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Saúde

Inimigo do orgasmo: como o álcool pode atrapalhar o clímax sexual?

Redação Informe 360

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Muita gente coloca o álcool como um fator propício para trazer um clima antes do sexo. Essas bebidas podem nos deixar mais leves e relaxados, por exemplo. Só que não é exatamente assim que funciona. Especialistas explicam que o consumo, na verdade, pode ser um vilão nesses momentos.

Apesar de ainda existirem poucas pesquisas sobre os impactos do álcool nas relações sexuais, alguns dados, obtidos em testes com ratos e pesquisa qualitativas, já indicam que beber demais pode causar a anorgasmia — inibição recorrente ou persistente do orgasmo. O assunto foi tema de um artigo do jornal The New York Times.

Como o álcool afeta as relações sexuais?

  • Dados obtidos de investigações sobre como o álcool afeta o sexo mostram que, quando ingerido em pouca quantidade, a bebida alcoólica pode deixar as pessoas mais relaxadas e aumentar a excitação.
  • O problema é quando o consumo da bebida é exagerado. Neste caso, pode afetar a libido e atrasar ou bloquear o alcance do orgasmo.
  • O álcool dá uma sensação de bem-estar ao liberar a dopamina no cérebro. E também amplia os efeitos do Gaba — ácido gama-aminobutírico —, que desacelera a atividade neural e causa relaxamento.
  • É como se deixasse o cérebro dormente, impactando o julgamento, a coordenação motora e as frequências cardíaca e respiratória. Assim, também impacta a capacidade do cérebro de receber e compreender informações.
  • Isso também inclui o processamento dos estímulos sexuais e o controle das contrações musculares, fundamental para o alcance do clímax sexual.

A solução é banir o álcool da hora do sexo?

Entender se o álcool deve ou não entrar na sua relação sexual tem a ver com a frequência e a quantidade com que você bebe. Pequenas doses parecem não ter grandes efeitos. O grande problema está mesmo no exagero, segundo a Dra. Lauren Streicher, professora clínica de obstetrícia e ginecologia na Escola de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern.

Fatores como genes, estrutura corporal e histórico com a bebida estão correlacionados com a compreensão desses impactos. Segundo Catalina Lawsin, psicóloga clínica especializada em sexualidade, o excesso de álcool está ligado, inclusive, à disfunção erétil e à ejaculação precoce em homens. E, no caso das mulheres, pode diminuir o desejo sexual, afetar as respostas aos estímulos e dificultar o orgasmo.

Se estiver com problemas na vida sexual, procure ajuda

Emma Schmidt, sexóloga clínica em Cincinnati, disse ao The New York Times que perdeu a noção do número de clientes que atendeu por baixa libido e problemas de orgasmo. Muitos relatam que procuraram ajuda e ouviram dos médicos para “apenas relaxar e tomar uma taça de vinho”.

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Segundo Schmidt, caso esteja enfrentando problemas em alcançar o orgasmo, a orientação é procurar um médico da atenção primária ou um terapeuta sexual. Além do álcool, existem diferentes causas — problemas de saúde ou traumas — que podem afetar as relações.

Olhar Digital.

Saúde

EUA aprovam primeiro teste caseiro para câncer do colo do útero

Redação Informe 360

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A FDA (agência reguladora de medicamentos dos EUA) aprovou o primeiro autoteste doméstico para rastreamento do câncer cervical, oferecendo uma alternativa menos invasiva ao tradicional exame Papanicolau.

Desenvolvido pela startup Teal Health, o novo dispositivo — chamado Teal Wand — promete uma experiência mais confortável, com potencial para aumentar as taxas de rastreamento, especialmente entre mulheres que evitam consultas ginecológicas.

Ao contrário do Papanicolau, que exige o uso de um espéculo em consultório médico, o Teal Wand permite que a própria paciente colete a amostra em casa com um cotonete vaginal.

A amostra é enviada por correio a um laboratório para análise do HPV (vírus responsável por quase todos os casos de câncer de colo do útero). Estudos demonstraram que o teste de HPV é altamente preciso e que o autoteste tem eficácia comparável ao método tradicional.

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Teste caseiro é feito com dispositivo criado por startup – Imagem: Teal Health

Mulheres preferem fazer a coleta em casa

  • A aprovação ocorre após ensaios clínicos que indicaram que a maioria das mulheres prefere a coleta em casa e estaria mais propensa a manter os exames em dia com essa opção.
  • Cerca de 13 mil casos de câncer cervical são diagnosticados anualmente nos EUA, com mais de 4 mil mortes.
  • Apesar da eficácia dos exames, cerca de 25% das mulheres estão com o rastreamento em atraso — especialmente entre mulheres negras e indígenas, que têm maior risco de mortalidade pela doença.

Autoteste exige receita médica

O autoteste da Teal Health começará a ser oferecido no próximo mês na Califórnia, mediante receita médica por meio de um serviço de telessaúde.

Inicialmente, será destinado a mulheres de 25 a 65 anos com risco médio. A empresa afirma estar em negociação com planos de saúde para garantir a cobertura do teste.

Dispositivos semelhantes já são utilizados em países como Austrália e Suécia, e fazem parte de uma tendência global de tornar o rastreamento do câncer cervical mais acessível e menos invasivo.

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FDA aprova alternativa doméstica ao papanicolau nos EUA – Imagem: grandbrothers / Shutterstock

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Saúde

SUS amplia arsenal contra Alzheimer com novo medicamento para quadros graves

Redação Informe 360

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O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar o tratamento oferecido a pessoas com Alzheimer. A partir de agora, o medicamento donepezila, antes restrito a casos leves e moderados, também será disponibilizado para pacientes com a forma grave da doença.

A ampliação foi oficializada nesta quinta-feira (15) e divulgada pelo Ministério da Saúde. A donepezila atua na preservação das funções cognitivas e da capacidade funcional de pacientes com Alzheimer.

Com a nova diretriz, o medicamento poderá ser utilizado isoladamente ou em combinação com a memantina, já oferecida pelo SUS para quadros graves. Em 2023, mais de 58 mil pessoas fizeram uso da combinação entre os dois medicamentos.

Ampliação vai beneficiar milhares de novos pacientes

  • A decisão surgiu durante a revisão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença de Alzheimer, conduzida pelo Ministério da Saúde.
  • A expectativa é que cerca de 10 mil novos pacientes sejam beneficiados já no primeiro ano da ampliação.
  • Segundo Fernanda De Negri, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, a medida reflete um compromisso com a inovação e a dignidade no cuidado de uma população cada vez mais envelhecida.
  • “Reafirmamos a importância de políticas públicas baseadas em evidência, que respondem aos desafios do envelhecimento com qualidade e equidade”, afirmou.

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Idoso com Alzheimer sentado em poltrona olhando para janela
Medida baseada em evidências científicas busca melhorar qualidade de vida de pacientes em estágios avançados e fortalecer políticas de cuidado ao idoso (Imagem: Ground Picture/Shutterstock)

Importância da donepezila no tratamento

Estudos analisados pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) mostram que a continuidade do uso da donepezila pode aliviar sintomas como apatia, confusão mental e agitação — comuns nos estágios mais avançados da doença — e até adiar a necessidade de institucionalização.

Além da donepezila, o SUS também oferece memantina (para casos graves), rivastigmina e galantamina (para quadros leves e moderados), conforme previsto no PCDT.

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O tratamento vai além dos medicamentos, com ações de cuidado multidisciplinar, terapias não medicamentosas e suporte psicossocial a pacientes e familiares.

O atendimento a pessoas com Alzheimer é realizado por equipes especializadas em centros de referência e, quando necessário, também no domicílio, por meio do programa Melhor em Casa.

Entre janeiro e março de 2025, foram registrados mais de 7 milhões de atendimentos ambulatoriais e 576 hospitalizações relacionadas à doença no país.

casal de idosos em uma consulta com uma médica
Uso da donepezila agora será permitido para casos graves (Imagem: fizkes/Shutterstock)

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Saúde

Descobertas genéticas prometem tratamentos mais precisos para o TOC

Redação Informe 360

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O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes, afetando cerca de 1 em cada 50 pessoas no mundo.

Caracterizado por obsessões e compulsões que impactam significativamente a vida cotidiana, ele ainda carrega muitas incógnitas sobre suas causas e tratamentos. Uma nova pesquisa publicada na Nature Genetics oferece avanços importantes ao identificar marcadores genéticos associados ao TOC.

Por meio da análise do DNA de mais de 53 mil pessoas com TOC e 2 milhões sem o transtorno, pesquisadores identificaram 30 regiões do genoma ligadas à condição, totalizando 249 genes de interesse.

“Esses achados não revelam genes únicos causadores, mas mostram como diferentes regiões genéticas influenciam o risco de forma conjunta”, explica Carol Mathews, professora de psiquiatria da Universidade da Flórida.

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dupla hélice de dna
Pesquisadores encontram ligações entre genes, regiões cerebrais e outros transtornos psiquiátricos (Imagem: Natali _ Mis/Shutterstock.com)

Os genes mais relevantes estavam ativos em áreas cerebrais associadas a funções como tomada de decisão, regulação emocional e formação de hábitos — todos processos afetados em pessoas com TOC.

O que a genética nos ensina sobre o TOC

A pesquisa identificou relações entre os genes associados ao TOC e outros transtornos neurológicos e psiquiátricos.

  • Os genes ligados ao TOC também aparecem em quadros como depressão, esquizofrenia e epilepsia.
  • Algumas regiões genéticas associadas ao TOC estão envolvidas na imunidade adaptativa, sugerindo possíveis relações entre inflamação e saúde mental.
  • Neurônios espinhosos médios, ligados à formação de hábitos, mostram forte associação com os genes do TOC. Eles também são alvo de medicamentos usados no tratamento do transtorno.
  • As descobertas podem ajudar a explicar por que o TOC se manifesta de formas tão variadas e por que os tratamentos não funcionam da mesma maneira para todos.

Caminhos para tratamentos mais eficazes

Embora o TOC ainda represente um grande desafio clínico, pesquisas genéticas como essa trazem esperança de que, no futuro, os tratamentos possam ser adaptados ao perfil genético e sintomático de cada paciente.

Além disso, as conexões com o sistema imunológico, regiões cerebrais ainda pouco estudadas e a relação com outros transtornos sugerem novos caminhos para investigação.

O avanço genético pode não apenas melhorar a compreensão do TOC, mas também influenciar como entendemos e tratamos a saúde mental de forma mais ampla.

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“Com o tempo, isso poderá levar a tratamentos mais personalizados e eficazes, melhorando a vida de milhões de pessoas que vivem com TOC em todo o mundo”, completa Carol.

As informações são do site The Conversation.

dna
Avanços na genética explicam o papel do cérebro, dos hábitos e do sistema imunológico no desenvolvimento do TOC – Imagem: Piyaset/Shutterstock

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