O Partido Comunista do Brasil ( PCdoB) de São João da Barra, elegeu sua nova diretoria em conferência realizada na última sexta-feira (15), no Clube Sanjoanense, no centro da cidade. O ato político contou com a presença de um grande número de pessoas, entre elas, lideranças políticas de cidades vizinhas e do movimento popular.
A mesa foi composta pela presidente do PCdoB de São Francisco de Itabapoana, Adriana Rodrigues; do vice-presidente estadual do partido e membro do comitê estadual, Irapuan Santos; da secretária de saúde, Arleny Valdés; da advogada, Maria Auxiliadora e do presidente do PCdoB de Campos dos Goytacazes e membro do comitê estadual, Maycon Maciel.
A conferência elegeu a secretária municipal de saúde do município, a Dra. e médica cubana, Arleny Valdés Arias, que presidirá o partido pelos próximos anos com uma diretoria constituída somente por mulheres. O partido vem se organizando para ter um protagonismo mais expressivo no processo eleitoral de 2024.
Primeira a fazer o uso da palavra, a nova presidente municipal do PCdoB de SJB, abordou assuntos sobre Cuba (país de origem), comunismo, socialismo e políticas sociais.
“O comunismo tem o cuidado com o bem comum. O cuidado com uma sociedade sem desigualdade. Quem aqui não concorda com isso, com o bem e o cuidado de todos? Certo dia me perguntaram assim: “Você concorda com o socialismo?” E respondi que concordo com o socialismo. Eu sou contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, sexo ou país.” disse, a secretária.
Federação PT, PCdoB, PV
A federação formada pelos três partidos no cenário nacional fez com que a deputada estadual Carla Machada(PT), olhasse com bons olhos para a ideia da Dra. Arleny presidir a legenda comunista na cidade e a fez um pedido especial para que a médica cubana assumisse o partido por sua vivência socialista e por conhecer a história do comunismo.
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“Me filiar ao PCdoB me dará a oportunidade de levar a palavra, a verdade do que é realmente um partido comunista pro Brasil, e começar a desmistificar e juntar pessoas que, assim como eu, lutam contra os preconceitos, os direitos das mulheres, a fazer o bem, a ajudar o próximo. Isso é o partido. Por isso, também, a nossa deputada pediu para eu implementar o PCdoB, ajudando assim a federação de esquerda no município, para fortalecer as lutas das classes e conquistar os projetos sociais que o município precisa. E convido vocês para fazer um movimento do bem e fazermos a diferença na execução dos projetos.” Concluiu, Dra. Arleny.
Depoimento de populares
Quem foi prestigiar o evento político/partidário presenciou algo mais. Durante a conferência, após a fala da mesa, a palavra foi estendida ao público que desejasse tirar dúvidas ou pontuar alguma questão, foi quando algumas pessoas aproveitaram a oportunidade para tecer comentários de profunda gratidão à pessoa da secretária pelo trabalho sério e humanizado que vem realizando à frente da pasta. Em um deles, um pai relatou que um certo dia, por volta das 22:45h, precisou de um atendimento urgente para seu filho e recorreu à Dra. Arleny, que àquela hora da noite, atendeu sua ligação mesmo sem saber quem era e do que se tratava, concedendo atenção e o encaminhando necessário para que a questão fosse atendida.
Presenças
O solenidade contou com a presença do vereador sanjoanense, Julinho Peixoto(PL), do ex-secretário de esporte e lazer de São Francisco de Itabapoana, Noel Júnior, da coordenadora das Comunidades Quilombolas, Lucimara Muniz e da imprensa.
A deputada estadual Carla Machado não conseguiu chegar há tempo, mas durante toda a conferência manteve contato constante com a presidente Arleny, que retransmitiu as mensagens da parlamentar aos presentes.
Confira a formação da nova diretoria
Da direita para a esquerda: Miriam Gomes, Ingrid Joisa, Keth Fernandes, Daiana Miranda, Arleny Valdez, Auxiliadora Fazoli, Ardalla Felippe e Helena Coelho
Presidente: Arleny Valdés Aryas
Vice-presidente: Maria Auxiliadora Fazoli
Secretária de Finanças: Ardalla Machado Felippe
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Secretária de Relações Institucionais: Daiana Miranda Zerbini
Secretária de Comunicação: Helena Coelho Sant’Anna da Silva
Secretária da Juventude: Ingrid Joisa de Souza Henriques
O Programa de Apoio Psico Socioemocional nos estabelecimentos da rede pública estadual de ensino, instituído pela Lei 9.456/21, será atualizado e ampliado para se tornar uma política governamental permanente. É o que determina a Lei 10.799/25, de autoria dos deputados Vinícius Cozzolino (União) e Luiz Paulo (PSD), que foi APROVADA PELA Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial do Executivo desta sexta-feira (30/05).
O principal objetivo da nova proposta é desvincular o programa à pandemia de covid-19. A nova norma também expande as diretrizes e objetivos da medida. O foco é oferecer suporte psicológico e emocional a alunos, professores e demais profissionais da educação, com ações voltadas ao desenvolvimento integral e à promoção de um ambiente escolar acolhedor e seguro. O novo texto também denomina o programa “Crescendo Juntos”.
Entre as novas diretrizes, estão o estímulo à convivência harmoniosa e à gestão de conflitos, o fomento à criação de um ambiente escolar acolhedor e seguro, a capacitação de profissionais para atuarem como promotores de saúde mental e a integração dessas práticas aos projetos pedagógicos das unidades escolares.
A lei também prevê atividades e oficinas de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, atendimento individual ou em grupo, intervenção precoce em casos de problemas emocionais e o atendimento psicológico em situações de crise ou emergência
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Cozzolino destacou que a saúde mental, o equilíbrio emocional e o desenvolvimento das competências socioafetivas são pilares fundamentais para a formação cidadã: “Todos nós escutamos que a depressão e a ansiedade são o mal do século. Precisamos dar a assistência devida também nas escolas porque esse suporte não pode ficar apenas a cargo das famílias. Muitos pais, sobretudo aqueles que não têm tamanha instrução, não sabem e não têm instrumentos de como lidar com essa realidade. A medida também vale para os profissionais de educação, já que os professores vêm sofrendo recorrentes abusos em salas de aulas”.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (21) a proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição para presidente da República, governador e prefeito e estabelece um mandato de cinco anos para esses cargos, assim como para os parlamentares (PEC 12/2022). A proposta também define eleições unificadas para todos os cargos a partir de 2034. A matéria vai agora para análise em Plenário, com pedido de urgência.
Os senadores aprovaram substitutivo (texto alternativo) do senador Marcelo Castro (MDB-PI) à proposta de Jorge Kajuru (PSB-GO). Pela nova regra, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores também passarão a ter mandatos de cinco anos, em vez dos atuais quatro.
Já os senadores, que na proposta inicial passariam de oito para dez anos de mandato, também terão cinco anos, a partir de emenda apresentada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Além disso, a PEC extingue a alternância de eleições para o Senado, determinando que todos os 81 senadores sejam eleitos no mesmo pleito a partir de 2039.
Mudanças
A PEC impede que quem ocupa um cargo no Poder Executivo — presidente, governadores e prefeitos — possa se candidatar à disputa de um segundo mandato consecutivo, mesmo que o político tenha deixado o cargo seis meses antes da eleição. Em troca, os mandatos desses cargos passarão a ser de cinco anos, em vez dos atuais quatro anos.
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Os cargos do Legislativo — deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores — continuam com a possibilidade de reeleição inalterada. Ao mesmo tempo, a duração dos mandatos também passará para cinco anos. Assim, as legislaturas do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras municipais passam a ter duração de cinco anos, e não mais de quatro.
Com a uniformização dos mandatos, a PEC também unifica as datas de todas as eleições — municipais, estaduais e federais. Ou seja, todas deverão acontecer juntas, a cada cinco anos. Isso acontecerá a partir de 2034. Hoje, as eleições ocorrem a cada dois anos, alternadamente entre eleições municipais e eleições gerais (que engloba a esfera estadual e federal).
Senado
Outra inovação é o fim da eleição alternada para o Senado. Atualmente, os senadores são eleitos a cada quatro anos, com dois terços do Senado se renovando em uma eleição e um terço na seguinte. Na nova fórmula, todas as 81 cadeiras do Senado estarão em disputa a cada cinco anos.
A mudança não estava no texto de Marcelo Castro, que previa dez anos de mandato para os senadores e mantinha a alternância. Foi o senador Carlos Portinho que apresentou e defendeu uma emenda nesse sentido.
— Um poder pode ser alternado em dez anos? Pode, mas ele envelheceu ali. A prática democrática que mais atende o eleitor [é] a alternância breve de poder. A proposta que traz a redução para cinco anos respeita um dos maiores princípios democráticos, que é o interesse do eleitor — justificou.
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O senador Jorge Seif (PL-SC) também defendeu a redução do tempo de mandato dos senadores.
— A ampliação de oito para dez anos seria mais uma “jabuticaba” brasileira. Tira do eleitor a possibilidade do escrutínio. Nós não podemos ter um poder tão longo — afirmou.
Durante a reunião, Castro contraditou a emenda de Portinho explicando que a alternância de poder é um termo que se aplica aos cargos do Executivo, mas não ao Legislativo. Além disso, segundo o relator, à exceção da Itália, em todos os demais países em que há duas Casas legislativas os membros de uma delas têm mandato maior do que os da outra. Assim, argumentou que a proposta inicial de mandato dez anos para os senadores estava seguindo um padrão internacional.
Porém, em entrevista coletiva após a votação na CCJ, Castro voltou atrás e anunciou que acataria a sugestão de Portinho.
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— Senti que estava formando maioria para o mandato ser de cinco anos, então me rendi a isso. Uma matéria controversa, tem argumento a favor de um lado, tem argumentos a favor de outro, não é uma coisa principal. O principal é o fim da reeleição e a coincidência das eleições para todos — explicou o relator, confirmando também o fim da eleição alternada.
Castro disse esperar que, em face dos novos acordos, a matéria seja votada de maneira consensual no Plenário.
Mesas diretoras
Para compatibilizar a condução do Legislativo com a duração de cinco anos para as legislaturas, as Casas do Congresso Nacional também verão mudanças nas suas mesas diretoras (responsáveis por presidir o órgão). As mesas serão eleitas no início da legislatura para um mandato de três anos, seguido por uma nova eleição para um mandato de dois anos. Continuará valendo a proibição de que os membros das mesas sejam reeleitos para os mesmos cargos dentro da mesma legislatura. A nova regra será aplicada às legislaturas que se iniciarem após as eleições de 2034.
Fim da reeleição
O direito à reeleição para cargos do Executivo não era previsto na Constituição, mas foi introduzido em 1997. Presidente da CCJ, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que a reeleição é “um dos piores males para o Brasil” e lembrou até que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo governo propôs a mudança, “fez mea culpa” e admitiu que foi um erro. Otto avaliou que a nova PEC será importante para o país.
— Quando termina as eleições municipais, se fala imediatamente na sucessão do governador e do presidente da República. Discute-se mais eleição do que projetos benéficos à solução das dificuldades sociais do povo brasileiro e do crescimento da infraestrutrura — comentou.
A opinião foi compartilhada por Marcelo Castro, que também considerou a reeleição um “malefício”:
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— A introdução da reeleição [foi] completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Eu acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a este mal — afirmou o relator, ressaltando que a mudança não valerá para os atuais mandatários, que poderão tentar a reeleição em 2026 se estiverem no primeiro mandato.
Eleições unificadas
Segundo o relator, a unificação das eleições também é positiva porque cada eleição exige muitos recursos e trabalho para ser organizada. O novo formato ajudaria a reduzir os gastos e o governo economizaria dinheiro que poderia ser usado em áreas como saúde e educação. Além disso, para Castro, ter todas as eleições juntas traria mais clareza e organização para os eleitores e para os próprios políticos.
Primeiro signatário da PEC, o senador Kajuru afirmou que o objetivo principal é dar mais equilíbrio à disputa, já que, segundo ele, quem está no poder tem grande vantagem sobre os concorrentes, como maior visibilidade, acesso à máquina pública e facilidade de articulação política. Isso, para o senador, acaba dificultando a entrada de novas lideranças na política.
Emendas
Marcelo Castro rejeitou outras emendas apresentadas, como a do senador Sergio Moro (União-PR) que vedava não a reeleição também em mandatos não-consecutivos; a do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) que estabelecia a idade máxima de 80 anos para a candidatura à Presidência da República; e a do senador Eduardo Girão (Novo-CE) que proibia a reeleição para o Senado.
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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Projeto de Lei 4.629/2025, é de inciativa da deputada Lilian Behring (PCdoB)
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou, na quarta-feira (16/04), em primeira discussão, o Projeto de Lei 4.629/2025, da deputada Lilian Behring (PCdoB), que institui objetivos e diretrizes para a inserção de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem recém-formados no mercado de trabalho. A medida ainda precisa passar por uma segunda votação em plenário.
A proposta busca incentivar a criação de ações voltadas ao primeiro emprego desses profissionais, por meio de medidas como capacitação gratuita, estímulo ao empreendedorismo, parcerias com o terceiro setor e promoção da contratação de profissionais oriundos de famílias em situação de vulnerabilidade.
Entre as diretrizes previstas no texto estão o respeito à legislação trabalhista, incentivo à contratação regular e o alinhamento com normas de ensino e jornada de trabalho compatíveis com a formação dos profissionais de saúde.
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Na justificativa, a autora destaca que a medida pode gerar emprego e renda, além de contribuir para a melhoria do atendimento nos serviços de saúde. “Trata-se de uma iniciativa que estimula a atuação da Secretaria de Estado pertinente ao desenvolvimento profissional e ao empreendedorismo, sem impor obrigações diretas aos órgãos públicos, mas promovendo dignidade social e cidadã”, defendeu Lilian Behring.
Fonte:Comunicação AlerjPor Gustavo Natario e Leon Continentino Imagem: Por Alex Ramos e Octacílio Barbosa