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Saúde

Qual é o melhor para sua saúde: açúcar ou adoçante? Veja o que diz a ciência

Redação Informe 360

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açúcar é apontado como um grande vilão em uma alimentação saudável. Por isso, o adoçante surgiu como uma boa alternativa. Mas será que ele realmente é melhor? Neste conteúdo, apresentamos o que a ciência diz sobre as substâncias. 

Estudo recente sobre o uso de adoçantes

Foi estabelecido em senso comum que o adoçante é a melhor opção para adoçar bebidas e até comidas, pois ele seria uma opção mais saudável. No entanto, um estudo publicado em setembro de 2024 pela revista científica Nature trouxe pela primeira vez uma evidência de que adoçantes podem gerar doenças metabólicas, além de serem influenciadas também pela microbiota intestinal.

O estudo foi realizado pelo Instituto de Ciências Weizmann, em Israel. Nele, foram analisados três tipos de adoçantes em ratos: aspartame, sacarina e sucralose. Dessa forma, após 11 semanas, foi realizada a comparação com os animais que se alimentaram somente com glicose, e, assim, os pesquisadores notaram que os animais que ingeriram sacarina apresentaram intolerância à glicose, ou seja, possuíam maior possibilidade de desenvolver distúrbios metabólicos. 

Os pesquisadores também utilizaram dados de um estudo clínico de nutrição realizado com cerca de 400 pessoas. O estudo identificou uma correlação entre o uso de adoçantes artificiais e distúrbios metabólicos, como ganho de peso e menor eficácia na metabolização da glicose.

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O açúcar também pode trazer diversos efeitos negativos

Pesquisadores na China e nos Estados Unidos resolveram analisar diversos estudos que trazem evidências sobre os efeitos do açúcar no corpo humano. Esse estudo amplo foi publicado em abril de 2023 na revista The BMJ

Nele, foi realizada a revisão de 73 análises, o que engloba mais de 8 mil estudos. Dessa maneira, o consumo excessivo de açúcar foi associado a 45 possíveis problemas de saúde, como obesidade, derrame, diabetes, asma, ataque cardíaco, pressão alta, cárie nos dentes, gota, depressão e morte precoce. 

O foco maior do estudo foi nos açúcares livres, ou seja, os que são embalados como açúcar de mesa e que também ficam presentes em sucos, xaropes e outros produtos. Então, ficaram de fora os açúcares naturais presentes em frutas, laticínios e vegetais. 

Imagem: Freepik

Açúcar ou adoçante: qual é o melhor?

Apesar de ambas as substâncias serem prejudiciais se consumidas em excesso, o adoçante apresenta uma grande vantagem: é menos calórico. Outro ponto é que ele adoça mais. Assim, a pessoa precisa de menos para adoçar o alimento. 

Além disso, o adoçante costuma ser o mais indicado para casos específicos. Em entrevista ao portal Terra, a nutricionista Marcia Daskal, da Recomendo Assessoria em Nutrição, destacou que “se o indivíduo tem diabetes, por exemplo, pode ser estratégia do nutricionista ou médico que o acompanha optar pelo adoçante na maioria das vezes”. A recomendação foi feita porque o adoçante não precisa de insulina para sua absorção. 

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Ela também explicou que pessoas hipertensas, gestantes ou com fenilcetonúria geralmente não devem utilizar o adoçante. Ou seja, segundo a nutricionista, o consumo de açúcar ou adoçante depende das características e peculiaridades de cada ser humano. 

Nota da ABIAD sobre os adoçantes

Após pesquisas recentes apontarem alguns prejuízos que os adoçantes podem trazer à saúde, a ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres) emitiu uma nota afirmando que a substância é segura para consumo. Além disso, foi citado que, em uma meta-análise, houve a constatação de que o adoçante é mais benéfico para a saúde em “pessoas que vivem com ou em risco de obesidade ou diabetes”.

Nesta nota, a ABIAD destacou que adoçantes foram amplamente avaliados por órgãos reguladores como ANVISA, FDA e EFSA, além de terem passado por rigorosas análises de segurança conduzidas pelo JECFA (FAO/OMS), sendo considerados seguros para consumo.

Em outro ponto, a ABIAD diz que, embora alguns estudos observacionais questionem os efeitos dos adoçantes na saúde, como ganho de peso e alterações metabólicas, eles não estabelecem causalidade e frequentemente envolvem indivíduos com condições pré-existentes, como obesidade.

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Por fim, a associação exemplifica que o aspartame, em particular, foi reafirmado como seguro pelo JECFA, que manteve a Ingestão Diária Aceitável (IDA) em 40 mg/kg de peso corporal/dia. Isso equivale ao consumo de até 45 a 50 latas de refrigerante zero por dia para um adulto de 60 kg, sem risco à saúde.

Veja a nota completa abaixo:

“Estes adoçantes foram amplamente avaliados por órgãos reguladores internacionais e nacionais, como a ANVISA no Brasil, a Administração de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA) e a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA). Todos passaram por rigorosas análises, com avaliações de segurança conduzidas pelo Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares da FAO/OMS (JECFA) e são considerados seguros para a saúde.

Há estudos independentes que questionam os efeitos dos edulcorantes na saúde da população, sugerindo que podem contribuir para o ganho de peso e afetar negativamente o metabolismo. No entanto, tais estudos, em maioria observacionais, são limitados a associações e não são capazes de estabelecer causalidade. Estes estudos envolvem indivíduos com condições pré-existentes, como sobrepeso e obesidade, o que pode influenciar nos resultados.

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A entidade internacional de edulcorantes, ISA (International Sweeteners Association) destacou recentemente que adoçantes sem ou de baixas calorias podem ajudar a reduzir a ingestão de açúcares e fazer parte de uma alimentação e de um estilo e vida equilibrados e saudáveis. Duas revisões sistemáticas e meta-análises de ensaios clínicos randomizados (ECRs) e de estudos observacionais, ambos em humanos, indicaram potenciais benefícios cardiometabólicos quando as bebidas com adoçantes sem ou de baixas calorias são utilizadas em vez de produtos açucarados por pessoas que vivem com ou em risco de obesidade ou diabetes.    

Quando se trata do aspartame, o JECFA reafirmou sua segurança ao revisar todas as evidências disponíveis, mantendo a Ingestão Diária Aceitável (IDA) em 40 mg/kg de peso corpóreo/dia. Em termos práticos, o consumo de 2400 mg de aspartame para um adulto com 60kg seria a ingestão de 45 a 50 latas de refrigerante zero por dia. Essa recomendação baseia-se em estudos rigorosos, que não apontam riscos para a saúde quando consumido nas quantidades indicadas.

A ABIAD reitera que os adoçantes são uma opção segura e benéfica para aqueles que buscam reduzir a ingestão de açúcar e calorias. A Associação seguirá monitorando os avanços científicos e colaborando com autoridades competentes para assegurar que a sociedade tenha acesso a informações baseadas em ciência, promovendo a confiança no uso seguro e consciente dos adoçantes.”

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Saúde

China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Redação Informe 360

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Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.

O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto promete reduzir glicemia e oferecer novas opções para tratar diabetes tipo 2 e obesidade.
Peptídeo Masto promete reduzir glicemia e oferecer novas opções para tratar diabetes tipo 2 e obesidade. Imagem: phakphum patjangkata/iStock

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes

Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.

O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.

Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.

A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

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Pesquisa revela que resistência à insulina e gordura visceral podem ser melhor gerenciadas com novo peptídeo.
Pesquisa revela que resistência à insulina e gordura visceral podem ser melhor gerenciadas com novo peptídeo. Imagem: Alberto Garcia Guillen / Shutterstock

Diabetes na China: um desafio nacional

O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.

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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

China investe em medicamentos inovadores e IA para acelerar pesquisas e criar terapias mais precisas para combater a diabetes
China investe em medicamentos inovadores e IA para acelerar pesquisas e criar terapias mais precisas para combater a diabetes. Imagem: Syda Productions/Shutterstock

Avanços da indústria farmacêutica chinesa

O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:

  • Novos alvos terapêuticos
  • Terapias celulares, como CAR-T
  • Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento

Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.

O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.

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Saúde

Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

Redação Informe 360

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A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.

A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos irregulares do mercado, reforçando o cuidado com produtos sem registro ou promessas não autorizadas.
A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos irregulares do mercado, reforçando o cuidado com produtos sem registro ou promessas não autorizadas. Imagem gerada por inteligência artificial-GPT

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa

A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:

  • Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
  • Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
  • Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
  • Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.

Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Foto: Saowanee K/Shutterstock

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas

No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.

Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Um dos suplementos estava à venda na Shopee, mas apresentava divergências visuais em relação ao original.
Um dos suplementos estava à venda na Shopee, mas apresentava divergências visuais em relação ao original. Imagem: AnaLysiSStudiO/Shutterstock

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida

A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.

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Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.

A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.

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Saúde

Longevidade vai além do DNA: o que Harvard diz sobre viver mais

Redação Informe 360

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A longevidade está menos ligada ao DNA do que às escolhas feitas ao longo da vida. É o que destaca a Harvard Health Publishing, segundo a qual a genética responde por cerca de 25% da expectativa de vida, enquanto o restante depende, em grande parte, de hábitos cotidianos que afetam a saúde física e emocional.

Entre esses comportamentos, um se destaca pela simplicidade e pelo impacto: a socialização regular. Um estudo citado pela instituição, realizado com cerca de 28 mil pessoas, aponta que manter interações sociais frequentes está diretamente associado a viver mais e melhor.

A pesquisa indica que encontros regulares, participação em atividades coletivas e vínculos sociais sólidos ajudam a proteger contra o declínio emocional e cognitivo ao longo do envelhecimento.

Estudo com 28 mil pessoas aponta a socialização regular como fator-chave da longevidade – Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock

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Socialização como fator-chave da longevidade

De acordo com a análise assinada por Lisa Catanese, quanto maior a frequência de interações sociais, maior a probabilidade de um envelhecimento saudável.

Em contrapartida, o isolamento prolongado está associado a níveis mais altos de estresse, sintomas depressivos e piora do bem-estar geral, fatores que afetam diretamente a saúde ao longo do tempo.

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Alimentação, sono e hidratação fazem diferença

  • A Harvard Health também reforça o papel de uma alimentação baseada em vegetais, associada à redução do risco de doenças crônicas.
  • Um estudo da JAMA Network Open citado pela instituição aponta uma queda de 23% na mortalidade entre mulheres que seguem o padrão da dieta mediterrânea.
  • O sono é outro pilar essencial. Adultos devem dormir entre sete e nove horas por noite para preservar a saúde cardiovascular, metabólica e cerebral.
  • Já a hidratação adequada foi associada, em um estudo com mais de 11 milhões de participantes, a menor incidência de doenças crônicas e maior longevidade.
De relações sociais ao otimismo, ciência aponta caminhos para envelhecer melhor – Imagem: Hyejin Kang/Shutterstock

Movimento, hábitos e atitude mental

A atividade física segue como um fator relevante. As diretrizes americanas recomendam 150 minutos semanais de exercício moderado ou 75 minutos de atividade vigorosa, além de fortalecimento muscular duas vezes por semana.

Caminhar, pedalar, nadar e até tarefas domésticas contribuem para a saúde muscular e cardiovascular.

Por fim, Harvard destaca outros três hábitos decisivos: não fumar, limitar o consumo de álcool e cultivar o otimismo. Estudos indicam que uma atitude positiva está associada a maior longevidade e melhor saúde emocional, reforçando que viver mais envolve tanto o corpo quanto a mente.

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Além de dieta e exercícios, interações frequentes protegem corpo e mente ao longo do envelhecimento – Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock

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