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Saúde

Névoa cerebral da Covid-19 pode te deixar menos inteligente

Redação Informe 360

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Quem já foi infectado pelo SARS-CoV-2 costuma relatar perda de memória, dificuldade de concentração e raciocínio, além de fadiga e confusão mental. Esses sintomas são conhecidos como a ‘névoa cerebral’ da Covid-19. Um novo estudo descobriu que ela é responsável por uma redução considerável no nível de QI de pacientes.

A conclusão é da REACT (Avaliação em Tempo Real da Transmissão Comunitária), uma das maiores pesquisas sobre os efeitos prolongados da doença, que foi publicada no The New England Journal of Medicine.

Névoa cerebral do Covid-19 reduz o QI

  • Durante o REACT, cerca de 112.000 pacientes realizaram uma avaliação online sobre os efeitos cognitivos da Covid-19.
  • Os resultados mostraram que os participantes com Covid-19 prolongada tiveram uma queda de aproximadamente 6 pontos no QI em comparação com os não infectados.
  • O maior impacto foi detectado na memória, planejamento espacial e raciocínio verbal.
  • Também foi constatado que os efeitos variaram conforme a duração da doença, a variante do vírus e a hospitalização.
  • Entre as pessoas que tiveram uma recuperação rápida da doença, houve uma redução menor: cerca de 3 pontos no QI, comparado com os não infectados.
Imagem: New England Journal of Medicine

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Apesar de parecer pequeno, o impacto é grande

No cotidiano, uma redução de QI desse tamanho pode ser considerada quase insignificante. Apenas uma pequena parcela dos pacientes vai enfrentar algum sintoma mais severo. No entanto, segundo os pesquisadores, se considerarmos a escala global da pandemia, a situação é bem diferente.

Em entrevista ao New Atlas, os cientistas Ziyad Al-Aly e Clifford Rosen expressaram suas preocupações de que, como milhares de pessoas foram infectadas, alguns efeitos mais graves podem aparecer a longo prazo.

Não está claro se um grupo de pessoas é afetado mais gravemente do que outros. Se esses déficits cognitivos persistem ou desaparecem junto à trajetória de recuperação. Será que os déficits cognitivos associados à Covid-19 conferirão uma predisposição para um risco mais elevado de doença de Alzheimer ou outras formas de demência mais tarde na vida?

Mas nem tudo é notícia ruim! Ao longo da recuperação do paciente com Covid-19, apenas déficits cognitivos semelhantes aos da doença leve foram detectados. O impacto cognitivo parece ter diminuído desde o início da pandemia, especialmente com a cepa Ômicron. No entanto, os pesquisadores afirmam que é crucial continuar monitorando as consequências a longo prazo da Covid-19.

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Sobre a avaliação

A pesquisa sobre a névoa cerebral da Covid-19 faz parte do estudo REACT, que acompanha quase três milhões de pessoas na Inglaterra desde abril de 2020 para entender os sintomas prolongados da Covid-19.

Este estudo específico examinou cerca de 112.000 participantes, utilizando avaliações online em escala para medir os aspectos cognitivos afetados pelo vírus. Descobriu-se que entre 3% e 4% dos participantes apresentavam sintomas de Covid-19 prolongados, que duraram mais de 12 semanas, com a maioria ainda tendo sintomas mesmo após um ano.

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Saúde

O que acontece no cérebro quando falhamos sob pressão?

Redação Informe 360

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Seja no esporte ou em outras ocasiões, os seres humanos parecem desmoronar quando estão sob pressão. Experimentos com macacos mostram que isso acontece porque há uma queda na atividade dos neurônios que preparam para o movimento.

Curioso a respeito dessa relação, o neurocientista da Universidade de Pittsburgh Steven Chase foi pesquisar por que há queda de desempenho sob pressão, diz artigo da Nature.

Para avaliar como a pressão está relacionada com a queda de desempenho, Chase e colegas montaram uma tarefa de computador para macacos rhesus. Assim como os seres humanos, os macacos também poder apresentar um desempenho ruim em situações de alta recompensa.

No experimento do estudo, os animais receberiam uma recompensa depois de mover o cursor para o alvo com rapidez e de forma correta. Eles tinham também chips conectados aos seus cérebros na região do córtex motor, área no lobo frontal que controla os movimentos.

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Dispositivo para prática de esporte
Imagem: Freepik

Em cada experimento, os pesquisadores forneciam dicas para o macaco se a recompensa pela execução da atividade com sucesso iria ser pequena, média ou grande. As maiores recompensas eram raras e desproporcionalmente grandes, com o intuito de criar situações de alto risco e, ao mesmo tempo, com alta recompensa.

Pressão tira cérebro de sua zona ideal de desempenho

Os pesquisadores constataram que a atividade neural mudava a depender da recompensa. Quando a recompensa era maior, a atividade dos neurônios associada à preparação motor diminuía. A preparação do movimento diz respeito aos cálculos feitos pelo cérebro sobre como completar um movimento.

O estudo sugere que, à medida que a recompensa aumenta e, por isso a pressão, a atividade neural atinge um pico de preparação. Mas, se a recompensa continua a crescer, esse pico é ultrapassado e tira o cérebro de sua zona ideal de desempenho. Os pesquisadores chamam isso de hipótese do viés neural.

eSports

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Um próximo campo a ser explorado é entender quais as formas de evitar essa sobrecarga em momentos de pressão. Chase se pergunta se ter um feedback da atividade cerebral durante a atividade pode resultar em uma melhora do desempenho. Antes disso, o fenômeno precisa ser melhor estudado em seres humanos.

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Saúde

Novo tratamento para diabetes dispensa injeções de insulina

Redação Informe 360

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Um novo procedimento apresentado no congresso da United European Gastroenterology Week deste ano em Viena, na Áustria, pode representar uma revolução no tratamento da diabetes tipo 2. De acordo com os responsáveis pela criação, o método dispensa o uso de insulina para combater a doença.

Insulina sempre foi considerada fundamental no tratamento

  • Quase meio bilhão de pessoas vivem atualmente com diabetes tipo 2 em todo o mundo.
  • A doença é uma condição de longo prazo que afeta a maneira como o nosso corpo processa o açúcar no sangue, também conhecido como glicose.
  • Os pacientes com diabetes tipo 2 apresentam problemas na produção da substância, o que resulta em níveis elevados de açúcar na corrente sanguínea.
  • Isso pode levar a uma série de problemas, como doenças cardíacas, insuficiência renal, problemas de visão, danos nos nervos e até problemas nos pés que eventualmente exigem amputação.
  • Os diabéticos tipo 2 podem ser capazes de controlar a condição por meio de dieta e exercícios, mas se isso não for suficiente, medicamentos ou terapia com insulina podem ser necessários para regular o açúcar no sangue e prevenir complicações.
  • Embora a insulina geralmente funcione, ela pode levar a efeitos colaterais, incluindo ganho de peso.
Mulher injeta insulina na barriga, como tratamento para o diabetes
Injeções de insulina podem estar com os dias contados (Imagem: goffkein.pro/Shutterstock)

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Procedimento é seguro e viável

Agora, um novo procedimento chamado Celularização via Terapia de Eletroporação, ou ReCET, pode dispensar o uso da insulina. Segundo os pesquisadores, 14 pacientes com diabetes tipo 2, com idades entre 28 e 75 anos, foram acompanhados ao longo de 24 meses. O resultado foi bastante promissor: 86% dos pacientes analisados não precisaram mais usar insulina para controlar a doença.

A eletroporação é uma operação endoscópica que aplica pulsos elétricos controlados para “criar pequenos orifícios irreversíveis nas membranas celulares” e é normalmente usada para facilitar a entrega de DNA nas células. Neste caso, está sendo usado para melhorar a sensibilidade do corpo à insulina.

Procedimento pode revolucionar tratamento contra diabetes (Imagem: Africa Studio/Shutterstock)

Nos acompanhamentos de 6 e 12 meses, 12 dos 14 participantes não precisavam mais de terapia com insulina. De acordo com o estudo, nenhum efeito adverso grave foi relatado. A conclusão é que o procedimento é seguro e viável, além de poder efetivamente eliminar a necessidade de terapias com insulina.

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Saúde

O que o tamanho dos seus dedos pode revelar sobre sua personalidade e saúde, segundo a ciência?

Redação Informe 360

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O tamanho dos dedos pode parecer um detalhe trivial, mas a ciência sugere que ele pode revelar muito sobre a personalidade e a saúde de um indivíduo. A teoria 2D:4D, que analisa a relação entre o comprimento do dedo indicador (2D) e do dedo anelar (4D), tem sido objeto de diversos estudos ao longo das últimas décadas.

Essa relação é influenciada pela exposição a hormônios durante a gestação, especialmente a testosterona. Pesquisas indicam que essa medida pode estar ligada a traços de comportamento, saúde mental e até mesmo aspectos da vida sexual. Vamos entender o que a teoria 2D:4D implica e o que os dedos podem dizer sobre nós, segundo as evidências científicas disponíveis.

O que é a teoria 2D:4D?

A teoria 2D:4D refere-se à proporção entre o comprimento do dedo indicador e o dedo anelar. Essa relação é calculada dividindo-se o comprimento do dedo indicador pelo comprimento do dedo anelar.

Quando o dedo anelar é mais longo que o indicador, a razão 2D:4D é considerada baixa, indicando uma maior exposição à testosterona durante o desenvolvimento fetal. Por outro lado, se o dedo indicador é mais longo ou igual ao anelar, a razão é alta, sugerindo menor exposição ao hormônio.

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Os estudos sobre essa teoria começaram na década de 1930 e ganharam força nas últimas décadas com avanços nas técnicas de medição e análise estatística. Pesquisadores descobriram que essa proporção pode ser um marcador biológico significativo, refletindo não apenas características físicas, mas também comportamentais e psicológicas. A teoria da razão 2D:4D tem sido associada a uma variedade de traços de personalidade e condições de saúde mental, além de influenciar aspectos da vida sexual.

teoria 2d:4d
Foto: John Manning, Swansea University

O que os dedos podem revelar sobre personalidade e saúde, segundo a ciência?

A relação entre o comprimento dos dedos e traços de personalidade tem sido amplamente estudada. Pesquisas recentes que reforçam essa teoria mostram que uma razão 2D:4D mais baixa está associada a características como competitividade e resistência mental. Um estudo publicado no Journal of Psychiatric Research identificou uma ligação entre proporções mais baixas da razão 2D:4D e traços psicopatológicos, como transtornos de uso de substâncias e comportamentos agressivos. Os autores observaram que indivíduos com razões mais baixas tendem a apresentar maiores níveis de testosterona pré-natal.

Além disso, outros estudos sugerem que essa relação pode se estender à vida sexual dos indivíduos. Pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram que pessoas com uma diferença significativa entre os comprimentos dos dedos tendem a ter mais parceiros sexuais ao longo da vida. Isso indica que a razão 2D:4D pode prever não apenas comportamentos sociais, mas também preferências sexuais.

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Entretanto, nem todas as associações encontradas são definitivas. Embora haja evidências que suportem a ideia de que a razão 2D:4D está ligada à saúde mental e comportamentos sociais, muitos pesquisadores alertam para as limitações desses estudos.

Por exemplo, um estudo recente revelou uma correlação entre proporções mais baixas da razão 2D:4D e sintomas elevados de psicopatologia; no entanto, os autores enfatizam que isso não implica causalidade. A variação nos resultados pode ser influenciada por fatores ambientais e sociais que não são considerados nas medições.

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Além disso, algumas pesquisas ainda precisam ser replicadas em amostras maiores para validar as conclusões iniciais. A complexidade do comportamento humano significa que muitos fatores interagem para moldar nossa personalidade e saúde mental, tornando difícil atribuir características específicas apenas à razão 2D:4D.

Muitos fatores interagem para moldar nossa personalidade e saúde mental, tornando difícil atribuir características específicas apenas à razão 2D:4D. (Imagem: Pexels)

Em resumo, enquanto a teoria 2D:4D oferece insights fascinantes sobre como os hormônios podem influenciar nosso desenvolvimento físico e psicológico, ainda há muito a ser explorado nessa área. A compreensão completa das implicações dessa teoria requer mais pesquisas para esclarecer as relações observadas e suas causas subjacentes.

A análise do tamanho dos dedos através da teoria 2D:4D representa um campo promissor na pesquisa científica. À medida que novas tecnologias e métodos de pesquisa se desenvolvem, será possível aprofundar nossa compreensão sobre como esses indicadores físicos se relacionam com aspectos mais amplos da experiência humana.

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