Saúde
AstraZeneca retira vacina contra Covid-19 de circulação no mundo todo

A AstraZeneca removeu de circulação, no mundo todo, sua vacina contra a Covid-19, fabricada em parceria com a Universidade de Oxford (Inglaterra). A medida passou a valer nesta terça-feira (7).
Na União Europeia (UE), a farmacêutica já havia solicitado a retirada voluntária de sua “autorização de introdução no mercado” em 5 de março, informa o The Thelegraph.
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Nos próximos meses, informa o periódico, a AstraZeneca fará a mesma requisição nos demais países que aprovaram a vacina, conhecida como Vaxzevria – Exceto nos EUA, onde a FDA não aprovou sua aplicação. Desta forma, nenhuma pessoa poderá ser vacinada contra a Covid-19 com esse imunizante, que leva o crédito de ter salvo mais de seis milhões de vidas.
Motivações da AstraZeneca para encerrar distribuição de imunizante contra Covid-19
- Segundo a AstraZeneca, a decisão de remover a Vaxzevria do mercado se dá por questões comerciais;
- Segundo a companhia, ela já não vem sendo mais fabricada ou fornecida e foi substituída por imunizantes mais novos e atualizados, com capacidade de atacar variantes mais recentes;
- Em comunicado, a empresa exaltou sua vacina: “Estamos extremamente orgulhosos do papel que a Vaxzevria desempenhou no fim da pandemia global. De acordo com estimativas independentes, mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas só no primeiro ano de utilização e mais de três bilhões de doses foram fornecidas ao nível mundial”;
- E prosseguiu: “Nossos esforços foram reconhecidos por governos de todo o mundo e são amplamente considerados como componente crítica para acabar com a pandemia global”;
- “Como, desde então, foram desenvolvidas múltiplas vacinas variantes da Covid-19, há excedente de vacinas atualizadas disponíveis. Isto levou a declínio na procura da Vaxzevria, que já não é fabricada nem fornecida. A AstraZeneca tomou, portanto, a decisão de iniciar a retirada das autorizações de introdução no mercado da Vaxzevria na Europa”;
- “Trabalharemos, agora, com reguladores e nossos parceiros para nos alinharmos em caminho claro para concluir este capítulo e contribuir significativamente para a pandemia de Covid-19”;
- E finalizou: “Faremos parceria com autoridades reguladoras em todo o mundo para iniciar a retirada da autorização de comercialização da Vaxzevria, onde não se espera nenhuma demanda comercial futura pela vacina.”

A autorização da vacina anti-Covid Vaxzevria da AstraZeneca será retirada e o processo já começou oficialmente com a Comissão Europeia. Isto está de acordo com as expectativas de que as vacinas não mais utilizadas e atualizadas serão retiradas, conforme nossa indicação.
Marco Cavaleri, chefe de vacinas da Agência Europeia de Medicamentos, órgão responsável pela segurança de medicamentos e medicamentos na UE, à imprensa italiana
Cavaleri disse ainda que espera que todas as vacinas monovalentes (que tratam somente a cepa original do SARS-CoV-2) sejam retiradas a tempo.
Efeito colateral raro
O imunizante da AstraZeneca/Oxford possui um único efeito colateral raro: trombose em combinação com trombocitopenia, condição que pode ser fatal. No Reino Unido, 51 pessoas afirmam terem sido acometidas pela enfermidade após serem vacinadas com a Vaxzevria e estão processando a farmacêutica. Leia mais sobre o assunto aqui.
A partir do conjunto de evidências em ensaios clínicos e dados do mundo real, a vacina AstraZeneca-Oxford tem demonstrado continuamente ter perfil de segurança aceitável e os reguladores em todo o mundo afirmam consistentemente que os benefícios da vacinação superam os riscos de efeitos colaterais potenciais extremamente raros.
AstraZeneca
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Saúde
O que é a síndrome de Lázaro e por que ela ocorre?

A medicina está repleta de casos que parecem desafiar a lógica. Entre eles, um fenômeno raro, mas que chama a atenção de médicos e do público em geral, é a síndrome de Lázaro.
O nome faz referência à figura bíblica que, segundo o relato do Evangelho, voltou à vida após quatro dias morto. Na prática médica, a síndrome descreve situações em que pacientes que foram considerados mortos, após parada cardíaca e tentativas de ressuscitação mal-sucedidas, apresentam retorno espontâneo da circulação.
Apesar de parecer um “milagre”, o fenômeno tem explicações científicas e está documentado em dezenas de casos pelo mundo. Contudo, por sua raridade, ainda gera debates, dúvidas e até certo impacto emocional em equipes médicas e familiares.
Vamos explicar de forma clara o que é a síndrome de Lázaro, por que ela ocorre, como os médicos lidam com ela e o que a ciência já descobriu até hoje sobre essa condição intrigante.
O que é a síndrome de Lázaro?
A síndrome de Lázaro é um fenômeno médico extremamente raro, caracterizado pelo retorno espontâneo da circulação sanguínea (ROSC – Return of Spontaneous Circulation) em pacientes que tiveram uma parada cardíaca e não responderam às manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

Ou seja, mesmo depois de o paciente ser declarado clinicamente morto, o coração pode voltar a bater por conta própria, minutos após o fim das tentativas de reanimação. O fenômeno foi descrito pela primeira vez em 1982, e desde então apenas algumas dezenas de casos foram relatados em estudos científicos.
Esse retorno inesperado costuma acontecer dentro de um período de 10 minutos após a interrupção da RCP, embora existam relatos em que o coração voltou a funcionar até 30 minutos depois.
Origem do nome
O termo foi inspirado na narrativa bíblica de Lázaro de Betânia, que, segundo o Evangelho de João, foi ressuscitado por Jesus quatro dias após a morte. Embora o contexto seja religioso, a medicina adotou o nome para ilustrar esse fenômeno em que alguém aparentemente “retorna à vida”.
É importante destacar que, na medicina, não há qualquer ligação sobrenatural: a explicação está relacionada a processos fisiológicos complexos que, em situações muito específicas, podem levar ao retorno da circulação.
Por que a síndrome de Lázaro ocorre?
Apesar de ainda não haver consenso definitivo, existem hipóteses médicas que ajudam a explicar o fenômeno. As principais causas levantadas são:
1. Pressão intratorácica
Durante as manobras de ressuscitação, o ar insuflado pode aumentar demais a pressão dentro do tórax, comprimindo o coração e impedindo o retorno venoso adequado. Quando a ventilação é interrompida, a pressão diminui e o sangue consegue fluir novamente, permitindo que o coração volte a bater.

2. Efeitos retardados de medicamentos
Durante uma reanimação, medicamentos como adrenalina e atropina são administrados. Em alguns casos, pode haver um atraso na absorção ou no efeito dessas drogas, que só se manifestam minutos depois, resultando no retorno da atividade cardíaca.
3. Acidose metabólica
A parada cardíaca leva ao acúmulo de ácido láctico no organismo. Em alguns casos, essa condição pode se reverter gradualmente, permitindo que o coração recupere seu ritmo espontaneamente após alguns minutos.
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4. Hipotermia
A baixa temperatura corporal pode desacelerar os processos metabólicos, protegendo órgãos vitais. Pacientes em hipotermia grave já foram considerados mortos, mas apresentaram sinais de vida posteriormente.
5. Retardo na condução elétrica
O coração depende de estímulos elétricos para contrair. Alguns especialistas acreditam que pode haver um retardo ou bloqueio momentâneo na condução elétrica que, ao se normalizar, permite que o órgão volte a funcionar.
Casos documentados da síndrome de Lázaro
Desde a primeira descrição em 1982, a literatura médica registrou mais de 60 casos confirmados. Alguns chamaram atenção mundial:
- 1993 – EUA: paciente voltou a apresentar batimentos cardíacos 10 minutos após a interrupção da RCP;
- 2007 – Reino Unido: uma mulher de 23 anos foi declarada morta após parada cardíaca; 10 minutos depois, o coração voltou a bater;
- 2014 – Polônia: um homem de 91 anos foi declarado morto, mas algumas horas depois acordou no necrotério. Esse caso, no entanto, está mais relacionado à hipotermia do que à síndrome de Lázaro em si.
Apesar de impressionantes, esses casos reforçam a importância de protocolos médicos rigorosos antes de declarar um óbito.

Como a medicina lida com a síndrome de Lázaro?
A raridade do fenômeno não diminui sua relevância. Por isso, médicos passaram a adotar algumas recomendações:
- Monitoramento após o fim da RCP: recomenda-se observar o paciente por pelo menos 10 minutos antes de declarar a morte, para garantir que não haja retorno espontâneo da circulação;
- Eletrocardiograma contínuo: manter o monitor ligado ajuda a registrar qualquer atividade elétrica que possa surgir no coração após a suspensão das manobras;
- Controle da ventilação: evitar hiperinflação pulmonar durante a ressuscitação, reduzindo o risco de pressão intratorácica elevada.
Essas medidas buscam reduzir a possibilidade de diagnósticos equivocados e garantir que todos os recursos tenham sido aplicados.
Síndrome de Lázaro é o mesmo que catalepsia?
Não. A catalepsia é uma condição neurológica em que o corpo entra em um estado de rigidez e imobilidade, muitas vezes confundida com morte em relatos históricos. Já a síndrome de Lázaro está diretamente relacionada ao retorno da circulação após uma parada cardíaca.
São fenômenos distintos, ainda que ambos tenham alimentado histórias de “retornos à vida” ao longo da história.
O que a ciência ainda precisa descobrir
Embora algumas hipóteses sejam plausíveis, a síndrome de Lázaro ainda não tem explicação definitiva. A raridade dos casos torna difícil estabelecer padrões claros. Por isso, cada registro documentado é extremamente importante para a ciência.
Pesquisas futuras devem se concentrar em compreender os mecanismos fisiológicos que levam ao retorno espontâneo da circulação, bem como em protocolos que minimizem riscos e tragam mais segurança aos profissionais de saúde.
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Saúde
Gene de 20 milhões de anos é revivido em laboratório e pode combater doenças atuais

Um estudo publicado recentemente na revista Scientific Reports pode ajudar a combater a gota, doenças renais e do fígado que acometem pessoas atualmente. Para isso, cientistas da Universidade Estadual da Geórgia, nos Estados Unidos, reviveram um gene extinto presente nos nossos ancestrais de mais de 20 milhões de anos.
Antigamente, o gene era uma desvantagem evolutiva e desapareceu ao longo do tempo. Já atualmente, ele pode ser uma vantagem e ajudar na prevenção de doenças comuns.

Estudo pode ajudar a combater a gota e outras doenças
A gota é uma doença antiga, mas que persiste nos dias de hoje. Ela é causada pelo excesso de ácido úrico no sangue, que provoca a formação de cristais nas articulações e nos rins, resultando em dores intensas e inchaço. Outras doenças podem ser causadas pelo mesmo motivo, como nos rins e no fígado.
Um gene chamado uricase pode ajudar. Ele é responsável por produzir uma enzima homônima que reduz os níveis de ácido úrico no sangue.
No entanto, havia um problema: o gene estava presente em nossos ancestrais há milhões de anos e foi extinto com o tempo. Para resolver a situação, biólogos da Universidade Estadual da Geórgia tentaram revivê-lo em laboratório – e deu certo.

Gene de mais de 20 milhões de anos é revivido em laboratório
A uricase estava presente em nossos ancestrais primatas, mas foi extinto devido a pressões evolutivas entre 20 e 29 milhões de anos atrás. Isso porque, naquela época, o excesso de ácido úrico não era prejudicial como é hoje. Ele era benéfico ao converter o açúcar dos alimentos em gordura, ajudando os indivíduos a sobreviverem à escassez de comida.
Ou seja, há milhões de anos, era mais vantajoso não ter a uricase e ter mais ácido úrico. Atualmente, é o contrário – afinal, não temos que nos preocupar com a escassez de alimentos por longos períodos, como nossos ancestrais.
Para reviver o gene em laboratório, a dupla de pesquisadores Lais Balico e Eric Gaucher usou a técnica de edição genética CRISPR. Eles reconstruíram a versão antiga da uricase, tomando como base genes de herança ativos em outros mamíferos e modelos computacionais de como ele poderia ter evoluído ao longo do tempo.
Em seguida, eles testaram o gene revivido em células hepáticas humanas modificadas em laboratório. O resultado foi um sucesso, com a produção da enzima uricase e a redução dos níveis de ácido úrico.

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Gene ainda não foi testado em humanos
- O resultado foi positivo, com a redução do ácido úrico sendo essencial na prevenção de doenças renais, do fígado e a gota;
- No entanto, o estudo se limitou a testes em laboratório. O gene revivido não foi testado em animais;
- Mesmo assim, a equipe está otimista que isso possa acontecer. Para isso, não necessárias pesquisas adicionais para garantir a segurança do gene em animais e humanos, sem que ele interfira em outras células ou no funcionamento do organismo.
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Saúde
7 ISTs perigosas, mas com sintomas silenciosos

A lista de infecções sexualmente transmissíveis é extensa. No entanto, algumas apresentam consequências ainda mais graves à saúde e, o pior, é que a maioria das ISTs carregam sintomas silenciosos, o que dificulta o diagnóstico precoce e retarda a busca pelo tratamento.
No Brasil, os casos de infecções sexualmente transmissíveis têm crescido nos últimos anos. Segundo levantamento do IBGE e do Ministério da Saúde, cerca de 1 milhão de pessoas foram infectadas só em 2019. Causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos, algumas ISTs evoluem de forma silenciosa, conheça sete delas.
ISTs silenciosas: conheça sete infecções que avançam sem dar muitos sinais
1-Clamídia

Entre as ISTs perigosas com sintomas silenciosos está a clamídia, uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Em muitos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas visíveis, o que dificulta o diagnóstico e favorece a transmissão inadvertida a outros parceiros.
Além disso, quando os sinais surgem, muitas vezes são confundidos com outras condições. Afinal, os sintomas podem incluir corrimento amarelado, dor ao urinar, sangramento fora do período menstrual ou durante relações sexuais, e dor pélvica.
A partir disso, essa característica “invisível” ou sintomas que são confundidos com outros diagnósticos, podem levar a complicações graves, como doença inflamatória pélvica, infertilidade, gravidez ectópica e, em casos extremos, risco de morte materna ou fetal. Por isso, exames regulares e o uso de preservativos são essenciais para prevenção e detecção precoce.
2-Gonorreia
Outra infecção sexualmente transmissível que tem a capacidade de se espalhar silenciosamente é a gonorreia, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.
Embora possa provocar sintomas como dor ao urinar, corrimento amarelado ou esverdeado, dor pélvica e sangramento fora do ciclo menstrual, muitas pessoas, especialmente mulheres, não percebem sinais evidentes, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Dessa forma, a ausência de sintomas pode levar à progressão da infecção para órgãos internos, causando complicações como infertilidade, doença inflamatória pélvica e até infecções sistêmicas. Além disso, a gonorreia pode ser transmitida durante o parto, colocando recém-nascidos em risco de conjuntivite grave e até cegueira.
3-HPV (Papilomavírus Humano)

O Papilomavírus Humano (HPV) é uma das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) mais frequentes no mundo, e uma das mais traiçoeiras. Isso porque, na maioria dos casos, ele se instala no corpo sem provocar qualquer sintoma imediato.
Com isso, a falta de sinais visíveis dificulta a detecção precoce e contribui para que o vírus continue sendo transmitido sem que a pessoa infectada sequer perceba.
Sobretudo, o perigo se intensifica com os chamados tipos de alto risco, especialmente os subtipos 16 e 18, que estão diretamente ligados ao desenvolvimento de cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Além disso, o HPV pode estar envolvido em tumores que afetam outras áreas como vagina, vulva, pênis, ânus, cavidade oral e garganta.
Mesmo quando não há sintomas externos, o vírus pode causar alterações microscópicas e inflamações internas que evoluem ao longo do tempo. Quando se manifestam, os sinais podem incluir verrugas na região genital, feridas ou manchas incomuns, sensação de ardência, coceira persistente e lesões na boca ou garganta.
4-HIV
Entre as infecções sexualmente transmissíveis que podem se desenvolver de forma discreta, o HIV se destaca como uma das mais preocupantes.
O vírus da imunodeficiência humana pode permanecer no organismo por anos sem apresentar sinais evidentes, o que favorece sua disseminação e dificulta o diagnóstico precoce.
Não é à toa que essa “epidemia invisível” tem sido motivo de alerta no Brasil, especialmente após estudos apontarem que a taxa de prevalência do HIV ultrapassou os limites considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde.
O HIV é caracterizado por comprometer o sistema imunológico ao atacar as células responsáveis pela defesa do organismo.
Com o tempo, sem o devido acompanhamento médico, o vírus pode avançar para o estágio conhecido como aids. A aids, por sua vez, é uma condição que deixa o corpo vulnerável a infecções e doenças que normalmente seriam combatidas com facilidade. Apesar disso, hoje é plenamente possível conviver com o HIV de maneira saudável e segura.
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5-Sífilis
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum que pode se desenvolver de forma silenciosa por longos períodos, o que a torna extremamente perigosa. Em seus estágios iniciais, é comum o aparecimento de feridas indolores na região genital, boca ou ânus, que desaparecem espontaneamente. Como resultado, muitas pessoas acabam ignorando o problema.
Com o passar do tempo, no entanto, a doença pode evoluir para fases mais graves e atingir órgãos vitais como o coração, o cérebro e os ossos, trazendo riscos sérios à saúde.
Além disso, mesmo sem sintomas aparentes, a sífilis permanece ativa e transmissível. Portanto, é fundamental estar atento aos sinais de alerta, como manchas avermelhadas na pele, especialmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, ínguas espalhadas pelo corpo, febre baixa, dor de cabeça, fadiga e queda de cabelo.
6-Herpes Genital

A Herpes Genital é uma das ISTs com sintomas silenciosos que mais desafiam o diagnóstico precoce. Causada pelo vírus Herpes simplex tipo 2 (HSV-2), essa infecção pode permanecer latente no organismo por longos períodos, sem apresentar sinais visíveis.
Mesmo sem lesões aparentes, o vírus continua ativo e transmissível, o que torna a doença perigosa e favorece sua disseminação. Além disso, cerca de 70% das transmissões ocorrem justamente na fase assintomática.
Apesar de muitas pessoas não identificarem imediatamente a presença da Herpes Genital, os sinais podem se manifestar como lesões pequenas e sensíveis na área íntima, geralmente acompanhadas de ardência, coceira intensa e desconforto ao urinar.
Além desses sintomas, é possível que surjam manifestações sistêmicas como febre leve, inchaço dos gânglios na virilha e dores musculares.
7-Tricomoníase
A tricomoníase é uma infecção provocada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que muitas vezes se apresenta de forma discreta, dificultando seu reconhecimento imediato. Na maioria dos casos, especialmente entre os homens, o quadro é assintomático, o que contribui para a disseminação silenciosa da doença.
Já em mulheres, os sinais tendem a ser mais perceptíveis, como corrimento vaginal com odor forte, frequentemente comparado ao cheiro de peixe, além de coceira intensa, sensação de ardência e dor ao urinar. Durante o ciclo menstrual, esses sintomas podem se intensificar devido às alterações no pH vaginal.
Mesmo sendo uma infecção curável, a tricomoníase pode trazer sérias consequências à saúde quando não tratada de forma adequada. Entre os riscos, está a maior vulnerabilidade à contaminação por outros agentes infecciosos, como o HIV. No caso de gestantes, a doença está relacionada a complicações como parto prematuro.
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