de condições genéticas. A investigação dessas condições também tem implicações práticas, como melhorar a precisão de testes genéticos e avançar no tratamento de doenças.

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Saúde

Conheça a Argiria, a doença que deixa a pele azul

Redação Informe 360

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Imagine acordar um dia e perceber que sua pele começou a adquirir um tom azulado permanente. Por mais estranho que pareça, essa condição existe e tem nome: argiria. Rara, a doença é causada pelo acúmulo de prata no organismo e pode provocar mudanças definitivas na pigmentação da pele.

A argiria é uma doença que ganhou notoriedade por casos que chegaram aos noticiários, incluindo o de Paul Karason, um norte-americano que ingeriu prata coloidal por anos e ficou conhecido como ‘Papai Smurf’ devido sua pele azulada. Mas como a argiria ocorre? Ela pode ser evitada? E, acima de tudo, existe cura? Vamos explorar, a seguir, todos esses aspectos.

O que é e como se contrai a Argiria?

A argiria é uma condição de pigmentação anormal causada pelo acúmulo excessivo de prata no organismo. Desse modo, o acúmulo pode ocorrer por inalação, contato direto com a pele ou ingestão prolongada de compostos contendo prata.

Além disso, embora seja uma doença rara, sua incidência está relacionada principalmente à exposição ocupacional e ao uso de prata coloidal, um suplemento sem comprovação científica amplamente promovido na medicina alternativa.

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Sintomas e efeitos no corpo

O principal sintoma da argiria é a mudança gradual na cor da pele, que assume um tom azul-acinzentado. Essa alteração ocorre porque partículas microscópicas de prata se acumulam nos tecidos, interagindo com a luz e resultando na coloração anormal.

Dessa forma, a pigmentação pode ser localizada, afetando áreas específicas do corpo, ou generalizada, cobrindo grandes extensões da pele.

Além da pele, mucosas e unhas também podem ser afetadas. Em casos raros e de exposição extrema, a prata pode se depositar em órgãos internos, mas não há registros de danos graves à saúde.

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Existe tratamento ou cura?

Atualmente, não há cura para a argiria. Um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology analisou casos da dornça e confirmou que a coloração azulada ocorre devido ao acúmulo de prata na pele e sua interação com a luz.

Imagem de um homem com a pele em tom azul intenso devido à iluminação. O fundo é escuro e uniforme
Homem com a pele azul (Reprodução: @Freepik/Freepik)

O estudo também avaliou tratamentos a laser como forma de reduzir a pigmentação, embora sem garantir reversão completa.

Quem está mais suscetível?

Pessoas expostas profissionalmente à prata, como trabalhadores da indústria de joias, fotografia e laboratórios, têm maior risco de desenvolver argiria.

Além disso, o uso prolongado de prata coloidal também é um fator de risco significativo, especialmente entre aqueles que consomem esse suplemento acreditando em seus supostos benefícios à saúde.

Como prevenir a argiria?

A prevenção envolve evitar a exposição desnecessária à prata, especialmente em ambientes de trabalho sem proteção adequada.

O uso de equipamentos de segurança e ventiladores industriais pode minimizar os riscos ocupacionais. Além disso, é fundamental evitar o consumo de prata coloidal, pois, além de não ter comprovação científica relacionada a qualquer benfeitoria, pode, pelo contrário, trazer riscos à saúde.

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Argiria tem cura?

Não. A coloração azulada é permanente, mas alguns tratamentos podem reduzir sua intensidade.

Argiria é transmissível?
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Não. A doença não é contagiosa, pois não é causada por vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos.

Argiria pode matar?

Não. Apesar da mudança na coloração da pele, a doença não afeta órgãos vitais e não representa risco de vida.

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Saúde

Quais as causas da calvície? Veja por que a queda de cabelo acontece

Redação Informe 360

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Conforme estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), divulgadas em 2023, 42 milhões de brasileiros sofrem com a alopecia androgenética, doença que é mais conhecida pelo nome de calvície

Na estimativa, 25% das pessoas que sofrem com o problema são jovens com idade entre 20 e 25 anos. Vale destacar que a alopécia afeta tanto homens quanto mulheres, levando a consequências importantes para a vida emocional e social das pessoas. A seguir, saiba todos os detalhes sobre essa doença. 

Calvície: o que é e quais as causas?

De acordo com o Ministério da Saúde, a calvície é a ausência, redução ou queda, seja em um estágio transitório ou definitivo, dos cabelos ou pelos em uma determinada região ou na cabeça inteira. 

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Segundo o Hospital Albert Einstein, podem existir várias causas para a doença, sejam elas temporárias ou permanentes. Entre as possibilidades estão a utilização de determinados medicamentos, como os quimioterápicos para câncer, o pós-cirúrgico nos primeiros meses também pode acarretar o problema, além de partos. 

Imagem: Freepik

A perda de cabelos também pode ser um efeito de situações emocionais, uso em excesso de produtos químicos, falta de vitaminas, desnutrição e traumas na região capilar. 

O Hospital ainda cita que existe a possibilidade de a calvície ser provocada por uma origem hormonal, imunológica, genética e até ambiental. Há alguns casos que são associados a doenças da tireoide, doenças autoimunes (como vitiligo e lúpus), diabetes, alergias, infecções provocadas por bactérias e fungos. 

Além disso, recentemente, pesquisadores da Austrália e de Cingapura identificaram que as células-tronco do folículo piloso (HFSCs) necessitam da proteína MCL-1 para que o crescimento capilar aconteça. Eles notaram que quando há uma redução da substância, o processo falha. 

Todavia, vale ressaltar que nem toda queda de cabelo é uma calvície. O ideal é procurar um dermatologista apenas em casos nos quais os cabelos estão caindo de forma rápida e em grande volume, ou então que o couro cabeludo esteja vermelho, com coceira ou ardência. Além disso, a caspa e a oleosidade excessiva também são sinais de alerta. 

Tipos de alopécia

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde e Hospital Albert Einstein, existem dois tipos de alopécia que são os mais comuns, a Androgenética e a Alopecia areata, que é mais conhecida como “pelada”.

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androgenética é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. O órgão brasileiro afirma que homens e mulheres podem ser afetados pela doença, que tem início na adolescência e passa a ser aparente apenas aos 40 e 50 anos.

Acontece que, na adolescência, a partir do estímulo hormonal, cada ciclo de cabelo passa a vir com os fios mais finos, sendo justamente o principal sintoma do problema. 

Dessa maneira, os cabelos vão ficando ralos e o couro cabeludo mais aberto. Nos homens, o problema fica mais visível nas regiões da coroa e na parte frontal, as famosas “entradas”. Já nas mulheres, o problema costuma afetar mais a região central. Nelas, a doença tem chances de ser associada a obesidade, irregularidade menstrual, acne e aumento de pelos no corpo. 

O outro tipo, alopecia areata, se caracteriza pela queda de cabelo ou pelos em regiões ovais ou arredondadas do couro cabeludo ou outros locais do corpo, como barba e até as sobrancelhas. Ele pode surgir a qualquer idade e atinge cerca de 1% a 2% da população. Também ocorre em homens e mulheres.

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Questões genéticas, estresse e até a presença de micro-organismos podem ser as causas do distúrbio.

Tratamentos

Homem se preparando para o procedimento de implante capilar
Homem se preparando para o procedimento de implante capilar – Imagem: Freepik

Segundo o Dr. Paulo Müller Ramos, dermatologista especialista em tricologia e transplante capilar, coordenador do ambulatório de Alopecias da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) desde 2010, pesquisador e orientador do programa de doutorado da mesma instituição, existem seis formas de tratamento para a calvície. 

A primeira delas é o uso do medicamento minoxidil, uma substância que estimula o nascimento e prolonga o tempo de crescimento dos fios. Ele age de forma direta na raiz do cabelo e deve ser aplicado no couro cabeludo. Além disso, o especialista afirma que os resultados são demorados, levando pelo menos quatro meses para aparecerem. 

Outro tratamento destacado é o uso da finasterida, um comprimido que precisa ser tomado diariamente, se a calvície for em um homem. O remédio Dutasterida também é uma opção, só que, segundo o médico, ele é mais potente. Há ainda os medicamentos Antiandrogênicos (Espironolactona/Ciproterona/Bicalutamida) para o uso em casos de calvície feminina.

O médico ainda cita o MMP Capilar, um tratamento capilar que tem o objetivo de colocar princípios ativos diretamente no couro cabeludo para estimular o crescimento de novos fios e aumentar a espessura dos que já estão no local. Por último, Müller destaca o transplante capilar, procedimento responsável por restaurar as áreas sem cabelo na cabeça da pessoa. 

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ATENÇÃO! Para adotar tanto o uso dos medicamentos quanto os procedimentos citados como forma de tratamento, é essencial que você procure um especialista. Não faça uso sem uma consulta médica individualizada e a recomendação do dermatologista.

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Saúde

Por que sentimos coceira só de ver alguém se coçando?

Redação Informe 360

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Você está sentado, tranquilo, até que vê alguém se coçando e, de repente, começa a sentir coceira também. Essa reação é mais comum do que parece e tem explicações científicas ligadas ao cérebro, à empatia e até a instintos primitivos de proteção. Mas por que isso acontece?

Neste artigo vamos explicar esse fenômeno. Acompanhe!

O que é a coceira contagiosa?

O fenômeno é chamado de coceira contagiosa e acontece quando sentimos vontade de nos coçar ao ver outra pessoa se coçando, mesmo que não haja nenhum motivo físico para isso. O curioso é que essa reação pode ocorrer presencialmente, ao ver vídeos, ao ler ou até ao ouvir falar de coceira. Aliás, talvez você esteja se coçando agora…

Homem jovem coçando a mão/ Crédito: AYO Production (Shutterstock/reprodução)

Neurônios-espelho: o cérebro que imita

Uma das principais explicações para esse fenômeno está nos neurônios-espelho: células cerebrais ativadas tanto quando realizamos uma ação quanto quando vemos outra pessoa realizando essa mesma ação. Esses neurônios são fundamentais para nossa capacidade de imitar comportamentos e sentir empatia.

Quando vemos alguém se coçando, essas áreas do cérebro são ativadas como se estivéssemos sentindo aquela coceira na pele. É como se o cérebro “simulasse” a experiência observada, levando o corpo a reagir automaticamente.

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Mulher coçando o braço em fundo cinza / Crédito: Dragana Gordic (Shutterstock/reprodução)

Uma resposta evolutiva de proteção

Outra teoria fascinante vem da evolução humana. Em comunidades primitivas, notar que alguém estava se coçando podia ser um alerta para a presença de parasitas, como piolhos ou carrapatos. A coceira contagiosa teria, assim, uma função de autoproteção, instigando os demais membros do grupo a se coçar também, evitando infestações.

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Esse reflexo coletivo teria aumentado as chances de sobrevivência, tornando-se parte do nosso comportamento automático ao longo do tempo.

Homem coçando a mão / Crédito: vchal (Shutterstock/reprodução)

O cérebro sente com os olhos

Pesquisas em neurociência mostram que o cérebro pode ativar áreas sensoriais mesmo quando estamos apenas observando comportamentos físicos, como ver alguém se machucar, bocejar ou se coçar. É o mesmo princípio por trás da empatia tátil: o cérebro reage como se aquela sensação estivesse acontecendo conosco.

Isso explica por que a coceira, embora seja uma experiência física, pode ser desencadeada por estímulos puramente visuais ou simbólicos.

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