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Você não viverá para ver primeira órbita completa de Plutão desde que foi descoberto; entenda

Redação Informe 360

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Plutão, o ex-planeta, tem história complexa que reflete a evolução de nossa compreensão do Sistema Solar. Descoberto em 1930, após décadas de buscas, ele reinou como o nono planeta por quase 76 anos antes de ser rebaixado à categoria de planeta anão.

A saga de Plutão começou com as anomalias observadas na órbita de Urano. Astrônomos do século XIX notaram que o gigante gasoso não se comportava como previsto pelas leis de Newton. A explicação? Um planeta desconhecido, além de Urano, exercia influência gravitacional. Essa hipótese levou à descoberta de Netuno.

Plutão, capturado pela New Horizons durante uma aproximação em 2015
Plutão capturado pela New Horizons durante aproximação em 2015 (Imagem: NASA/JPL)

Plutão e sua órbita

  • No entanto, ainda havia discrepâncias nas órbitas de Urano e Netuno;
  • O astrônomo Percival Lowell postulou a existência de um “Planeta X” para explicar essas anomalias;
  • Em 1930, Clyde Tombaugh, usando um comparador de piscada (equipamento que alternava, rapidamente, entre duas imagens da mesma parea do céu), finalmente localizou Plutão na região prevista por Lowell;
  • “Plutão é orbitado por cinco luas conhecidas, a maior das quais é Caronte”, explica a NASA. “Caronte tem cerca de metade do tamanho do próprio Plutão, o que o torna o maior satélite em relação ao planeta que orbita em nosso Sistema Solar. Plutão e Caronte são frequentemente chamados de ‘planeta duplo’”;
  • A alegria da descoberta, porém, foi breve. Com o tempo, os astrônomos identificaram outros objetos semelhantes a Plutão no Cinturão de Kuiper, região além da órbita de Netuno repleta de corpos celestes gelados. Essa descoberta desafiou a definição clássica de planeta.

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Em 2006, a União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) estabeleceu novos critérios para a classificação de um planeta. Um dos critérios era que o objeto deveria ter “limpado sua vizinhança orbital”. Plutão, compartilhando sua órbita com outros objetos, não atendia a esse requisito. Assim, foi reclassificado como planeta anão.

A órbita de Plutão é peculiar, sendo altamente elíptica e inclinada em relação ao plano orbital dos outros planetas. “A órbita oval de Plutão, com 248 anos de duração, pode levá-lo a até 49,3 unidades astronômicas (UA) do Sol e a até 30 UA”, explica a NASA.

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Como pontua o IFLScience, os dias em Plutão demoram 153 horas, mais ou menos, para acabar. Sua órbita leva 248 anos terrestres. Portanto, nem você e nem eu estaremos vivos para vê-lo completar sua primeira órbita completa após ter sido descoberto. A não ser que, até lá, consigamos aumentar significativamente nossa expectativa de vida. Afinal, os astrônomos estimam que isso ocorrerá em 23 de março de 2178.

Simulação da sonda New Horizons se aproximando de Plutão
Ex-planeta só vai completar sua atual órbita daqui a mais de 130 anos (Imagem: muratart/Shutterstock)

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Startup surpreende com churrasqueira dobrável que não faz fumaça

Redação Informe 360

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A startup REVO lançou a StoviGo, a primeira churrasqueira de aquecimento superior infravermelho do mundo que se dobra e vira uma maleta portátil.

Com design compacto e potência de sobra, o equipamento promete transformar a experiência de cozinhar ao ar livre — e vai além: é tão versátil que também pode ser usada no quintal, na varanda ou até dentro de casa, com os devidos cuidados.

Churrasqueira se dobra e vira uma maleta, fácil de transportar a diversos lugares (Imagem: Divulgação/StoviGo)

Foram dois anos de desenvolvimento até chegar ao modelo atual, que já está disponível no Kickstarter por US$ 299 (R$ 1,7 mil, na conversão direta), com entrega prevista para outubro de 2025.

O valor representa praticamente metade do preço de varejo previsto (US$ 599/R$ 3,4 mil) e a campanha já superou a meta de financiamento, indicando forte demanda.

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Detalhes da churrasqueira

  • Compacta (28 x 28 x 20 cm) e feita de aço inoxidável durável, a StoviGo pesa 7,2 kg (sem o gás) e se destaca por ter forno interno que atinge até 482 °C;
  • A temperatura é suficiente para assar pizzas grandes, frangos inteiros ou pratos mais elaborados;
  • A superfície superior, que chega a 204 °C, funciona como chapa adicional para manter acompanhamentos quentes ou preparar alimentos de forma simultânea.

Segura para vários ambientes

Ao contrário das churrasqueiras tradicionais, a StoviGo não produz praticamente nenhuma fumaça, já que os resíduos gasosos são queimados internamente. Isso a torna mais segura, eficiente e apropriada para ambientes diversos, inclusive áreas urbanas com restrições de fumaça.

Funcionando com gás propano ou butano, a churrasqueira tem autonomia de cerca de quatro horas com um botijão de 450 g, o suficiente para preparar quase 50 bifes. Leva apenas dois minutos para atingir a temperatura ideal e possui três níveis de calor: baixo, médio e alto.

A StoviGo tem um suporte integrado para mantê-lo fora do chão e torná-lo mais estável em superfícies irregulares – Imagem: StoviGo

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Startup quer desvendar “caixa-preta” dos modelos de IA; entenda

Redação Informe 360

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Formada por OpenAI e Google DeepMind, a startup Goodfire tem plano ousado. A empresa está investindo em pesquisas sobre interpretabilidade mecanicista — em outras palavras, a ciência por trás das redes neurais dos modelos de inteligência artificial (IA).

A plataforma criada pela startup, a Ember decodifica os neurônios dentro de sistemas de IA para fornecer acesso direto e programável aos seus pensamentos internos. Além disso, desbloqueia maneiras inteiramente novas de aplicar, treinar e alinhar modelos de IA.

Isso vai permitir aos usuários acesso a conhecimentos ocultos dos modelos, a manipulação de seus comportamentos de forma mais precisa e o aprimoramento de desempenho da tecnologia, segundo a empresa.

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Eric Ho, cofundador e CEO da Goodfire (Imagem: Reprodução/Goodfire)

Ninguém entende os mecanismos pelos quais os modelos de IA falham. Então, ninguém sabe como corrigi-los”, disse Eric Ho, cofundador e CEO da Goodfire. “Nossa visão é desenvolver ferramentas que tornem as redes neurais fáceis de entender, projetar e corrigir de dentro para fora. Essa tecnologia é fundamental para construir a próxima fronteira de modelos de base seguros e robustos.”

Startup de IA tem costas quentes

  • Neste mês, a Goodfire anunciou rodada de financiamento Série A de US$ 50 milhões (R$ 287.45 milhões, na conversão direta), liderada pela Menlo Ventures com a participação da Lightspeed Venture Partners, Anthropic (criadora do Claude), B Capital, Work-Bench, Wing, South Park Commons e outros investidores;
  • O investimento ocorre um ano após a fundação da empresa, que vai aplicar os recursos em iniciativas de pesquisa já em andamento, além do desenvolvimento da principal plataforma de interpretabilidade, a Ember, em parceria com os clientes;
  • “Modelos de IA são, notoriamente, caixas-pretas não determinísticas”, disse Deedy Das, investidor da Menlo Ventures. “A equipe de alto nível da Goodfire está desvendando essa caixa para ajudar as empresas a realmente entender, orientar e controlar seus sistemas de IA”;
  • A startup anunciou que vai lançar prévias adicionais de pesquisas, destacando técnicas de interpretabilidade de ponta em diversas áreas, como processamento de imagens, modelos avançados de linguagem de raciocínio e modelagem científica.

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Pesquisa vai permitir acesso a conhecimentos ocultos dos modelos (Imagem: Reprodução/Goodfire)

Parceria de ouro

Recentemente, a empresa iniciou colaboração com o Arc Institute, organização de pesquisa sem fins lucrativos pioneira em modelos de base biológica. Com a parceria, a Goodfire pretende compreender o funcionamento do modelo Evo 2.

O sistema é capaz de processar sequências de até um milhão de pares de bases com resolução ao nível de nucleotídeo e permite tanto a predição, quanto a geração em vários níveis de complexidade biológica.

Segundo a startup, esse tipo de modelo oferece oportunidade única para a interpretabilidade da IA. Essas redes neurais operam com sequências de DNA e não textos legíveis por humanos, como ocorre em modelos de linguagem grande (LLMs, na sigla em inglês).

“Esse avanço na interpretabilidade pode aprofundar nossa compreensão dos sistemas biológicos, ao mesmo tempo em que possibilita novas abordagens para a engenharia genômica. Também abrem possibilidades para o desenvolvimento de melhores tratamentos para doenças e a melhoria da saúde humana”, diz o site.

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Onde termina a Terra e começa o espaço?

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A humanidade sempre olhou para o céu com curiosidade, tentando entender onde a atmosfera terrestre acaba e o espaço sideral começa. Essa questão, que envolve ciência, tecnologia e até mesmo disputas políticas, é essencial para áreas como a astronomia, a exploração espacial e a aviação.

Mas afinal, onde começa espaço Terra? Há um limite preciso que separa nosso planeta do vasto universo? Para a ciência, definir essa fronteira não é simples. A Terra não possui uma “barreira” física que delimita o fim de sua atmosfera.

Em vez disso, sua camada gasosa se torna gradualmente mais rarefeita à medida que se afasta da superfície.

No entanto, por convenção, a linha de Kármán, situada a 100 km acima do nível do mar, é amplamente aceita como o ponto onde o espaço começa. Esse critério, porém, não é unânime e há outras definições que competem com essa ideia. 

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Onde termina a Terra e começa o espaço?

A transição entre a atmosfera terrestre e o espaço não é abrupta, mas sim um processo gradual. Diferentes definições foram adotadas ao longo do tempo para tentar estabelecer um limite claro entre os dois. Veja algumas das principais abordagens para definir essa fronteira.

A linha de Kármán: a convenção mais aceita

A linha de Kármán, situada a 100 km acima do nível do mar, é a definição mais amplamente utilizada para determinar onde começa o espaço.

imagem mostra um foguete flutuando no espaço
Objeto flutuando no espaço (Divulgação: Rocket Lab)

Esse conceito foi introduzido pelo engenheiro e físico húngaro Theodore von Kármán, que calculou que a partir dessa altitude a densidade atmosférica se torna tão baixa que um avião não consegue mais gerar sustentação suficiente para voar. Acima desse ponto, apenas foguetes conseguem operar de maneira eficiente.

Organizações como a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) adotam essa definição para classificar astronautas e delimitar recordes de voo espacial. No entanto, algumas entidades, como a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), utilizam um critério diferente.

Os 80 km da USAF e NASA

Para as forças armadas e algumas agências espaciais dos EUA, a fronteira do espaço começa a 80 km de altitude.

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A NASA e a Força Aérea concedem o título de astronauta a pilotos que ultrapassam essa marca, o que gerou discussões em missões espaciais suborbitais realizadas por empresas privadas, como a Blue Origin e a Virgin Galactic.

Essa diferença na definição pode influenciar até mesmo a regulamentação de voos comerciais espaciais.

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A exosfera: a visão científica da transição

Além das convenções estabelecidas, a ciência considera que a atmosfera da Terra se estende muito além dos 100 km.

A última camada atmosférica, chamada exosfera, pode alcançar até 10.000 km de altitude antes de se dissipar completamente no espaço interestelar. Nesta região, as partículas de gás são extremamente raras e podem viajar grandes distâncias sem colidir entre si.

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Embora a exosfera ainda faça parte da Terra do ponto de vista atmosférico, ela já está praticamente no vácuo.

A magnetosfera e a influência gravitacional

Outro critério para definir onde termina a Terra e começa o espaço leva em conta a influência do campo gravitacional e magnético do planeta.

Ilustração da Terra vista do espaço, com destaque para a atmosfera
Ilustração digital mostra a visão da Terra direto do espaço sideral (Reprodução: Dima Zel/Shutterstock)

A magnetosfera, que se estende por milhares de quilômetros além da superfície, protege a Terra de partículas solares e cósmicas. Já a esfera de Hill, que marca o ponto em que a gravidade da Terra perde força em relação ao Sol, se encontra a aproximadamente 1,5 milhão de quilômetros de distância.

Considerando essa perspectiva, poderíamos dizer que o “espaço” só começa realmente muito além do que os limites tradicionalmente aceitos.

A importância da definição para a exploração espacial

Estabelecer onde começa o espaço tem implicações práticas e políticas. O reconhecimento de astronautas, a regulamentação de voos espaciais comerciais e até mesmo acordos internacionais sobre soberania aérea dependem dessa definição.

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À medida que empresas privadas ampliam sua presença na exploração espacial, essas discussões se tornam ainda mais relevantes.

Embora a linha de Kármán continue sendo o padrão mais aceito, as diferentes abordagens demonstram que a resposta para onde começa espaço Terra depende do contexto.

Se considerarmos apenas critérios físicos, a transição da atmosfera para o espaço é gradual e pode se estender por milhares de quilômetros. Mas, para fins práticos e operacionais, 100 km ainda são a referência principal.

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