Saúde
Sachês de nicotina: o que são e para que servem?

Em janeiro de 2025, o FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA, equivalente à Anvisa, autorizou a venda de Zyn, o sachê de nicotina no país. Eles são bolsas de fibra sintéticas com pó de nicotina que contém sabor e aroma.
A comercialização dos sachês de nicotina é proibida no Brasil e na União Europeia, com exceção da Suécia, onde a venda é liberada. Mas, afinal, o que são os sachês de nicotina? Saiba tudo a seguir.
O que são e para que servem os sachês de nicotina?
Tradicional em países como a Noruega, Dinamarca, Islândia, Finlândia e, principalmente, Suécia, além das Ilhas Faroé, regiões autônomas como a Groenlândia (da Dinamarca) e as ilhas Åland (da Finlândia), os sachês de nicotina são pequenos saquinhos feitos de celulose e que podem ter como recheio a nicotina e o pó de tabaco.

Conhecido inicialmente como snus, o produto é originário da Suécia e possuía tabaco em pó. Porém, o snus que ficou famoso nos Estados Unidos e na Europa é, na verdade, o Zyn – uma evolução da mercadoria, e a principal diferença é que esse novo produto contém apenas nicotina em pó, sem tabaco.
No Brasil, o Zyn tem chegado de maneira ilegal com a promessa de ser uma opção aos cigarros tradicionais.
O produto ainda pode vir com gostos diferentes, como menta, canela, hortelã, café e outros. Em comparação ao cigarro comum, o Zyn tem 8 mg de nicotina. Porém, a autorização emitida nos EUA, estabelece que o sachê de nicotina deve ser vendido com uma quantidade entre 3 mg e 6 mg. A diferença entre eles é que o primeiro não tem fumaça, fazendo ele ser menos nocivo.
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O item foi aprovado nos EUA para ser uma ferramenta que ajuda as pessoas a largarem o vício de fumar cigarros. O uso da bolsa de nicotina é feito da seguinte forma: a pessoa a coloca entre a gengiva e os lábios e assim, a substância é liberada de forma lenta.
No entanto, a alta dose de nicotina é uma preocupação da medicina, pois pode viciar e até contribuir com doenças cardiovasculares, além de originar substâncias cancerígenas (as nitrosaminas).
Por que os Estados Unidos autorizaram os sachês de nicotina?

A autorização foi dada pela FDA com o intuito de ajudar as pessoas adultas a pararem de fumar cigarros. No país, é permitida a comercialização do produto em 10 sabores, incluindo canela, menta e café.
De acordo com Matthew Farrelly, Ph.D., diretor do Escritório de Ciências do Centro de Produtos de Tabaco da FDA, “para receber autorizações de comercialização, a FDA precisa ter evidências suficientes de que os novos produtos oferecem maiores benefícios aos riscos à saúde da população. Neste caso, os dados mostram que esses produtos em sachês de nicotina atendem a esse requisito, beneficiando adultos que usam cigarros e/ou produtos de tabaco sem fumaça e que migraram completamente para esses produtos”.
Somente adultos a partir dos 21 anos podem adquirir o produto. Apesar disso, o órgão ressalta que jovens e adultos que não usam produtos de tabaco, não devem começar a utilizar o sachê de nicotina.
Consequências do uso dos sachês
Especialistas se preocupam com os efeitos do uso da nicotina a longo prazo, já que a substância pode gerar problemas gastrointestinais, cardiovasculares e de saúde bucal.
Em entrevista ao CBS News, o Dr. Mustali Dohadwala, diretor médico e clínico geral da clínica particular Heartsafe, especializada em cardiologia, afirmou que o produto aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial.
Além disso, o médico afirmou que o que mais o preocupa “é a doença periodontal. Há substâncias químicas tóxicas nessas bolsas, que podem causar lesões nas gengivas. Lesões persistentes e recorrentes podem levar à inflamação, infecção e, principalmente, ao câncer”.
A substância é conhecida por trazer uma sensação de relaxamento. Porém, especialistas alertam que após o efeito passar, ocorre um grande nervosismo e ansiedade.
Debate político e social
A decisão de autorizar a comercialização dos sachês de nicotina gerou diversas discussões. Yolonda Richardson, da Campanha para Crianças Livres de Tabaco, por exemplo, disse à Associated Press que “FDA não deveria autorizar a venda de nenhum produto de tabaco saborizado, dado o histórico bem documentado da indústria do tabaco de usar produtos saborizados para atrair e viciar crianças”.
Outra figura que já se demonstrou contra foi o senador Chuck Schumer, que afirmou que os “sachês de nicotina parecem ter como alvo os jovens – adolescentes e até menores – e então usam as mídias sociais para fisgá-los”.
Quem defende o uso dos sachês, afirma que elas geram uma sensação de euforia. Há quem também destaque a eficácia do produto para auxiliar na cessação do tabagismo.
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Saúde
Como funcionam os minirrobôs que desentopem artérias

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) com base em dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes no Brasil – aproximadamente 400 mil por ano – e figuram entre as principais causas de óbito em todo o mundo.
Diante desse cenário alarmante, pesquisadores apostam em uma solução inovadora: minirrobôs capazes de limpar artérias entupidas.
Sobretudo, a tecnologia, que antes parecia ficção científica, pode revolucionar o tratamento de problemas cardíacos. Neste artigo, você vai entender como esses minirrobôs minúsculos são projetados para navegar pela corrente sanguínea e desobstruir artérias, uma abordagem que promete ser menos invasiva, mais precisa e potencialmente mais eficaz do que os métodos convencionais. Confira!
Minirrobôs que limpam artérias: inovação promissora contra doenças cardíacas

Os minirrobôs que limpam artérias surgiram como uma nova solução para pacientes de doenças cardíacas. No entanto, vale ressaltar que essa novidade ainda está em fase experimental.
Em 2023, pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveram uma tecnologia promissora envolvendo microrrobôs equipados com nanopartículas de ferro, projetados para entregar medicamentos diretamente em placas de gordura nas artérias.
Esses robôs microscópicos são guiados por campos magnéticos e têm como objetivo tratar a aterosclerose de forma mais precisa e menos invasiva do que os métodos tradicionais.
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Na Suíça, cientistas da ETH Zurich desenvolveram robôs inspirados no nado de bactérias, demonstrando alto desempenho em meios líquidos durante os testes. O artigo foi publicado na revista Science, na qual os pesquisadores Nelson e Salvador Pané destacam o potencial dos microrrobôs para levar medicamentos diretamente ao local afetado.
Segundo eles, essa abordagem pode reduzir os efeitos tóxicos dos tratamentos e permitir o uso de doses mais potentes, o que abre espaço para repensar estratégias terapêuticas em diversas doenças.

Antes dos minirrobôs que limpam artérias: uma abordagem pioneira contra a aterosclerose
No entanto, antes dessas possíveis soluções, lá em 2018 outra pesquisa trouxe uma abordagem inovadora para enfrentar a aterosclerose – caracterizada pelo acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias.
O estudo, publicado no Journal of the American Heart Association, foi realizado por pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Na época, eles identificaram uma substância capaz de prevenir a obstrução do fluxo sanguíneo, condição associada a infartos e derrames.
Dessa forma, os cientistas concentraram seus esforços nas lipoproteínas do tipo B, especialmente o colesterol LDL, identificado como um dos principais responsáveis pela formação de placas nas artérias.
A partir desse ponto, com o objetivo de investigar uma estratégia de reversão da aterosclerose, a equipe tratou animais com estatinas e inibidores PCSK9 durante três anos, buscando reduzir drasticamente os níveis de colesterol por um período controlado.

A pesquisadora Jennifer G. Robinson explicou que a proposta era permitir que as artérias se recuperassem naturalmente enquanto o acúmulo de gordura se dissolvia com a redução intensa do LDL. Segundo ela, esse método poderia não apenas prevenir a progressão da doença, mas também mudar a forma como certas condições cardiovasculares são tratadas.
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Saúde
EUA: agência reguladora limita acesso a vacinas da covid-19

O diretor médico e científico da FDA, Dr. Vinay Prasad, vetou a aplicação generalizada das vacinas contra a Covid-19 da Novavax e da Moderna, contrariando as recomendações unânimes de especialistas da própria agência. As informações dão do New York Times.
Ele alegou que a ameaça do vírus diminuiu e que os riscos conhecidos e desconhecidos das vacinas podem superar os benefícios para pessoas jovens e saudáveis.
A decisão faz parte de uma reviravolta na política da FDA, que agora limita a vacinação a pessoas com 65 anos ou mais, ou a menores de 65 com condições médicas de alto risco.
A FDA, sigla para Food and Drug Administration, é uma agência reguladora dos EUA, com atuação equivalente ao que temos no Brasil com a Anvisa.

Vacinas com eficácia alta estão sendo vetadas
- A equipe da FDA havia aprovado ambas as vacinas com base em ensaios envolvendo dezenas de milhares de pessoas e dados que mostraram segurança e eficácia.
- A Novavax, por exemplo, demonstrou 90% de eficácia.
- Já a vacina atualizada da Moderna, a mNexspike, foi considerada segura e ligeiramente mais eficaz que a versão anterior.
- No entanto, Prasad afirmou que até eventos adversos raros devem ser levados em conta na nova fase da pandemia.
A medida foi criticada por especialistas que apontam o esquecimento dos efeitos da própria Covid-19, como a Covid longa, miocardite e complicações cardiovasculares.
Também foram levantadas preocupações éticas, especialmente porque as restrições podem limitar o acesso às vacinas — exigindo prescrição off-label, o que pode não ser coberto por seguros.

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Políticas conservadoras na FDA geram descontentamento
As decisões de Prasad se inserem em um movimento maior de reformulação da FDA, com mudanças na liderança e uma política mais conservadora quanto a aprovações. Críticos alertam que esse novo enfoque pode comprometer a saúde pública ao dificultar a imunização de amplas faixas da população.
A FDA informou que novos estudos serão conduzidos para avaliar a segurança das vacinas em pessoas de 50 a 64 anos.

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Saúde
Gripe aviária: testes em humanos de vacina brasileira são aprovados pela Anvisa

Nesta terça-feira (1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou os testes em humanos da primeira vacina brasileira contra gripe aviária.
Com isso, o Instituto Butantan, de São Paulo, fará os ensaios clínicos do imunizante, que está em desenvolvimento desde janeiro de 2023, utilizando a mesma tecnologia da vacina contra a influenza sazonal. Os testes pré-clínicos, realizados em animais, contaram com cepas vacinais da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Importância da primeira vacina brasileira contra a gripe aviária
- Apesar de a gripe aviária ser esporádica nos humanos, o Instituto Butantan visa preparar o país para enfrentar potenciais pandemias, tendo, como base, o que aprendemos com a Covid-19;
- Especialistas do instituto e demais organizações de saúde brasileiras apontam que a gripe aviária tem potencial de causar outra pandemia; em especial, o subtipo H5N1, cuja taxa de letalidade é de 50% em humanos;
- O Butantan quer ter estoque de vacinas feitas com três cepas vacinais:
- Influenza aviária A/Anhui/1/2005 (H5N1);
- Influenza aviária A/Astrakhan/3212/2020 (H5N8);
- Influenza aviária A/duck/Vietnam/NCVD-1584/2012 (H5N1).
Essas cepas foram enviadas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e pelo Instituto Nacional de Controle e Padrões Biológicos (NIBSC), do Reino Unido, após acerto com a OMS.
Segundo o g1, os estudos pré-clínicos tiveram resultados favoráveis de segurança e imunogenicidade — capacidade de provocar resposta imune —, que indicam que a possível vacina é promissora.
Agora, o imunizante influenza monovalente A (H5N8) (inativada, fragmentada e adjuvada) será aplicada em duas doses em intervalo de 21 dias, em duas etapas. A princípio, participarão dos testes adultos de 18 a 59 anos e 11 meses e, a seguir, pessoas com 60 anos ou mais.
O Instituto Butantan pretende chamar 700 adultos e idosos voluntários para participar das fases 1 e 2, a serem realizadas em cinco centros de pesquisa nacionais, com objetivo de encerrar o acompanhamento dessas pessoas em 2026 para, então, enviar à Anvisa pacote regulatório que abranja ampla faixa etária.
O diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, deu detalhes da quantidade de imunizantes que o instituto consegue produzir, além de afirmar que o Ministério da Saúde se mostrou “sensível” ao tema.
“Estamos em conversas com o Ministério da Saúde, que se mostrou sensível ao avanço dessa discussão. Com a plataforma aprovada, o Instituto pode produzir um contingente de 30 milhões de doses após os resultados iniciais. Este contingente estratégico pode ser utilizado caso o vírus comece a se disseminar entre humanos e tenha antígenos semelhantes aos representados pela vacina candidata do Instituto Butantan”, explicou.

Nessas etapas, os pesquisadores avaliarão segurança e capacidade de geração de resposta imune contra a gripe aviária de duas formulações do imunizante quando comparada ao placebo. O estudo permitirá a escolha da dose da vacina.
Quanto à segurança da pesquisa, essa será realizada por um comitê independente de monitoramento de dados e segurança. Entre algumas ações, eles avaliarão, preliminarmente, dados de segurança dos 70 primeiros voluntários adultos após a aplicação da primeira dose. Se a análise se mostrar positiva, haverá nova etapa de recrutamento, na qual serão incluídos mais 280 adultos.
Quando essa fase terminar, caso o perfil de segurança se mostrar favorável, começará a segunda fase do estudo, onde 70 voluntários com idades a partir de 60 anos serão convocadas. Caso eles mostrem às análises resultados positivos, mais pessoas da mesma faixa etária serão selecionadas. Isso se repetirá até que um contingente total de 350 voluntários seja atingido.
“Ter uma vacina pronta, com uma plataforma já testada, que mostra que produz anticorpos contra o vírus, é o objetivo do Butantan. Não é para já comercializar, mas para propor um estoque estratégico”, finalizou Kallás.
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Livres da doença
Em 18 de junho, após 28 dias sem registrar casos em granjas, o Brasil se declarou livre da gripe aviária, conforme informações do Ministério da Agricultura. A contagem começou em 22 de maio após a desinfecção completa de uma granja de Montenegro (RS), onde houve o primeiro e único foco da doença em aves.
O Brasil é o maior exportador de carne do mundo e, com a notificação do primeiro caso da doença no Rio Grande de Sul, 16 países impuseram restrições ao importar carne de frango brasileira, com alguns até suspendendo a compra.
Contudo, com a situação sob controle, essas medidas já foram revistas pela maioria dos países; a única nação que ainda está restringindo a exportação do produto é o Japão, que não está importando carne dos municípios de Montenegro (RS), Campinápolis (MT) e Santo Antônio da Barra (GO).
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