Saúde
América Latina: maioria dos casos de demência pode ser evitada, diz estudo da USP
A América Latina é o local com a maior prevalência de demência no mundo. Mas segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), mais da metade dos casos da doença poderia ser evitada.
O trabalho analisou dados do Brasil, da Argentina, da Bolívia, do Chile, de Honduras, do México e do Peru e apontou que 54% dos diagnósticos na região são causados por fatores de risco que poderiam ser evitados. É o caso da obesidade, sedentarismo e depressão.
Maior trabalho do tipo já realizado
- Atualmente, são reconhecidos 14 fatores de risco para demência.
- Os pesquisadores analisaram 12 deles.
- São eles: baixa escolaridade, perda de audição, hipertensão, obesidade, tabagismo, depressão, isolamento social, inatividade física, diabetes, consumo excessivo de álcool, poluição do ar e lesão traumática no cérebro.
- A coleta de dados para a pesquisa aconteceu entre 2015 e 2021.
- No total, o estudo incluiu dados de mais de meio milhão de sul-americanos.
Leia mais
- Esse ‘sintoma’ no sono pode ser sinal de demência
- Música pode ajudar pessoas com demência
- Contato com a natureza pode retardar a demência em idosos
Informações podem ajudar a criar políticas públicas de combate à demência
A pesquisa apontou que a perda auditiva, a baixa escolaridade e o tabagismo foram os fatores de risco prevalentes. A falta de acesso à educação também foi um aspecto principal dos casos observados em Bolívia, Brasil e Honduras. Este último país também revelou um maior número de ocorrências atribuídas ao tabagismo, bem como o Peru.
Outros fatores que se destacam são a obesidade, falta de atividade física, depressão e isolamento social, que figuram entre os mais prevalentes de México, Bolívia, Chile e Argentina. O estudo foi feito com base em dados coletados por sete diferentes estudos de abrangência nacional que mediram os 12 fatores de risco modificáveis, por meio de um estudo de meta-análise.
Os pesquisadores acreditam que essas informações podem ajudar os governos a desenharem novas políticas públicas mais eficazes no combate à demência. A pesquisa foi incluída no 1° Relatório Nacional de Demências publicado pelo Ministério da Saúde, e serve para orientar o poder público no planejamento de campanhas de informação e prevenção.
Estima-se que apenas no Brasil existam cerca de dois milhões de pessoas convivendo com algum tipo de demência. Destes, quase cinco em cada 10 casos são atribuíveis a fatores modificáveis.
O post América Latina: maioria dos casos de demência pode ser evitada, diz estudo da USP apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Poluição de ar pode proteger do câncer de pele, mas os riscos são grandes
Um novo estudo sugere que a poluição do ar pode oferecer certa proteção contra o melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele, ao reduzir o risco de exposição à radiação ultravioleta (UV). No entanto, é fundamental interpretar esses resultados com cautela.
O estudo, realizado na Itália e publicado na revista Jeadv, é observacional e não prova causalidade, ou seja, não se pode afirmar que a poluição do ar seja a responsável pela redução do risco de melanoma.
Embora o estudo mostre uma associação entre níveis elevados de material particulado (PM10 e PM2,5) e menores taxas de melanoma, isso não significa que a poluição seja benéfica à saúde.
Leia mais:
- Câncer de pele: método ABCDE ajuda a saber se é hora de procurar um especialista
- Alergia ao sol realmente existe? Entenda
- Câncer de pele também pode ocorrer no couro cabeludo; entenda
A poluição do ar está associada a uma série de problemas graves, como doenças respiratórias, cardiovasculares, e até câncer de pulmão. Além disso, pode afetar o cérebro, causar distúrbios neurológicos e prejudicar a saúde durante a gravidez.
Não devemos olhar para a poluição do ar como uma solução
- A exposição à poluição também agrava condições dermatológicas como envelhecimento precoce e psoríase.
- Embora a poluição do ar possa, de fato, reduzir a exposição aos raios UV, ela não deve ser vista como uma solução para a proteção solar.
- A maneira mais saudável de se proteger contra os danos do sol é usar protetor solar, roupas adequadas e buscar sombra nos horários de pico da radiação.
O estudo oferece uma perspectiva interessante, mas os riscos da poluição do ar superam amplamente quaisquer benefícios potenciais. É essencial continuar defendendo políticas de redução da poluição e manter práticas de proteção solar para reduzir o risco de câncer de pele.
A mensagem clara é que o ar limpo é vital para nossa saúde, e não há substitutos para a proteção contra a poluição e a radiação UV.
O post Poluição de ar pode proteger do câncer de pele, mas os riscos são grandes apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Estamos perto de detectar o Alzheimer mais cedo que o habitual
Pesquisadores da Universidade de Lancaster (Reino Unido) e do Centro Médico da Universidade de Ljubljana (Eslovênia) fizeram descoberta promissora ao examinar a unidade neurovascular do cérebro (NVU, na sigla em inglês) para melhorar a detecção precoce do Alzheimer.
Tradicionalmente, o diagnóstico da doença depende de exames invasivos ou caros, como análise do líquido cefalorraquidiano ou tomografia por emissão de pósitrons, que não são acessíveis a todos.
A nova pesquisa, publicada na revista Brain Communications, focou na oxigenação cerebral e nos padrões respiratórios, oferecendo abordagem menos invasiva.
Leia mais:
- Veja 4 formas de evitar manchas nas telas do celular, notebook e TV
- Como atualizar o PC para o Windows 11 gratuitamente
- Um gás nobre pode tratar Alzheimer; saiba qual
Alzheimer detectado mais cedo que o habitual?
- A equipe usou combinação de dispositivos para monitorar a atividade elétrica cerebral, a frequência cardíaca e os padrões respiratórios de pacientes com Alzheimer e de um grupo de controle saudável;
- Por meio dessa análise tripla, eles descobriram que, nos pacientes com Alzheimer, os ciclos de oxigenação e fluxo sanguíneo estavam descoordenados, indicando possível disfunção na nutrição cerebral devido a falhas na vasculatura;
- Além disso, observaram que a frequência respiratória de indivíduos com Alzheimer era significativamente maior, sugerindo inflamação cerebral que poderia ser tratada para prevenir estágios graves da doença no futuro.
“De forma bastante inesperada, também detectamos que a frequência respiratória em repouso é significativamente maior em indivíduos com doença de Alzheimer”, disse Aneta Stefanovska, autora principal do estudo, ao New Atlas. “Esta é uma descoberta interessante — na minha opinião, revolucionária — que pode abrir mundo totalmente novo no estudo do Alzheimer.”
Esses resultados podem representar avanço significativo na detecção precoce e acessível do Alzheimer, abrindo caminho para novas formas de diagnóstico não invasivas. A equipe está considerando a criação de empresa spin-off para continuar o desenvolvimento dessa técnica inovadora.
O post Estamos perto de detectar o Alzheimer mais cedo que o habitual apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Por que casos de diarreia aumentam no verão?
O verão é a estação preferida de muitos brasileiros, marcada por viagens, idas à praia e atividades ao ar livre. Porém, essa época também demanda maior atenção à saúde e à higiene.
Um dos problemas mais recorrentes desse período é o aumento de infecções por vírus. No verão de 2024, por exemplo, houve um crescimento de cerca de 40% nos registros de viroses no litoral paulista.
A diarreia é uma consequência comum dessas infecções, despertando preocupação entre profissionais de saúde e a população. Mas por que esse problema se intensifica durante o verão? A seguir, vamos entender as causas desse fenômeno e os cuidados necessários para prevenir complicações.
O que é a diarreia e por que ela ocorre?
A diarreia é caracterizada por alterações no funcionamento do intestino, resultando em fezes mais líquidas e frequentes. A causa pode variar desde infecções por vírus (como Norwalk e Rotavírus), alguns tipos de bactérias (como Escherichia coli, Salmonella e Shigella), parasitas, toxinas bacterianas, intolerâncias alimentares e ao estresse.
Além disso, o paciente pode apresentar sintomas como náuseas e vômitos, febre, dores no corpo, cólicas abdominais, queda do estado geral, além de sangue e muco nas fezes.
As diarreias podem ser classificadas conforme a duração:
- Agudas: menos de 14 dias, geralmente resolvem-se sozinhas em poucos dias;
- Persistentes: entre 2 e 4 semanas;
- Crônicas: mais de um mês.
Casos de diarreia: por que as doenças diarreicas tendem a aumentar no verão?
O aumento dos casos de diarreia no verão tem relação direta com as altas temperaturas, que favorecem a proliferação de microrganismos nos alimentos. Isso acontece porque o calor compromete a conservação de alimentos e facilita a disseminação de bactérias, vírus e parasitas.
Locais como barracas de praia e ambulantes são especialmente vulneráveis. Muitas vezes, os alimentos não são armazenados em condições adequadas, permitindo o crescimento de microrganismos. Esses, por sua vez, podem produzir toxinas prejudiciais à saúde. A manipulação inadequada também aumenta os riscos de contaminação.
A transmissão ocorre por meio de:
- Água e alimentos contaminados;
- Contato das mãos com superfícies ou objetos contaminados e posterior contato com boca, olhos ou nariz;
- Locais compartilhados, como banheiros, refeitórios e transporte público.
Em casos graves, a diarreia pode ser acompanhada por vômitos intensos, dificultando a hidratação oral e a administração de medicamentos. Isso exige intervenção médica para evitar complicações como desidratação severa.
Leia mais:
- Benefícios da jornada digital na área da Saúde
- Pressão para emagrecer na adolescência aumenta risco de distúrbios na vida adulta
- Quer evitar o envelhecimento? A ciência tem uma solução
Como se proteger?
Para minimizar os riscos de contrair doenças diarreicas no verão, adote medidas de prevenção simples, mas eficazes:
- Higiene alimentar: lave bem os alimentos e cozinhe-os adequadamente.
- Armazenamento correto: refrigere os alimentos perecíveis o mais rápido possível;
- Evite alimentos de procedência duvidosa: prefira locais que sigam boas práticas de manipulação e conservação. Tome cuidado e avalie criteriosamente ao consumir alimentos vendidos por vendedores ambulantes e quiosques. Verifique a higiene do local e certifique-se de que os ingredientes estão em bom estado;
- Higiene pessoal: lave as mãos com água e sabão antes de comer e após usar o banheiro;
- Consuma água potável: use filtros ou ferva a água antes do consumo, caso não tenha certeza da qualidade.
O aumento dos casos de diarreia no verão reforça a necessidade de atenção redobrada com a saúde intestinal. A prevenção é o melhor caminho para aproveitar a estação mais quente do ano com tranquilidade.
O post Por que casos de diarreia aumentam no verão? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
- Desenvolvimento6 dias atrás
Construção da ferrovia EF 118 passará dentro de São Francisco de Itabapoana
- Economia1 semana atrás
Transações por Pix voltam a aumentar na segunda metade de janeiro
- Desenvolvimento1 semana atrás
Prefeitura de São João da Barra participa de audiências públicas sobre a EF-118
- Economia6 dias atrás
Bancos poderão usar eSocial para oferecer consignado a empregados CLT
- Saúde7 dias atrás
SJB terá nova campanha de doação de sangue no dia 6 de fevereiro
- Negócios6 dias atrás
10 profissões em alta em São Paulo segundo o LinkedIn
- Economia1 semana atrás
Dólar cai para R$ 5,91 e registra maior queda semanal desde agosto
- Saúde1 semana atrás
Rio vai ampliar faixa etária para vacinação da dengue para 16 anos