Tecnologia
Raio-x: o que é e como funciona o exame?

O exame de raio-X é um dos procedimentos diagnósticos mais comuns na medicina moderna. Desde a sua descoberta, no início do século XX, revolucionou a forma como médicos avaliam e diagnosticam doenças e lesões internas, fornecendo imagens detalhadas do interior do corpo humano sem a necessidade de cirurgia.
A seguir, explicaremos o que é o exame de raio-X e como ele funciona, além de discutir suas aplicações e benefícios na prática clínica.
O que é raio-X?
O raio-X é uma forma de radiação eletromagnética, similar à luz visível, mas com uma energia muito maior. Esse tipo de radiação é capaz de penetrar substâncias opacas à luz comum, como os tecidos humanos, o que a torna útil para criar imagens do interior do corpo.
O exame foi descoberto em 1895 pelo físico Wilhelm Conrad Roentgen, que observou que um tipo de radiação invisível podia atravessar materiais opacos e criar imagens em uma placa fotográfica. Roentgen chamou essas radiações de “raios-X” devido à sua natureza desconhecida. Desde então, a tecnologia evoluiu significativamente, mas o princípio básico permanece o mesmo.

Tipos de Imagens de Raio-X:
- Radiografias Convencionais: Utilizam filmes fotográficos ou detectores digitais para capturar imagens. São amplamente usadas para examinar ossos, detectar fraturas e identificar doenças pulmonares.
- Tomografia Computadorizada (TC): Um avanço na tecnologia de raio-X que utiliza um tubo de raio-X giratório e detectores para criar imagens detalhadas em cortes transversais do corpo. A TC é extremamente útil para visualizar órgãos internos e tecidos moles com mais clareza.
Como funciona o raio-X?
O processo de um exame de raio-X envolve a emissão de radiação que passa através do corpo e é capturada para criar uma imagem. Aqui está uma visão detalhada de como o exame funciona:
1. Emissão de Radiação:
O exame de raio-X começa com a emissão de radiação através de um tubo de raio-X. Este tubo contém um filamento que, quando aquecido, emite elétrons. Esses elétrons são acelerados e colidem com um alvo de metal, gerando radiação.
2. Penetração no Corpo:
A radiação de raio-X é direcionada para a parte do corpo a ser examinada. A capacidade dos raios-X de penetrar diferentes tipos de tecidos varia. Os ossos, por exemplo, são mais densos e bloqueiam mais radiação, aparecendo mais claros na imagem. Em contraste, tecidos mais moles, como músculos e órgãos, bloqueiam menos radiação e aparecem mais escuros.
Leia também:
- Novo método de ultrassom pode agilizar tratamento de Alzheimer
- Tomografia ajuda a desvendar se chumbo no copo Stanley faz mal
- Físico usa raios-X para recuperar gravações antigas de música
3. Captura da Imagem:
Do outro lado do corpo, a radiação que não foi absorvida pelos tecidos é capturada por um detector. Em sistemas tradicionais, esse detector é um filme fotográfico, enquanto em sistemas digitais, é um detector eletrônico que converte a radiação em sinais digitais. O detector cria uma imagem baseada na quantidade de radiação que atravessou o corpo.
4. Processamento da Imagem:
No caso dos filmes fotográficos, a imagem é revelada através de um processo químico. Com a tecnologia digital, a imagem é processada e pode ser visualizada instantaneamente em um computador. Isso permite ajustes na imagem, como aumentar o contraste ou a luminosidade, para melhorar a visibilidade dos detalhes.
5. Interpretação dos Resultados:
Os radiologistas, médicos especializados em interpretar exames de imagem, analisam as radiografias para diagnosticar doenças, fraturas e outras condições. Eles identificam anomalias e fornecem relatórios detalhados ao médico que solicitou o exame.
Aplicações e benefícios do exame do raio-X
Diagnóstico de fraturas e lesões:
Um dos usos mais comuns do raio-X é na detecção de fraturas ósseas e lesões. Esse exame permite identificar quebras e fissuras nos ossos que podem não ser visíveis externamente.
Detecção de cálculos renais:
O exame de raio-X pode ajudar a identificar cálculos renais e avaliar seu tamanho e localização, o que é essencial para determinar o tratamento adequado.
Monitoramento de condições médicas:
Para pacientes com condições crônicas, como artrite, exames de raio-X podem ser usados para monitorar a progressão da doença e a eficácia do tratamento.
Planejamento de tratamentos:
Antes de procedimentos cirúrgicos ou tratamentos específicos, como radioterapia, os raios-X ajudam a fornecer imagens precisas das áreas a serem tratadas, melhorando o planejamento e a execução das intervenções.
Avaliação de doenças pulmonares:
Os raios-X torácicos são amplamente usados para diagnosticar doenças pulmonares, como pneumonia, tuberculose e câncer de pulmão. Eles ajudam a visualizar alterações nos pulmões e no coração, facilitando o diagnóstico precoce.
Precauções e considerações
Exposição à radiação:
Embora o exame seja geralmente seguro, a radiação envolvida pode aumentar o risco de câncer a longo prazo. Por isso, é essencial que o exame seja realizado somente quando necessário e que medidas de proteção, como aventais de chumbo, sejam usadas para minimizar a exposição desnecessária.
Contraindicações:
Grávidas devem evitar exames de raio-X, especialmente durante o primeiro trimestre, a menos que seja absolutamente necessário, devido ao potencial risco para o feto. Em casos de necessidade urgente, a proteção adequada deve ser utilizada.
Alternativas ao Raio-X:
Para algumas condições, outras modalidades de imagem, como ressonância magnética (RM) ou ultrassonografia, podem ser mais apropriadas. Cada técnica tem suas vantagens e é escolhida com base no tipo de diagnóstico necessário.
O exame de raio-X continua a ser uma ferramenta essencial na medicina moderna, oferecendo uma visão detalhada do interior do corpo humano sem a necessidade de procedimentos invasivos. Desde a sua invenção, a tecnologia evoluiu, melhorando a qualidade das imagens e a precisão dos diagnósticos. Embora esse exame seja geralmente seguro, é crucial seguir as diretrizes de exposição à radiação e considerar alternativas quando apropriado.
Compreender como funciona o exame suas aplicações pode ajudar pacientes e profissionais de saúde a tomar decisões informadas sobre o diagnóstico e tratamento. Em suma, o raio-X permanece uma peça fundamental no quebra-cabeça da medicina, facilitando a detecção precoce de condições e contribuindo para uma abordagem mais eficaz no cuidado dos pacientes.
O post Raio-x: o que é e como funciona o exame? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Tecnologia
Startup quer desvendar “caixa-preta” dos modelos de IA; entenda

Formada por OpenAI e Google DeepMind, a startup Goodfire tem plano ousado. A empresa está investindo em pesquisas sobre interpretabilidade mecanicista — em outras palavras, a ciência por trás das redes neurais dos modelos de inteligência artificial (IA).
A plataforma criada pela startup, a Ember decodifica os neurônios dentro de sistemas de IA para fornecer acesso direto e programável aos seus pensamentos internos. Além disso, desbloqueia maneiras inteiramente novas de aplicar, treinar e alinhar modelos de IA.
Isso vai permitir aos usuários acesso a conhecimentos ocultos dos modelos, a manipulação de seus comportamentos de forma mais precisa e o aprimoramento de desempenho da tecnologia, segundo a empresa.

“Ninguém entende os mecanismos pelos quais os modelos de IA falham. Então, ninguém sabe como corrigi-los”, disse Eric Ho, cofundador e CEO da Goodfire. “Nossa visão é desenvolver ferramentas que tornem as redes neurais fáceis de entender, projetar e corrigir de dentro para fora. Essa tecnologia é fundamental para construir a próxima fronteira de modelos de base seguros e robustos.”
Startup de IA tem costas quentes
- Neste mês, a Goodfire anunciou rodada de financiamento Série A de US$ 50 milhões (R$ 287.45 milhões, na conversão direta), liderada pela Menlo Ventures com a participação da Lightspeed Venture Partners, Anthropic (criadora do Claude), B Capital, Work-Bench, Wing, South Park Commons e outros investidores;
- O investimento ocorre um ano após a fundação da empresa, que vai aplicar os recursos em iniciativas de pesquisa já em andamento, além do desenvolvimento da principal plataforma de interpretabilidade, a Ember, em parceria com os clientes;
- “Modelos de IA são, notoriamente, caixas-pretas não determinísticas”, disse Deedy Das, investidor da Menlo Ventures. “A equipe de alto nível da Goodfire está desvendando essa caixa para ajudar as empresas a realmente entender, orientar e controlar seus sistemas de IA”;
- A startup anunciou que vai lançar prévias adicionais de pesquisas, destacando técnicas de interpretabilidade de ponta em diversas áreas, como processamento de imagens, modelos avançados de linguagem de raciocínio e modelagem científica.
Leia mais:
- IA que raciocina mais alucina mais: novos modelos da OpenAI “viajam” bastante
- IA inteligente igual humanos é questão de tempo, diz CEO do Google DeepMind
- Inteligência artificial liga para gentilezas? Estudo responde

Parceria de ouro
Recentemente, a empresa iniciou colaboração com o Arc Institute, organização de pesquisa sem fins lucrativos pioneira em modelos de base biológica. Com a parceria, a Goodfire pretende compreender o funcionamento do modelo Evo 2.
O sistema é capaz de processar sequências de até um milhão de pares de bases com resolução ao nível de nucleotídeo e permite tanto a predição, quanto a geração em vários níveis de complexidade biológica.
Segundo a startup, esse tipo de modelo oferece oportunidade única para a interpretabilidade da IA. Essas redes neurais operam com sequências de DNA e não textos legíveis por humanos, como ocorre em modelos de linguagem grande (LLMs, na sigla em inglês).
“Esse avanço na interpretabilidade pode aprofundar nossa compreensão dos sistemas biológicos, ao mesmo tempo em que possibilita novas abordagens para a engenharia genômica. Também abrem possibilidades para o desenvolvimento de melhores tratamentos para doenças e a melhoria da saúde humana”, diz o site.
O post Startup quer desvendar “caixa-preta” dos modelos de IA; entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Tecnologia
Onde termina a Terra e começa o espaço?

A humanidade sempre olhou para o céu com curiosidade, tentando entender onde a atmosfera terrestre acaba e o espaço sideral começa. Essa questão, que envolve ciência, tecnologia e até mesmo disputas políticas, é essencial para áreas como a astronomia, a exploração espacial e a aviação.
Mas afinal, onde começa espaço Terra? Há um limite preciso que separa nosso planeta do vasto universo? Para a ciência, definir essa fronteira não é simples. A Terra não possui uma “barreira” física que delimita o fim de sua atmosfera.
Em vez disso, sua camada gasosa se torna gradualmente mais rarefeita à medida que se afasta da superfície.
No entanto, por convenção, a linha de Kármán, situada a 100 km acima do nível do mar, é amplamente aceita como o ponto onde o espaço começa. Esse critério, porém, não é unânime e há outras definições que competem com essa ideia.
Onde termina a Terra e começa o espaço?
A transição entre a atmosfera terrestre e o espaço não é abrupta, mas sim um processo gradual. Diferentes definições foram adotadas ao longo do tempo para tentar estabelecer um limite claro entre os dois. Veja algumas das principais abordagens para definir essa fronteira.
A linha de Kármán: a convenção mais aceita
A linha de Kármán, situada a 100 km acima do nível do mar, é a definição mais amplamente utilizada para determinar onde começa o espaço.

Esse conceito foi introduzido pelo engenheiro e físico húngaro Theodore von Kármán, que calculou que a partir dessa altitude a densidade atmosférica se torna tão baixa que um avião não consegue mais gerar sustentação suficiente para voar. Acima desse ponto, apenas foguetes conseguem operar de maneira eficiente.
Organizações como a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) adotam essa definição para classificar astronautas e delimitar recordes de voo espacial. No entanto, algumas entidades, como a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), utilizam um critério diferente.
Os 80 km da USAF e NASA
Para as forças armadas e algumas agências espaciais dos EUA, a fronteira do espaço começa a 80 km de altitude.
A NASA e a Força Aérea concedem o título de astronauta a pilotos que ultrapassam essa marca, o que gerou discussões em missões espaciais suborbitais realizadas por empresas privadas, como a Blue Origin e a Virgin Galactic.
Essa diferença na definição pode influenciar até mesmo a regulamentação de voos comerciais espaciais.
Leia também:
- Quantas Luas caberiam dentro da Terra? E do Sol?
- Qual é o primeiro lugar do mundo a celebrar o Ano Novo? E o último?
- Como saber onde o Sol nasce e se põe?
A exosfera: a visão científica da transição
Além das convenções estabelecidas, a ciência considera que a atmosfera da Terra se estende muito além dos 100 km.
A última camada atmosférica, chamada exosfera, pode alcançar até 10.000 km de altitude antes de se dissipar completamente no espaço interestelar. Nesta região, as partículas de gás são extremamente raras e podem viajar grandes distâncias sem colidir entre si.
Embora a exosfera ainda faça parte da Terra do ponto de vista atmosférico, ela já está praticamente no vácuo.
A magnetosfera e a influência gravitacional
Outro critério para definir onde termina a Terra e começa o espaço leva em conta a influência do campo gravitacional e magnético do planeta.

A magnetosfera, que se estende por milhares de quilômetros além da superfície, protege a Terra de partículas solares e cósmicas. Já a esfera de Hill, que marca o ponto em que a gravidade da Terra perde força em relação ao Sol, se encontra a aproximadamente 1,5 milhão de quilômetros de distância.
Considerando essa perspectiva, poderíamos dizer que o “espaço” só começa realmente muito além do que os limites tradicionalmente aceitos.
A importância da definição para a exploração espacial
Estabelecer onde começa o espaço tem implicações práticas e políticas. O reconhecimento de astronautas, a regulamentação de voos espaciais comerciais e até mesmo acordos internacionais sobre soberania aérea dependem dessa definição.
À medida que empresas privadas ampliam sua presença na exploração espacial, essas discussões se tornam ainda mais relevantes.
Embora a linha de Kármán continue sendo o padrão mais aceito, as diferentes abordagens demonstram que a resposta para onde começa espaço Terra depende do contexto.
Se considerarmos apenas critérios físicos, a transição da atmosfera para o espaço é gradual e pode se estender por milhares de quilômetros. Mas, para fins práticos e operacionais, 100 km ainda são a referência principal.
O post Onde termina a Terra e começa o espaço? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Tecnologia
Enquete BBB 25: Guilherme, João Pedro ou Renata, quem vence o BBB 2025?
Com a saída de Vitória Strada, eliminada neste domingo (20), João Pedro e Renata estão na final do BBB 25, se juntando a Guilherme. Os telespectadores e internautas podem votar em quem vence o reality neste link. O BBB 25 termina nesta terça-feira (22).
O Olhar Digital realiza abaixo uma enquete para saber quem será a vencedora ou o vencedor. Para votar, é preciso ter uma conta no X (ex-Twitter).
A enquete está acirrada, não deixe de participar!
- Para votar tanto pelo Voto único, como pelo Voto da Torcida, é preciso criar ou logar em sua conta Globo, cujo cadastro é simples e gratuito. Também é possível vincular sua conta do Facebook ou do Google;
- Para o cadastro, você receberá um e-mail para confirmação e ativação da Conta Globo;
- A seguir, você precisará fornecer um telefone celular. Ao receber um SMS com um código, informe-o para validar seu cadastro;
- Por fim, informe seus dados, incluindo seu CPF;
- A partir daí poderá votar durante toda a temporada do reality show e interagir com o programa.
Vale ressaltar que sua conexão à internet deve estar boa e estável para garantir a conclusão do voto, e que o sistema de votação utilizado no BBB e nos demais reality shows da Globo possui mecanismos de segurança e de monitoramento.
Para saber melhor a diferença entre o Voto Único e o Voto da Torcida, leia esta matéria.
Leia mais:
- Big Brother Brasil: quais foram os eliminados com maior rejeição do reality show?
- Quer acompanhar o BBB 25? Confira 8 perfis no X/Twitter que fazem cobertura do reality show
- BBB 25: tudo o que você precisa saber para entender e acompanhar o reality show
Além da enquete do BBB 25: o que significa vencer o reality
O Big Brother Brasil é um dos reality shows mais populares do Brasil e do mundo. Em 2025, o programa da TV Globo completou mais de 20 anos de existência, com mais de 340 ex-participantes. Há ex-BBBs em diversas áreas, seja na política ou no entretenimento.
No começo de tudo, o BBB era chance de diversos anônimos conquistarem lugar de notoriedade na mídia, como Grazi Massafera ou Sabrina Sato, ou a chance de ganhar grande prêmio em dinheiro.
Hoje em dia, as coisas mudaram, e entrar no BBB 25 pode significar construir uma carreira na internet, ou, até mesmo, alavancar seu nome, já que o programa também inclui participantes famosos desde 2020.
Clique aqui para saber o perfil dos participantes desta edição no Instagram.
O post Enquete BBB 25: Guilherme, João Pedro ou Renata, quem vence o BBB 2025? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
- Tecnologia1 semana atrás
Conheça a balsa elétrica mais rápida do mundo — que voa
- Negócios7 dias atrás
Vishal Dalal É o Novo CEO Global da Pismo
- Tecnologia1 semana atrás
Conheça o top 8 de carros mais seguros do Brasil
- Saúde1 semana atrás
Como vírus HPV pode dar câncer nos ânus?
- Educação1 semana atrás
Lula inaugura prédios da UFF em Campos e anuncia edital para cursinhos populares
- Saúde1 semana atrás
Campanha de vacinação nas escolas tem início nesta segunda-feira (14)
- Negócios5 dias atrás
Volvo Cortará até 800 Postos de Trabalho nos EUA por Impacto de Tarifas de Trump
- Negócios1 semana atrás
Por que o Tédio é um Perigo Oculto no Ambiente de Trabalho