Numa época em que a política está cada vez mais desacreditada, ainda tem gente com entusiasmo para colocar as coisas no seu devido lugar. É o caso do administrador de empresas e ex-vereador, Fábio Duarte, que é pré-candidato a Deputado Estadual na próxima eleição.

A justificativa dele é objetiva: “é hora de todo cidadão comprometido com a transformação social se perguntar: o que eu posso fazer para mudar a condição de vida das pessoas? Reclamar é improdutivo, não melhora as coisas. Também acho que não basta amar a cidade e o Estado onde se vive, é preciso interferir nas ações de Governo para contemplar os menos favorecidos. A minha pré-candidatura tem esse objetivo.”

Em entrevista ao portal Informe360, Fábio Duarte fala do seu jeito peculiar de fazer política, defendendo a cooperação em favor do povo ao invés das disputas por interesses pessoais.

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1. Como o senhor analisa a atuação dos três deputados estaduais eleitos pelo município da Serra.

Fábio Duarte – Eu não gosto de falar do trabalho dos outros, até porque para fazer isso eu teria que estar acompanhando o dia a dia deles na Assembleia, e eu não tenho tempo para isso. O que eu sei é o que eu ouço nas ruas, onde as pessoas reclamam que eles disputam muito entre si e que as questões pessoais acabam prevalecendo sobre as reais necessidades da população. Isso não é bom para a cidade. Para ser eficaz, a representação política precisa agir pensando no coletivo, sem picuinhas.

A população tem pedido renovação, chega dos mesmos, é o que eu escuto em minhas caminhadas.

2. O senhor acha que a população percebe quando o trabalho não traduz aquilo que foi prometido na campanha eleitoral?

Fábio Duarte – Sem dúvida nenhuma. O eleitorado está ficando cada vez mais politizado, as pessoas já fazem a distinção entre o político promesseiro e aquele que fala pouco e trabalha mais pela sua cidade. Ninguém consegue enganar por muito tempo, um dia a conta chega. Eu penso que a gente só consegue botar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo quando pensa e age com o coração em defesa do interesse coletivo. Eu trabalho pensando em primeiro lugar na avaliação de Deus. Quando Ele acena que está tudo bem, eu sigo em frente sem nenhum temor. Minha coragem vem da coerência entre o que eu penso, o que eu sinto e o que eu faço.

3. Na eleição municipal, o senhor teve uma vitória política, obteve uma votação surpreendente, chegou muito perto, mas não conseguiu se eleger, não obteve a vitória eleitoral. O que aprendeu com essa experiência?

Fábio Duarte – O aprendizado foi muito grande. Eu tive a oportunidade de andar por toda a Serra, conversei com milhares de pessoas, hoje eu posso dizer que conheço um pouco a alma do povo serrano. Isso nenhuma Faculdade poderia me dar. Por tudo que eu ouvi das pessoas nas ruas é que eu não posso desistir jamais da vida pública. O caminho é difícil, a gente sempre esbarra no poder econômico dos políticos profissionais, mas eu sou daquele tipo de pessoa que se anima ainda mais quando o obstáculo parece intransponível. A minha fé é maior.

4. Por que o senhor decidiu se candidatar a uma vaga na Assembleia Legislativa na próxima eleição numa época em que a política está tão desacreditada?

Fábio Duarte – A vida nunca foi fácil pra mim, eu sempre tive que batalhar muito para conseguir os meus objetivos, portanto, nenhuma dificuldade, por maior que seja, consegue me fazer desistir dos meus ideais. Quando eu me casei, eu e minha mulher ouvimos de um médico que nós não teríamos nunca um filho. Hoje nós temos não apenas um, mas 4 filhos. Entendeu o meu raciocínio? Obstáculos existem para serem vencidos o impossível é apenas uma opinião. Quando eu me candidatei a vereador, também ouvi que era muito difícil, que o poder econômico não dá trégua e coisa e tal. Pois eu ouvi o meu coração e consegui, venci o impossível. O universo da política é difícil sim, mas é justamente por isso que as pessoas de caráter firme precisam participar do processo. A higienização da atividade só pode ser feita com gente honesta e preparada para a função pública.

5. Com uma formação de Administração de Empresas, o senhor acha que poderá contribuir para que a relação entre Governo e municípios seja mais técnica e menos política?

Fábio Duarte – Acho que a conduta técnica é sempre muito bem vinda na política. Muitas vezes o sujeito se candidata a um cargo executivo, sem a formação que o cargo exige, e só depois de eleito ele começa a aprender o ofício. Primeiro a improvisação, depois a correção, isso não é correto. Mexer com dinheiro público exige preparo técnico e responsabilidade. Um Deputado com formação em administração pode, sim, ajudar muito na elaboração de projetos factíveis e na aplicação correta dos recursos do Estado. Eu penso a política como um exercício de cooperação . Se eu tenho uma habilidade técnica, é meu dever contribuir com quem quer que seja para o bem-estar da coletividade.

6. A política hoje está muito polarizada, entre esquerda e direita, a favor ou contra alguém. Na sua opinião, isso empobrece o debate político?

Fábio Duarte – Toda polarização é perigosa, nenhum tipo de julgamento é cristão. Eu sou um defensor intransigente do diálogo e do entendimento. Não é porque alguém pensa diferente de mim que se torna meu inimigo. Eu sei conviver com as diferenças, acho que se a gente priorizar o respeito nas relações, todos saem ganhando. Democracia é isso, não é verdade? Eu penso o seguinte: se dentro das igrejas nos tratamos como irmãos, por que não agir da mesma forma em outros ambientes? Acho que tem espaço para uma política madura e civilizada

7. O senhor está confiante na vitória?

Fábio Duarte – Estou trabalhando muito para obter a vitória porque acho que posso contribuir com a minha cidade e o meu Estado. Quero trabalhar para todos os municípios, me entristece muito ver alguns prefeitos suplicando dos governos estadual e federal recursos que muitas vezes são gerados nos municípios. O pacto federativo é injusto. Se Deus me escalar para essa nova tarefa, os capixabas podem ter certeza que terão na Assembleia um deputado comprometido em fazer a coisa certa, com o foco no interesse da população. Eu vim ao mundo para servir.