Saúde
Como a OMS está se preparando para uma próxima pandemia?

Dados oficiais de governos e de instituições de saúde do mundo todo estimam que quase 7 milhões de pessoas morreram por causa da Covid-19. É um número assustador, assim como foi acompanhar UTIs lotadas e hospitais e profissionais sobrecarregados durante a fase mais crítica da doença.
Passados 4 anos do primeiro registro, como será que a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maior entidade do planeta nesse assunto, está lidando com a pandemia? Será que o grupo já espera uma próxima?
Muitos cientistas não falam mais em “se”, mas sim em “quando” veremos uma nova pandemia. Isso por causa da população global elevada e das concentrações populares em grandes centros e metrópoles.
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Diante disso, a OMS está se preparando, sim, para novos casos. E o Olhar Digital fala sobre essas ações agora.
O que a OMS está fazendo?

- A entidade tomou duas atitudes recentes importantes na prevenção de um novo surto global de uma doença.
- Primeiro, anunciou um fundo de financiamento de US$ 4 milhões para iniciativas da chamada Rede Internacional de Monitoramento de Patógenos.
- Essa rede busca sequenciar o gene de vírus e bactérias que podem causar infecções em seres humanos.
- Segundo o anúncio, os fundos serão direcionados principalmente para organizações de países subdesenvolvidos, para que possam monitorar de perto possíveis ameaças para a saúde pública.
- A OMS também formou um grupo para discutir o que eles chamaram de “Doença X”, um nome fictício para o que pode vir a ser uma nova doença que pode virar pandemia.
- A ideia desse grupo é criar um tratado internacional para garantir maior troca de informações entre governos, organismos internacionais e empresas.
- A proposta, porém, enfrenta resistência, principalmente da indústria farmacêutica, que poderia perder dinheiro com o compartilhamento de informações.
- Esse é o ponto central da ideia: que haja uma maior cooperação global para melhorar os sistemas de alerta e o compartilhamento de informações sobre questões de saúde, além da distribuição mais justa de recursos.
- As discussões lideradas pela OMS estão na nona rodada e o objetivo é alcançar um consenso sobre o texto até maio, quando está marcada a assembleia-geral da entidade.

Especialista defende ações da OMS
Para Ester Sabino, imunologista e professora da Faculdade de Medicina da USP, o monitoramento de patógenos é essencial para que o mundo não seja pego desprevenido como foi da última vez:
“O sequenciamento é importante, porque ele dá alguns dados a mais sobre os agentes: qual é a linhagem, se existem variações importantes que estão fazendo com que esse agente adquira novas capacidades e também para saber se estão mudando as regiões em que a vacina deve produzir anticorpos”, disse a médica.
Ester Sabino explicou ainda que isso é importante tanto para vírus, como também para bactérias – já que as superbactérias, resistentes a antibióticos, são outra preocupação das autoridades de saúde.
Agora, a professora destaca que apenas monitorar os patógenos não é suficiente. Nesse aspecto, ela defende o compartilhamento de informações:
“Sequenciar só por sequenciar não adianta, tem que se inserir dentro de um processo. É preciso um sistema de informações que indique se alguma coisa está mudando”, explicou.
Ester Sabino ficou famosa em 2020 por liderar a equipe que sequenciou os genes do SARS-CoV-2, o coronavírus causador da Covid-19. Ou seja, ela entende mesmo do assunto.
As informações são do Jornal da USP.
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Saúde
O que é o bicho geográfico? Entenda a condição de saúde, causas e tratamento

Quando chega o verão, também chega a temporada de férias na praia. A sensação da areia nos pés é revigorante, mas, às vezes, um parasita indesejado pode voltar para casa com você. Estamos falando da Larva migrans cutânea, popularmente conhecida no Brasil como “bicho geográfico”.
Embora o nome possa soar quase inofensivo ou curioso, quem já teve a infecção sabe que o desconforto é real. A condição, muito comum em países tropicais, não escolhe idade e está diretamente ligada aos locais onde nossos animais de estimação circulam. Mas o que exatamente acontece sob a pele e como se livrar desse hóspede indesejado?
O que causa o bicho geográfico e como tratar?
Para entender a doença, primeiro precisamos apresentar o culpado. O bicho geográfico é causado, na maioria das vezes, por larvas de parasitas intestinais de cães e gatos, sendo o Ancylostoma braziliense o mais comum.
O ciclo de vida desses parasitas começa no intestino dos animais. Os ovos do verme são eliminados nas fezes de cães e gatos infectados. Quando essas fezes entram em contato com solos quentes, úmidos e arenosos (como praias ou tanques de areia em parquinhos), os ovos eclodem e liberam as larvas.

É aqui que entra o ser humano, funcionando como um hospedeiro acidental. Ao pisarmos descalços ou sentarmos nessa areia contaminada, a larva penetra diretamente na pele humana, iniciando a infecção.
Por que “bicho geográfico”?
O nome popular é uma descrição visual perfeita do sintoma. Como o ser humano não é o hospedeiro natural do parasita, a larva não consegue perfurar as camadas mais profundas da pele para atingir a corrente sanguínea (como faria no cão).
O resultado? Ela fica presa na epiderme, vagando sem rumo. Enquanto se desloca, ela escava túneis visíveis, criando lesões lineares e sinuosas que se assemelham ao desenho de um mapa, daí o nome “geográfico”.

Sintomas e diagnóstico
O principal sintoma, além da marca visual avermelhada que cresce dia após dia (a larva pode avançar alguns milímetros ou centímetros diariamente), é uma coceira intensa. O prurido costuma piorar durante a noite.
O diagnóstico é essencialmente clínico. Ou seja, não são necessários exames de sangue ou biópsias complexas. Um clínico geral ou dermatologista identifica a infecção apenas observando o aspecto característico das lesões na pele e ouvindo o relato do paciente sobre onde ele esteve recentemente.
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Do que a larva se alimenta?
Uma dúvida comum e um tanto agoniante, é sobre a alimentação do parasita dentro do corpo humano. Diferente do que ocorre no intestino do animal, onde o verme adulto se alimenta de sangue, na pele humana a larva se nutre basicamente de fluidos teciduais e detritos celulares da epiderme enquanto tenta sobreviver. Sem tratamento, ela acaba morrendo após algumas semanas ou meses, pois não consegue completar seu ciclo evolutivo em humanos.
Tratamento
Apesar de a infecção ser autolimitada (o parasita morre eventualmente), ninguém quer (ou deve) aguentar a coceira e a inflamação por tanto tempo. O tratamento visa matar a larva rapidamente e aliviar os sintomas.
Conforme a lembrança correta mencionada anteriormente, a abordagem médica geralmente envolve o uso de anti-helmínticos (vermífugos):
- Via tópica: Para casos leves, pomadas contendo tiabendazol podem ser aplicadas diretamente na lesão.
- Via oral: Em casos mais extensos ou com múltiplas lesões, médicos prescrevem antiparasitários orais, como albendazol ou ivermectina.
É importante ressaltar que métodos caseiros, como aplicar gelo ou tentar furar a pele para retirar a larva, não são recomendados e podem causar infecções bacterianas secundárias. Ao notar qualquer linha vermelha que “anda” pela pele, a melhor rota é sempre o consultório médico.
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Saúde
Obesidade abdominal e perda muscular aumentam risco de morte após os 50

Um estudo brasileiro, em parceria com o Reino Unido, revela que a combinação de obesidade abdominal e perda de massa muscular aumenta o risco de morte em 83% após os 50 anos. Pesquisadores da UFSCar e da University College London alertam para a importância do diagnóstico precoce da obesidade sarcopênica, condição que compromete a autonomia e a qualidade de vida.
A pesquisa mostra que métodos simples, como medir a circunferência abdominal e estimar a massa muscular, podem identificar indivíduos em risco, evitando exames complexos e dispendiosos. Intervenções precoces, incluindo acompanhamento nutricional e exercícios, podem melhorar a saúde e prolongar a vida, afirma o MedicalXpress.

Entenda por que a obesidade sarcopênica é preocupante
A obesidade sarcopênica, também chamada de síndrome da fragilidade, combina perda de massa muscular com aumento da gordura corporal. Essa condição está associada a quedas, comorbidades e à redução da capacidade funcional dos idosos.
Além de avaliar o risco de morte associado à obesidade abdominal e à baixa massa muscular, conseguimos comprovar que métodos simples podem ser utilizados para detectar a obesidade sarcopênica.
Tiago da Silva Alexandre, professor da UFSCar e um dos autores do estudo, em nota.
A detecção precoce permite intervenções mais eficazes e melhora a qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais.

Métodos acessíveis tornam o diagnóstico mais simples
Tradicionalmente, a obesidade sarcopênica é identificada por exames complexos, como ressonância magnética, tomografia, bioimpedância ou densitometria. Apesar da precisão, esses métodos são caros e pouco acessíveis.
O estudo demonstrou que métodos simples podem ser eficazes na detecção precoce:
- Medição da circunferência abdominal
- Estimativa da massa magra com equações clínicas que consideram idade, sexo, peso, altura e raça
- Avaliação periódica para rastrear alterações ao longo do tempo
“Pela primeira vez, mostramos que é possível rastrear esses indivíduos precocemente usando ferramentas simples”, reforça Alexandre.

Impacto da gordura e da perda muscular no metabolismo
O estudo acompanhou 5.440 participantes do Estudo Longitudinal Inglês sobre Envelhecimento (ELSA) por 12 anos. A combinação de obesidade abdominal e baixa massa muscular elevou o risco de morte em 83%, enquanto a baixa massa muscular isolada reduziu o risco em 40%.
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Valdete Regina Guandalini, professora da UFES e pesquisadora do estudo, explica: “O excesso de gordura intensifica processos inflamatórios que comprometem diretamente o tecido muscular, prejudicando suas funções metabólicas, endócrinas, imunológicas e funcionais.”
Curiosamente, indivíduos com obesidade abdominal, mas massa muscular adequada, não apresentaram risco maior de morte, reforçando que a combinação das condições é o maior problema.
Critérios usados no estudo
Para padronizar a definição de obesidade sarcopênica, os pesquisadores utilizaram os seguintes critérios:
- Obesidade abdominal: circunferência >102 cm para homens e >88 cm para mulheres
- Baixa massa muscular: índice de massa muscular esquelética <9,36 kg/m² para homens e <6,73 kg/m² para mulheres
Essas medidas simples podem ajudar médicos e idosos a identificar riscos e agir antes que complicações graves ocorram.
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Saúde
FDA aprova implante auditivo para bebês a partir de 7 meses nos Estados Unidos

A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou o uso do implante coclear da MED-EL para crianças a partir de 7 meses com perda auditiva sensorioneural bilateral. A decisão amplia significativamente o acesso à tecnologia, permitindo que bebês tenham contato mais cedo com estímulos sonoros essenciais para o desenvolvimento da fala. As informações são da Medical Express.
Implante coclear chega a mais crianças
Com a aprovação, o sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens. A medida também expande os critérios audiológicos e de fala para crianças a partir de 12 meses, ampliando o grupo elegível para receber o dispositivo.

Segundo a empresa, oferecer acesso ao som o mais cedo possível pode gerar impactos positivos para toda a vida da criança, especialmente na fase crítica de desenvolvimento da linguagem.
Estudos indicam alta taxa de sucesso
A decisão da FDA se baseou em um estudo com 123 crianças, entre 7 e 71 meses. Os resultados mostraram taxas de sucesso clínico entre 81% e 88% no primeiro ano de uso do implante coclear, com baixa incidência de complicações — todas já conhecidas e esperadas para esse tipo de procedimento.
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Lista dos principais destaques do estudo:
- 81% a 88% de sucesso clínico no primeiro ano;
- Baixa taxa de complicações, semelhante entre bebês e crianças mais velhas;
- Todos os eventos adversos dentro do escopo conhecido para implante coclear.

A FDA também prevê um estudo pós-aprovação para acompanhar crianças que se enquadram nos novos critérios, garantindo monitoramento contínuo da segurança e eficácia.
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