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Saúde

O que o tamanho dos seus dedos pode revelar sobre sua personalidade e saúde, segundo a ciência?

Redação Informe 360

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O tamanho dos dedos pode parecer um detalhe trivial, mas a ciência sugere que ele pode revelar muito sobre a personalidade e a saúde de um indivíduo. A teoria 2D:4D, que analisa a relação entre o comprimento do dedo indicador (2D) e do dedo anelar (4D), tem sido objeto de diversos estudos ao longo das últimas décadas.

Essa relação é influenciada pela exposição a hormônios durante a gestação, especialmente a testosterona. Pesquisas indicam que essa medida pode estar ligada a traços de comportamento, saúde mental e até mesmo aspectos da vida sexual. Vamos entender o que a teoria 2D:4D implica e o que os dedos podem dizer sobre nós, segundo as evidências científicas disponíveis.

O que é a teoria 2D:4D?

A teoria 2D:4D refere-se à proporção entre o comprimento do dedo indicador e o dedo anelar. Essa relação é calculada dividindo-se o comprimento do dedo indicador pelo comprimento do dedo anelar.

Quando o dedo anelar é mais longo que o indicador, a razão 2D:4D é considerada baixa, indicando uma maior exposição à testosterona durante o desenvolvimento fetal. Por outro lado, se o dedo indicador é mais longo ou igual ao anelar, a razão é alta, sugerindo menor exposição ao hormônio.

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Os estudos sobre essa teoria começaram na década de 1930 e ganharam força nas últimas décadas com avanços nas técnicas de medição e análise estatística. Pesquisadores descobriram que essa proporção pode ser um marcador biológico significativo, refletindo não apenas características físicas, mas também comportamentais e psicológicas. A teoria da razão 2D:4D tem sido associada a uma variedade de traços de personalidade e condições de saúde mental, além de influenciar aspectos da vida sexual.

teoria 2d:4d
Foto: John Manning, Swansea University

O que os dedos podem revelar sobre personalidade e saúde, segundo a ciência?

A relação entre o comprimento dos dedos e traços de personalidade tem sido amplamente estudada. Pesquisas recentes que reforçam essa teoria mostram que uma razão 2D:4D mais baixa está associada a características como competitividade e resistência mental. Um estudo publicado no Journal of Psychiatric Research identificou uma ligação entre proporções mais baixas da razão 2D:4D e traços psicopatológicos, como transtornos de uso de substâncias e comportamentos agressivos. Os autores observaram que indivíduos com razões mais baixas tendem a apresentar maiores níveis de testosterona pré-natal.

Além disso, outros estudos sugerem que essa relação pode se estender à vida sexual dos indivíduos. Pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram que pessoas com uma diferença significativa entre os comprimentos dos dedos tendem a ter mais parceiros sexuais ao longo da vida. Isso indica que a razão 2D:4D pode prever não apenas comportamentos sociais, mas também preferências sexuais.

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Entretanto, nem todas as associações encontradas são definitivas. Embora haja evidências que suportem a ideia de que a razão 2D:4D está ligada à saúde mental e comportamentos sociais, muitos pesquisadores alertam para as limitações desses estudos.

Por exemplo, um estudo recente revelou uma correlação entre proporções mais baixas da razão 2D:4D e sintomas elevados de psicopatologia; no entanto, os autores enfatizam que isso não implica causalidade. A variação nos resultados pode ser influenciada por fatores ambientais e sociais que não são considerados nas medições.

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Além disso, algumas pesquisas ainda precisam ser replicadas em amostras maiores para validar as conclusões iniciais. A complexidade do comportamento humano significa que muitos fatores interagem para moldar nossa personalidade e saúde mental, tornando difícil atribuir características específicas apenas à razão 2D:4D.

Muitos fatores interagem para moldar nossa personalidade e saúde mental, tornando difícil atribuir características específicas apenas à razão 2D:4D. (Imagem: Pexels)

Em resumo, enquanto a teoria 2D:4D oferece insights fascinantes sobre como os hormônios podem influenciar nosso desenvolvimento físico e psicológico, ainda há muito a ser explorado nessa área. A compreensão completa das implicações dessa teoria requer mais pesquisas para esclarecer as relações observadas e suas causas subjacentes.

A análise do tamanho dos dedos através da teoria 2D:4D representa um campo promissor na pesquisa científica. À medida que novas tecnologias e métodos de pesquisa se desenvolvem, será possível aprofundar nossa compreensão sobre como esses indicadores físicos se relacionam com aspectos mais amplos da experiência humana.

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Saúde

Ciclos menstruais se sincronizam quando mulheres moram juntas?

Redação Informe 360

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Há muito tempo existe uma crença de que mulheres que moram juntas acabam sincronizando os ciclos menstruais em algum momento.

A teoria aponta que isso ocorre por conta de uma troca de feromônios (substâncias que realizam a comunicação química dos animais). Entretanto, será que isso é verdade ou apenas um mito? A seguir, você fica sabendo mais sobre o assunto e confere a resposta para este questionamento. 

É verdade que o ciclo menstrual se alinha quando várias mulheres moram juntas?

Primeiramente, é importante que você entenda um pouco sobre o ciclo menstrual. Ele é um conjunto de alterações que acontecem no endométrio (tecido que reveste a parede interna do útero). Ele tem uma duração média de 28 dias, mas pode chegar a 35 dias.

Considera-se o primeiro dia da menstruação o primeiro dia do fluxo efetivamente. Já a duração do ciclo é medida entre o último dia da menstruação do ciclo anterior e o novo ciclo.

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Mulher segurando um calendário em frente ao corpo
Imagem: Natalia Mels/Shutterstock

Nesse período, acontecem diversas modificações na parede do útero, que inclusive são muito importantes para a fertilidade feminina, pois elas possibilitam a liberação do óvulo para a fecundação. Dessa maneira, se isso acontecer, o corpo da mulher estará preparado para receber o embrião e seguir com a gravidez.

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Mas quando não ocorre a fecundação, acontece a menstruação, que é caracterizada por uma descamação do endométrio. Essa é uma parte da primeira fase do ciclo menstrual.

As fases do ciclo menstrual são: a folicular (que ocorre antes da liberação do óvulo); a ovulatória (fase em que o óvulo é liberado); e a lútea (quando há produção de estrogênio e progesterona, provocando modificações no endométrio e tornando propício uma possível gravidez até a placenta se desenvolver). 

Ciclo menstrual e a vacina contra Covid-19
Imagem: nensuria (iStock)

Mas, além das questões de funcionamento do ciclo menstrual, existe uma crença que vem sendo carregada há muitos anos, a de que ele pode ser sincronizado quando mulheres moram juntas.

Entretanto, até então isso é tido como um mito que surgiu em 1971 após ser publicado um estudo na revista “Nature”, em que foram analisadas 135 mulheres que estudavam em uma faculdade nos Estados Unidos, chegando à conclusão de que a data de início da menstruação coincidia entre estudantes que estavam no mesmo quarto. 

Todavia, diversos estudos foram realizados posteriormente a fim de descobrir se o primeiro realmente era verídico. Assim, a conclusão mudou e hoje, a concepção que se tem é de que não existem evidências que confirmem a sincronização dos ciclos menstruais entre mulheres que moram juntas.

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Um estudo realizado pela Universidade de Oxford, por exemplo, fez a análise dos padrões do ciclo menstrual de 360 pares de mulheres que viviam juntas por três meses. O resultado foi que 75% das duplas tiveram a menstruação em datas mais distantes do que no início. Dessa forma, em vez de sincronizar, os ciclos estavam se afastando. 

imagem com três absorventes e quantidade de menstruação
Imagem Pexels

Por que a crença se popularizou?

Como na década de 1970 foi o período no qual estava emergindo o movimento feminista, essa foi uma forma de reforçar os discursos de cooperação mútua entre as mulheres. Outro ponto é que realmente, às vezes, pode ocorrer uma coincidência de o primeiro dia do ciclo menstrual coincidir com o de outra mulher que more junto.

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Saúde

A depressão pode estar na boca, não só na mente

Redação Informe 360

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Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Nova York identificou uma possível relação entre a depressão e o microbioma da boca, apontando que uma menor diversidade de microrganismos orais pode estar associada a maiores níveis de sintomas depressivos.

Essa descoberta amplia o campo de investigação sobre os fatores biológicos envolvidos na saúde mental e pode contribuir para o desenvolvimento de novos tratamentos. O estudo foi publicado na BMC Oral Health.

Estudo aponta como a higiene bucal pode influenciar a saúde mental (Imagem: Freepik/rawpixel.com)

Segredos do microbioma oral

  • O microbioma humano é composto por trilhões de microrganismos que habitam nosso corpo, com as maiores concentrações no intestino e na boca.
  • Já se sabia que a falta de diversidade microbiana intestinal estava ligada à depressão.
  • Agora, os pesquisadores observaram uma conexão semelhante no microbioma oral, o segundo maior do corpo humano.

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boca
Pesquisa relaciona hábitos como escovação e limpeza profunda a maior diversidade de bactérias e menor risco de depressão – Imagem: BravissimoS/Shutterstock

A análise foi baseada em dados de mais de 15 mil adultos americanos, coletados por meio da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES). Os cientistas combinaram respostas de questionários com o sequenciamento genético de amostras de saliva para identificar padrões.

Hábitos que forneceram respostas

Os resultados mostraram que hábitos como o consumo excessivo de álcool, o tabagismo e a má higiene bucal estavam associados a uma menor diversidade microbiana na boca. Já práticas como a limpeza profunda (raspagem e alisamento radicular) pareciam ter efeito protetor.

Apesar da associação encontrada, ainda não está claro se a falta de diversidade microbiana contribui diretamente para a depressão ou se os sintomas depressivos levam à mudança no microbioma.

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Os pesquisadores defendem mais estudos para esclarecer essa relação e explorar o potencial terapêutico dessa descoberta para a saúde mental e outras condições, como o declínio cognitivo e a demência.

Em um estudo separado, pesquisadores descobriram que a ansiedade e a depressão podem ser transmitidas pelo beijo. Leia sobre isso aqui.

imagem mostra um homem sentado no sofá com as mãos apoiadas no rosto, triste
Pesquisadores descobriram que a boca também guarda segredos sobre a depressão (Reprodução: Motortion Films/Shutterstock)

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Saúde

Nova vacina contra câncer de pâncreas elimina tumores em testes iniciais

Redação Informe 360

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Pesquisadores da Case Western Reserve University desenvolveram uma vacina promissora contra o câncer de pâncreas, que demonstrou eliminar completamente células tumorais em ensaios pré-clínicos.

O alvo é o adenocarcinoma ductal pancreático (ADP), o tipo mais comum e agressivo da doença, com taxa de sobrevivência de apenas 13,3% em cinco anos.

Câncer de pâncreas
Pesquisadores dos EUA desenvolvem terapia que destrói células tumorais e pode oferecer prevenção a pacientes de risco – Imagem: SciePro/Shutterstock

Como o imunizante funciona

  • A vacina utiliza nanopartículas programadas para atacar mutações genéticas típicas do ADP, ativando o sistema imunológico para reconhecer e destruir as células cancerígenas.
  • Em modelos pré-clínicos, a terapia eliminou os tumores em mais da metade dos casos testados.
  • A estratégia também inclui o uso de inibidores de checkpoint imunológico, que impedem os tumores de escaparem da vigilância do sistema imune, potencializando os efeitos da vacina.
  • A novidade pode tanto tratar quanto prevenir o câncer em pessoas com predisposição genética.

Leia mais:

vacina câncer
Nova abordagem com nanopartículas busca imunidade anticâncer duradoura e tratamento universal – Imagem: angellodeco/Shutterstock

Vacina universal

Diferente da abordagem tradicional de terapias personalizadas, a vacina busca ser universal, aplicável a uma ampla gama de pacientes com ADP ou em risco.

Além disso, a equipe planeja utilizar técnicas avançadas de imagem por ressonância magnética para acompanhar, em tempo real, os efeitos terapêuticos da vacina e ajustar o tratamento com precisão.

A pesquisa, que recebeu mais de US$ 3 milhões em financiamento do Instituto Nacional do Câncer dos EUA, deve avançar para testes em humanos após a conclusão de novos ensaios pré-clínicos.

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As descobertas dos pesquisadores foram relatadas no EurekAlert, e o estudo ainda aguarda para ser publicado em uma revista científica.

Anatomia dos Órgãos do Corpo Humano (Pâncreas)
Combinando nanotecnologia e imunoterapia, novo método apresenta eficácia surpreendente – Imagem: Magic Mine/Shutterstock

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