Negócios
Dia dos Namorados: Como Lidar com Romances no Trabalho

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Se você está pensando em dar um presente de Dia dos Namorados para seu colega de trabalho, vale conferir algumas dicas de como fazer isso de maneira profissional.
Cerca de 1 em cada 6 profissionais saiu em um encontro com um colega de trabalho em 2024, e mais da metade de todos os colaboradores já namorou um colega em algum momento da carreira, de acordo com uma pesquisa da SHRM (Society for Human Resource Management), associação global de profissionais de recursos humanos, que entrevistou mais de mil norte-americanos.
Enquanto 54% desses relacionamentos foram entre pares, 41% envolviam um desequilíbrio de poder. Quase um terço (29%) dos participantes admitiu que seus relacionamentos no trabalho tinham como motivação o avanço na carreira ou a segurança no emprego.
Apesar desses números, a maioria das empresas ainda não está preparada para ajudar seus funcionários a lidar com esses relacionamentos. A SHRM também pesquisou mais de dois mil profissionais de recursos humanos sobre as políticas de suas companhias, e os resultados mostraram que a maioria das organizações não tem uma abordagem formal. Apenas 38% possuíam uma política bem definida. Em contraste, a maioria não tinha política alguma ou tratava os casos individualmente.
Isso faz com que a maior parte dos profissionais precise lidar com romances no trabalho sem qualquer orientação. Com base em suas experiências pessoais de namoro fora do escritório, muitos podem presumir que não precisam de instrução. No entanto, os relacionamentos no ambiente profissional trazem riscos específicos.
Diferentemente das relações pessoais, romances no trabalho podem gerar acusações de assédio sexual ou até resultar em demissão caso os limites profissionais sejam ultrapassados. O fato de muitos funcionários iniciarem esses relacionamentos buscando benefícios profissionais só aumenta esse risco.
Esses relacionamentos são arriscados tanto para os envolvidos quanto para a organização. Se ainda assim você quiser se envolver em um, aqui vão algumas orientações.
Neste Dia dos Namorados, confira como lidar com romances no trabalho
Conheça a política da sua empresa
Revise o manual do funcionário ou consulte o departamento de recursos humanos para entender qual é a política da sua empresa em relação a relacionamentos no trabalho. Se seu empregador estiver entre os 5% que proíbem estritamente o romance no escritório ou impõem regras rígidas, considere se vale a pena correr o risco profissional.
Algumas organizações exigem que os funcionários informem sobre seus relacionamentos; outras só proíbem envolvimentos em que haja desequilíbrio de poder. Há ainda empresas que impedem colegas da mesma equipe de namorarem. Conhecer as regras com antecedência é essencial para lidar com segurança com um romance no ambiente profissional.
Convide apenas uma vez
Se você está interessado em sair com um colega, uma boa regra é fazer o convite apenas uma vez. Se a pessoa recusar, respeite a decisão e não insista. Lembre-se: seu colega está ali para trabalhar, e uma insistência excessiva pode rapidamente se tornar indesejada ou até ser interpretada como assédio.
Obtenha consentimento
Você pode ter certeza de que seu colega sente o mesmo, mas não deixe nada no campo da suposição. Antes de qualquer interação física, é necessário o consentimento explícito e voluntário da outra pessoa. Isso significa que, independentemente do quanto você acha que é consensual, antes de um beijo ou um carinho, o consentimento afirmativo deve ser obtido. Para ser ainda mais preciso, existem até aplicativos como uConsent, LegalFling, The Consent App e YesMeansYes que permitem que os envolvidos registrem, forneçam ou retirem o consentimento eletronicamente.
Comunique o relacionamento
A maioria dos casais mantém seu relacionamento no trabalho em segredo do empregador, o que pode parecer mais fácil no curto prazo, mas pode gerar complicações no futuro. Se o relacionamento terminar e uma das partes contestar o consentimento, a falta de comunicação prévia pode criar problemas.
Além disso, informar a empresa desde o início permite que ela monitore e trate eventuais preocupações de favorecimento, protegendo você e criando um ambiente de maior justiça. Portanto, evite a tentação de manter o relacionamento em segredo — mesmo que acredite estar conseguindo esconder, é bem provável que seus colegas descubram.
Evite relacionamentos entre chefe e subordinado
Segundo a pesquisa da SHRM, 41% dos relacionamentos no trabalho envolviam um desequilíbrio de poder — algo que deve ser evitado por vários motivos. Se você tem autoridade sobre o parceiro, pode ser difícil saber se o consentimento é genuíno ou influenciado por pressões profissionais. Se você ocupa a posição subordinada, colegas podem presumir que promoções, reconhecimentos e avanços se devem a favorecimento, e não a mérito. Independentemente do lado em que você está, o fim do relacionamento pode ser complicado e trazer consequências duradouras para a carreira.
Se você já está envolvido em um relacionamento com desequilíbrio de poder, mesmo que não haja favorecimento, seus colegas ainda podem ter essa percepção. Esteja atento a como suas interações são vistas pelos outros e tome medidas para evitar qualquer impressão de parcialidade.
Evite demonstrações públicas de afeto
Evitar demonstrações públicas de afeto pode parecer óbvio, mas até mesmo trocar olhares durante uma reunião pode deixar colegas desconfortáveis. Manter o relacionamento discreto preserva o profissionalismo e evita fofocas desnecessárias no escritório, que podem afetar sua reputação.
Da mesma forma, quando o relacionamento passa por dificuldades, é importante não trazer conflitos pessoais para o ambiente de trabalho e garantir que o relacionamento não interfira na produtividade ou nas interações profissionais.
Não use canais de comunicação da empresa para assuntos pessoais
Mantenha as conversas pessoais fora do e-mail corporativo, do Slack ou de outros dispositivos de comunicação da empresa. Eles podem ser monitorados pelos empregadores e o ideal é manter a vida pessoal separada da profissional.
Se tudo isso parece muito esforço para um encontro, é porque realmente deve ser. Romance no trabalho não é algo a ser encarado de forma leviana — os funcionários devem refletir cuidadosamente sobre os riscos, entender os desafios e estar preparados para as possíveis complicações.
*Kim Elsesser é colaboradora sênior da Forbes USA. Ela é especialista em vieses inconscientes de gênero e professora de gênero na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
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7 Hábitos Silenciosos Que Prejudicam o Crescimento da Sua Carreira

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Se você anda desanimado e com dificuldade para avançar na carreira, pode estar enfrentando o chamado “quiet cracking” – algo como uma “rachadura silenciosa”. O termo em inglês descreve um afastamento sutil do trabalho ou do empregador, sem que haja, necessariamente, uma demissão.
Uma pesquisa da plataforma de treinamentos corporativos TalentLMS, realizada em março de 2025 com mil profissionais nos Estados Unidos, revela que 54% já vivenciaram essa situação, e quase 1 em cada 5 afirma que isso ocorre com frequência.
Diferente do burnout e mais sorrateiro que o quiet quitting (quando o profissional faz apenas o mínimo necessário), o quiet cracking mina sua motivação silenciosamente, e pode, pouco a pouco, travar sua evolução profissional.
A seguir, entenda como identificar esses hábitos autossabotadores e agir antes que eles prejudiquem seu crescimento.
O que é o Quiet Cracking?
Quiet cracking é o desgaste silencioso da satisfação no trabalho – uma sensação persistente de desconexão que, com o tempo, leva ao desengajamento. Diferente da exaustão do burnout ou da queda de desempenho do quiet quitting, ele enfraquece silenciosamente seu vínculo com o trabalho.
Segundo a pesquisa da TalentLMS, os profissionais que se identificam com esse comportamento são:
- 29% menos propensos a receber treinamentos;
- 47% mais propensos a dizer que seus gestores não os ouvem;
- 68% menos propensos a se sentirem valorizados.
Esse ciclo cria um padrão difícil de quebrar e que limita as oportunidades de crescimento. O que o torna perigoso é justamente sua sutileza: você continua entregando o básico, mas já não se esforça além disso. Está presente, mas não engajado; contribui, mas já não lidera.
Por que a falta de motivação ameaça sua carreira
Promoções geralmente são destinadas a profissionais que demonstram liderança, iniciativa e pensamento estratégico, não apenas competência técnica. Gestores promovem quem está engajado, visível e contribui ativamente para o sucesso da organização.
Conforme você se afasta da empresa e de seu trabalho, acaba se tornando invisível para quem toma as decisões. Dispensa projetos desafiadores, ignora tarefas estratégicas e evita a colaboração. Esse afastamento pode ser interpretado como falta de interesse por novos desafios ou despreparo para mais responsabilidades.
Com a queda de dois pontos percentuais no engajamento global em 2024 – o que gerou uma perda estimada de US$ 438 bilhões em produtividade, segundo a Gallup –, empresas estão focadas em promover profissionais capazes de reverter esse cenário.
7 hábitos que dificultam o crescimento na carreira
Veja os sete comportamentos mais comuns que podem prejudicar sua trajetória profissional:
1. Minimizar suas conquistas nas reuniões
Os gestores precisam enxergar seu impacto para poder defendê-lo. Por isso, diminuir suas contribuições em reuniões de equipe ou conversas sobre desempenho atrapalha suas chances de promoção. Quando você minimiza suas vitórias, apaga sua trajetória de sucesso da memória da liderança.
Dica: Pratique a autoafirmação com confiança. Reconheça suas entregas e demonstre entusiasmo pelo que vem pela frente. Ao falar de um projeto, diga algo como:
“Queria destacar que minha análise de dados ajudou a impulsionar aqueles resultados no último trimestre. Estou animado para dar continuidade a esse trabalho.”
2. Evitar projetos desafiadores
Recusar projetos estratégicos, evitar apresentar para lideranças ou preferir ficar nos bastidores compromete diretamente seu potencial de promoção. É justamente nesses projetos que futuros líderes são identificados.
Dica: Busque ativamente oportunidades estratégicas e ambiciosas. Demonstre iniciativa e pensamento estratégico – dois atributos valorizados para quem busca crescer.
Quando surgir uma possibilidade, diga:
“Gostaria de liderar a próxima fase desse projeto. Já pensei em como estruturá-lo.”
3. Guardar ideias ao invés de compartilhar
O perfeccionismo pode te levar a segurar ideias até que estejam “prontas demais”. Isso é prejudicial porque transmite uma imagem de profissional reativo, não proativo.
Dica: Compartilhe ideias desde o início. Diga algo como:
“Esse é um rascunho inicial da minha ideia. Quero muito ouvir sugestões para melhorá-la.”
4. Fugir de desafios que assustam
Evitar projetos fora da sua zona de conforto é outro comportamento conservador que passa a mensagem de que você não está pronto para mais responsabilidades. Promoções envolvem risco e aprendizado. Se você foge disso, fecha portas.
Dica: Encare desafios como oportunidades de crescimento. Tente dizer:
“Isso é novo para mim, mas estou empolgado para aprender e assumir esse desafio.”
5. Evitar feedbacks ou conversas individuais
Quando você está desanimado com o trabalho ou a empresa, pode começar a fugir de reuniões de performance, ignorar one-on-ones ou temer feedbacks. Isso prejudica seu crescimento porque essas conversas são essenciais para alinhar expectativas e mostrar comprometimento.
Dica: Busque feedback de forma proativa. Pergunte:
“Gostaria de ouvir sua opinião sobre meu desempenho recente. Podemos marcar um bate-papo rápido?”
6. Recusar oportunidades de networking
Esse comportamento aparece quando você se afasta de projetos entre departamentos, evita eventos da empresa ou recusa mentorias. A carreira raramente cresce apenas por mérito técnico – você precisa ser lembrado e reconhecido. Construir conexões abre muitas portas.
Dica: Amplie sua rede dizendo:
“Adoraria conhecer melhor o trabalho da sua equipe. Podemos marcar um café?”
7. Não compartilhar seus objetivos de carreira com a liderança
O hábito mais prejudicial para o avanço na carreira é achar que sua ambição é “óbvia”. Não falar sobre suas metas trava qualquer plano de crescimento. Líderes não podem apoiar o que não sabem que você quer.
Dica: Tenha conversas claras sobre sua carreira. Diga:
“Estou feliz com meu progresso aqui e quero me preparar para o próximo passo. Que habilidades devo desenvolver para isso?”
Busque ativamente sua próxima promoção
Tomar consciência dos hábitos que podem travar seu desenvolvimento profissional é o primeiro passo para mudar. Embora esses comportamentos possam parecer mecanismos de proteção, na prática, limitam sua visibilidade e seu potencial de desenvolvimento. A boa notícia é que todos eles podem ser revertidos com atitudes intencionais.
Busque visibilidade, aceite novos desafios e comunique seus objetivos. Sua próxima promoção pode depender justamente de identificar e corrigir esses comportamentos antes que eles afetem o rumo da sua carreira.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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Amazon Abre Vagas Para Curso de Empreendedorismo Feminino

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A Amazon Brasil está com inscrições abertas para a 5ª edição do programa Decola Garota, realizado em parceria com a RME (Rede Mulher Empreendedora). A iniciativa tem como objetivo capacitar mulheres com negócios formalizados que desejam alavancar suas vendas no e-commerce.
Nesta edição, o número de vagas quintuplicou: serão 150 empreendedoras selecionadas para a primeira fase, contra apenas 30 no ano anterior. O programa, que acontece entre setembro e dezembro, será 100% online e gratuito, com foco em negócios que atuem com produtos físicos não perecíveis, já possuam CNPJ e estejam em busca de crescimento estruturado e escalável.
Como funciona o programa de empreendedorismo feminino?
O conteúdo inclui módulos sobre gestão do tempo, comunicação assertiva, criação de catálogos, registro de marca, relacionamento com o cliente, logística da Amazon e estratégias para eventos comerciais.
Além da capacitação, 50 empreendedoras com lojas ativas na Amazon serão selecionadas para mentorias coletivas com especialistas da empresa e da RME.
Ao fim do processo, 20 empreendedoras receberão investimento financeiro para impulsionar seus negócios. As três mais bem avaliadas ganharão prêmios de R$ 10 mil, R$ 6 mil e R$ 3 mil, respectivamente. Outras 17 participantes receberão R$ 500 cada.
“Queremos que cada mulher veja no e-commerce uma oportunidade real de crescimento. A cada edição, o programa tem se mostrado uma porta de entrada para que elas escalem seus negócios e ampliem suas vendas.”
Ana Fontes, fundadora da RME
As inscrições vão até 18 de agosto, e podem ser feitas no site oficial do programa. As participantes selecionadas serão informadas por e-mail até o fim do mês. O processo de escolha priorizará diversidade regional, buscando representar mulheres de todos os estados brasileiros.
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Como Proteger Seu Currículo da IA e Conquistar Mais Entrevistas

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Cerca de 99% dos recrutadores já utilizam inteligência artificial em seus processos de contratação, segundo um relatório da Insight Global, empresa global de recrutamento e soluções de gestão de talentos. Enquanto isso, a maioria dos candidatos é filtrada por sistemas ATS (Applicant Tracking System, na sigla em inglês), que rastreia candidatos para recrutamento e seleção, antes mesmo que um recrutador humano veja seus currículos.
Se você está se perguntando por que suas candidaturas desaparecem em um buraco negro digital em vez de gerar entrevistas de emprego, é hora de “blindar” seu currículo contra a IA.
Ao entender como funcionam os sistemas ATS e aplicar estratégias específicas de formatação e conteúdo, você pode aumentar significativamente suas chances de chegar até um recrutador de verdade.
7 passos para proteger seu currículo da IA e conquistar mais entrevistas de emprego
1. Espelhe o título da vaga e palavras-chave
Os algoritmos de ATS priorizam correspondências exatas com o título da vaga. Uma pesquisa da Jobscan, plataforma online que ajuda a otimizar currículos, analisou mais de 2,5 milhões de currículos e descobriu que candidatos que usaram o mesmo título da vaga no currículo tinham 10,6 vezes mais chances de conseguir uma entrevista. Se estiver se candidatando a uma vaga de “gerente de marketing digital”, use exatamente essa expressão no cabeçalho ou no resumo profissional — em vez de variações como “líder de marketing online”.
Também identifique de três a cinco expressões-chave que aparecem com frequência na descrição da vaga. Exemplos comuns incluem:
- Metodologias ou frameworks específicos;
- Plataformas de software e ferramentas;
- Termos e jargões da indústria;
- Expressões de liderança e trabalho em equipe;
- Habilidades técnicas e certificações.
Para siglas e termos técnicos, inclua tanto a versão completa quanto a abreviada. Por exemplo: “Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM)” ou “Otimização para Motores de Busca (SEO)”. Isso garante que seu currículo seja encontrado tanto por quem busca pela sigla quanto pela expressão completa. Mas lembre-se: só use termos que reflitam de fato sua experiência. De acordo com o estudo da Insight Global, 88% dos recrutadores conseguem identificar currículos “turbinados” com IA, e 54% levam isso em conta no processo seletivo.
Dica de especialista
Copie a descrição da vaga e cole em um gerador de nuvem de palavras. Assim, você consegue identificar visualmente os termos mais frequentes. As palavras maiores na nuvem são suas principais palavras-chave.
2. Crie um resumo de “habilidades principais”
Como os recrutadores gastam apenas alguns segundos analisando cada currículo, suas qualificações mais valiosas precisam estar visíveis imediatamente. Uma seção bem elaborada de “Habilidades Principais” oferece aos sistemas ATS e aos recrutadores humanos acesso instantâneo às suas competências essenciais. Posicione essa seção logo abaixo das suas informações de contato e do resumo profissional.
Estruture-a como uma lista limpa e de fácil leitura, combinando:
- Habilidades técnicas (hard skills): proficiência em softwares, certificações técnicas, conhecimentos específicos da área;
- Habilidades comportamentais (soft skills): liderança, boa comunicação, trabalho em equipe;
- Termos padronizados: use as mesmas expressões utilizadas nas descrições das vagas, e não variações criativas.
Uma pesquisa da StandOutCV, plataforma online que ajuda a construir currículos, mostra que 76% dos recrutadores usam filtros de habilidades ao buscar candidatos nos bancos de dados dos sistemas ATS. Ao destacar suas capacidades mais relevantes logo no início, você aumenta as chances de que seu currículo apareça nessas buscas direcionadas.
Dica de especialista
Organize suas habilidades de acordo com a relevância para a vaga, e não em ordem alfabética. Coloque as mais importantes primeiro, já que os recrutadores costumam escanear apenas o início das listas.
3. Quantifique cada realização
Pesquisas mostram que incluir números específicos no currículo aumenta consideravelmente suas chances de ser chamado para uma entrevista. Isso significa transformar declarações genéricas em realizações quantificadas.
Concentre-se nas seguintes métricas:
- Porcentagens: aumento de receita, melhoria de eficiência, redução de custos;
- Valores financeiros: vendas geradas, orçamentos gerenciados, economias obtidas;
- Prazos: agilidade na entrega de projetos, melhorias em processos;
- Indicadores de escopo: tamanho da equipe, departamentos gerenciados, partes interessadas envolvidas;
- Volume: número de treinamentos realizados, clientes atendidos, processos otimizados.
Em vez de escrever “melhorei o desempenho de vendas”, diga: “aumentei as vendas trimestrais em 32%, gerando R$ 2,4 milhões adicionais em receita.” Em vez de “gerenciei uma equipe”, prefira: “liderei uma equipe multifuncional de 12 profissionais em três departamentos.”
Dica de especialista
Use a estrutura Desafio–Ação–Resultado para cada conquista. Comece descrevendo o problema que você enfrentou, depois a ação específica que tomou e, por fim, quantifique o resultado positivo.
4. Use títulos de seção padronizados
Títulos criativos de seções confundem os sistemas ATS e frustram recrutadores, que esperam uma organização convencional no currículo. Mantenha títulos de seções universalmente reconhecidos, compreensíveis tanto por algoritmos quanto por humanos.
Use estes títulos padrão:
- Experiência profissional (ou “histórico profissional”);
- Educação;
- Habilidades (ou “habilidades principais”);
- Certificações;
- Resumo profissional;
- Informações de contato.
Evite alternativas criativas como “minha jornada”, “caixa de ferramentas profissional” ou “onde causei impacto”. Os recrutadores passam a maior parte do tempo analisando a seção de experiência profissional. Quando não conseguem localizar rapidamente essas informações por causa de títulos fora do comum, você perde a atenção deles em segundos.
Dica de especialista
Teste seus títulos pedindo a alguém que não conheça seu histórico para escanear rapidamente o currículo. Se a pessoa não conseguir entender de imediato o que contém em cada seção, é hora de simplificar os títulos.
5. Escolha o formato de arquivo correto
O formato do arquivo pode determinar se o seu currículo será interpretado corretamente ou totalmente mal lido pelos sistemas ATS. A escolha mais segura é o formato .docx, a menos que a vaga especifique outro formato.
Siga estas orientações:
- Melhor opção: use o Microsoft Word (.docx) para máxima compatibilidade;
- Boa alternativa: use PDF, especialmente com sistemas ATS mais modernos;
- Sempre verifique: leia atentamente a descrição da vaga para ver se há exigência de formato específico;
- Evite: formatos incomuns como .pages, .rtf ou arquivos de imagem.
Documentos do Word (.docx) são os mais confiáveis para leitura por diversos sistemas ATS. Arquivos PDF funcionam bem com tecnologias mais recentes, mas sistemas mais antigos podem ter dificuldade com certos formatos ou elementos de layout.
Dica de especialista
Salve seu currículo com um nome de arquivo claro e profissional, incluindo seu nome e a palavra “currículo” ou “resume”. Por exemplo: “MariaSilva_Curriculo_2025.docx”.
6. Evite elementos de design complexos
Currículos visualmente chamativos podem até atrair a atenção de um recrutador humano, mas muitas vezes confundem os sistemas ATS, fazendo com que suas qualificações sejam lidas de forma incorreta — ou simplesmente ignoradas. Elementos de formatação complexos, como tabelas, caixas de texto, gráficos e fontes incomuns, podem gerar erros de leitura automática.
O ideal é apostar em uma formatação limpa e simples, que priorize a legibilidade.
Evite os seguintes elementos:
- Tabelas para organizar informações;
- Caixas de texto ou gráficos;
- Cabeçalhos e rodapés com dados importantes;
- Layouts com várias colunas;
- Estilos de marcadores não convencionais;
- Fontes decorativas ou uso excessivo de cores;
- Imagens ou logotipos.
Prefira fontes padrão como Arial, Calibri, Times New Roman ou Helvetica, com tamanho entre 10 e 12 pontos. Mantenha a formatação consistente em todo o documento.
Dica de especialista
Copie e cole seu currículo em um editor de texto simples (como o bloco de notas) para ver como um sistema ATS pode interpretá-lo. Se as informações aparecerem desorganizadas ou confusas, é sinal de que sua formatação precisa ser simplificada.
7. Valide com um simulador de ATS
Antes de enviar sua candidatura, teste a compatibilidade do seu currículo com sistemas ATS usando ferramentas de simulação online. Plataformas como Jobscan e Resume Worded oferecem simuladores gratuitos que fornecem feedback detalhado sobre palavras-chave, problemas de formatação e pontuação geral de compatibilidade.
Esses simuladores geralmente analisam:
- Densidade e relevância de palavras-chave;
- Organização das seções e legibilidade;
- Compatibilidade do formato de arquivo;
- Precisão geral na leitura do ATS;
- Porcentagem de compatibilidade com a descrição da vaga.
Busque atingir uma taxa de compatibilidade de 80% ou mais, o que indica um bom alinhamento entre seu currículo e a vaga desejada. Use o feedback da ferramenta para ajustar seu currículo antes de enviá-lo. Se a correspondência de palavras-chave estiver baixa, releia a descrição da vaga e identifique termos adicionais que você possa incorporar de forma autêntica.
Dica de especialista
Passe seu currículo por vários simuladores de ATS para obter uma visão mais ampla de possíveis problemas. Cada ferramenta pode detectar falhas diferentes.
O elemento humano ainda importa
Embora otimizar o currículo para os sistemas ATS seja essencial para que ele seja visto, é importante lembrar que a maioria dos recrutadores ainda valoriza o envolvimento humano no processo de contratação. Os currículos mais eficazes encontram um equilíbrio entre a otimização técnica e uma narrativa autêntica.
Ao aplicar esses sete passos, você garante que seu currículo não apenas passe pela triagem digital inicial, mas também desperte o interesse dos recrutadores para marcar aquela primeira entrevista tão importante.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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