Mundo
China e Arábia Saudita se aproximam e preocupa Estados Unidos

A Arábia Saudita se aproximou de ingressar em um bloco econômico e de segurança asiático liderado pela China, tendo recebido o status de país parceiro de diálogo na Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), à medida que expande seu alcance global.
Um clube formado principalmente por ex-estados soviéticos, o SCO inclui Rússia e China, além de outros grandes atores econômicos, como Índia e Paquistão. O reino poderia eventualmente receber adesão plena.
O crescente papel da China no Oriente Médio ultimamente tem alarmado Washington. Somente em março, Pequim mediou um acordo histórico entre os arqui-inimigos Irã e Arábia Saudita que poderia ajudar a aliviar significativamente as tensões no Oriente Médio.
A Arábia Saudita também fortaleceu significativamente seus laços de energia com a China ao anunciar na segunda-feira (27) um acordo de US$ 3,6 bilhões para comprar 10% da Rongsheng Petrochemical da China, que forneceria 480 mil barris por dia de petróleo bruto para a empresa.
Analistas dizem que, à medida que a rivalidade dos Estados Unidos com a China e a Rússia se intensifica em um mundo cada vez mais polarizado, a Arábia Saudita e outras nações do Oriente Médio estão optando por diversificar suas parcerias globais.
Mas enquanto estados como a Arábia Saudita podem estar se aproximando da China, Pequim está longe de se tornar um rival dos EUA na região, dizem eles.
“A tradicional relação monogâmica com os EUA acabou”, disse Ali Shihabi, analista e escritor saudita. “E nós entramos em um relacionamento mais aberto; forte com os EUA, mas igualmente forte com a China, Índia, [o] Reino Unido, França e outros”.
Essa polarização é a razão pela qual diferentes partes “trazem diferentes formas de influência para a mesa”, disse ele à CNN. “O mais inteligente para o reino é estabelecer um portfólio de relações estratégicas que contribuam para sua segurança e prosperidade de maneiras diferentes”.
A embaixadora do reino nos Estados Unidos, a princesa Reema bint Bandar Al Saud, disse a Becky Anderson, da CNN, em outubro, que uma revisão do relacionamento EUA-Arábia Saudita era “uma coisa positiva”.
“Este reino não é o reino de cinco anos atrás, não é o reino de dez anos atrás. Então, todas as análises que existiam não são mais relevantes”, disse ela, ressaltando, no entanto, que a aliança com os EUA foi ampla e robusta.

Falando à Becky Anderson na quinta-feira (30), Vali Nasr, professor de estudos do Oriente Médio e assuntos internacionais na Escola de Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins, disse que os EUA precisam repensar sua política para o Oriente Médio “porque tem sido baseada em uma concepção muito diferente de Arábia Saudita”.
Analistas, no entanto, dizem que é improvável que o Oriente Médio se torne uma arena para a rivalidade EUA-China, dado o foco econômico de Pequim e sua aversão a fazer política regional. Portanto, é improvável que a relação Arábia-China se torne uma aliança completa.
A Arábia Saudita é o maior fornecedor de petróleo da China, e a China é o maior destino das exportações sauditas de petróleo. A economia do reino, no entanto, está ligada aos EUA, pois sua moeda está atrelada ao dólar e a venda de seu petróleo é realizada nessa moeda. A infraestrutura de defesa da Arábia Saudita também depende fortemente de equipamentos americanos.
Jonathan Fulton, membro sênior não residente do Atlantic Council, diz que a China tem uma política estrita de não aliança e é improvável que queira se atolar em conflitos no Oriente Médio.
“Um aliado é normalmente alguém com quem você está alinhado contra um terceiro país ou um bloco de terceiros países […] e a China não quer fazer isso”, disse ele à CNN. “Eles não querem se envolver em questões de outros países, especialmente no Oriente Médio”.
Ao contrário dos estados ocidentais, a China também oferece à Arábia Saudita sua política de não interferência nos assuntos internos uns dos outros, uma questão que foi claramente enunciada quando o presidente chinês, Xi Jinping, fez uma visita histórica a Riad no ano passado.

Fulton disse que é improvável que os dois interfiram nos assuntos um do outro principalmente porque “nenhum dos lados importa tanto para o outro” e que os interesses centrais de cada estado estão além do escopo das prioridades do outro.
Isso pode funcionar bem para a Arábia Saudita, que tem recebido uma enxurrada de críticas do governo Biden e do Congresso por seu histórico de direitos humanos.
Para a China, isso significa que a Arábia Saudita continuará em silêncio sobre questões como o tratamento dado aos uigures e outras minorias muçulmanas na região noroeste de Xinjiang, que os EUA em 2021 rotularam de “genocídio”.
Depois que o acordo surpresa entre Arábia Saudita e Irã foi anunciado mês passado, o governo Biden pareceu subestimar o papel da China.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que a pressão interna e externa, incluindo a dissuasão saudita eficaz contra ataques do Irã ou de seus representantes, acabou levando o Irã à mesa, informou a Reuters. Mas ele o acolheu “independentemente de qual fosse o ímpeto ou de quem se sentasse à mesa”.
Fulton disse que a mediação da China não é necessariamente uma mudança em sua política para o Oriente Médio. Foi uma “abordagem regional para um problema regional”, disse ele, o qual os atores regionais viam os EUA incapazes de resolver.
Fonte: CNN Brasil
Mundo
China propõe nova ordem mundial ao lado da Rússia e da Índia

O presidente da China, Xi Jinping, propôs, nesta segunda-feira (1), a criação da Iniciativa de Governança Global (IGG), possível embrião de uma nova ordem mundial. A proposta foi divulgada durante encontro com a presença de 20 líderes de países não ocidentais, incluindo o russo Vladimir Putin e o indiano Narendra Modi.
No discurso oficial da reunião, Xi Jinping destacou que a governança global estaria ameaçada pela “mentalidade da Guerra Fria, o hegemonismo e o protecionismo” que continuariam a “assombrar o mundo” após 80 anos do fim da 2ª Guerra Mundial e da criação das Nações Unidas (ONU).
“O mundo encontra-se num novo período de turbulência e transformação. A governança global chegou a uma nova encruzilhada. A história nos diz que, em tempos difíceis, devemos manter nosso compromisso original com a coexistência pacífica, fortalecer nossa confiança na cooperação vantajosa para todos”, disse o líder chinês.
A proposta de Xi foi divulgada na Organização para Cooperação de Xangai Plus (OCX), fórum fundado em 2001, que reúne 10 países membros, sendo dois observadores e 15 parceiros.
O evento na China ocorre em meio à guerra comercial promovida pelos Estados Unidos (EUA) contra adversários e aliados, incluindo a Índia, taxada em 50% por Trump. Os EUA exigem que a Índia pare de comprar óleo russo, medida que Nova Délhi se recusa a aceitar.
Na reunião desta segunda-feira, o presidente indiano Narendra Modi apareceu, aos sorrisos e de mão dadas, com os homólogos russo e chinês. Esta foi a primeira vez, em sete anos, que o primeiro ministro indiano viajou à vizinha China. Os gigantes asiáticos têm uma relação marcada por tensões regionais, geopolíticas e disputas fronteiriças.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
A 24ª cúpula da OCX em Tianjin, cidade costeira do Norte da China, acontece às vésperas das comemorações do “80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial”.
A celebração marca o fim da 2ª guerra mundial para os chineses, que lutavam contra a ocupação japonesa. Segundo a diplomacia em Pequim, são esperados 50 líderes mundiais no desfile militar da próxima quarta-feira (3).
Cinco princípios
No encontro desta segunda-feira, em Tianjin, o presidente da China Xi Jinping propôs uma nova governança global baseada em cinco princípios: igualdade soberana entre estados; respeito ao direito internacional; pratica do multilateralismo; abordagem centrada nas pessoas; adoção de medidas concretas.
“Devemos defender que todos os países, independentemente de tamanho, força e riqueza, sejam participantes, tomadores de decisão e beneficiários iguais na governança global. Devemos promover maior democracia nas relações internacionais e aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento”, justificou Xi.
O evento em Tianjin e a proposta chinesa tem sido interpretada por analistas como uma resposta à guerra tarifária imposta pelo governo de Donald Trump. Xi Jinping ainda criticou o unilateralismo nas relações internacionais, prática fortalecida pelo governo Trump, que tem adotado medidas e decisões sem consultar adversários ou aliados.
Para o presidente da China, “devemos defender a visão de uma governança global com ampla consulta e contribuição conjunta para benefício compartilhado, fortalecer a solidariedade e a coordenação e nos opor ao unilateralismo”.
Ao lembrar a Organização da Cooperação de Xangai (OCX) promove a cooperação e integração entre os países euroasiáticos, Xi Jinping enfatizou que as nações devem “continuar a derrubar muros, não erguê-los; devemos buscar a integração, não a dissociação. Devemos promover a cooperação de alta qualidade no Cinturão da Rota da Seda e impulsionar uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva”.
O Cinturão de Rota da Seda é a iniciativa da China para cooperação econômica entre países do mundo, apontado como um dos principais alvos da política dos EUA que tentaria reverter a perda relativa de poder na economia mundial diante o crescimento chinês.
O presidente Xi Jinping ainda anunciou ajuda de US$ 280 milhões para os membros da Organização de Cooperação de Xangai, além de um empréstimo adicional de 10 bilhões de yuans aos bancos membros do OCX. A organização ainda promove iniciativas de cooperação em diversas áreas, como Inteligência Artificial, luta contra narcotráfico, energia verde, entre outras.
Rússia
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, destacou que uma dúzia de Estados são candidatos para participar da OCX, o que demonstraria o interesse de parte da comunidade internacional no “diálogo aberto e transparente” da organização. Putin também elogiou a proposta de nova governança global da China.
“A Rússia apoia a iniciativa de Xi Jinping e está interessada em iniciar discussões específicas sobre as propostas apresentadas pela China. Acredito que é a OCS que poderia assumir o papel de liderança nos esforços que visam moldar um sistema de governança global mais justo”, afirmou o líder de Moscou.
Índia
O presidente da Índia, Narendra Modi, agradeceu a China pela organização do evento e destacou, em uma rede social, a “excelente” reunião com Vladimir Putin, pivô das tarifas imposta por Washington contra Nova Délhi.
“Discutimos maneiras de aprofundar a cooperação bilateral em todas as áreas, incluindo comércio, fertilizantes, espaço, segurança e cultura. Trocamos opiniões sobre processos regionais e globais, incluindo a solução pacífica do conflito na Ucrânia. Nossa Parceria Estratégica Privilegiada Especial continua sendo o pilar mais importante da estabilidade regional e global”, escreveu Modi.
Índia e China
A China e a Índia tentam melhorar a relação marcada por tensões fronteiriças e regionais. O encontro bilateral entre Modi e Xi foi apontado pela diplomacia chinesa como a continuação de um processo de melhoria das relações iniciada em Kazan, na Rússia, durante a cúpula do Brics de 2024.
“O relacionamento está de volta a uma trajetória positiva. A paz e a estabilidade nas regiões fronteiriças foram mantidas e os voos diretos estão prestes a ser retomados. Esse progresso beneficia não apenas os povos da Índia e da China, mas também o mundo inteiro. Índia e China são parceiras, não rivais. Nosso consenso supera em muito nossa discordância”, informou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Pequim.
Agencia Brasil
Mundo
Trump declara emergência na fronteira e fala em taxar países e em expansionismo: ‘A era de ouro começa agora’

Em tom otimista e ambicioso, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos, no qual falou do começo de “uma era de ouro”, revelou planos de “expandir o território” e confirmou uma série de decretos anti-imigração e protecionistas.
“A era de ouro dos Estados Unidos começa neste momento. Nossa soberania será restaurada. Nossa prioridade será criar uma nação que seja próspera e livre (…). Seremos uma nação rica de novo”, disse Trump.
No discurso, feito logo após tomar posse como o 47º presidente, Donald Trump disse também que:
- Sua primeira ordem executiva será a declaração de emergência na fronteira entre EUA e México, o que significa a autorização do envio de militares à região;
- Vai “retomar o controle” do Canal do Panamá;
- Vai taxar outros países para garantir o protecionismo em medidas energéticas;
- Os EUA voltarão a ser um país que “expande seu território”.
- Quer a bandeira americana em Marte.
- Quer “retomar” a liberdade de expressão no país e acabar com a censura e perseguição que ele afirma haver nos EUA;
- Os EUA voltarão a ser um país “com dois gêneros: o feminino e o masculino”.
O discurso de posse seguiu a estratégia da campanha de Trump, com grandes promessas e acusações ao governo de Joe Biden. Embora não tenha citado o nome de seu antecessor, Trump falou em tirar os Estados Unidos de uma época de escuridão.
“Agora temos um governo que não consegue administrar nem mesmo uma crise simples dentro de casa, enquantotambém tropeça em uma série de eventos catastróficos no exterior”, acusou.
Disse que sabe ter muitos desafios pela frente e, em referência ao atentado que sofreu durante a campanha eleitoral, no ano passado, afirmou que “fui salvo por Deus para tornar a América ótima novamente”, em referência ao seu slogan “Make America Great Again” (Maga).
No discurso, o agora presidente dos EUA confirmou que assinará, ainda nesta segunda, a ordem executiva que declarará emergência nacional na fronteira dos EUA com o México. Também prometeu expulsar “todos que entrarem de forma ilegal”, mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América e declarar cartéis mexicanos como organizações terroristas.
No âmbito internacional, disse que pretende ser um “unificador e um pacificador” e mencionou o acordo de cessar-fogo assinado na semana passada entre Israel e Hamas, para o qual ele reivindica ter tido influência. Mas subiu o tom ao falar da intenção de “retomar o controle” do Canal do Panamá.
Mundo
Na Cúpula do Futuro, Lula fala em “falta de ousadia” da ONU

Em seu primeiro discurso nesta viagem a Nova York, para a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Pacto para o Futuro, documento a ser assinado pelos líderes mundiais na cidade norte-americana, aponta uma direção a seguir, mas que falta “ambição e ousadia” para que a entidade consiga cumprir seu papel.
O presidente brasileiro discursou durante a Cúpula do Futuro, realizada neste domingo (22). Segundo ele, a crise da governança global requer transformações estruturais e citou os recentes conflitos armados existentes no mundo atualmente.
“A pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais. A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir as suas decisões. A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o conselho econômico e social foi esvaziado”, disse Lula ao discursar na Cúpula do Futuro.
No ano passado, o Brasil não conseguiu aprovar uma Resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito envolvendo Israel e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Na ocasião, o voto dos Estados Unidos – um Membro Permanente – inviabilizou a aprovação, mesmo após longa negociação da diplomacia brasileira. Outras resoluções apresentadas também fracassaram, seja por votos contrários dos Estados Unidos, seja da Rússia, outro Membro Permanente. Segundo as regras do Conselho de Segurança, para que uma Resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.
Pacto do Futuro
O evento prévio à Assembleia Geral da ONU reúne líderes mundiais para debater formas de enfrentar as crises de segurança emergentes, acelerar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e abordar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais.
Lula apontou como pontos positivos do Pacto tratar “de forma inédita” temas importantes como a dívida de países em desenvolvimento e a tributação internacional; a criação de uma instância de diálogo entre chefes de estado e de governo e líderes de instituições financeiras internacionais. O que, segundo Lula, promete recolocar a ONU no centro do debate econômico mundial.
O presidente citou ainda o avanço para uma governança digital inclusiva que “reduza as assimetrias de uma economia baseada em dados e mitigue o impacto de novas tecnologias como a inteligência artificial”. “Todos esses avanços serão louváveis e significativos, mas, ainda assim, nos falta ambição e ousadia”, disse.
Ele também criticou o Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a legitimidade do órgão encolhe “cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades”. Para Lula, as instituições de Bretom woods, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, desconsideram as prioridades e as necessidades do mundo em desenvolvimento.
“O Sul Global não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico”, afirmou.
O presidente disse que houve pouco avanço na agenda multilateral de reforma do sistema ONU nos últimos 20 anos e citou como medidas positivas a Comissão para Consolidação da Paz, criada em 2005 e o Conselho dos Direitos Humanos, criado em 2006.
Ele ainda alertou que os objetivos de desenvolvimento sustentável, mesmo tendo sido o maior “empreendimento diplomático dos últimos anos”, caminham para se tornarem o “nosso maior fracasso coletivo”.
“No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo. Na presidência do G20, O Brasil lançará uma aliança global contra fome e a pobreza, para acelerar a superação desses flagelos”, discursou.
Lula disse ainda que, mantido o ritmo atual, os níveis de redução de emissão de gases de efeito estufa e de financiamento climático serão insuficientes para manter o planeta seguro. “Em parceria com o secretário-geral [da ONU, António Guterres], como preparação para a COP30, vamos trabalhar para um balanço ético global, reunindo diversos setores da sociedade civil para pensar a ação climática sob o prisma de justiça, da equidade e da solidariedade”, continuou.
Direitos humanos
Em seu discurso, Lula disse que o mundo tem como responsabilidade não retroceder na agenda de direitos humanos e de promoção da paz.
“Não podemos recuar na promoção da igualdade de gênero, nem na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação. Tampouco podemos voltar a conviver com ameaças nucleares. É inaceitável regredir a um mundo dividido em fronteiras ideológicas ou zonas de influência. Naturalizar a fome de 733 milhões de pessoas seria vergonhoso. Voltar atrás em nossos compromissos é colocar em xeque tudo o que construímos tão arduamente”, afirmou.
“Precisamos de coragem e vontade política para mudar, criando hoje o amanhã que queremos. O melhor legado que podemos deixar às gerações futuras é uma governança capaz de responder de forma efetiva aos desafios que persistem e aos que surgirão”, disse o presidente ao terminar o discurso.
Cúpula do Futuro e Assembleia Geral
A Cúpula para o Futuro é um evento paralelo à Assembleia Geral da ONU. O evento produziu um documento, aprovado neste domingo. Ele foi negociado entre os estados-membros para reforçar a cooperação global e estabelecer compromissos para uma melhor adaptação aos desafios atuais, para o futuro do multilateralismo renovado e eficaz, para benefício das gerações futuras.
Na terça-feira (24), o presidente fará o tradicional discurso de abertura na Assembleia Geral das Nações Unidas. Por tradição, desde a 10ª sessão da cúpula, o presidente do Brasil é sempre o primeiro país a discursar.
A Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos principais órgãos da ONU e reúne os 193 estados que fazem parte da organização, com cada nação tendo o direito a um voto. Para o Brasil, a abertura do Debate Geral da assembleia permite apresentar as prioridades do país, tanto internamente quanto internacionalmente.
- Tecnologia1 semana atrás
5 adaptações e roteiros de Raphael Montes para assistir online no streaming
- Justiça1 semana atrás
Saiba como foi o 1º dia do julgamento de Bolsonaro e mais sete réus
- Tecnologia1 semana atrás
Amazon turbina IA que facilita compras com Lens Live; conheça
- Saúde1 semana atrás
O que é a prisão de ventre e quais os sintomas?
- Saúde1 semana atrás
Estalar os dedos faz mal à saúde? Veja o que diz a medicina
- Negócios1 semana atrás
Nestlé Demite CEO por Relacionamento Amoroso com Subordinada
- Política1 semana atrás
ALERJ define calendário para análise da CCJ e votação de 12 projetos do Governo
- Negócios1 semana atrás
O Mineiro Que Criou um Unicórnio de Bem-Estar Corporativo