Saúde
Parassonia: o transtorno do sono que pode te fazer falar ou até xingar enquanto dorme

No início de 2019, a paisagista Elaine Caparroz foi agredida por quatro horas pelo estudante de Direito Vinícius Serra. O caso, amplamente repercutido na época como tentativa de feminicídio, tomou uma reviravolta surpreendente após cinco anos. Foi revelado que o acusado apresenta parassonia, um raro distúrbio do sono.
Com base nesse diagnóstico, a justiça concluiu que Vinícius não poderia ser responsabilizado criminalmente por seus atos, resultando em sua absolvição. Mas, afinal, o que é a parassonia? Como esse distúrbio pode levar a comportamentos violentos? Entenda mais sobre o transtorno!
Leia mais
- Acordar na madrugada para comer pode ser distúrbio de sono
- Trabalho noturno está ligado a distúrbios do sono, segundo estudo
- Veja um polvo supostamente acordando de um pesadelo
O que é parassonia?
As parassonias são transtornos ligados ao sono, em que acontecem ações involuntárias ou inconscientes por parte do indivíduo que recebeu tal diagnóstico. Geralmente, essas ocorrências indesejadas podem aparecer no início do sono, ao longo do sono ou durante o despertar.
Deste modo, tais modificações podem ocorrer tanto na fase REM do sono, que é o estágio final do ciclo do sono e na qual os sonhos mais intensos acontecem, quanto na fase não-REM. Especialistas explicam que não existe uma causa específica para uma pessoa ser diagnosticada com parassonia, uma vez que o transtorno é resultado de vários fatores.

Entre esses, a idade, o nível de estresse, efeitos de medicamentos, insônia e até mesmo o simples fato de estar dormindo em um local desconhecido pode contribuir para episódios do distúrbio. Contudo, as parassonias podem ser divididas em níveis de intensidade diferente. Confira a seguir.
Parassonia do sono não-REM
As parassonias que acontecem durante o sono não-REM, que normalmente ocorrem na fase de transição para o despertar, englobam episódios de sonambulismo, terrores noturnos e o fenômeno conhecido como despertar confusional.
Este último é mais frequente na infância e se caracteriza por a pessoa acordar desorientada, podendo apresentar choro, comportamentos agressivos e fala arrastada.
Parassonias do sono REM
As parassonias do sono REM são aquelas que apresentam episódios de pesadelos, que podem envolver fala ou gritos durante o sono, paralisia do sono e o transtorno comportamental do sono REM, caracterizado por movimentos violentos que podem causar ferimentos tanto na pessoa quanto em quem estiver próximo.
Além disso, outras condições, como o bruxismo (ranger de dentes à noite) e a enurese noturna (xixi na cama), também são consideradas parassonias, sendo a enurese mais comum na infância e geralmente resolvendo-se com o tempo.
Qual a diferença entre parassonia e sonambulismo?

Enquanto as parassonias se referem a um conjunto de transtornos do sono que podem incluir o sonambulismo, terrores noturnos, bruxismo e pesadelos, por exemplo, o sonambulismo representa um único distúrbio do sono.
Deste modo, o sonambulismo é o distúrbio do sono que consiste em um despertar parcial do sono Não-REM, com comportamentos automáticos como sentar-se, levantar-se e andar. Por outro lado, as parassonias apresentam diversos tipos, alguns ligados ano sono REM e outros ao NÃO-REM.
Sim. Segundo especialistas, é possível acordar um sonâmbulo, desde que a ação seja realizada com cautela. Então, o ideal é conduzir o indivíduo novamente para a cama para que ele possa continuar o sono.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico para parassonias é clínico ou com polissonografia. Portanto, em caso de sintomas, é essencial procurar ajuda profissional. A partir disso, o tratamento pode incluir medicamentos e psicoterapia.
A Universidade de Navarra, localizada na Espanha, sugere a utilização de ansiolíticos com propriedades calmantes para tratar pacientes que apresentam parassonias.
Dentre os medicamentos frequentemente prescritos estão o diazepam e o alprazolam, sempre sob a orientação e acompanhamento de um médico. Além disso, abordagens como a terapia cognitivo-comportamental e ajustes no ambiente de sono também são utilizadas para reduzir os riscos para o paciente e para pessoas ao seu redor.
As informações contidas neste artigo têm caráter exclusivamente informativo e não substituem o aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Em caso de dúvidas ou sintomas, procure um médico ou especialista qualificado.
O post Parassonia: o transtorno do sono que pode te fazer falar ou até xingar enquanto dorme apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Colgate descontinua linha de creme dental com reações adversas

Nesta sexta-feira (27), a Colgate-Palmolive Brasil informou que descontinuará o creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint após interdição cautelar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por relatos de efeitos adversos.
Em nota, a companhia comunicou que o produto — barrado desde o fim de março — não possui problemas de qualidade, mesmo com a decisão de descontinuidade. “A decisão é incentivada pela investigação conduzida em atenção aos consumidores brasileiros e à Anvisa, tendo por objeto os níveis de aromatizante do produto“, explicou.

Por que o creme dental da Colgate foi interditado pela Anvisa?
À época da suspensão do creme dental, a Anvisa disse, em resolução, que uma das possibilidades para as reações adversas era a presença de fluoreto de estanho na fórmula. Entre tais reações, estão:
- Lesões bucais;
- Sensações dolorosas;
- Sensação de queimação/ardência;
- Inflamação gengival;
- Edema labial;
- Inchaço em tecido amigdaliano, labial e mucoso da cavidade oral;
- Queimação;
- Anestesia labial e da região interna da boca;
- Secura da mucosa;
- Áreas de rubor.
Em comunicado, a Colgate-Palmolive pede que, caso os consumidores percebam “qualquer tipo de desconforto, irritação ou alteração incomum ao utilizar o produto, suspenda o uso imediatamente e entre em contato com o seu dentista” e avise-a pelos seguintes canais de atendimento:
- Site: https://www.colgatepalmolive.com.br/contact-us#
- WhatsApp: +55 11 972768642
Leia mais:
- Por quanto tempo devemos escovar os dentes?
- Você escova os dentes do jeito certo? Veja o que diz a ciência
- Implante dentário “inteligente” promete devolver sensibilidade ao sorriso

Relembre o caso
Em 27 de março, a Anvisa impôs medida cautelar contra o Colgate Clean Mint em todo o país após relatos que indicam efeitos colaterais após a utilização do produto. A agência compilou oito ocorrências, sendo 13 episódios de manifestações nocivas acerca da higiene bucal.
O produto em questão é reinvenção de um dos cremes dentais mais difundidos da marca, o Colgate Total 12. A fabricante implementou modificações na composição e rotulagem do produto em julho de 2024, usando o fluoreto de estanho no lugar do fluoreto de sódio.
O Procon-SP também acionou a Colgate, demandando esclarecimentos sobre as medidas que estavam sendo tomadas diante dos relatos de reações adversas associadas ao uso do produto.
No mesmo dia, a Colgate obteve vitória em recurso para retomar a venda do creme dental. Contudo, admitiu, no dia seguinte, que afirmou que algumas pessoas podem apresentar “sensibilidade a certos ingredientes” do produto (como fluoreto de estanho, corantes ou sabores, que estão presentes na Clean Mint), mas que ele não oferece riscos à saúde.
Ainda no dia 28, a Anvisa emitiu alerta sobre possíveis reações adversas associadas ao uso de cremes dentais que contenham fluoreto de estanho, composto reconhecido por suas propriedades anticáries e antimicrobianas, mas que pode provocar irritações em alguns casos.
A agência reforçou a importância de que consumidores reportem qualquer efeito indesejado por meio do sistema e-Notivisa, contribuindo para investigações e ações de vigilância.

Segundo a Anvisa, consumidores devem ficar atentos a sinais de irritação e, caso notem qualquer desconforto, interromper o uso do produto. Se os sintomas persistirem, é aconselhável buscar orientação de profissional de saúde.
Já os profissionais devem acompanhar possíveis alterações na saúde bucal dos pacientes, alertá-los sobre os riscos e indicar alternativas para pessoas com sensibilidade.
Os fabricantes precisam assegurar que a rotulagem de seus produtos contenha informações claras sobre as possíveis reações adversas, além de orientações precisas sobre o uso adequado do creme dental.
O post Colgate descontinua linha de creme dental com reações adversas apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Vacina do Butantan contra dengue pode estar disponível em 2026

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan ainda está em fase de análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a aprovação pode ocorrer em breve.
A expectativa do governo federal é que, com a conclusão do processo regulatório, a dose esteja disponível para uso em um programa nacional de imunização já no início de 2026, como informa a Agência Brasil.
“O processo está em avaliação. A Anvisa tem feito questionamentos técnicos, e o Butantan vem respondendo todos os dados necessários”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta terça-feira (25), durante entrevista a rádios no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Casos e óbitos caíram, mas SP vem sofrendo com a dengue
- A dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
- Em 2025, segundo Padilha, houve queda de mais de 70% nos casos e de 80% nos óbitos em comparação com 2024.
- Contudo, o estado de São Paulo concentrou a maioria das ocorrências e mortes em 2025.
Leia mais:
- 10 coisas que você precisa saber sobre a vacina de dose única para dengue
- 5 mitos e 5 verdades sobre a dengue e o mosquito Aedes aegypti
- Infectologista explica diferença entre sintomas de dengue e gripe

Precauções para o segundo semestre
O ministro destacou que os meses de junho e julho marcam o fim do período de maior transmissão. A partir de agosto, o foco será intensificar ações preventivas e informativas nos municípios, preparando o país para o novo ciclo de transmissão que começa em janeiro.
“Vamos trabalhar muito fortemente em agosto e setembro, já no segundo semestre, para os municípios e governos estaduais começarem ações de prevenção, controle e informação à população”, afirmou o ministro.
“Queremos que até o fim de 2025 a vacina esteja registrada, com base na parceria entre Anvisa e Butantan. Estamos trabalhando firmemente para isso”, concluiu Padilha.

O post Vacina do Butantan contra dengue pode estar disponível em 2026 apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
Saúde
Microplásticos podem aumentar risco de diabetes, revela estudo

Os microplásticos já foram localizados em praticamente todos os órgãos humanos. Segundo cientistas, estas pequenas substâncias podem gerar graves problemas de saúde, mas estes efeitos ainda não são tão bem documentados.
Agora, um novo estudo aponta que eles estão presentes na brisa marinha, em mananciais subterrâneos de água e em peixes. E que a ingestão destas partículas pode aumentar os riscos de desenvolver diabetes tipo 2.

Incidência de diabetes foi 18% maior
Durante o trabalho, os pesquisadores analisaram a concentração de microplásticos em 152 áreas costeiras nos Estados Unidos. Eles descobriram que os moradores que viviam nas regiões com grande contaminação eram os que apresentavam a maior incidência de doenças.
Os participantes do estudo apresentaram uma prevalência 18% maior de diabetes tipo 2, 7% maior de aterosclerose e 9% maior de derrames. Essa é uma das primeiras pesquisas em larga escala a sugerir que águas poluídas estão relacionadas a doenças crônicas.

Trabalhos anteriores já tinham identificado que micro e nanoplásticos provocam estresse oxidativo, danificando células e tecidos. No entanto, não havia qualquer referência ao risco de viver em áreas próximas ao mar com um alto grau de contaminação por essas substâncias.
Leia mais
- A Ciência acaba de encontrar um uso para os microplásticos
- Microplásticos podem ameaçar as plantas
- Poluição de microplásticos pode ser pior do que imaginávamos

Riscos dos microplásticos
- Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
- Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
- Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
- Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
- Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
- Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sangue, cérebro, coração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
- Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças como o Parkinson.
- Estudos recentes sugeriram que a exposição aos microplásticos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.
O post Microplásticos podem aumentar risco de diabetes, revela estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.
Powered by WPeMatico
- Negócios1 semana atrás
Liderança Feminina Avança no Brasil e Redefine Sucesso de Empresas
- Tecnologia1 semana atrás
“Cola” de DNA pode prevenir e tratar doenças do envelhecimento
- Negócios1 semana atrás
VP de Gente do Grupo Boticário Fala Sobre Carreira Global no RH
- Negócios1 semana atrás
EUA Exigirão Avaliação de Perfis em Rede Social para Concessão de Visto de Estudante
- Saúde1 semana atrás
EUA aprovam vacina semestral para prevenir o HIV
- Saúde1 semana atrás
O que é endocardite e quais os sintomas?
- Saúde1 semana atrás
Tecnologia pode detectar retorno do câncer de mama com antecedência
- Tecnologia6 dias atrás
Gostou de “Operação: Lioness”? Confira 5 séries e filmes parecidos com a produção da Netflix