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Saúde

Doença X: OMS alerta sobre pandemias futuras mais letais que a Covid-19

Redação Informe 360

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A Doença X (ou Disease X) foi um dos principais pontos de discussão na área da saúde durante o Fórum Econômico Mundial, realizado nesta semana em Davos, na Suíça. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aproveitou o evento para alertar aos líderes mundial sobre esse tipo de patologia que pode apresentar mais riscos que a Covid-19.

Mas afinal, o que é essa doença?

  • Basicamente, a Doença X é um vírus hipotético, que pode ser até 20 vezes mais mortal que a COVID-19.
  • Como mencionado, ela não existe de fato, a Doença X serve como um cenário elaborado por pesquisadores para representar patógenos que ainda não foram identificados, mas têm potencial de causar novas pandemias.
  • De acordo com a OMS, os vírus representados por essa doença refletem o “conhecimento de que uma grave epidemia internacional poderia ser causada por um patógeno [ainda desconhecido]”.

Como lembra o Science Alert, desde 2015 a OMS reconheceu que havia falta de preparação da comunidade internacional para lidar com surtos de novas doenças. Então, a organização criou o R&D Blueprint for Action to Prevent Epidemics, plano de ação para listar patógenos com alto potencial de causar epidemias.

O coronavírus, por exemplo, é um conjunto de vírus observado há muito tempo pelos cientistas, antes mesmo do surto da Covid-19. Como observa a CBS, a partir de 2022, a OMS reuniu um grupo de 300 cientistas para analisar 25 famílias de vírus e bactérias que poderiam causar estragos e que merecem ser mais estudados. E nessa lista está a Doença X.

Na quarta-feira, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, avaliou que a Covid-19 pode ter sido a primeira “Doença X” da humanidade e serve como uma experiência para que os cientistas aprendam ativamente sobre esse tipo de enfermidade.

É claro que há algumas pessoas que dizem que isto pode criar pânico. É melhor antecipar algo que pode acontecer porque já aconteceu muitas vezes na nossa história, e preparar-se para isso.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

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De acordo com Tedros, a OMS já começou a implementar algumas medidas para lidar com esse risco, como a criação de um fundo pandêmico e construção de um centro de transferência de tecnologia na África do Sul para abordar desigualdades na distribuição de vacinas.

Como evitar a Doença X?

Como lembra o diretor da OMS, durante a pandemia, vimos muitos hospitais sobrecarregados, com pacientes além de sua capacidade. “Perdemos muitas pessoas porque não conseguimos gerenciá-las. Não havia espaço suficiente, não havia oxigênio suficiente.”

E, para evitar que esse cenário se repita, a recomendação de Tedros é que os serviços de saúde procurem expandir suas capacidades diante do alto volume de procura por atendimento médico. Dessa forma, “qualquer que seja a doença, será possível se preparar para ela”.

Desde a pandemia global causada pelo coronavírus, a OMS vem realizando uma série de consultas com representantes de diversos países para discutir sobre a descoberta de doenças; desafios sóciopolíticos enfrentados ao combater agentes patogênicos desconhecidos.

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Além disso, o diretor-geral da OMS lembra sobre a implementação de iniciativas feitas em parceria com outras organizações globais para se preparar para futuras pandemias ou epidemias. Essas iniciativas incluem a criação de um centro de transferência de tecnologia de vacinas mRNA (de RNA mensageiro) para garantir a distribuição de vacinas em nações subdesenvolvidas, e de um centro de inteligência sobre pandemias para melhorar a vigilância colaborativa entre países.

Olhar Digital.

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Saúde

Gripe aviária está sendo transmitida entre mamíferos, alerta estudo

Redação Informe 360

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Um novo alerta aumenta as preocupações sobre o avanço da gripe aviária no mundo. De acordo com pesquisadores, o vírus responsável pela doença já pode ser transmitido entre mamíferos. Isso significa que o patógeno está se adaptando e pode conseguir infectar humanos com maior facilidade.

Vacas teriam transmitido a doença para gatos e guaxinim

Cientistas da Universidade Cornell, em Nova York, encontraram evidências de que o vírus circulou entre vacas, e que elas teriam transmitido a doença para gatos e até para um guaxinim. Os animais provavelmente teria sido infectados após beberem o leite cru de vacas infectadas.

Segundo os pesquisadores, este é um dos primeiro registros de transmissão eficiente e sustentada de mamífero para mamífero da gripe aviária. Até o momento, no entanto, não há indícios de que o H5N1 sofreu mutações que desencadeiem o aumento da transmissibilidade do vírus em humanos.

Gripe Aviária
Vírus da gripe aviária sofreu mutação (Imagem: shutterstock/StanislavSukhin)

Apesar disso, não está descartado que isso possa acontecer no futuro. Em outras palavras, o vírus da gripe aviária está sofrendo mutações que aumentam a sua capacidade de adaptação aos hospedeiros e às defesas do sistema imunológico. O estudo foi publicado na revista Nature.

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gripe aviária
Transmissão da doença era mais comum em aves (Imagem: Pordee_Aomboon/Shutterstock)

Risco de uma nova pandemia?

  • Nos últimos meses, cientistas detectaram a gripe aviária em aves de Nova York, amostras de leite cru e em vacas leiteiras pela primeira vez na história.
  • A doença também já causou a morte de diversos animais que não costumavam ser infectados.
  • É o caso do urso polar, gatos e até pinguins da Antártica.
  • Segundo especialistas, isso comprova que o vírus está se espalhando até em áreas remotas do planeta.
  • Desde abril de 2022, 11 casos da doença foram registrados em seres humanos apenas nos Estados Unidos.
  • Quatro deles tinham relação com fazendas de gado e sete ocorreram em granjas.
  • Todos os pacientes tiveram sintomas leves da doença e já se recuperaram.

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Saúde

Terror das bactérias! Cientistas criam Homelander dos antibióticos

Redação Informe 360

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Pesquisadores da Universidade de Illinois Chicago (UIC), nos EUA, criaram o que parece ser o Homelander (Capitão Pátria, “super” poderosíssimo de The Boys) dos antibióticos. Isso porque a medicação é tão poderosa que desenvolver resistência a ela é quase impossível para bactérias.

“A beleza deste antibiótico é que ele mata ao acertar dois alvos diferentes nas bactérias”, diz Alexander Mankin, professor de ciências farmacêuticas na UIC e coautor do estudo – publicado na revista Nature Chemical Biology – em entrevista ao site da universidade.

Pesquisadores fundem antibióticos para criar superantibióticos

Os pesquisadores combinaram as ações bactericidas de duas classes de antibióticos – macrolídeo e fluoroquinolona – para criar o superantibiótico.

A classe macrolídeos tem sido usada há décadas para tratar várias infecções bacterianas. Eles interrompem o crescimento bacteriano ao se ligar ao ribossomo da bactéria e cortar a produção de proteínas.

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antibiótico
Pesquisadores juntaram ações bactericidas das classes macrolídeo e fluoroquinolona num superantibiótico (Imagem: Adul10/Shutterstock)

Já fluoroquinolonas são uma classe de antibióticos de amplo espectro, o que significa que são eficazes contra uma ampla variedade de bactérias. Elas são derivadas do ácido nalidíxico e atuam inibindo a enzima DNA girase, essencial para a replicação do DNA bacteriano.

A ideia dos pesquisadores foi sintetizar um novo “macrolona” – termo científico para “superantibiótico” – que desempenha a função de inibição da síntese de proteínas de um macrolídeo ou a função de interrupção da síntese de DNA de uma fluoroquinolona, dependendo da dose.

Com base em seus resultados, os pesquisadores estimaram que seu antibiótico macrolona “tornaria 100 milhões de vezes mais difícil para as bactérias desenvolverem resistência”.

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Caminho para chegar ao superantibiótico mais poderoso

Ilustração digital de superbactérias na corrente sanguínea
Entre os “super” desenvolvidos, o superantibiótico MCX-128 se mostrou o mais eficaz – leia-se: poderoso (Imagem: Pixabay)

A princípio, os pesquisadores notaram que os macrolonas desenvolvidos por eles eram melhores em inibir uma função ou outra.

No entanto, um deles, chamado de MCX-128, atingiu o “ponto ideal” – interferiu em ambas funções em sua dose eficaz mais baixa, se destacando como o candidato mais promissor para um superantibiótico.

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“Basicamente, ao atingir dois alvos na mesma concentração, a vantagem é que você torna quase impossível para as bactérias criar facilmente uma defesa genética simples”, disse Yury Polikanov, professor associado de ciências biológicas e coautor do estudo. As bactérias que se cuidem.

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Saúde

HIV: medicamento revolucionário deve custar pouco; saiba quanto

Redação Informe 360

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Na última quarta-feira (17), o Olhar Digital publicou reportagem sobre o lenacapavir, novo medicamento contra o HIV que pode ser revolucionário. Agora, temos uma noção de quanto ele deve custar.

Atualmente, ele custa, no primeiro ano, US$ 42,25 mil (R$ 236,06 mil, na conversão direta). Contudo, o preço anual pode ser mil vezes menor do que esse no mundo todo: somente US$ 40 (R$ 223,49), segundo pesquisa.

Novo remédio contra HIV pode custar muito mais em conta do que atualmente

  • O estudo foi apresentado nesta terça-feira (23) na 25ª Conferência Internacional sobre Aids, em Munique (Alemanha);
  • O valor sugerido é mínimo para que a Gilead, gigante farmacêutica estadunidense responsável pelo medicamento (que tem o nome comercial de Sunlenca), tenha lucro de 30% por venda e se baseia nos custos dos ingredientes e fabricação da medicação;
  • Os pesquisadores apontam que, a longo prazo, 60 milhões de pessoas, provavelmente, precisarão tomar o lenacapavir de forma preventiva, reduzindo, assim, os níveis de HIV de forma significativa, trouxe o The Guardian.
Fachada da Gilead no Vale do Silício
Gilead dizia ser “muito cedo” para definir valores para medicamento para tratamento (Imagem: Sundry Photography/Shutterstock)

O Dr. Andrew Hill, da Liverpool University (Inglaterra) e líder do estudo, comemorou a novidade. “Você tem uma injeção que alguém poderia tomar a cada seis meses e não pegar HIV. É o mais perto que já chegamos de uma vacina contra o HIV.”

Ativistas pedem que a Gilead libere o licenciamento do medicamento de forma genérica a partir do Medicines Patent Pool, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em países de baixa e média renda, que correspondem a 95% da infecção por HIV no mundo todo.

Até então, a farmacêutica considerava ser “muito cedo” precificar o lenacapavir para prevenção (hoje, ele é licenciado para tratamento) por estar aguardando dados de ensaios clínicos e registros regulatórios, mas havia prometido “estratégia para permitir acesso amplo e sustentável globalmente”.

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Inclusive, incluindo o “fornecimento da Gilead nos países onde a necessidade é maior, até que os parceiros de licenciamento voluntário sejam capazes de fornecer versões do lenacapavir de alta qualidade e baixo custo”, bem como um programa de licenciamento voluntário para “países de alta incidência e recursos limitados”. A farmacêutica informou que a escolha dos países está em andamento.

Contudo, os ativistas reiteram ser vital que todos os países de alta renda, incluindo os de renda média alta (como o Brasil), tenham acesso ao modelo genérico de baixo custo da nova medicação.

Eles afirmam, ainda, que seleções semelhantes de países, realizadas no passado, não consideraram países nos quais a epidemia de HIV crescia mais rapidamente.

Por sua vez, Hill disse que os ensaios realizados nos países de baixa e média renda fortaleceram o argumento em favor do acesso à medicação em todo o globo, e citou a Declaração de Helsinque sobre ética médica. Entre outras coisas, ela diz que os ensaios precisam ser realizados somente em populações que pudessem efetivamente se beneficiar de seus resultados.

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Vários medicamentos ao fundo, com uma seringa injetada em um medicamento à frente, no qual se lê "HIV"
Ativistas defendem que lenacapavir deve ser esoalhado, de forma genérica, para o mundo todo (Imagem: Kitsawet Saethao/Shutterstock)

Não é exagero dizer que atingir a meta de 2030 de acabar com novas transmissões de HIV depende de a Gilead garantir que as pessoas no sul global tenham acesso justo ao lenacapavir.

Joyce Ouma, diretora sênior de programas da Y+ Global, em entrevista ao The Guardian

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