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Saúde

Mounjaro: como funciona o remédio para emagrecer alternativo ao Ozempic?

Redação Informe 360

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O Mounjaro é um medicamento para tratar a diabetes tipo 2 que foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em setembro de 2023. Produzido pela Eli Lilly do Brasil, a nova sensação entre os medicamentos para perda de peso tem como princípio ativo a tirzepatida

O Mounjaro é utilizado de forma off-label para perda de peso, e estudos mostraram que é mais poderoso do que o Ozempic para este fim. Trata-se de uma injeção semanal que atua em dois hormônios intestinais, o GLP-1 e o GIP, e estudos clínicos mostraram que é eficaz na redução da glicemia em jejum e HbA1c. Saiba como funciona a ação do medicamento no organismo.

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Medicamentos como o Mounjaro podem auxiiliar na perda de peso. Imagem mostra profissional da sapude medindo circunferência abdominal de homem com excesso de peso
Imagem: Divulgação

A endocrinologista Beatriz Espinosa Franco explica que Mounjaro apresenta uma ação dupla: atua como agonista do receptor de GLP-1 (glucagon-like peptide-1) e do receptor de GIP (glucose-dependent insulinotropic polypeptide). Esses hormônios são liberados pelo intestino em resposta à ingestão de alimentos e atuam no metabolismo glicêmico e na regulação da fome.

Como funciona o Mounjaro?

“A tirzepatida representa uma abordagem inovadora no tratamento do diabetes tipo 2 e na gestão do peso, combinando os efeitos de dois hormônios incretinas para proporcionar benefícios metabólicos abrangentes”, afirma a médica.

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É importante compreender a função desses hormônios e como atuam. “O GLP-1, no pâncreas, atua aumentando a secreção de insulina de maneira dependente da glicose, evitando hipoglicemias, reduz a secreção de glucagon, um hormônio que aumenta os níveis de glicose no sangue, contribuindo para um melhor controle glicêmico, e também retarda o esvaziamento gástrico, o que prolonga a sensação de saciedade e reduz a ingestão de alimentos. Já o GIP, no pâncreas, também colabora para a secreção de insulina dependente da glicose e melhora a sensibilidade periférica à insulina”, esclarece a Dra. Beatriz.

A tirzepatida, por ser uma medicação com ação dupla nos receptores desses hormônios, resulta em um efeito sinérgico, melhorando ainda mais o controle glicêmico e promovendo a perda de peso de maneira mais eficaz. Além da ação incretina, a nova medicação também atua no sistema nervoso central, especificamente no hipotálamo, que é a região do cérebro responsável pelo controle do apetite, contribuindo para uma redução significativa na sensação de fome.

O que esperar dos resultados?

Aplicação do medicamento Mounjaro
Imagem: Shutterstock

Quem está em busca de um medicamento eficaz para a perda de peso quer saber dos resultados. O Mounjaro tem alcançado resultados animadores e a endocrinologista confirma a boa performance do medicamento para essa finalidade. “Atualmente, a tirzepatida é a medicação disponível com maior potencial de perda de peso. Nos estudos, a média de perda de peso foi de 20% do peso corporal”, conta.

Os dados apresentados nos estudos feitos especificamente para verificar a atuação contra a obesidade são considerados promissores. Como exemplo, podemos citar os estudos Surmount-3 e Surmount-4. A redução de peso chegou a 26% (ou 28 quilos, em média). Na avaliação, os voluntários apresentavam obesidade ou sobrepeso que tinham comorbidades (doenças crônicas), mas não eram portadores de diabetes tipo 2.

A empolgação com esses resultados se justifica. Essa taxa fica bem próxima (e em alguns casos até é superior) aos resultados obtidos com a cirurgia bariátrica.

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Não podemos esquecer que Mounjaro foi aprovado pela Anvisa como um tratamento específico para o diabetes tipo 2 e que obteve resultado muito positivo na redução da hemoglobina glicada. Entretanto, assim como outros fármacos, entre eles o mais famoso, o Ozempic, o Mounjaro passou a ter uso off label, ou seja, fora das indicações de bula, como uma forma de perder peso.

Quais as diferenças do Mounjaro em relação aos concorrentes?

Segundo a endocrinologista Beatriz Espinoza Franco, a tirzepatida se mostrou superior na atuação para perda de peso, devido à sua ação dupla. “A tirzepatida atua como agonista duplo dos receptores GLP-1 e GIP, enquanto outros medicamentos, como semaglutida (Ozempic, Wegovy) e liraglutida (Saxenda, Victoza), atuam apenas nos receptores GLP-1.

Em termos de eficácia na perda de peso, a tirzepatida pode levar a uma redução de até 20% do peso corporal inicial, enquanto a semaglutida resulta em cerca de 15% e a liraglutida em 8% a 10%. No controle glicêmico, a tirzepatida também se mostra superior também por sua ação dupla”, destaca. 

Mounjaro é seguro?

Em relação ao perfil de segurança, assim como todo medicamento, o Mounjaro pode apresentar efeitos colaterais. Os mais comuns incluem náuseas, vômitos e diarreia, constipação e dor abdominal, semelhantes aos de outros agonistas de GLP-1. 

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A tirzepatida é administrada semanalmente, assim como a semaglutida, enquanto a liraglutida requer administração diária. Diferentemente do Ozempic, que não precisa de prescrição médica para ser adquirido, o Mounjaro precisa de receita médica para ser comprado.

Ozempic dos ricos

O Mounjaro ainda não está disponível nas farmácias brasileiras. A Eli Lilly, fabricante do medicamento, afirma que ainda faltam algumas etapas burocráticas para que o Mounjaro comece a ser vendido no Brasil, e que não tem uma expectativa de comercialização. No entanto, a empresa também afirma que o início das vendas deve acontecer nos próximos meses, conforme a venda seja normalizada no exterior.

Apelidado de “Ozempic dos ricos”, estima-se que o medicamento terá um preço mais elevado que o concorrente. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu uma faixa de preço para o Mounjaro de R$ 970,07 a R$ 3.836,61.

Riscos à saúde, contraindicações e interação com a dieta alimentar

Dieta alimentar adequada é essencial para a perda de peso

Os efeitos colaterais tendem a diminuir com o tempo, mas é de suma importância o acompanhamento médico. “Apesar de ser uma medicação muito segura, existem algumas situações em que a tirzepatida não deve ser usada. Pessoas com histórico de pancreatite devem evitar este medicamento. Mulheres grávidas ou que estão amamentando também não devem fazer uso”, alerta a Dra. Beatriz.

Siga as dicas

Uma dieta equilibrada é importante para auxiliar na perda de peso, minimizar os efeitos colaterais, manter a massa magra e garantir a manutenção do peso a longo prazo, ensina a médica. Alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, ajudam a manter a sensação de saciedade e melhoram a digestão. Proteínas magras, como carnes magras, peixes, ovos e leguminosas, são importantes para a construção e reparação de tecidos e também aumentam a sensação de saciedade. Manter-se bem hidratado também é fundamental.

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Para a nutricionista clínica funcional, Marcela Paloro, a obesidade é uma doença crônica de alta complexidade, multifatorial e recidivante em que todo tratamento medicamentoso para o emagrecimento deve estar associado a mudança do estilo de vida obrigatoriamente, por meio de dieta e exercício físico. 

Marcela alerta que o principal efeito off label da maioria dos medicamentos para o emagrecimento é a redução do apetite e, consequentemente, redução do consumo calórico do dia, que resultará no emagrecimento.

Medicamento e dieta com orientação nutricional

“A reeducação alimentar com um profissional nutricionista especializado é essencial para que, no momento da retirada do fármaco, o paciente já tenha aderido a uma alimentação equilibrada e esteja consciente da combinação dos alimentos que irão promover mais saciedade e melhor nutrição e qualidade de vida”, recomenda a nutricionista.

As estratégias nutricionais devem ser individualizadas e aplicadas de acordo com a necessidade do paciente. “Fazemos isso corrigindo carga glicêmica da dieta, aumentando o aporte de fibras alimentares e o consumo de gorduras boas, e principalmente de vegetais, que são fundamentais para a melhora de muitos parâmetros laboratoriais, como a insulina que é um hormônio relacionado ao acúmulo de gordura corporal e abdominal, quando elevada no exame de sangue”, explica Marcela.

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Por fim, é fundamental entender que a dieta para o emagrecimento consiste muito mais na inclusão de grupos alimentares importantes para o bom funcionamento do nosso organismo, do que apenas focar na exclusão de grupos de alimentos calóricos de alta densidade energética.

“O paciente obeso é um paciente ‘desnutrido’ e inflamado cronicamente. Recuperar a função metabólica desse organismo corrigindo as deficiências nutricionais, com alimentação e suplementação individualizada é primordial para otimizar o processo de emagrecimento e promover saúde nesse paciente”, conclui a nutricionista.

Fontes:

  • Dra Beatriz Espinosa Franco
  • CRM 155964/ RQE 76189
  • Instagram: @beatrizefranco
  • Marcela Paloro
  • CRN-3 41.590
  • instagram: @nutrimarcelapaloro

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Saúde

Dispositivo usa ondas sonoras para “quebrar” pedras nos rins

Redação Informe 360

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Cientistas da Espanha criaram dispositivo — ainda em fase de protótipo — capaz de destruir cálculos de forma não invasiva. O equipamento de baixo custo usa um ultrassom que transmite ondas sonoras para quebrar pedras nos rins dentro do corpo.

O tamanho e a portabilidade do dispositivo tornariam o tratamento de cálculos renais um procedimento ambulatorial sem a necessidade de máquinas, como é o caso atualmente.

O Lithovortex atua com base em novo tipo de onda acústica, os feixes de vórtice. A tecnologia foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Politécnica de Valência (Espanha) e do Conselho Nacional de Pesquisa Espanhol.

Sistema utiliza braço robótico para guiar tratamento (Imagem: Divulgação/UPV)

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Como funciona a tecnologia para “quebrar” pedras nos rins?

  • Com uma “cabeça terapêutica” de vórtices acústicos de alta intensidade montados em um braço robótico automatizado, o tratamento é guiado por um sistema de imagem;
  • Os feixes giram em torno das pedras como tornados e não focam no cálculo em si, como é o caso dos pulsos ESWL, que trata cálculos renais e ureterais em até uma hora;
  • “Os feixes podem produzir forças de cisalhamento em cálculos renais de forma mais eficiente do que um feixe convencional. É como se eles dessem uma pinça microscópica dentro das pedras, e essa pinça faz com que a pedra se fragmente em pedaços muito finos, quebrando-se em areia que é finalmente expelida pela uretra“, explicou o pesquisador Noé Jiménez.
Illustração de como funciona o feixe de vórtice (Imagem: Divulgação/UPV)

Por enquanto, o protótipo foi validado com cálculos artificiais e, no ano que vem, passará por testes em modelo animal. O experimento será realizado em colaboração com a Unidade de Litotripsia do Hospital La Fe de Valência.

“A vantagem de usar esse tipo de feixe é que, por serem tão eficientes, permitem que a amplitude da onda seja reduzida pela metade, e isso também reduz a probabilidade de produzir lesões e dor em tecido saudável”, acrescenta o Dr. César David Vera Donoso, que realizou o estudo inicial.

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Saúde

Vereador Leandro Babão propõe implantação da Telemedicina em São Francisco de Itabapoana

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Na sessão ordinária da última terça-feira (11), a Câmara de Vereadores de São Francisco de Itabapoana discutiu uma proposta inovadora para a área da saúde pública. O vereador Leandro Babão (PDT), apresentou a Indicação 004 solicitando ao Poder Executivo a implantação da Telemedicina no município.

Segundo o vereador, a iniciativa surgiu após uma conversa com o ex-secretário de Esportes, Noel Júnior, que destacou o sucesso dessa modalidade no estado do Espírito Santo. Após analisar a viabilidade da Telemedicina, o vereador entendeu que a modalidade poderia beneficiar diretamente a população de São Francisco de Itabapoana, especialmente pelas especialidades de atendimento e da extensa área territorial do município, onde o deslocamento até unidades de saúde pode ser um desafio para muitos moradores.

Tecnologia a favor da saúde pública

A Telemedicina tem transformado a saúde pública para permitir que os pacientes tenham acesso a especialistas que muitas vezes não estão disponíveis em seus municípios. Em regiões onde há escassez de determinadas especialidades médicas, essa tecnologia possibilita consultas remotas com profissionais de outros estados, como São Paulo, por exemplo.

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O atendimento ocorre por meio de uma chamada de vídeo entre o paciente e o médico, com a presença de um enfermeiro(a) para acompanhar todo o procedimento presencialmente. Caso necessário, receitas médicas e outros documentos podem ser emitidos imediatamente e enviados diretamente para o paciente via WhatsApp, garantindo mais agilidade e eficiência no tratamento.

” Já conversamos com a prefeita a respeito disso, ela foi simpática a implantação desse serviço em nossa cidade e não tenho nenhuma dúvida que ela levará isso ao nosso secretário de saúde, Fauzi e, em breve, nós vamos ter esse serviço disponível, que vai ser de muita valia para nosso público.” disse o vereador Leandro.

Mecanismo de apoio a saúde mental

Além da ampliação do acesso a consultas médicas à distância, um dos pontos de destaque da proposta é o impacto da Telemedicina na saúde mental da população. Noel Júnior, que também é Coach em Inteligência Emocional, enfatizou a importância desse serviço para atendimentos psicológicos e psiquiátricos, setores essenciais em um momento em que o debate sobre bem-estar emocional está cada vez mais presente.

“ A Telemedicina pode ter um papel fundamental no suporte à saúde mental, tema muito em alta no Brasil, garantindo atendimentos especializados sem que os pacientes precisem se deslocar de grandes distâncias. Temos que usar a tecnologia a nosso favor.”, explicou Noel Júnior.

A proposta agora segue para avaliação do Poder Executivo, e a expectativa é que o tema gere ainda mais debates sobre a modernização da saúde pública no município. Caso seja implantada, a Telemedicina poderá representar um avanço significativo em qualidade e no alcance dos serviços de saúde em São Francisco de Itabapoana.

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Saúde

Por que a fumaça de incêndios florestais urbanos é tão perigosa?

Redação Informe 360

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Os incêndios florestais urbanos têm se tornado cada vez mais comuns devido ao crescimento desordenado das cidades, às mudanças climáticas e ao aumento de eventos extremos, como secas prolongadas e ondas de calor.

Embora o fogo em si represente um perigo imediato, a perigosa fumaça gerada em um incêndio florestal urbanos pode ser ainda mais prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. Diferente da fumaça de incêndios em áreas naturais isoladas, a fumaça de incêndios florestais urbanos contém uma combinação ainda mais tóxica de partículas finas, metais pesados e compostos químicos nocivos.

O que são incêndios florestais urbanos?

Os incêndios florestais urbanos ocorrem em áreas onde há uma sobreposição entre vegetação natural e estruturas urbanas, como casas, edifícios e indústrias. Diferente dos incêndios em florestas remotas, esses incêndios apresentam um risco ampliado porque além da vegetação seca, o fogo consome materiais de construção, plásticos, produtos químicos industriais e outros resíduos urbanos.

Isso resulta em uma combustão mais complexa e em uma fumaça altamente tóxica, que pode afetar não apenas os moradores locais, mas também cidades vizinhas, dependendo da direção dos ventos.

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Esses incêndios são particularmente difíceis de combater, pois a proximidade com áreas habitadas aumenta os riscos para bombeiros e moradores, além de dificultar a contenção das chamas. O crescimento urbano próximo a florestas e a falta de planejamento adequado tornam essas regiões altamente vulneráveis a incêndios catastróficos.

Por que a fumaça de incêndios florestais urbanos é tão perigosa?

Qualquer bombeiro vai responder para você que em um incêndio o que mata, muitas vezes não é nem o fogo e nem as altas temperaturas. O maior inimigo da vida em um incêndio é a fumaça. O fogo é definido como o decaimento rápido de um combustível que gera calor e luz, o que sobra, a fuligem é então projetada pelo ar quente e se espalha pelos ambientes.

Essas partículas de fuligem em contato com a mucosa das vias respiratórias do corpo humano vão causar uma série de problemas já que não absorvidas pelo corpo. Asfixia, queimaduras graves, intoxicação e envenenamento são apenas alguns dos problemas causados pela inalação de fumaça.

Efeitos da fumaça no corpo
Pessoas com doenças, como asma e bronquite, são mais vulneráveis aos efeitos da fumaça causada por incêndios. Imagem: JOURNEY STUDIO7 / Shutterstock

A perigosa fumaça de um incêndio florestal urbano contém uma mistura de partículas finas (PM2.5 e PM10), gases tóxicos e produtos químicos perigosos, tornando-a extremamente prejudicial para a saúde humana.

Diferente da fumaça de incêndios em áreas exclusivamente florestais, a queima de materiais urbanos adiciona componentes altamente nocivos ao ar, como metais pesados, dioxinas e compostos orgânicos voláteis (COVs).

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A combustão de materiais urbanos libera gases tóxicos, como monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de enxofre (SO₂).

O monóxido de carbono reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio, levando a sintomas como tontura, fadiga e, em casos graves, morte por asfixia. Já os óxidos de nitrogênio podem provocar inflamações pulmonares e aumentar o risco de infecções respiratórias.

Quando plásticos, tintas e produtos industriais pegam fogo, liberam substâncias tóxicas, incluindo metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio, além de compostos orgânicos voláteis e dioxinas. Esses elementos são altamente tóxicos e podem causar danos ao sistema nervoso, além de estarem associados a um maior risco de câncer.

Danos para a saúde e o meio ambiente

(Imagem: eley archive / Shutterstock.com)

Estudos mostram que a exposição contínua à fumaça de incêndios urbanos aumenta o risco de ataques cardíacos, arritmias e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Isso ocorre porque a inflamação causada pelas partículas finas e pelos gases tóxicos afeta a circulação sanguínea e pode levar à formação de coágulos.

Além disso, a exposição prolongada pode comprometer o sistema imunológico, tornando o organismo mais suscetível a infecções e doenças crônicas.

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Além disso, essa fumaça contém substâncias que contribuem para o agravamento do efeito estufa e podem impactar ecossistemas inteiros, prejudicando a qualidade do solo e da água. Isso acontece porque partículas tóxicas podem se depositar em rios e lagos, contaminando a água utilizada para consumo e irrigação.

Diante desses riscos, especialistas recomendam medidas preventivas, como evacuações rápidas, uso de máscaras adequadas (como N95), filtros de ar em ambientes fechados e monitoramento constante da qualidade do ar.

Além disso, políticas públicas voltadas para o manejo responsável das áreas de interface entre florestas e cidades podem ajudar a reduzir a incidência desses incêndios e seus impactos devastadores.

Com informações de EPA (Environmental Protection Agency).

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