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3 Lições da Série da ginasta Simone Biles na Netflix

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Simone Biles
Getty Images

Com todos os olhos nela, Simone Biles levou mais quatro medalhas olímpicas nos Jogos de Paris deste ano

A segunda parte da série documental de Simone Biles chegou à Netflix há pouco, encerrando a jornada de bastidores da atleta em grande estilo. Depois do resultado vitorioso nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, com quatro medalhas (três ouros e uma prata), os episódios de “O Retorno de Simone Biles” surpreenderam com algumas revelações sobre como a atleta lidou com a intensa pressão de ser o rosto da ginástica e da Olimpíada deste ano.

Sua experiência em Paris começou com uma lesão na panturrilha durante o aquecimento, mas com o apoio de seus treinadores e médicos, ela retomou a história que havia começado quatro anos antes, em Tóquio. Na época, a ginasta desistiu da competição por sofrer com os “twisties”, uma condição que envolve perda temporária da percepção espacial vivenciada por ginastas durante elementos de alta dificuldade.

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Ao longo da série, a ginasta deixa alguns aprendizados que podem ajudar na carreira de qualquer profissional. Confira, a seguir, três lições de “O Retorno de Simone Biles”.

1. A dor não vai embora, mas sua preparação também não

O terceiro episódio da série começa com a chegada de Simone Biles nas Olimpíadas de 2024 em Paris, o que ela e suas colegas de equipe dos EUA chamaram de “Tour da Redenção” após o desempenho do time nos Jogos de Tóquio 2020.

É possível ver como as ginastas aproveitam os momentos de união para aliviar os nervos antes da primeira competição, que seria o início de seis dias exaustivos de provas na Arena Bercy, em Paris. Simone Biles compartilha como é a pressão e o estresse no dia da competição: “Você sente que vai vomitar, chorar e fazer xixi.”

Durante o aquecimento no solo, Biles diz ter sentido uma sensação estranha na panturrilha. Ela conta para onde sua mente foi imediatamente: “É tão irritante. Parece um déjà vu. As pessoas vão achar que estou desistindo de novo.”

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Seus treinadores desde 2017, Cecile Canqueteau-Landi e Laurent Landi, apoiaram a ginasta. “Eu vi no rosto dela. Ela começou a se assustar”, disse Landi. “A dor não vai embora, mas sua preparação também não.” Os problemas vão aparecer, na ginástica e em qualquer outra carreira, mas quando vierem, você continuará tendo as ferramentas que desenvolveu para lidar com eles.

A Dra. Marcy Faustin, responsável pelo cuidado físico e mental da equipe feminina de ginástica dos EUA, também acalmou a situação. Ela estava presente quando Biles se retirou das Olimpíadas de Tóquio para cuidar de sua saúde mental e, agora, lidava com sua saúde física, após a lesão na panturrilha. “No momento, tivemos pouquíssimo tempo para tomar uma decisão. Ela deveria continuar na competição? Era seguro competir? E garantir que, se ela sentisse que não estava segura o suficiente para ir, então ela não iria.”

Mas para Biles, uma força maior a movia: “Eu não podia deixar que as pessoas dissessem que eu desisti de novo.”

2. Você está no controle da sua vida e carreira

Outra revelação no documentário é uma discussão sobre como a ginástica, ainda mais do que outros esportes, sempre favoreceu a juventude. Simone Biles, que completou 27 anos recentemente durante as seletivas olímpicas, fala sobre a mudança em relação à no esporte e como, agora, os ginastas têm espaço para fazer pausas e retornar se quiserem.

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Jessica O’Beirne, apresentadora do podcast GymCastic, coloca isso em perspectiva. “Se Simone ganhar qualquer medalha em Paris, significa que a narrativa finalmente pode mudar, e um pouco do dano da ideia de que ‘apenas adolescentes conseguem’ pode ser desfeito. Isso também mostra que ela controla a narrativa. Ela decide qual é a história. Ela está no controle da própria vida e carreira.”

Biles provou isso ao ganhar não apenas uma, mas quatro medalhas.

3. Uma mente tranquila traz mais vitórias

No episódio final da série, Simone Biles fala sobre a diferença entre os Jogos do Rio e os Jogos de Tóquio. “No Rio, eu não tinha ansiedade. Eu estava lá apenas para me divertir e criar memórias.” E saiu de lá com cinco medalhas, quatro delas de ouro.

Em Tóquio, conquistou uma medalha de prata na competição por equipes após se retirar devido aos twisties, para cuidar de sua saúde mental.

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Em Paris, ela estava de volta ao controle. “Desta vez, estou com a mente tranquila e não tenho mais aquelas dúvidas. Meu objetivo é vencer o ouro por equipes e o ouro no individual geral.”

E com todos os olhos nela, foi exatamente isso que ela fez. Biles garantiu mais quatro medalhas olímpicas, incluindo um ouro por equipes, ouro no individual geral, ouro no salto e prata no solo, para se tornar a ginasta americana mais condecorada da história.

Ao refletir sobre o que realizou durante a carreira, Biles diz que se orgulha de “permanecer fiel a mim mesma e nunca ceder.”

Agora, Biles diz que sente um alívio ao olhar para o futuro e descobrir o que vem a seguir.

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*Kasey Nelson é colaboradora da Forbes USA. Ela é ex-ginasta e comunicadora formada pela NC State, e escreve sobre assuntos relacionados ao esporte.

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Remuneração em 2025: O que Entrou na Pauta do RH

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Chegou dezembro (já?) e resolvi resgatar as apostas que fiz no meu artigo de janeiro quanto aos assuntos que poderiam ser destaque na pauta dos gestores de RH em 2025, considerando o que vinha sendo discutido até então nas minhas interações com organizações dos mais diferentes perfis e portes.

Dentre esses temas, citei o investimento em IA, pauta que realmente se mostrou presente em 100% das empresas que atendi este ano; ações de diversidade e inclusão, que vinham mobilizando muito as empresas em 2024, mas que perderam tração em 2025; flexibilização de benefícios, sendo esta uma alternativa financeiramente mais interessante para reforçar a oferta de valor aos funcionários; investimento em incentivos de longo prazo, especialmente as Stock Options, que já vinham sendo discutidas como ferramentas de característica mercantil junto ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça); além do reforço à governança corporativa e aos comitês de pessoas, que trariam maior segurança e assertividade às práticas de gestão.

Mas, na prática, o que aconteceu foi que vivemos um ano de grandes inseguranças e instabilidades nas empresas. Muitas organizações estão tendo dificuldades para fechar o ano entregando resultados suficientes para gatilhar os planos de bônus. A batalha para o controle do turnover não parece estar nem perto do fim, mesmo com as ações do RH para a modernização de seus programas e políticas. O investimento em ferramentas tecnológicas não se mostrou tão simples quanto parecia, uma vez que os processos e sistemas legados não tombam facilmente para novas plataformas, que também demandam alto investimento e concorrem com outras frentes de transformação digital do negócio.

Diferentemente do que prevíamos, e enquanto essa realidade nada animadora foi tomando conta do calendário, os temas que acabaram se tornando pauta das publicações por aqui nos últimos meses foram:

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EVP (Employee Value Proposition)

Só o salário não é capaz de assegurar a performance da equipe. São necessárias muitas outras iniciativas dentro da oferta de valor trabalhada pelas áreas de RH para que uma empresa seja capaz de atrair, motivar, engajar e reter talentos adequados e alinhados aos valores corporativos.

Performance corporativa vs Remuneração

O rigor na fundamentação técnica dos programas de incentivos é fundamental para que eles cumpram seu papel de passar mensagens e alinhar esforços coletivos. Mas o frenesi midiático a partir de interpretações equivocadas dos programas não tem ajudado em nada na percepção do mercado quando o assunto são os resultados das empresas de capital aberto.

Síndrome do cargo fictício

O sucesso de um profissional tem sido medido pela sua velocidade de progressão entre cargos. Mas para dar vazão às expectativas de encarreiramento do time, empresas passaram a conceder o título do cargo sem que necessariamente houvesse um reflexo nas reais atribuições do profissional, em seu nível de autonomia ou impacto no negócio. Neste movimento, o cargo passa a existir no papel, mas não na prática, e a remuneração tende a não acompanhar valores típicos de mercado.

Exposição da remuneração executiva

A XP publicou, e em seguida tirou do ar (não sem antes causar grande furor), um relatório no qual havia divulgado a remuneração de grandes executivos do mercado, a partir de dados extraídos dos Formulários de Referência da CVM. De fato, esse relatório deveria ser uma fonte confiável de dados para apoiar a tomada de decisão dos acionistas. Entretanto, mesmo para profissionais de remuneração, esses dados são bastante nebulosos. Não é raro encontrar inconsistências entre as informações utilizadas internamente para a gestão dos executivos e os números divulgados.

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Pejotização dos contratos de trabalho

A legislação prevê a possibilidade de contratação de profissionais para a prestação de serviços no modelo PJ, ainda que haja habitualidade e pessoalidade, e mesmo que para atuação em áreas fim do negócio. O que define a existência de vínculo empregatício é a subordinação. Mas existem cuidados a serem tomados para evitar riscos jurídicos na migração do modelo CLT para o modelo PJ, tais como a aplicação da linha de corte de hipersuficiência, a distinção de nomenclaturas dos cargos, além de práticas distintas de gestão de pessoas.

Riscos e vieses da gestão financeira

Quando uma empresa desenha sua estratégia de remuneração, cada escolha carrega mensagens poderosas. O mercado de comparação, o nível de competitividade, o equilíbrio entre salário fixo e variável, os mecanismos de premiação – tudo isso influencia comportamentos, expectativas e, principalmente, decisões. Os programas de remuneração variável são ferramentas valiosas para alinhar interesses, engajar talentos e impulsionar resultados. Mas precisamos ir além do discurso. É urgente investir em letramento financeiro para executivos, criar espaços de diálogo sobre riscos e preparar as pessoas para lidar com as incertezas do mercado.

Mais segurança jurídica para os planos de Stock Options

O STJ reconheceu oficialmente a natureza mercantil desses programas, tornando a premiação muito mais atrativa em razão da eficiência tributária. Antes disso, parte da Fazenda Nacional e da Receita Federal defendia que os lucros “embutidos” na diferença entre o preço de mercado e o preço de exercício configurariam remuneração disfarçada, tributável como renda do trabalho — e não como ganho de capital.

O futuro da remuneração está na tecnologia

A transformação digital e as novas expectativas das gerações Y e Z vêm demandando evoluções nos processos do RH, incluindo na gestão salarial. Não se pode mais pautar as decisões sobre a carreira das pessoas no caso a caso e na base da discricionariedade. Ferramentas que garantam credibilidade, agilidade e transparência são essenciais para sustentar esse novo paradigma de gestão da remuneração.

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Das questões que se mostravam urgentes no início do ano, poucas permaneceram em destaque sem serem atropeladas pelos desafios de negócio e pelos incêndios a serem apagados. E enquanto vemos proliferar eventos sem fim para discutir as “tendências” de gestão de RH e de remuneração, a realidade de cada empresa se impõe e exige de seus líderes cada vez mais soluções personalizadas e individualizadas. Nesse jogo, ganha quem tem visão de negócio, consistência técnica, flexibilidade e muita resiliência.

*Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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Mastercard Anuncia Nova VP Sênior de Pessoas para América Latina e Caribe

Redação Informe 360

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A Mastercard anunciou Luciana Cardoso como nova vice-presidente sênior de pessoas para a América Latina e o Caribe. Desde 2023, a executiva ocupava a vice-presidência da área para a companhia no Brasil.

Com mais de 20 anos de carreira, Luciana soma passagens por empresas como Biogen, Novartis e Kimberly-Clark. É formada pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e tem MBA executivo pelo Insper.

No novo cargo, ela será responsável por liderar a estratégia de pessoas da Mastercard na região, com foco no desenvolvimento de talentos, na inovação e na consolidação de uma cultura de alto desempenho e impacto sustentável.

A companhia também anunciou Daniela Belisário como nova vice-presidente de pessoas no Brasil. Com mais de 20 anos de experiência em RH, a executiva tem passagens por Banco BMG, SulAmérica, Nubank, Itaú Unibanco e Valid Soluções. Formada em administração de empresas, também tem MBA em gestão empresarial.

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Daniela Belisário, nova vice-presidente de pessoas no Brasil
Divulgação

Daniela Belisário, nova vice-presidente de pessoas da Mastercard no Brasil

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De Trainee a CEO: A Trajetória do Novo Líder Global da Coca-Cola

Redação Informe 360

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Henrique Braun, novo CEO global da The Coca-Cola Company a partir de 31 de março de 2026, construiu toda a sua carreira na companhia: foi de trainee ao maior cargo em quase três décadas de empresa. Nascido na Califórnia e criado no Brasil, o executivo entrou na Coca-Cola em 1996 como trainee de engenharia global, durante um intercâmbio na Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos. “Enquanto encerrava meu semestre no exterior, me deparei com um panfleto sobre a oportunidade de estágio, e o resto é história”, escreveu em uma publicação no LinkedIn.

Atualmente vice-presidente executivo e diretor de operações, posição que assumiu em janeiro deste ano, Braun supervisiona todas as unidades operacionais da companhia no mundo.

A trajetória do novo CEO da Coca-Cola

O executivo passou parte da sua infância em Petrópolis (RJ), cidade de origem de sua família. Formado em engenharia agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, possui mestrado em ciências pela Universidade de Michigan e MBA pela Universidade da Geórgia.

Ao relembrar o início da carreira na Coca-Cola, Braun destaca o papel dos mentores que encontrou no caminho. “Lembro das pessoas incríveis que investiram seu tempo em mim, me deram desafios que me fizeram crescer e abriram meus olhos para novas possibilidades.”

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O executivo rodou o mundo ao longo de sua trajetória na companhia: ocupou posições de liderança na América do Norte, Europa, América Latina e Ásia, com passagens por áreas como cadeia de suprimentos, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação e operações de engarrafamento. “Tive a sorte de chamar muitos lugares de ‘casa’”, diz. “Um deles é Bruxelas, onde, há 25 anos, aceitei um cargo em nosso centro de P&D. Esse capítulo despertou minha paixão pela inovação: ouvir os consumidores, experimentar com ousadia e ampliar aquilo que funciona.”

Entre os cargos que já ocupou, foi presidente da Coca-Cola na China e na Coreia do Sul (2013–2016), liderou a unidade de negócios do Brasil (2016–2020), comandou as operações da América Latina (2020–2022) e foi presidente de desenvolvimento internacional (2022–2024), supervisionando sete das nove unidades operacionais globais da companhia.

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