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A IA não vai roubar seu emprego tão cedo, dizem pesquisadores do MIT
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![ilustração da IA substituindo empregos](https://informe360.com.br/wp-content/uploads/2024/01/carreira-IA-empregos-getty-768x512-1.jpg)
Por outro lado, relatório do FMI afirma que a IA deve afetar 40% dos empregos em todo o mundo, tipo de previsão que é criticado pelos pesquisadores do MIT
Até agora, não sabemos muito sobre o impacto que a inteligência artificial terá, de fato, no mercado de trabalho.
Mas o que não faltam são previsões sobre os efeitos da tecnologia no futuro do trabalho e dos empregos, desde a adoção dos computadores pelas empresas e a popularização do termo “automação” no início da década de 1950.
Mais recentemente, o boom da IA chegou com muitas especulações, principalmente de acadêmicos, sobre a possível eliminação de empregos por máquinas cada vez mais inteligentes, que devem se igualar ou superar os humanos num futuro muito próximo.
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Um paper recém-lançado e produzido por pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), visa esclarecer as previsões sobre IA e empregos.
Ele pode ser traduzido como “Além da Exposição à IA: Quais Tarefas são Economicamente Viáveis de Automatizar com Visão Computacional?”. E conclui que apenas 23% dos salários vinculados a tarefas relacionadas à visão (atividades ou problemas que envolvem o processamento e interpretação de informações visuais por sistemas computacionais) poderiam ser substituídos de maneira eficaz e financeiramente viável por IA.
Leia também:
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- Como a IA generativa mudará todos os nossos empregos em 2024
Como medir o impacto da IA nas nossas vidas e empregos
Segundo os pesquisadores do MIT, a ansiedade em relação à inteligência artificial é um resultado das pesquisas que tentam medir o impacto da tecnologia nas nossas vidas com a ideia de “Exposição à IA” – a classificação das tarefas pelo seu “potencial de automação”.
O problema disso é que não se considera a “viabilidade econômica” do uso da tecnologia. E se confunde automação total, o que pressupõe substituição de trabalhadores, com automação parcial, que na verdade poderia melhorar o desempenho do trabalho.
Para resolver isso e construir o que os pesquisadores chamam de “primeiro modelo de automação de IA ponta a ponta”, eles focaram em tarefas relacionadas com a visão, que têm estimativas de custos para sistemas de IA mais desenvolvidas.
O modelo avalia o nível de proficiência necessário para realizar uma tarefa com base em pesquisas com profissionais, o custo de alcançar essa proficiência através de trabalhadores humanos ou de sistemas de IA (que são caros de desenvolver) e a decisão econômica das empresas sobre adotar ou não IA para uma tarefa específica.
Usar inteligência artificial pode ser financeiramente inviável
Utilizando o novo modelo, os pesquisadores do MIT descobriram que a automação ainda não é viável para as empresas na maioria dos casos, devido aos grandes custos iniciais dos sistemas de IA.
A redução do custo do desenvolvimento e da implantação dessa tecnologia (aumentando a escala, possivelmente através da utilização de uma plataforma de IA como serviço), reduziria esses custos. No entanto, “mesmo com rápidas reduções de custos de 20% ao ano, ainda levaria décadas para que as tarefas de visão computacional se tornassem economicamente eficientes para as empresas”, segundo o estudo.
Obstáculos para a rápida adoção da IA
Os pesquisadores argumentam que as suas descobertas também se aplicam à IA generativa e à automação de tarefas relacionadas com a linguagem. Todas as áreas de implementação de IA requerem afinação ou personalização para adaptá-las às características específicas da empresa, um fator de custo importante e um obstáculo à rápida adoção pelas companhias.
Outro empecilho, nem sempre considerado pelos economistas e pesquisadores, é o que um estudo do Fundo Monetário Internacional chama de “aceitabilidade social da IA”. Algumas profissões podem integrar perfeitamente as ferramentas de IA, enquanto outras podem enfrentar resistência devido a preocupações culturais, éticas ou operacionais.
Mais pesquisas sobre IA e trabalho
Esse estudo foi lançado próximo ao Fórum Econômico Mundial em Davos, na semana passada, onde a IA foi o principal tema de discussão.
O FMI estimou que quase 40% dos empregos globais estão “expostos” à IA. Nas economias avançadas, cerca de 60% dos empregos podem ser afetados pela inteligência artificial. Aproximadamente metade dos empregos expostos podem se beneficiar do uso da tecnologia, aumentando a produtividade. Por outro lado, as aplicações de IA poderão executar tarefas essenciais atualmente desempenhadas por seres humanos, o que poderá reduzir a procura de mão de obra, e levar a salários mais baixos e a uma redução das contratações. “Nos casos mais extremos, alguns destes empregos podem desaparecer”, diz o relatório do FMI.
Indo além dos modelos econômicos, outro estudo divulgado às vésperas da reunião de Davos recolheu dados diretamente dos responsáveis pela criação e eliminação de empregos.
A gigante de contabilidade PwC conduziu uma pesquisa com 4.700 CEOs em 105 países e descobriu que cerca de um quarto dos executivos espera que a implantação de IA generativa nos seus próprios negócios vai levar a cortes de empregos de pelo menos 5% este ano.
Quase 75% previram que a IA generativa vai mudar significativamente os seus negócios nos próximos três anos, exigindo formação de funcionários em novas competências e gestão de novos riscos de segurança cibernética, desinformação e preconceitos em relação a grupos específicos de clientes ou funcionários.
Os CEO podem ter compreendido intuitivamente (mas não perguntado diretamente sobre) a “aceitabilidade social” da IA. Tal como acontece com qualquer outra nova novidade tecnológica emergente nas últimas sete décadas, o fator social é muitas vezes negligenciado nas especulações sobre o seu impacto nos empregos e na natureza do trabalho.
Previsões podem (e provavelmente vão) falhar
Em um artigo sobre o estudo do FMI, Harry Law, pesquisador do Google Deepmind, de pesquisa e desenvolvimento de inteligência artificial, observa isso como um grande problema desse estilo de análise. Devido à dificuldade de quantificar e avaliar os “elementos contextuais, reputacionais, burocráticos e sociais da adoção da IA”, o que temos aqui é “mais ou menos um jogo de adivinhação”.
O que ele quer dizer é que o mundo real não segue as previsões dos especialistas. Especialmente quando essas previsões são sobre o que as pessoas farão (ou não) com as novas tecnologias.
Foi muito difícil, talvez impossível, prever o impacto dos PCs na natureza do trabalho.
As máquinas assumiram algumas das tarefas repetitivas e “enfadonhas” que nenhum gestor se dignaria a desempenhar antes da década de 1980. A digitação de memorandos (mais tarde emails), o arquivamento de documentos, o registro e cálculo, grande parte da gestão da informação do escritório, antes exclusivamente nas mãos de secretárias, tornou-se na década de 1980 (e além) parte do trabalho dos executivos de negócios.
E por quê? Porque agora eles podiam fazer todo esse trabalho com uma nova ferramenta “legal”, o computador, que lhes dava uma imagem de vanguarda e de elevado estatuto dessa nova tecnologia. O que importava era que você era importante o suficiente para ter uma dessas máquinas, não que você realizasse com ela tarefas que eram consideradas inferiores apenas alguns anos antes.
A inteligência humana é criativa, aberta e imprevisível.
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Conheça o Brasileiro Que Ganhou Grammy Junto com Beyoncé
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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Maior vencedora do Grammy, Beyoncé fez história no último domingo (2) ao levar o prêmio de Álbum do Ano, que faltava na sua coleção de agora 35 gramofones, por “Cowboy Carter”. A vitória contou com a participação do Brasil: o engenheiro de som carioca Matheus Braz também foi premiado. “Foi uma grande surpresa. Só me lembro de sentir muita honra de estar ali e de ter a oportunidade de trabalhar com música”, conta Braz, que já havia sido nomeado na categoria há dois anos pelo seu trabalho no álbum “Renaissance”, também da cantora.
Como engenheiro de gravação do álbum “Cowboy Carter”, Matheus Braz fez um pouco de tudo no projeto: gravou vocais de Beyoncé nos hits ‘Daughter’, ‘YAYA’ e ‘Spaghetti’, guitarras e outros instrumentos na canção ‘Two Hands to Heaven’, editou e limpou gravações instrumentais e preparou músicas para a cantora gravar com seu engenheiro principal, Stuart White. “Trabalhar com uma artista desse nível é uma experiência única que nunca vou esquecer”, diz. “Ela é a artista mais envolvida no projeto que já vi. Sabe de tudo o que está acontecendo em volta dela e com o time e, se não sabe, busca entender. Todo dia é um aprendizado novo.”
Apesar da experiência de trabalhar com uma estrela do calibre de Beyoncé, o carioca confessa que não esperava levar um Grammy para casa. “Tento sempre ser bem realista. E, já que a Beyoncé nunca tinha ganhado a categoria de Álbum do Ano, só estava ali para fazer parte do evento e curtir a noite.”
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Além de Matheus, outros dois brasileiros participaram do álbum mais recente de Beyoncé no time principal de seis engenheiros: Dani Pampuri e Henrique Andrade. “Eles estão trabalhando com a gente faz tempo. É muito bom ter um grupo de brasileiros comigo”, diz Braz. No entanto, apenas Braz e Pampuri receberam o reconhecimento do Grammy. Para ser nomeado ao prêmio, o artista precisa ser creditado em pelo menos 20% do projeto. “Dessa vez não deu para o Henrique, mas esse álbum não teria acontecido sem os dois.”
Há mais de dez anos nos EUA, Matheus Braz começou sua carreira trabalhando em cruzeiros como técnico de som. Decidiu voltar para a faculdade para estudar o mundo das gravações e, depois de formado, foi morar em Nova York durante a pandemia. Lá, foi contratado pela gravadora QUAD Recording Studios como estagiário. “Limpei muito banheiro, chão e cinzas de cigarro das mesas de som. Enquanto isso, usava todo tempo livre para aprender a usar os equipamentos e melhorar como engenheiro.”
Após alguns meses na posição, conquistou o cargo de assistente de engenharia e decidiu se mudar para Los Angeles com a esposa. “Por coincidência, o dono da QUAD Studios é um grande amigo do Stuart White [engenheiro principal da Beyoncé], que estava procurando um assistente nessa época. Ele me recomendou, e o resto é história.”
“É uma combinação de sorte e preparo. Ninguém nessa indústria teve a mesma trajetória, mas, se continuar dando o melhor de si, de algum jeito você chega lá.”
Escolhas do editor
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Salários Anuais em Private Equity e Venture Capital Chegam a R$ 4,8 Milhões
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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O mercado financeiro é uma área bastante atraente para quem busca altos salários e bônus generosos. Especificamente nos setores de private equity e venture capital, a remuneração anual pode chegar a R$ 4,8 milhões, segundo o Guia Salarial da consultoria Fox Human Capital, que avalia o setor e apresenta expectativas para 2025.
“O mercado de venture capital no Brasil enfrentou um período desafiador em 2023, marcado por uma queda acentuada nos investimentos em startups. Porém, 2024 trouxe sinais de recuperação”, analisa Nicole Ladeira, headhunter da Fox Human Capital. Para 2025, a perspectiva é mais favorável, embora o retorno dos investimentos seja gradual.
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Entre os maiores salários anuais no Brasil, destaca-se o de managing director, com remunerações que podem passar de R$ 1 milhão fixo por ano – sem contar o bônus ou carry – incentivo de longo prazo, que varia conforme o desempenho.
Essas posições, no entanto, são escassas e exigem bastante experiência. “Os cargos têm baixa rotatividade, pois são ocupados por profissionais altamente experientes e estratégicos dentro das gestoras”, afirma Filippe Apolo, sócio-fundador da Fox Human Capital e responsável pelo estudo.
Em contrapartida, analistas e associates estão em alta no mercado. “Esses profissionais continuam altamente demandados, pois são responsáveis pela execução e pela análise de investimentos, funções essenciais para o funcionamento das operações.” Os rendimentos anuais fixos para essas posições variam de R$ 60 mil a R$ 500 mil, a depender da senioridade.
Confira, a seguir, os maiores salários do setor:
O que é preciso para chegar lá
Tempo de experiência
O principal requisito para conquistar os cargos com os maiores salários do setor é o tempo de experiência. O caminho até as posições mais altas em private equity e em venture capital pode levar cerca de 15 anos, dependendo da gestora e das oportunidades internas. “O tempo para cada promoção varia conforme a performance individual e as demandas do mercado.”
De acordo com o especialista, a progressão de carreira costuma seguir o seguinte ritmo:
- Analista júnior a associate: 4 anos
- Associate a VP: 5 anos
- VP a diretor geral: 6 anos
Conjunto de habilidades
As habilidades também são essenciais para se destacar nesse mercado. De acordo com o relatório, é exigida uma combinação de competências técnicas e socioemocionais, como análise financeira, resolução de problemas complexos, liderança em situações adversas, pensamento estratégico e construção de relacionamentos de longo prazo.
Também é recomendado obter certificados como o CFA (Chartered Financial Analyst), além de adquirir experiência prévia em casas de private equity, butiques financeiras ou áreas de M&A para subir os degraus da escada corporativa. “O nível de exigência técnica é elevado desde o início da carreira”, afirma Filippe Apolo.
Escolhas do editor
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Ex-CMO da Avon Assume Liderança da Pierre Fabre no Brasil
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Danielle Bibas é a nova CEO dos Laboratórios Pierre Fabre no Brasil. A executiva sucede a Ana Paula Magri, que se tornou a primeira brasileira à frente da companhia francesa, em julho de 2022, e deixou a posição em outubro de 2024.
Bibas tem mais de 20 anos de experiência em posições de liderança em grandes empresas e 15 no mercado de beleza e saúde. “Acredito que a minha bagagem vai contribuir para o momento de mercado e para a expansão da Pierre Fabre no país.”
A executiva foi CMO do Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava e Crystal, e trabalhou na Avon por mais de 12 anos. Na empresa de beleza, foi VP de Marketing Global e CMO no Brasil. Em 2021, integrou a lista Forbes dos 10 melhores CMOs do Brasil. “Quero colaborar para o crescimento das marcas e o desenvolvimento dos times. Aprender e ensinar também vai fazer parte dessa nova etapa da minha carreira”, diz a executiva, que tem a missão de ampliar o mercado das três marcas de dermocosméticos da Pierre Fabre no país, Avène, Darrow e Ducray.
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Formada em administração pela FGV, Bibas também passou 16 anos na P&G, onde começou como estagiária em São Paulo e saiu como presidente de Health and Beauty Care no Canadá. Ao longo de trajetória, passou por diferentes países e trabalhou em Bruxelas, Genebra e Londres.
Na Avon, venceu o prêmio Effie, um dos maiores reconhecimentos da área de publicidade e marketing, na categoria Branded Content pelo documentário “Repense o Elogio”, dirigido pela cineasta Estela Renner e desenvolvido em parceria com a J. Walter Thompson. Em 2019, também em colaboração com a JWT, conquistou o primeiro Leão no Festival de Cannes com a campanha “Você Não Está Sozinha”. Em 2020, recebeu o Effie Grand Prix Brasil – Melhor Case do Ano – pelo sucesso da campanha “Veio pra Ficar” da linha Powerstay também pela marca de cosméticos.
Atualmente, Bibas leciona na escola técnica Miami Ad School e é professora convidada na FGV. A executiva também é mentorada na Women Corporate Directors e se prepara para atuar como conselheira independente.
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