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Ela Deixou Wall Street para Defender a Saúde Mental no Trabalho

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Dilan Gomih, fundadora da consultoria Dilagence, está em uma missão para mudar a maneira como os benefícios de saúde mental são incorporados no ambiente de trabalho. Só no Brasil, mais da metade das companhias pretende investir em programas ligados ao tema, segundo um estudo da plataforma de benefícios e gestão de pessoas Flash em parceria com a Think Work, consultoria especializada em RH. Mas esses incentivos nem sempre têm o impacto esperado.

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Nos EUA, por exemplo, menos de um terço da força de trabalho realmente utiliza os benefícios de saúde mental, segundo pesquisa da Deloitte. “As corporações estão gastando muito dinheiro com bem-estar mental, mas é um mau investimento se estão apenas gastando para manter as aparências.” A empresária acredita que, quando os funcionários recebem os benefícios certos e eles são fáceis de usar, a utilização aumenta, assim como a produtividade.

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Dilan Gomih saúde mental
Simi Vijay

Dilan Gomih quer tornar os programas de bem-estar mais acessíveis e atraentes para os profissionais, além de ajudar as organizações a ver um retorno sobre o investimento

A trajetória de carreira de Gomih está longe de ser típica. Filha de imigrantes nigerianos, a empresária se formou em Yale antes de iniciar uma carreira bem-sucedida em Wall Street. Enquanto trabalhava no Bank of America, ela começou a dar aulas de spinning na Flywheel e sua paixão por saúde e condicionamento físico cresceu rapidamente. “Eu poderia simplesmente ter seguido o caminho tradicional, mas percebi que tinha essa outra paixão e enxerguei uma nova possibilidade para a minha carreira.”

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A empresária deixou o mundo corporativo e seguiu seus estudos de pós-graduação na Harvard Business School, onde foi diretora de bem-estar da associação de estudantes. “Depois disso, eu soube que qualquer caminho para a minha carreira precisaria combinar saúde e condicionamento físico de uma forma que ajudasse as pessoas a serem mais impactantes em suas vidas.”

Conexão entre movimento e bem-estar mental

A experiência de Gomih em finanças deu a ela uma perspectiva privilegiada sobre as demandas da vida corporativa e seu impacto no bem-estar mental. “A mente e o corpo não são separados. Eles se reforçam mutuamente. Quando trabalham em conjunto, isso não só é bom para o seu bem-estar, como também para o seu trabalho.”

Na consultoria Dilagence, ela ajuda organizações a criar os benefícios de bem-estar que suas equipes realmente desejam; também ensina aos funcionários como aproveitar o poder da atenção plena e do movimento para melhorar o bem-estar mental e a produtividade.

Seu trabalho com organizações como Google, Thrive Market, Pinterest e Harvard Business School mostrou que até pequenas mudanças podem ter um impacto significativo. “O movimento está ligado à redução de estresse, diminuição da ansiedade e melhora da saúde mental geral. Todos esses fatores contribuem para um melhor desempenho no trabalho.”

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Programas eficazes

Gomih percebeu desde cedo que a chave para preencher a lacuna entre simplesmente oferecer programas de bem-estar mental e o uso efetivo desses incentivos pelos funcionários está em simplificar como esses benefícios podem ser usados. “Se você retira o esforço mental de descobrir como e quando usar os benefícios, a utilização pelos funcionários aumenta.”

A empresária recomenda que as organizações parem de focar no “o quê” e comecem a focar no “como”. “É ótimo se uma empresa oferece um aplicativo de meditação gratuito ou descontos em aulas de condicionamento físico, mas, se os funcionários não sabem como encaixar essas atividades no dia de trabalho, eles não vão usá-los.”

A Dilagence ajuda as organizações a entender os gatilhos de estresse diários enfrentados por seus funcionários. Gomih projeta programas de bem-estar que integram benefícios de saúde mental ao fluxo do dia de trabalho, em vez de pedir aos profissionais que saiam de suas rotinas para aproveitá-los.

Estratégias para alcançar o bem-estar

Com um trabalho personalizado, Gomih cria estratégias práticas de bem-estar mental e produtividade para seus clientes. A especialista destaca algumas dicas valiosas que podem ajudar os profissionais no dia a dia:

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  • Recupere lições perdidas da infância: Gomih incentiva os profissionais a abraçar lições perdidas da infância para se tornarem melhores líderes. Movimentos ativos, como os intervalos ou férias, permitem que o cérebro se reinicie e funcione de maneira mais eficiente. O tempo ao ar livre e sem dispositivos leva à criatividade. E a ousadia, como a de uma criança que não pensa demais nas decisões, leva à inovação.
  • Transforme tarefas cotidianas em oportunidades de movimento: Em vez de se concentrar em alcançar uma contagem de passos específica, inclua o movimento de forma natural em seu dia de trabalho. “Convide seu colega para uma conversa durante uma caminhada ao ar livre, longe do estresse do escritório”, sugere Gomih. “Você não só entra em movimento, mas também constrói conexões humanas que são críticas para a dinâmica da equipe.”
  • Comece o dia com intenção: Gomih aconselha seus clientes a começar o dia com atenção plena, ao invés de verificar e-mails ou rolar redes sociais. “Passe os primeiros minutos do seu dia estabelecendo uma intenção. Dessa forma, quando você pegar o telefone, tudo o que aparecer precisa se encaixar na sua estrutura para o dia.”

*Jane Hanson é colaboradora da Forbes US. Ela é consultora de comunicação com ampla experiência com lideranças femininas em diversos setores. Ela foi locutora da rede americana de televisão e rádio NBC por 27 anos e conduziu milhares de entrevistas.

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Do Excel à IA: O Futuro da Gestão Salarial Está na Tecnologia

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Em um mundo que caminha em uma velocidade cada vez mais acelerada, onde mudanças se acumulam em todas as esferas da vida, é surpreendente notar que uma área tão estratégica quanto a de remuneração resistiu a movimentos verdadeiramente disruptivos dentro dos RHs.

A remuneração, que tem relação direta com o modelo de negócio, a cultura organizacional, o planejamento de futuro e a concretização de resultados, é uma ferramenta poderosa de alinhamento de interesses. Mas, historicamente, tentativas de implementar mudanças na forma de conduzir as políticas salariais geraram resistências e inseguranças. Afinal, trata-se de um tema dos mais sensíveis, que envolve motivação, reconhecimento e retenção de talentos.

Contudo, o cenário atual exige pragmatismo e ação. O mundo mudou, e não há mais espaço para hesitações. É preciso que as empresas se adaptem a esse novo ritmo e às novas demandas — ou os times mudarão de empresa em busca de modelos mais aderentes às suas expectativas.

A transformação digital e as novas expectativas das gerações Y e Z vêm demandando evoluções nos processos de RH, inclusive na gestão salarial. Não se pode mais pautar as decisões sobre a carreira das pessoas caso a caso e na base da discricionariedade. Ferramentas que garantam credibilidade, agilidade e transparência são essenciais para sustentar esse novo paradigma de gestão da remuneração.

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Um movimento emblemático que retrata esse momento de transformação aconteceu na última quinta-feira (30), quando foi anunciado um inovador casamento entre duas empresas de origens distintas, mas absolutamente complementares: a How2Pay, consultoria boutique focada no desenho de soluções customizadas e flexíveis em remuneração, com robusta experiência técnica e atuação nos mais diferentes setores do mercado; e a Comp, scale-up brasileira com forte viés tecnológico, criadora de uma plataforma de gestão salarial que, em pouco tempo, alcançou mais de mil empresas e segue ampliando seu portfólio de soluções com o uso de IA.

Como a tecnologia entra no RH

Essa união reflete uma tendência clara do mercado: a incorporação de tecnologia às rotinas de RH — especialmente na área de remuneração —, trazendo agilidade, rigor metodológico e previsibilidade a processos que antes eram considerados complexos e sujeitos a interpretações subjetivas. As plataformas de gestão salarial poderão transformar o cotidiano dos profissionais de RH, ao oferecer dados em tempo real, diagnósticos de competitividade de mercado, aderência às políticas internas e análises rápidas de custos e benefícios.

Muito já vimos acontecer na automatização de processos seletivos e nas avaliações de desempenho. Enquanto isso, a remuneração continuava a ser gerida em Excel, sob o controle de especialistas que tentavam manter a coerência nas decisões entre os inúmeros pedidos de movimentação salarial dos diferentes líderes da organização. As plataformas de gestão salarial chegam para oferecer recomendações objetivas e livres de viés, sempre alinhadas às condições orçamentárias e às estratégias da organização.

O que podemos esperar desse avanço? Que os gestores de RH passem a contar com uma ferramenta que fornece insights precisos e atualizados em tempo real, facilitando a tomada de decisões com mais rapidez e assertividade — seja para ajustes salariais, promoções ou diagnósticos de mercado. A transparência salarial alcançará um novo patamar, promovendo maior equidade interna e, ao mesmo tempo, garantindo a conformidade com as regras e limites definidos pelos negócios.

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Esse caminho já está trilhado. Mais do que uma tendência, a tecnologia se revelou uma aliada indispensável na conquista de uma gestão de remuneração mais justa, eficiente e estratégica. No futuro próximo, quem não acelerar essa transformação ficará para trás, enquanto as organizações ágeis se consolidarão como referências em inovação e na valorização de seus talentos.

*Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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CEO do iFood: “Empreender é se Ferrar 80% do Tempo por Sonhar Grande”

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Admitir vulnerabilidades tem sido apontado, em anos recentes, como um sinal de força, empatia e inspiração no mundo corporativo. “Minha grande vulnerabilidade é estar em um país de moeda depreciada. Se eu tenho uma bala para lutar, quem vem com um dólar tem seis”, admite Diego Barreto, 42, à frente do iFood desde maio de 2024 e um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025.

E há gente vindo com munição pesada. Nesse caso, é melhor não olhar para o lado. “Quando você se preocupa com a concorrência, o máximo que consegue é empatar com ela.”

Mineiro de Uberaba, na infância Diego ajudava nos afazeres da fazenda do avô e acompanhava o pai, que mexia com caminhões. O lado empreendedor revelou-se logo aos 8 anos, quando começou a vender balas (mas não as mesmas citadas acima). Aos 19, mudou-se para São Paulo, formou-se em direito pela PUC-SP e fez MBA no IMD Business School.

Aprendeu por conta própria fundamentos de economia e finanças. Passou por grandes empresas, como OAS e Suzano, e entrou no Grupo Movile em 2016. Está no iFood, que faz parte do grupo, desde 2018, quando assumiu como CFO e vice-presidente de finanças e estratégia.

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“A cultura do iFood é baseada em empreendedorismo e inovação. E empreendedorismo significa se ferrar 80% do tempo porque você está sonhando muito grande.”
Diego Barreto, CEO do iFood

A liderança e a notável presença do iFood no Brasil e na América Latina foram conquistadas, diz Diego, “criando soluções e ativos para um ecossistema de entregadores, comerciantes e consumidores” e com muita cultura corporativa – e essa, por sua vez, é sua principal fortaleza. Cultura e a capacidade de mobilizar pessoas, de “simplificar o que é complexo” e de conseguir mudar rapidamente de direção quando necessário. Essa é uma tradução possível do que Diego escreveu sobre si no LinkedIn, um texto no qual a palavra “liderança” predomina.

A cultura do iFood é, segundo ele, baseada em dois pilares: empreendedorismo e inovação. O primeiro significa “se ferrar 80% do tempo porque você está sonhando muito grande”. O segundo, para além de buscar ferramentas virtualmente inexistentes – como IA já em 2018 –, é instilar nos liderados a tal capacidade de mobilização. Em um processo que se energiza mutuamente, é isso que ajuda a gerar inovação, e vice-versa.

Fala-se aqui do mesmo espírito de startup da origem da empresa, quando, em 2013, com apenas 20 pessoas, ela foi comprada pela Movile, companhia do baiano Fabricio Bloisi, agora CEO global da controladora do iFood, a Prosus.

Hoje no iFood são 8 mil funcionários, 120 milhões de pedidos por mês, 460 mil estabelecimentos no cast, 450 mil entregadores e 60 milhões de clientes, números que devem crescer com a entrada do iFood em delivery de outros produtos que não refeições – segmento já responsável por 30% do movimento total.

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No future wall, o mural dos sonhos grandes que já havia na Movile, Diego escreveu querer “mudar o Brasil”. A ideia permanece.

Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.

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Desemprego no Brasil Fica em 5,6% no 3º Tri com Menor Número de Desocupados da História

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A taxa de desemprego no Brasil encerrou o terceiro trimestre em 5,6%, repetindo a menor taxa da série histórica do IBGE e com o menor contingente de pessoas sem trabalho, mostrando que o mercado de trabalho segue aquecido e resiliente.

Segundo analistas, no entanto, ele pode estar começando a mostrar sinais de desaceleração.

O resultado divulgado nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra queda em relação aos 5,8% do segundo trimestre. No mesmo período do ano anterior a taxa de desemprego havia sido de 6,4%.

Mas a taxa repetiu a leitura dos três meses encerrados em julho e do trimestre até agosto, e ficou um pouco acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 5,5%.

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“O fato de a taxa estar em 5,6% pela terceira vez não dá para dizer que é um piso, até porque há movimentos de mercado e ainda tem sazonalidade de mais contratações para atender a demanda de fim de ano”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

No entanto, André Valério, economista sênior do Inter, ressalta que os três meses seguidos com a mesma taxa de desemprego podem indicar sim um pico.

“O cenário ainda é de um mercado de trabalho bastante robusto. (Mas) há indícios de que possamos estar próximos a um ponto de virada no mercado de trabalho. A estabilidade pelo terceiro mês consecutivo na taxa de desocupação sugere pico no indicador”, disse ele.

O mercado de trabalho brasileiro vem mostrando força, o que ajuda a amenizar a desaceleração econômica e mitigar os efeitos dos juros elevados, o que representa um desafio para o Banco Central já que ajuda a sustentar o consumo e dificulta o controle da inflação.

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“Olhando à frente, com base nos dados recentes e na natureza cíclica do mercado de trabalho, esperamos que o aquecimento persista por um período prolongado, ainda que em meio a um processo gradual de desaceleração”, disse Igor Cadilhac, economista do PicPay.

Depois de manter a taxa básica de juros em 15%, o Banco Central afirmou que entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê a Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.

No terceiro trimestre, o número de desempregados caiu 3,3% em relação aos três meses anteriores, chegando a 6,045 milhões, o que representa ainda uma queda de 11,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o menor contingente desde o início da pesquisa, em 2012.

Já o total de ocupados aumentou 0,1% na comparação trimestral e 1,4% na anual, atingindo 102,433 milhões, ainda em patamar recorde.

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“O nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”, avaliou Beringuy.

“Ainda continuamos com queda nos desocupados e isso tem a ver com abertura de vagas e postos no país. A sustentabilidade da abertura de vagas é garantida por diversas atividades econômicas”, completou ela.

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado aumentaram 0,5% no terceiro trimestre e renovaram o recorde, com 39,229 milhões, enquanto os que não tinham carteira recuaram 0,3%.

No período, a renda média real habitual dos trabalhadores foi recorde a R$3.507, aumento de 0,3% no trimestre e 4,0% no ano.

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Dados do Caged mostraram na quinta-feira que o Brasil abriu 213.002 vagas formais de trabalho em setembro, maior saldo desde abril e acima do esperado.

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