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Saúde

Embalagens soltam químicos em alimentos – e cientistas descobrem quanto

Redação Informe 360

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Pesquisadores descobriram quantos produtos químicos “se soltam” de embalagens e “grudam” em alimentos. A pesquisa, divulgada nesta semana, também traz como esses químicos podem afetar o corpo humano.

O artigo sobre a pesquisa, publicado no Journal of Exposure Science and Environmental Epidemiology, não examinou diretamente a ligação entre os produtos químicos em questão e doenças. Mas os pesquisadores afirmam que esse inventário de químicos pode ajudar futuras pesquisas sobre riscos à saúde.

Quantos produtos químicos alimentos absorvem de embalagens? Estudo revela

Os pesquisadores descobriram que, dos aproximadamente 14 mil produtos químicos conhecidos nas embalagens de alimentos, 3.601 (cerca de 25%) foram encontrados no corpo humano – seja em amostras de sangue, cabelo ou leite materno.

  • Esses químicos incluem metais, compostos orgânicos voláteis e substâncias perfluoroalquiladas (PFAS, também conhecidas como “químicos eternos“) – todos conhecidos por desregular o sistema endócrino e causar câncer ou outras doenças.
Marmitas grandes de isopor empilhadas
Especialistas recomendam não esquentar no micro-ondas alimentos em embalagens para viagem (Imagem: The Image Party/Shutterstock)

Existem produtos químicos conhecidos perigosos que estão associados a resultados adversos para a saúde humana. E esses químicos se desprendem das embalagens.

Jane Muncke, diretora científica do Food Packaging Forum e uma das autoras do artigo, em entrevista ao Washington Post

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Como o estudo foi feito: Primeiro, os cientistas fizeram um inventário de produtos químicos que estão nas embalagens de alimentos ou nos equipamentos de processamento deles. Depois, pesquisaram em bancos de dados globais evidências de que os produtos foram encontrados no corpo humano.

Embalagens de alimentos e produtos químicos

Mulher comendo em embalagem de papelão enquanto usa notebook
Pesquisadora envolvida no estudo diz que embalagens de papel e papelão reciclados soltam mais químicos em alimentos (Imagem: AnikonaAnn/Shutterstock)

Cientistas sabem há muitos anos que produtos químicos podem se desprender das embalagens e “grudar” nos alimentos. E a quantidade de químicos depende do tipo de embalagem e do tipo de alimento, além de condições externas. É assim:

  • Temperaturas altas podem fazer com que produtos químicos se desprendam mais rapidamente das embalagens (por isso, cientistas recomendam evitar aquecer no micro-ondas alimentos em embalagens para viagem);
  • Alimentos que são ricos em gordura ou acidez também tendem a absorver mais produtos químicos de suas embalagens;
  • O mesmo vale para alimentos que estão em recipientes menores (quanto mais apertada a embalagem, mais contato ela tem com o alimento dentro).

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Outro ponto importante: a maioria das embalagens de alimentos que “vazam” químicos são de plástico – mas não todas. “Provavelmente, o pior [tipo de embalagem, no requisito risco de ‘vazamento’ de químicos] é [de] papel e papelão reciclados. E eu sei que isso é difícil de aceitar”, disse Jane.

  • A reciclagem de papel, papelão ou plástico para embalagens leva à mistura de tintas não adequadas para alimentos aos alimentos – e isso aumenta os riscos químicos, segundo a pesquisadora.

Próximos passos: os pesquisadores envolvidos no estudo afirmam que é preciso pensar em testes melhores para embalagens de alimentos. Eles também defendem mais regulamentações sobre o que é considerado seguro para abrigar alimentos.

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Saúde

O que o tom de voz pode dizer sobre seu relacionamento?

Redação Informe 360

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Ninguém entra em um relacionamento pensando em terminar. Mas lá no fundo, principalmente nos mais recentes, sempre fica aquele questionamento: será que dessa vez vai? Quanto tempo vai durar? Fomos feitos realmente um para o outro?

Essas perguntas são extremamente difíceis de serem respondidas. Uma bola de cristal ajudaria muito – se elas realmente funcionassem. Nossa aposta aqui é na Ciência. E um estudo de 2015 pode nos ajudar com essa questão.

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Uma equipe interdisciplinar da Universidade do Sul da Califórnia treinou um algoritmo de computador que pode prever o sucesso conjugal de um casal. De acordo com os pesquisadores, a máquina teve uma impressionante taxa de acerto de 79%.

Os cientistas perceberam que a chave de relacionamentos duradouros é a comunicação. Não somente o conteúdo, mas a forma também. Ou seja, não basta analisar as palavras. Tão importante quanto elas são o tom de voz e a maneira que você fala.

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A comunicação é um dos fatores mais importantes na manutenção de um relacionamento saudável – Imagem: Syda Productions/Shutterstock

Como eles fizeram essa pesquisa

  • A equipe gravou centenas de conversas de mais de cem casais durante sessões de terapia.
  • Esses casais foram acompanhados ao longo de dois anos e, depois, os cientistas monitoraram o estado civil deles pelos próximos cinco anos.
  • O algoritmo dividia as gravações por características acústicas, usando técnicas de processamento de fala.
  • Isso incluía o tom, a intensidade, a “tremulação” e até mesmo o “brilho” na fala de cada pessoa.
  • Eles também analisaram o impacto de cada fala no companheiro – e a reação do outro em relação a ela.
  • Casais que adotavam um tom de voz mais agressivo ou quando os dois usavam um tom mais autoritário não duraram muito tempo.

“Psicólogos e pesquisadores sabem que a maneira como os parceiros falam e discutem problemas tem implicações importantes para a saúde de seus relacionamentos. No entanto, a falta de ferramentas eficientes e confiáveis ​​para medir os elementos importantes nessas conversas tem sido um grande impedimento em seu uso clínico generalizado. Essas descobertas representam um grande passo à frente para tornar a medição objetiva do comportamento prática e viável para terapeutas de casais”, disse Brian Baucom, um dos autores do estudo.

Casal usando celular
O algoritmo mostrou que o tom de voz do casal pode dar dicas sobre a longevidade de um relacionamento – Imagem: Marcos Mesa Sam Wordley/Shutterstock

O mercado e o tom de voz

Hoje, 9 anos depois, essa mesma técnica tem sido usada por algumas empresas dentro do Marketing e da Publicidade. A ideia é entender melhor os sentimentos dos consumidores e personalizar campanhas e estratégias, ao detectar padrões de voz que indicam frustração, satisfação ou confusão.

É a proposta de uma startup gringa chamada Cogito. A empresa usa um software de inteligência emocional em tempo real que incorpora IA e aprendizado de máquina para analisar chamadas de voz e ajudar os call centers a interagir melhor com seus clientes.

O algoritmo grava e analisa pontos das conversas, como a velocidade e as pausas durante o diálogo, mede a compaixão e a fadiga na voz do agente, além do tom de voz dos dois, além de identificar palavras-chave ditas pelos clientes.

No final de tudo, a Cogito sugere onde a empresa pode melhorar para cativar seu público-alvo.

Portanto, seja no mercado ou em nossa vida pessoal, o tom de voz e a maneira que falamos podem definir um relacionamento duradouro ou um novo cliente.

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As informações são do The News – Waffle.

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Saúde

Alerta! Mais de 30 milhões devem morrer pela resistência aos antibióticos

Redação Informe 360

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Um estudo global publicado no The Lancet alerta que, nos próximos 25 anos, mais de 39 milhões de pessoas podem morrer devido a infecções resistentes a antibióticos.

A pesquisa, conduzida pelo Projeto Global Research on Antimicrobial Resistance (GRAM), é a primeira análise global das tendências de resistência antimicrobiana (RAM) ao longo do tempo.

Entre 1990 e 2021, mais de um milhão de mortes anuais foram diretamente causadas por RAM. A pesquisa projeta que, até 2050, as mortes diretas anuais por RAM poderão subir para 1,91 milhão, representando um aumento de quase 70% em relação a 2022.

Além disso, o número de mortes associadas à RAM deverá aumentar de 4,71 milhões para 8,22 milhões por ano. As mortes por RAM entre crianças menores de cinco anos diminuíram pela metade desde 1990, mas as mortes entre pessoas com 70 anos ou mais aumentaram em mais de 80%.

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O estudo revela que a resistência antimicrobiana é um problema crescente, com mortes diretamente atribuídas a patógenos resistentes aumentando significativamente. A resistência a antibióticos críticos, como o MRSA e os carbapenêmicos, tem mostrado um crescimento alarmante.

Em 2021, o MRSA foi responsável por 130.000 mortes, mais do que o dobro de 1990. A resistência a carbapenêmicos também aumentou de 127.000 para 216.000 mortes no mesmo período.

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Cientista segurando frasco de laboratório e, ao fundo, desenhos de moléculas de vírus
Pesquisa global revela aumento significativo nas mortes por infecções resistentes (Imagem: Oxana A/Shutterstock)

Resistência a antibióticos pode vitimar milhões

  • O estudo prevê que, entre 2025 e 2050, a RAM causará mais de 39 milhões de mortes diretas e estará associada a 169 milhões de mortes mais amplas.
  • As mortes entre crianças menores de cinco anos devem continuar a diminuir, mas isso será superado pelo aumento nas mortes em faixas etárias mais avançadas, especialmente entre aqueles com 70 anos ou mais, com um aumento de 146% até 2050.
  • O Sul da Ásia, incluindo países como Índia e Paquistão, deverá enfrentar o maior número de mortes diretas por RAM, com 11,8 milhões previstas entre 2025 e 2050.
  • Outras regiões afetadas incluem o Sudeste Asiático, o Leste Asiático e a África Subsaariana.

O estudo também sugere que a melhoria no tratamento de infecções e o acesso a antibióticos pode prevenir 92 milhões de mortes entre 2025 e 2050. Além disso, o desenvolvimento de novos antibióticos direcionados a bactérias Gram-negativas poderia evitar 11,08 milhões de mortes globalmente no mesmo período.

Os pesquisadores destacam a necessidade urgente de novas estratégias para enfrentar a RAM, incluindo melhorias na vacinação, no uso de antibióticos e no desenvolvimento de novos medicamentos. Eles também ressaltam a importância de investir na coleta de dados e na infraestrutura de saúde para obter estimativas mais precisas e enfrentar o desafio crescente da RAM.

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Em resumo, a resistência antimicrobiana representa uma ameaça significativa para a saúde global, e sem ações eficazes, a situação pode se agravar, resultando em milhões de mortes adicionais nos próximos anos.

bactérias
Especialistas destacam necessidade urgente de intervenções para evitar catástrofe sanitária – Imagem: shutterstock/Lightspring

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Saúde

Como a IA pode nos ajudar caso ocorra uma nova pandemia

Redação Informe 360

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Nas próximas décadas, há uma chance de 25% de surgirem novos surtos de doenças em escala similar à da Covid-19, podendo ser gripe, coronavírus ou uma nova doença. Na possibilidade de uma nova pandemia surgir, um artigo da BBC analisa como a IA poderia ser útil.

Para enfrentar esse desafio, pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine (UCI) e da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) estão desenvolvendo um sistema de alerta precoce baseado em IA, financiado pelo programa Predictive Intelligence for Pandemic Prevention da National Science Foundation (NSF) dos EUA.

Este sistema analisará postagens em redes sociais para detectar sinais iniciais de pandemias, utilizando um banco de dados de 2,3 bilhões de tweets coletados desde 2015.

Como a IA poderia “prever” a próxima pandemia

  • O projeto liderado pelo Prof. Chen Li da UCI usa aprendizado de máquina para identificar e categorizar eventos significativos que possam indicar futuros surtos, além de avaliar a eficácia de políticas de saúde pública.
  • No entanto, a ferramenta enfrenta desafios, como a dependência do X (anteriormente Twitter), que não está acessível em alguns países e a escassez de dados internacionais.
  • Além disso, uma ferramenta desenvolvida pela Harvard Medical School e pela Universidade de Oxford, chamada EVEScape, está prevendo novas variantes do coronavírus e pode ser útil para fabricantes de vacinas e desenvolvedores de tratamentos.
Cientistas e pesquisadores já recorrem a IA buscando se preparar para uma possível pandemia – Imagem: Drazen Zigic / Shutterstock

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A AstraZeneca também usa IA para acelerar a descoberta de anticorpos, reduzindo o tempo de identificação de alvos de meses para dias.

A Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) veem a IA como uma ferramenta crucial para melhorar a preparação para pandemias, mas alertam que a IA ainda depende da qualidade das informações inseridas e não pode, por si só, prevenir ou desacelerar pandemias.

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É essencial ter confiança e colaboração entre os envolvidos para maximizar o potencial da IA e melhorar a resposta a futuras emergências de saúde.

covid
A IA pode ajudar na previsão de pandemias, mas não pode ser tratada como a única maneira de combater novos surtos (Imagem: Nhemz / Shutterstock.com)

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