Saúde
Doação de órgãos: como funciona e como fazer

Ao abordar o assunto sobre doação de órgãos, é importante destacar diversos aspectos, desde o processo de doação em si até questões éticas e legais envolvidas. É uma decisão que implica em um ato voluntário da pessoa que expressa o desejo de doar seus órgãos após a morte para transplantes.
Entretanto, não é necessário apenas manifestar essa vontade, o ideal é saber como funciona o processo de doação, conhecer a legislação a respeito e também os critérios e avaliação de doadores.
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Para conhecer o processo de doação, primeiro você precisa saber quais são os tipos de doação possíveis. Além dos órgãos, como coração, pulmões, fígado, rins, intestinos, pâncreas, entre outros que podem ser doados, podem ser doados tecidos, como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas, tendões, entre outros.
Como funciona a doação de órgãos

O processo de doação de órgãos e tecidos é feito logo após a morte, porque é importante fazer a rápida identificação do potencial doador e o início do processo de captação. Informar o consentimento, tanto do doador quanto da família, é outro fator essencial.
É aconselhável conhecer a legislação nacional e internacional que regula a doação de órgãos e os critérios médicos e éticos para determinar a elegibilidade de um doador. O processo de avaliação garante a segurança e a eficácia dos transplantes. Conheça a nova lei que incentiva a doação de órgãos no Brasil clicando aqui.
Procure saber também como os órgãos doados são transplantados para o receptor e quais são as taxas de sucesso dos transplantes, além do impacto causado na qualidade de vida dos receptores.
Doação de órgãos é um assunto delicado e pode gerar muitas dúvidas e até sentimentos como medo e angústia entre as pessoas envolvidas. Por isso, esclareça ao máximo o que é verdade e o que é mito. Desafios também serão enfrentados nas etapas de captação, transporte e compatibilidade dos órgãos doados.
Discussão sobre questões éticas relacionadas à doação de órgãos, como equidade no acesso aos transplantes não devem ser ignoradas. O assunto não pode e não deve ser um tabu, campanhas de conscientização e educação pública sobre a doação de órgãos ajudam nesse sentido.
O que precisa para ser doador de órgãos
A doação de órgãos é um processo complexo que envolve várias etapas e cuidados para garantir que os órgãos doados sejam utilizados de maneira eficaz e segura para serem transplantados em quem precisa.
Para ser um doador de órgãos, é importante entender os requisitos básicos e o processo envolvido, como:
1- Consentimento voluntário
O doador deve expressar seu desejo de ser um doador de órgãos. Isso pode ser feito de várias maneiras:
- Registrando-se como doador de órgãos em um registro oficial de doadores, se disponível no país ou região.
- Comunicando claramente seus desejos para a família e amigos, para que eles possam respeitar sua decisão após a morte.
2- Idade e saúde
A idade e a condição de saúde do doador podem influenciar a elegibilidade para a doação de órgãos. No entanto, não há uma idade máxima para ser doador, pois cada caso é avaliado individualmente.
A maioria dos doadores de órgãos é diagnosticada com morte cerebral. Isso significa que houve uma lesão cerebral irreversível que resultou na parada total e permanente de todas as funções cerebrais, incluindo o tronco cerebral.
3- Comunicação com a família
Mesmo que alguém esteja registrado como doador, é essencial comunicar esses desejos à família. A família ainda pode ser consultada sobre a doação de órgãos após a morte, e é crucial que eles estejam cientes e apoiem a decisão do doador.
4- Tipos de órgãos e tecidos que podem ser doados
Órgãos como coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, intestinos e tecidos como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e vasos sanguíneos podem ser doados, dependendo das condições médicas do doador.
Em casos raros, os órgãos podem ser doados após a parada cardíaca irreversível, onde o coração parou de bater permanentemente.
5- Não há custo para a família do doador
A doação de órgãos não gera custos para a família do doador. Todos os custos relacionados à doação são cobertos pelo sistema de saúde e pelas organizações responsáveis pela captação e transplante de órgãos.
Passo a passo do processo de doação

- Identificação do potencial doador: o primeiro passo é identificar um potencial doador. Isso geralmente ocorre em unidades de terapia intensiva de hospitais, onde pacientes com lesões cerebrais irreversíveis são monitorados.
- Confirmação da morte cerebral: para a maioria dos doadores de órgãos, a morte cerebral é confirmada por exames clínicos e testes neurológicos rigorosos que mostram a ausência total e irreversível de atividade cerebral, incluindo o tronco cerebral.
- Avaliação da elegibilidade para doação: após a confirmação da morte cerebral, a equipe médica avalia se o doador é adequado para a doação com base em critérios médicos, como idade, histórico médico e condição dos órgãos.
- Obtenção do consentimento familiar: mesmo que o indivíduo tenha registrado seu desejo de ser doador de órgãos, a equipe médica sempre consulta a família para confirmar e obter seu consentimento final para a doação.
- Manutenção do potencial doador: durante o processo de doação, o potencial doador é mantido com suporte vital para manter a viabilidade dos órgãos até que possam ser removidos para transplante.
- Captação dos órgãos: após a confirmação do consentimento familiar, a equipe médica remove cirurgicamente os órgãos e tecidos do doador. Este procedimento é realizado com cuidado para preservar a função e a integridade dos órgãos.
- Preservação e transporte: os órgãos são preservados em soluções especiais e transportados para o hospital onde ocorrerão os transplantes. O tempo é crucial, e é feito o possível para garantir que os órgãos cheguem rapidamente e em condições ideais.
- Transplante para o receptor: no hospital receptor, os órgãos são transplantados para os receptores pré-selecionados. A compatibilidade entre doador e receptor é essencial para o sucesso do transplante.
- Monitoramento e cuidados pós-transplante: após o transplante, os receptores são monitorados de perto para garantir que o órgão seja aceito pelo corpo e funcione corretamente. Eles precisam de cuidados médicos intensivos para prevenir a rejeição e complicações.
- Acompanhamento e resultados: a equipe médica continua acompanhando tanto os doadores quanto os receptores após o procedimento de transplante para garantir a saúde a longo prazo e a eficácia do tratamento.
Como ser um doador de órgãos

Para se tornar um doador de órgãos, após tomar a decisão de se tornar um doador, realizar o registro oficial e comunicar sua decisão à família, mantenha suas informações de registro de doação de órgãos atualizadas, especialmente se houver mudanças em suas informações pessoais, como endereço ou número de telefone.
Se tiver dúvidas sobre o processo de doação de órgãos, converse com um profissional de saúde, como seu médico de família ou um especialista em transplantes. Eles podem fornecer informações adicionais e esclarecer quaisquer preocupações que você possa ter.
Além da doação após a morte, algumas pessoas optam por se tornar doadoras vivas de órgãos, como rins ou parte do fígado. Informe-se sobre os requisitos e processos específicos se estiver interessado em doação viva.
Atualmente, existem diferentes formas de se tornar um doador de órgãos, incluindo através da nova carteira de identidade digital e da plataforma Aedo, que requer o uso do e-notariado.
1- Nova carteira de identidade digital
No Brasil, a nova carteira de identidade digital, também conhecida como Documento Nacional de Identidade (DNI), pode incluir a informação sobre a condição de doador de órgãos. Aqui estão os pontos principais:
- Registro como Doador: durante o processo de emissão do DNI, você pode optar por registrar sua condição de doador de órgãos. Esta opção geralmente é oferecida durante o preenchimento dos dados pessoais ou nas configurações adicionais do documento.
- Facilidade de Acesso: o DNI facilita o registro como doador de órgãos, tornando o processo integrado à emissão de documentos de identificação pessoal. Isso significa que você pode indicar sua decisão de doar órgãos durante a solicitação ou renovação do seu documento de identidade.
- Informação Registrada: a informação sobre sua decisão de ser doador de órgãos fica registrada digitalmente no DNI, o que pode ser acessado e verificado eletronicamente por autoridades de saúde e outros profissionais envolvidos no processo de doação e transplante de órgãos.
2- Plataforma Aedo com e-notariado
A plataforma Aedo é uma iniciativa que facilita o registro e a gestão de informações relacionadas à vontade do cidadão brasileiro. Aqui estão os detalhes sobre como se tornar um doador de órgãos usando a plataforma:
- Acesso à plataforma: a plataforma Aedo permite que você registre informações importantes, como sua vontade de ser doador de órgãos. Para utilizar essa plataforma, é necessário acessar através de um ambiente seguro de e-notariado.
- Registro de vontade: você pode registrar sua decisão de doar órgãos na plataforma Aedo, especificando seus desejos relacionados à doação de órgãos após a morte. Esse registro pode ser feito de forma eletrônica, oferecendo conveniência e segurança no armazenamento de informações.
- Utilização do e-notariado: O e-notariado é essencial para garantir a validade jurídica e a segurança das informações registradas na plataforma Aedo. Este processo envolve a utilização de tecnologias digitais avançadas para autenticação e assinatura de documentos eletrônicos.
- Proteção da vontade do doador: o registro feito na plataforma Aedo com e-notariado assegura que sua vontade de ser doador de órgãos seja reconhecida legalmente e respeitada após a sua morte. Isso proporciona tranquilidade tanto para você quanto para sua família em relação aos seus desejos.
Ambas as formas de registro (através da nova carteira de identidade digital e da plataforma Aedo com e-notariado) oferecem meios eficazes e seguros para expressar sua vontade de ser um doador de órgãos. Cada método visa facilitar o processo de doação, garantindo que sua decisão seja respeitada e implementada conforme suas preferências.
Ao seguir esses passos, você pode efetivamente se tornar um doador de órgãos e potencialmente fazer a diferença na vida de outras pessoas que aguardam por um transplante. Sua generosidade pode oferecer esperança e uma segunda chance para aqueles que enfrentam condições médicas graves.
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Saúde
Como funcionam os minirrobôs que desentopem artérias

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) com base em dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das mortes no Brasil – aproximadamente 400 mil por ano – e figuram entre as principais causas de óbito em todo o mundo.
Diante desse cenário alarmante, pesquisadores apostam em uma solução inovadora: minirrobôs capazes de limpar artérias entupidas.
Sobretudo, a tecnologia, que antes parecia ficção científica, pode revolucionar o tratamento de problemas cardíacos. Neste artigo, você vai entender como esses minirrobôs minúsculos são projetados para navegar pela corrente sanguínea e desobstruir artérias, uma abordagem que promete ser menos invasiva, mais precisa e potencialmente mais eficaz do que os métodos convencionais. Confira!
Minirrobôs que limpam artérias: inovação promissora contra doenças cardíacas

Os minirrobôs que limpam artérias surgiram como uma nova solução para pacientes de doenças cardíacas. No entanto, vale ressaltar que essa novidade ainda está em fase experimental.
Em 2023, pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveram uma tecnologia promissora envolvendo microrrobôs equipados com nanopartículas de ferro, projetados para entregar medicamentos diretamente em placas de gordura nas artérias.
Esses robôs microscópicos são guiados por campos magnéticos e têm como objetivo tratar a aterosclerose de forma mais precisa e menos invasiva do que os métodos tradicionais.
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Na Suíça, cientistas da ETH Zurich desenvolveram robôs inspirados no nado de bactérias, demonstrando alto desempenho em meios líquidos durante os testes. O artigo foi publicado na revista Science, na qual os pesquisadores Nelson e Salvador Pané destacam o potencial dos microrrobôs para levar medicamentos diretamente ao local afetado.
Segundo eles, essa abordagem pode reduzir os efeitos tóxicos dos tratamentos e permitir o uso de doses mais potentes, o que abre espaço para repensar estratégias terapêuticas em diversas doenças.

Antes dos minirrobôs que limpam artérias: uma abordagem pioneira contra a aterosclerose
No entanto, antes dessas possíveis soluções, lá em 2018 outra pesquisa trouxe uma abordagem inovadora para enfrentar a aterosclerose – caracterizada pelo acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias.
O estudo, publicado no Journal of the American Heart Association, foi realizado por pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Na época, eles identificaram uma substância capaz de prevenir a obstrução do fluxo sanguíneo, condição associada a infartos e derrames.
Dessa forma, os cientistas concentraram seus esforços nas lipoproteínas do tipo B, especialmente o colesterol LDL, identificado como um dos principais responsáveis pela formação de placas nas artérias.
A partir desse ponto, com o objetivo de investigar uma estratégia de reversão da aterosclerose, a equipe tratou animais com estatinas e inibidores PCSK9 durante três anos, buscando reduzir drasticamente os níveis de colesterol por um período controlado.

A pesquisadora Jennifer G. Robinson explicou que a proposta era permitir que as artérias se recuperassem naturalmente enquanto o acúmulo de gordura se dissolvia com a redução intensa do LDL. Segundo ela, esse método poderia não apenas prevenir a progressão da doença, mas também mudar a forma como certas condições cardiovasculares são tratadas.
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Saúde
EUA: agência reguladora limita acesso a vacinas da covid-19

O diretor médico e científico da FDA, Dr. Vinay Prasad, vetou a aplicação generalizada das vacinas contra a Covid-19 da Novavax e da Moderna, contrariando as recomendações unânimes de especialistas da própria agência. As informações dão do New York Times.
Ele alegou que a ameaça do vírus diminuiu e que os riscos conhecidos e desconhecidos das vacinas podem superar os benefícios para pessoas jovens e saudáveis.
A decisão faz parte de uma reviravolta na política da FDA, que agora limita a vacinação a pessoas com 65 anos ou mais, ou a menores de 65 com condições médicas de alto risco.
A FDA, sigla para Food and Drug Administration, é uma agência reguladora dos EUA, com atuação equivalente ao que temos no Brasil com a Anvisa.

Vacinas com eficácia alta estão sendo vetadas
- A equipe da FDA havia aprovado ambas as vacinas com base em ensaios envolvendo dezenas de milhares de pessoas e dados que mostraram segurança e eficácia.
- A Novavax, por exemplo, demonstrou 90% de eficácia.
- Já a vacina atualizada da Moderna, a mNexspike, foi considerada segura e ligeiramente mais eficaz que a versão anterior.
- No entanto, Prasad afirmou que até eventos adversos raros devem ser levados em conta na nova fase da pandemia.
A medida foi criticada por especialistas que apontam o esquecimento dos efeitos da própria Covid-19, como a Covid longa, miocardite e complicações cardiovasculares.
Também foram levantadas preocupações éticas, especialmente porque as restrições podem limitar o acesso às vacinas — exigindo prescrição off-label, o que pode não ser coberto por seguros.

Leia Mais:
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Políticas conservadoras na FDA geram descontentamento
As decisões de Prasad se inserem em um movimento maior de reformulação da FDA, com mudanças na liderança e uma política mais conservadora quanto a aprovações. Críticos alertam que esse novo enfoque pode comprometer a saúde pública ao dificultar a imunização de amplas faixas da população.
A FDA informou que novos estudos serão conduzidos para avaliar a segurança das vacinas em pessoas de 50 a 64 anos.

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Saúde
Gripe aviária: testes em humanos de vacina brasileira são aprovados pela Anvisa

Nesta terça-feira (1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou os testes em humanos da primeira vacina brasileira contra gripe aviária.
Com isso, o Instituto Butantan, de São Paulo, fará os ensaios clínicos do imunizante, que está em desenvolvimento desde janeiro de 2023, utilizando a mesma tecnologia da vacina contra a influenza sazonal. Os testes pré-clínicos, realizados em animais, contaram com cepas vacinais da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Importância da primeira vacina brasileira contra a gripe aviária
- Apesar de a gripe aviária ser esporádica nos humanos, o Instituto Butantan visa preparar o país para enfrentar potenciais pandemias, tendo, como base, o que aprendemos com a Covid-19;
- Especialistas do instituto e demais organizações de saúde brasileiras apontam que a gripe aviária tem potencial de causar outra pandemia; em especial, o subtipo H5N1, cuja taxa de letalidade é de 50% em humanos;
- O Butantan quer ter estoque de vacinas feitas com três cepas vacinais:
- Influenza aviária A/Anhui/1/2005 (H5N1);
- Influenza aviária A/Astrakhan/3212/2020 (H5N8);
- Influenza aviária A/duck/Vietnam/NCVD-1584/2012 (H5N1).
Essas cepas foram enviadas pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e pelo Instituto Nacional de Controle e Padrões Biológicos (NIBSC), do Reino Unido, após acerto com a OMS.
Segundo o g1, os estudos pré-clínicos tiveram resultados favoráveis de segurança e imunogenicidade — capacidade de provocar resposta imune —, que indicam que a possível vacina é promissora.
Agora, o imunizante influenza monovalente A (H5N8) (inativada, fragmentada e adjuvada) será aplicada em duas doses em intervalo de 21 dias, em duas etapas. A princípio, participarão dos testes adultos de 18 a 59 anos e 11 meses e, a seguir, pessoas com 60 anos ou mais.
O Instituto Butantan pretende chamar 700 adultos e idosos voluntários para participar das fases 1 e 2, a serem realizadas em cinco centros de pesquisa nacionais, com objetivo de encerrar o acompanhamento dessas pessoas em 2026 para, então, enviar à Anvisa pacote regulatório que abranja ampla faixa etária.
O diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, deu detalhes da quantidade de imunizantes que o instituto consegue produzir, além de afirmar que o Ministério da Saúde se mostrou “sensível” ao tema.
“Estamos em conversas com o Ministério da Saúde, que se mostrou sensível ao avanço dessa discussão. Com a plataforma aprovada, o Instituto pode produzir um contingente de 30 milhões de doses após os resultados iniciais. Este contingente estratégico pode ser utilizado caso o vírus comece a se disseminar entre humanos e tenha antígenos semelhantes aos representados pela vacina candidata do Instituto Butantan”, explicou.

Nessas etapas, os pesquisadores avaliarão segurança e capacidade de geração de resposta imune contra a gripe aviária de duas formulações do imunizante quando comparada ao placebo. O estudo permitirá a escolha da dose da vacina.
Quanto à segurança da pesquisa, essa será realizada por um comitê independente de monitoramento de dados e segurança. Entre algumas ações, eles avaliarão, preliminarmente, dados de segurança dos 70 primeiros voluntários adultos após a aplicação da primeira dose. Se a análise se mostrar positiva, haverá nova etapa de recrutamento, na qual serão incluídos mais 280 adultos.
Quando essa fase terminar, caso o perfil de segurança se mostrar favorável, começará a segunda fase do estudo, onde 70 voluntários com idades a partir de 60 anos serão convocadas. Caso eles mostrem às análises resultados positivos, mais pessoas da mesma faixa etária serão selecionadas. Isso se repetirá até que um contingente total de 350 voluntários seja atingido.
“Ter uma vacina pronta, com uma plataforma já testada, que mostra que produz anticorpos contra o vírus, é o objetivo do Butantan. Não é para já comercializar, mas para propor um estoque estratégico”, finalizou Kallás.
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Livres da doença
Em 18 de junho, após 28 dias sem registrar casos em granjas, o Brasil se declarou livre da gripe aviária, conforme informações do Ministério da Agricultura. A contagem começou em 22 de maio após a desinfecção completa de uma granja de Montenegro (RS), onde houve o primeiro e único foco da doença em aves.
O Brasil é o maior exportador de carne do mundo e, com a notificação do primeiro caso da doença no Rio Grande de Sul, 16 países impuseram restrições ao importar carne de frango brasileira, com alguns até suspendendo a compra.
Contudo, com a situação sob controle, essas medidas já foram revistas pela maioria dos países; a única nação que ainda está restringindo a exportação do produto é o Japão, que não está importando carne dos municípios de Montenegro (RS), Campinápolis (MT) e Santo Antônio da Barra (GO).
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