Saúde
Ozempic surgiu do veneno: veja a origem do remédio usado para emagrecer

Parece ficção científica, mas é pura biotecnologia: um dos remédios mais populares da atualidade tem origem no veneno de um monstro. O Ozempic, usado no tratamento da diabetes tipo 2 e cada vez mais famoso por seus efeitos na perda de peso, nasceu a partir de uma descoberta inusitada nos laboratórios da ciência – e dentro das glândulas peçonhentas do monstro-de-gila (Heloderma suspectum), um lagarto venenoso nativo do deserto dos Estados Unidos.
Pesquisadores perceberam que o veneno do réptil prolongava a ação do hormônio GLP-1, responsável pelo controle do açúcar no sangue. A partir disso, sintetizaram uma versão segura para uso humano. O resultado foi uma classe de medicamentos que, além de tratar diabetes, reduzem o apetite e ajudam na perda de peso.
Essa não é a primeira vez que a natureza inspira a medicina. Por exemplo, o veneno da jararaca levou à criação de remédios para pressão alta. Além disso, uma esponja marinha do Caribe contribuiu para o desenvolvimento de quimioterápicos. É o mundo selvagem que ainda guarda segredos que podem transformar a saúde humana.
Ozempic e o segredo do monstro: como um veneno virou remédio para diabetes e emagrecimento
A jornada do Ozempic começou no intestino humano. Em 1984, o endocrinologista Daniel Drucker identificou o hormônio GLP-1, essencial para regular o açúcar no sangue e controlar o apetite. O potencial terapêutico era evidente, mas havia um obstáculo: o hormônio era rapidamente degradado pelo organismo, dificultando sua aplicação clínica.

No veneno do monstro-de-gila, o bioquímico John Eng encontrou uma molécula semelhante ao GLP-1, mas com ação prolongada. Ele sintetizou uma versão farmacêutica da substância e a batizou de Exenatida, criando a base para uma nova geração de medicamentos. A descoberta permitiu o desenvolvimento de fármacos modernos usados no tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade.
Leia mais:
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A pesquisa levou décadas até que esses medicamentos chegassem ao mercado. Em 2005, a Exenatida se tornou o primeiro análogo sintético do hormônio a receber aprovação para uso médico. Posteriormente, novas formulações foram desenvolvidas, incluindo o Ozempic, que aprimorou a duração e a eficácia do tratamento, consolidando essa classe de remédios no controle da glicose e na perda de peso.
A descoberta que transformou o tratamento da diabetes e gerou polêmica
A popularização desses medicamentos mudou o cenário dos tratamentos metabólicos. Inicialmente voltados para a diabetes tipo 2, eles passaram a ser prescritos para a perda de peso, impulsionados por relatos de celebridades e influenciadores. O impacto foi imediato: a demanda cresceu, e estoques começaram a faltar em diversos países, prejudicando pacientes que realmente precisam da medicação para controlar a glicose.

Com a explosão do uso, vieram os questionamentos. Especialistas alertam que, embora eficazes, esses fármacos não são soluções milagrosas para emagrecimento. Seus efeitos colaterais incluem náuseas, desconfortos gastrointestinais e até perda de massa muscular. Além disso, a interrupção do tratamento pode levar ao reganho de peso, reforçando a necessidade de acompanhamento médico adequado.
Enquanto isso, novas pesquisas continuam explorando os limites dessa classe de medicamentos. Cientistas buscam melhorar a eficácia e reduzir os efeitos adversos, enquanto autoridades de saúde monitoram o uso fora das indicações originais. O que começou com uma descoberta improvável segue transformando a medicina – e gerando debates sobre seus impactos a longo prazo.
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Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
Leia mais:
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- Nutriente comum ativa defesa do intestino contra diabetes, diz estudo
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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
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Saúde
Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:
- Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
- Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
- Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
- Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.
Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas
No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.
Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida
A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.
Leia mais:
- Anvisa encontra agrotóxicos irregulares em 20% dos alimentos analisados
- Anvisa proíbe venda de creatina de quatro marcas e de paracetamol irregular
- Anvisa proíbe suplementos alimentares, vinagre de maçã e produtos com creatina
Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.
A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.
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Saúde
Longevidade vai além do DNA: o que Harvard diz sobre viver mais

A longevidade está menos ligada ao DNA do que às escolhas feitas ao longo da vida. É o que destaca a Harvard Health Publishing, segundo a qual a genética responde por cerca de 25% da expectativa de vida, enquanto o restante depende, em grande parte, de hábitos cotidianos que afetam a saúde física e emocional.
Entre esses comportamentos, um se destaca pela simplicidade e pelo impacto: a socialização regular. Um estudo citado pela instituição, realizado com cerca de 28 mil pessoas, aponta que manter interações sociais frequentes está diretamente associado a viver mais e melhor.
A pesquisa indica que encontros regulares, participação em atividades coletivas e vínculos sociais sólidos ajudam a proteger contra o declínio emocional e cognitivo ao longo do envelhecimento.

Leia mais:
- Falta de sono pode reduzir a expectativa de vida mais do que dieta e exercício
- Por que há tantas mulheres com mais de 100 anos no Japão?
- Nem carne, nem frango ou peixe: essa proteína está associada à longevidade
Socialização como fator-chave da longevidade
De acordo com a análise assinada por Lisa Catanese, quanto maior a frequência de interações sociais, maior a probabilidade de um envelhecimento saudável.
Em contrapartida, o isolamento prolongado está associado a níveis mais altos de estresse, sintomas depressivos e piora do bem-estar geral, fatores que afetam diretamente a saúde ao longo do tempo.
Alimentação, sono e hidratação fazem diferença
- A Harvard Health também reforça o papel de uma alimentação baseada em vegetais, associada à redução do risco de doenças crônicas.
- Um estudo da JAMA Network Open citado pela instituição aponta uma queda de 23% na mortalidade entre mulheres que seguem o padrão da dieta mediterrânea.
- O sono é outro pilar essencial. Adultos devem dormir entre sete e nove horas por noite para preservar a saúde cardiovascular, metabólica e cerebral.
- Já a hidratação adequada foi associada, em um estudo com mais de 11 milhões de participantes, a menor incidência de doenças crônicas e maior longevidade.

Movimento, hábitos e atitude mental
A atividade física segue como um fator relevante. As diretrizes americanas recomendam 150 minutos semanais de exercício moderado ou 75 minutos de atividade vigorosa, além de fortalecimento muscular duas vezes por semana.
Caminhar, pedalar, nadar e até tarefas domésticas contribuem para a saúde muscular e cardiovascular.
Por fim, Harvard destaca outros três hábitos decisivos: não fumar, limitar o consumo de álcool e cultivar o otimismo. Estudos indicam que uma atitude positiva está associada a maior longevidade e melhor saúde emocional, reforçando que viver mais envolve tanto o corpo quanto a mente.

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