Tecnologia
Microsoft testa IA que pode ajudar a criar jogos
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A Microsoft publicou os detalhes de pesquisa sobre o primeiro modelo de inteligência artificial (IA) generativa de um videogame que pode gerar visuais de jogo, ações de controle ou ambos. A tecnologia é conhecida como World and Human Action Model (WHAM, na sigla em inglês) e foi batizada de “Muse”.
A empresa diz que focou em explorar as capacidades que modelos como esse precisam para, efetivamente, dar suporte aos desenvolvedores humanos na criação de jogos — sinalização de que não há planos de substituir criadores reais pela nova ferramenta. Os resultados estão em artigo publicado na revista científica Nature.
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Microsoft levou anos para concluir pesquisa
- Os dados usados pela equipe para treinar o modelo de IA partiram de parceria fechada em 2022 com a Theory, da Xbox Game Studios, que tem sede em Cambridge (Reino Unido), onde também estão os funcionários da Microsoft que participam do projeto;
- Foram coletadas informações de jogabilidade do “Bleeding Edge”, jogo de Xbox de 2020;
- “Bleeding Edge” é um jogo online quatro contra quatro em que todas as partidas são gravadas se o jogador concordar com os termos;
- A partir daí, a empresa optou por hackathon (evento que reúne profissionais para desenvolver soluções inovadoras em um curto período) interno para “explorar novos paradigmas de interação e usos criativos que o Muse poderia desbloquear”;
- O resultado foi um protótipo chamado WHAM Demonstrator, aberto para interações com demais usuários.
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Uma das principais melhorias se deu com codificadores de imagem de maior resolução: até então, os modelos geravam imagens de 128 x 128 píxeis; agora, são de 300×180 — ainda abaixo de 1080p (1920 x 1080), comum entre jogadores de PC, e menos ainda que o 4K (3840 x 2160), que já é realidade em muitos setups gamers.
Uma das minhas capacidades favoritas do modelo é como ele pode ser solicitado com modificações de sequências de gameplay e persistir elementos recém-introduzidos.
Por exemplo, em uma demonstração, adicionamos um personagem ao visual original do jogo. Solicitando ao modelo o visual modificado, podemos ver como o modelo ‘persiste’ o personagem adicionado e gera variantes plausíveis de como a sequência de gameplay poderia ter evoluído a partir desse ponto inicial modificado.
Katja Hofmann, gerente sênior de pesquisa da Microsoft
Veja, a seguir, uma demonstração do novo método:
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Acha que engana? Professor cria marca d’água para detectar IA
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Os treinamentos constantes dos modelos de inteligência artificial (IA) têm tornado cada vez mais difícil saber se os textos foram escritos por uma IA ou por humanos. Por isso, um professor da Universidade da Flórida (UF) (EUA) decidiu criar ferramenta que pode ajudar nessa distinção.
Uma marca d’água invisível para Grandes Modelos de Linguagem (LLM, na sigla em inglês) está sendo desenvolvida para detectar conteúdo gerado por IA — mesmo alterado ou parafraseado. O recurso está passando por testes no supercomputador HiPerGator da instituição.
“Se sou um estudante e estou escrevendo minha lição de casa com o ChatGPT, não quero que meu professor detecte isso”, disse Yuheng Bu, Ph.D., professor assistente no Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Faculdade de Engenharia Herbert Wertheim.
No ano passado, pesquisadores da Universidade de Reading (Reino Unido) fizeram o seguinte teste: criaram perfis falsos de alunos e escreveram suas tarefas usando plataformas básicas geradas por IA para, depois, tentar detectar IA no conteúdo.
“No geral, as submissões de IA beiraram a indetectável, com 94% não sendo detectadas”, observou o estudo, publicado na PLOS. “Nossa taxa de detecção de 6% provavelmente superestima nossa capacidade de detectar o uso de IA no mundo real para trapacear em exames.”

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Como funciona a marca d’água para detectar IA?
A nova tecnologia foca em dois aspectos principais: manter a qualidade do texto gerado pelo LLM após a aplicação da marca d’água e garantir a robustez do sistema contra várias modificações, permanecendo imperceptível para humanos.
Mesmo que um usuário reescreva completamente o texto, com substituição de sinônimos e paráfrase, a marca d’água permanece detectável pelo sistema, desde que a semântica permaneça inalterada.
Em 2023, o Google DeepMind também lançou marca d’água de detecção de texto, mas, segundo Bu, o método da UF “as aplica a apenas um subconjunto de texto durante a geração. Então, ele alcança melhor qualidade de texto e maior robustez contra ataques de remoção”.
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O grande desafio, agora, é tornar a chave de detecção acessível para o público. “A entidade que aplica a marca d’água também detém a chave necessária para detecção. Se o texto for marcado com marca d’água pelo ChatGPT, a OpenAI possuiria a chave correspondente necessária para verificar a marca d’água”, disse Bu.
“Um próximo passo crucial é estabelecer ecossistema abrangente que imponha o uso de marca d’água e distribuição de chaves ou desenvolver técnicas mais avançadas que não dependam de chave secreta”, concluiu.
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Nvidia treina ferramenta de IA com linguagem de sinais
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A Nvidia lançou ferramenta de inteligência artificial (IA) com a Língua Americana de Sinais (ASL, na sigla em inglês), a terceira mais prevalente nos Estados Unidos, atrás apenas de inglês e espanhol. O treinamento da plataforma Signs está sendo feito a partir de parceria com a Sociedade Americana para Crianças Surdas e a agência criativa Hello Monday.
A plataforma web interativa vai ajudar no desenvolvimento de aplicativos de IA acessíveis, de acordo com a empresa. Pessoas de qualquer nível de habilidade podem contribuir para ajudar a construir o conjunto de dados de vídeo de código aberto.
A coleta é feita por meio de um avatar 3D que analisa as filmagens da webcam para receber feedback em tempo real sobre a sinalização. A Nvidia espera aumentar o banco de dados para 400 mil videoclipes representando mil palavras da ASL.
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Todas as informações “serão validadas por usuários fluentes e intérpretes para garantir a precisão de cada sinal, resultando em dicionário visual e ferramenta de ensino de alta qualidade”, diz o comunicado da empresa.
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Novas tecnologias da Nvidia para o futuro
- Para o futuro, os dados serão usados pela Nvidia no desenvolvimento de agentes de IA, aplicativos humanos digitais e ferramentas de videoconferência;
- Além disso, a própria plataforma Signs poderá dar suporte para todo o ecossistema de IA acessível;
- Atualmente, a ferramenta disponibiliza conjunto inicial de 100 sinais abertos para qualquer pessoa;
- O sistema tem focado em movimentos de mão e posições dos dedos para cada sinal, mas a Nvidia estuda maneiras de também coletar e transmitir expressões faciais e movimentos de cabeça.
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“A maioria das crianças surdas nasce de pais ouvintes. Dar aos membros da família ferramentas acessíveis, como o Signs, para começar a aprender a ASL cedo, permite que eles abram canal de comunicação eficaz com crianças de seis a oito meses de idade”, disse Cheri Dowling, diretora-executiva da American Society for Deaf Children.
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Esta técnica pode testar qualidade de cimento em cinco minutos
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Cientistas criaram método que pode transformar o setor de construção civil. A nova técnica é capaz de avaliar a qualidade e desempenho do cimento em menos de cinco minutos — melhoria significativa em relação ao padrão atual, que leva sete ou mais dias para ser concluído.
Criado por equipe da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (EUA), o método pode alavancar o uso de recursos de próxima geração chamados materiais cimentícios suplementares, os chamados SCMs, na sigla em inglês. Na prática, o teste acelera a verificação do cimento antes de o produto deixar a fábrica.
O processo de análise de baixo custo é chamado colorimetria e usa tecnologia de câmera para o controle em tempo real de argilas calcinadas em ambientes industriais. Essas argilas são consideradas SCMs por conter alumínio e silício quimicamente reativos quando aquecidos a 600 °C a 900 °C.
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“Nossa técnica introduz um analisador que pode ser usado na linha de produção a cada cinco minutos, permitindo que os trabalhadores coletem pequena amostra de sua correia transportadora e determinem rapidamente se a qualidade é consistente”, explicou o professor de engenharia civil e ambiental Nishant Garg ao TechXplore.
O tratamento térmico garante a reação química para o fortalecimento de longo prazo em argamassa e concreto. A partir daí, é possível medir o nível de reatividade causado pelo alumínio e o silício em argilas calcinadas. Assim, os pesquisadores podem usar isso para prever a resistência e a qualidade final do produto.
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Planos da equipe para nova técnica de análise de cimento
- Por enquanto, o método funciona apenas para argilas calcinadas, mas o objetivo é estender as pesquisas para pozolanas naturais (cinzas recuperadas), além de cinzas volantes de carvão e escórias de alto-forno;
- “Este estudo é empolgante para nossa equipe aqui em Illinois e para a indústria de cimento e concreto em geral, devido à oportunidade que apresentará para reduzir o tempo de teste durante a triagem de novos materiais e garantir qualidade consistente durante a produção a baixo custo”, disse Garg;
- O estudo foi financiado parcialmente pelo Departamento de Energia dos EUA e pela National Science Foundation;
- Os pesquisadores também já entraram com pedido de patente da tecnologia.
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“Apelamos aos produtores industriais para que compartilhem amostras e nos ajudem a verificar se nosso teste ultrarrápido pode ser aprimorado e estendido a esses sistemas, de modo que possamos prever o desempenho de qualquer material em poucos minutos”, disse Garg. “Também apelamos aos fabricantes de equipamentos originais para nos ajudar a automatizar o teste em dispositivo comercial.”
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