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Saúde

Dengue: Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos em 2024

Redação Informe 360

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A situação alarmante da dengue no Brasil ganhou um novo marco. O país atingiu o registro de 5.100.766 casos prováveis da doença, o que já é o novo recorde desde o início da série histórica, em 2000. O número é mais do que o triplo do registrado em todo o ano de 2023. A gravidade da situação também é refletida no número de mortes, com 2.827 óbitos confirmados e 2.712 ainda sob investigação.

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Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de letalidade em casos leves está em 0,06%. Já em casos graves é de preocupantes 4,83%. Os números revelam que a faixa etária mais afetada é a de 20 a 29 anos, seguida pelas faixas de 30 a 39, 40 a 49 e 50 a 59 anos. As crianças menores de um ano, juntamente com pessoas acima dos 80 anos, formam os grupos menos atingidos. Além disso, 55% dos casos são em mulheres.

O mapa da dengue no Brasil

Minas Gerais lidera em número absoluto de casos, com 1.431.174 infecções, seguido por São Paulo e Paraná. Ao se considerar o coeficiente de incidência, que é o número de casos por 100 mil habitantes, o Distrito Federal tem o maior índice: 9.037, seguido por Minas Gerais com 6.968. Em contrapartida, estados da região norte e nordeste – como Roraima, Ceará, Sergipe e Maranhão – apresentam as menores taxas.

Imagem: Vinicius R. Souza/Shutterstock

O surto de dengue em 2024 superou as expectativas do Ministério da Saúde, que inicialmente havia estimado 4,2 milhões de casos até dezembro. Áreas urbanas com grandes populações, como São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória estão entre as mais afetadas.

O histórico da doença no Brasil mostra que os surtos de dengue têm se intensificado ao longo dos anos, com 2024 registrando o maior número de casos e mortes já visto.

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Casos de dengue por ano desde 2010

  • 2010 – 1.011.548
  • 2011 – 739.370
  • 2012 – 589.591
  • 2013 – 1.454.871
  • 2014 – 589.107
  • 2015 – 1.688.688
  • 2016 – 1.483.623
  • 2017 – 239.389
  • 2018 – 262.594
  • 2019 – 1.545.462
  • 2020 – 948.533
  • 2021 – 531.922
  • 2022 – 1.420.259
  • 2023 – 1.658.816

Sintomas da dengue

Os primeiros sintomas da dengue são febre alta, dores no corpo e atrás dos olhos, vermelhidão na pele e fadiga. Eles começam, em média, cinco dias após a picada do mosquito, período chamado de incubação, e podem durar de dois a sete dias.

vacina da dengue
Imagem: shutterstock/chemical industry

Nessa fase, a doença é classificada como dengue clássica ou dengue sem sinais de alerta e pode ser controlada com hidratação intensa e medicações como dipirona ou paracetamol para controlar a dor (o Instituto Butantan listou remédios remédios para tomar e evitar em caso de dengue).

Outros sintomas podem surgir na sequência, principalmente quando a febre cessa por volta do quinto dia. Essa é a fase da dengue com sinais de alerta, nome dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por indicar gravidade do quadro clínico. Nesse momento, é importante ter acompanhamento médico.

Na dengue grave, a que mais preocupa, ocorre maior reação inflamatória sistêmica, que altera a coagulação do sangue e acarreta a perda de líquidos. Essa fase geralmente precisa de internação hospitalar.

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Saúde

EUA aprovam primeiro teste caseiro para câncer do colo do útero

Redação Informe 360

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A FDA (agência reguladora de medicamentos dos EUA) aprovou o primeiro autoteste doméstico para rastreamento do câncer cervical, oferecendo uma alternativa menos invasiva ao tradicional exame Papanicolau.

Desenvolvido pela startup Teal Health, o novo dispositivo — chamado Teal Wand — promete uma experiência mais confortável, com potencial para aumentar as taxas de rastreamento, especialmente entre mulheres que evitam consultas ginecológicas.

Ao contrário do Papanicolau, que exige o uso de um espéculo em consultório médico, o Teal Wand permite que a própria paciente colete a amostra em casa com um cotonete vaginal.

A amostra é enviada por correio a um laboratório para análise do HPV (vírus responsável por quase todos os casos de câncer de colo do útero). Estudos demonstraram que o teste de HPV é altamente preciso e que o autoteste tem eficácia comparável ao método tradicional.

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Teste caseiro é feito com dispositivo criado por startup – Imagem: Teal Health

Mulheres preferem fazer a coleta em casa

  • A aprovação ocorre após ensaios clínicos que indicaram que a maioria das mulheres prefere a coleta em casa e estaria mais propensa a manter os exames em dia com essa opção.
  • Cerca de 13 mil casos de câncer cervical são diagnosticados anualmente nos EUA, com mais de 4 mil mortes.
  • Apesar da eficácia dos exames, cerca de 25% das mulheres estão com o rastreamento em atraso — especialmente entre mulheres negras e indígenas, que têm maior risco de mortalidade pela doença.

Autoteste exige receita médica

O autoteste da Teal Health começará a ser oferecido no próximo mês na Califórnia, mediante receita médica por meio de um serviço de telessaúde.

Inicialmente, será destinado a mulheres de 25 a 65 anos com risco médio. A empresa afirma estar em negociação com planos de saúde para garantir a cobertura do teste.

Dispositivos semelhantes já são utilizados em países como Austrália e Suécia, e fazem parte de uma tendência global de tornar o rastreamento do câncer cervical mais acessível e menos invasivo.

fda
FDA aprova alternativa doméstica ao papanicolau nos EUA – Imagem: grandbrothers / Shutterstock

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Saúde

SUS amplia arsenal contra Alzheimer com novo medicamento para quadros graves

Redação Informe 360

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O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ampliar o tratamento oferecido a pessoas com Alzheimer. A partir de agora, o medicamento donepezila, antes restrito a casos leves e moderados, também será disponibilizado para pacientes com a forma grave da doença.

A ampliação foi oficializada nesta quinta-feira (15) e divulgada pelo Ministério da Saúde. A donepezila atua na preservação das funções cognitivas e da capacidade funcional de pacientes com Alzheimer.

Com a nova diretriz, o medicamento poderá ser utilizado isoladamente ou em combinação com a memantina, já oferecida pelo SUS para quadros graves. Em 2023, mais de 58 mil pessoas fizeram uso da combinação entre os dois medicamentos.

Ampliação vai beneficiar milhares de novos pacientes

  • A decisão surgiu durante a revisão do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença de Alzheimer, conduzida pelo Ministério da Saúde.
  • A expectativa é que cerca de 10 mil novos pacientes sejam beneficiados já no primeiro ano da ampliação.
  • Segundo Fernanda De Negri, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, a medida reflete um compromisso com a inovação e a dignidade no cuidado de uma população cada vez mais envelhecida.
  • “Reafirmamos a importância de políticas públicas baseadas em evidência, que respondem aos desafios do envelhecimento com qualidade e equidade”, afirmou.

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Idoso com Alzheimer sentado em poltrona olhando para janela
Medida baseada em evidências científicas busca melhorar qualidade de vida de pacientes em estágios avançados e fortalecer políticas de cuidado ao idoso (Imagem: Ground Picture/Shutterstock)

Importância da donepezila no tratamento

Estudos analisados pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) mostram que a continuidade do uso da donepezila pode aliviar sintomas como apatia, confusão mental e agitação — comuns nos estágios mais avançados da doença — e até adiar a necessidade de institucionalização.

Além da donepezila, o SUS também oferece memantina (para casos graves), rivastigmina e galantamina (para quadros leves e moderados), conforme previsto no PCDT.

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O tratamento vai além dos medicamentos, com ações de cuidado multidisciplinar, terapias não medicamentosas e suporte psicossocial a pacientes e familiares.

O atendimento a pessoas com Alzheimer é realizado por equipes especializadas em centros de referência e, quando necessário, também no domicílio, por meio do programa Melhor em Casa.

Entre janeiro e março de 2025, foram registrados mais de 7 milhões de atendimentos ambulatoriais e 576 hospitalizações relacionadas à doença no país.

casal de idosos em uma consulta com uma médica
Uso da donepezila agora será permitido para casos graves (Imagem: fizkes/Shutterstock)

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Saúde

Descobertas genéticas prometem tratamentos mais precisos para o TOC

Redação Informe 360

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O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma das doenças psiquiátricas mais incapacitantes, afetando cerca de 1 em cada 50 pessoas no mundo.

Caracterizado por obsessões e compulsões que impactam significativamente a vida cotidiana, ele ainda carrega muitas incógnitas sobre suas causas e tratamentos. Uma nova pesquisa publicada na Nature Genetics oferece avanços importantes ao identificar marcadores genéticos associados ao TOC.

Por meio da análise do DNA de mais de 53 mil pessoas com TOC e 2 milhões sem o transtorno, pesquisadores identificaram 30 regiões do genoma ligadas à condição, totalizando 249 genes de interesse.

“Esses achados não revelam genes únicos causadores, mas mostram como diferentes regiões genéticas influenciam o risco de forma conjunta”, explica Carol Mathews, professora de psiquiatria da Universidade da Flórida.

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dupla hélice de dna
Pesquisadores encontram ligações entre genes, regiões cerebrais e outros transtornos psiquiátricos (Imagem: Natali _ Mis/Shutterstock.com)

Os genes mais relevantes estavam ativos em áreas cerebrais associadas a funções como tomada de decisão, regulação emocional e formação de hábitos — todos processos afetados em pessoas com TOC.

O que a genética nos ensina sobre o TOC

A pesquisa identificou relações entre os genes associados ao TOC e outros transtornos neurológicos e psiquiátricos.

  • Os genes ligados ao TOC também aparecem em quadros como depressão, esquizofrenia e epilepsia.
  • Algumas regiões genéticas associadas ao TOC estão envolvidas na imunidade adaptativa, sugerindo possíveis relações entre inflamação e saúde mental.
  • Neurônios espinhosos médios, ligados à formação de hábitos, mostram forte associação com os genes do TOC. Eles também são alvo de medicamentos usados no tratamento do transtorno.
  • As descobertas podem ajudar a explicar por que o TOC se manifesta de formas tão variadas e por que os tratamentos não funcionam da mesma maneira para todos.

Caminhos para tratamentos mais eficazes

Embora o TOC ainda represente um grande desafio clínico, pesquisas genéticas como essa trazem esperança de que, no futuro, os tratamentos possam ser adaptados ao perfil genético e sintomático de cada paciente.

Além disso, as conexões com o sistema imunológico, regiões cerebrais ainda pouco estudadas e a relação com outros transtornos sugerem novos caminhos para investigação.

O avanço genético pode não apenas melhorar a compreensão do TOC, mas também influenciar como entendemos e tratamos a saúde mental de forma mais ampla.

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“Com o tempo, isso poderá levar a tratamentos mais personalizados e eficazes, melhorando a vida de milhões de pessoas que vivem com TOC em todo o mundo”, completa Carol.

As informações são do site The Conversation.

dna
Avanços na genética explicam o papel do cérebro, dos hábitos e do sistema imunológico no desenvolvimento do TOC – Imagem: Piyaset/Shutterstock

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