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Os 10 bosses mais difíceis dos jogos da FromSoftware

Os jogos da FromSoftware são conhecidos por sua dificuldade desafiadora e ao longo dos anos e dos jogos que foram sendo lançados, surgiram também inúmeros chefões icônicos e extremamente desafiadores. Pensando nisso, apresentamos uma lista dos 10 bosses mais difíceis dos jogos dessa da FromSoftware, seja para você se preparar para cada um deles, ou relembrar suas batalhas.
10 bosses mais difíceis dos jogos da FromSoftware
- Demon of Hatred (Sekiro: Shadows Die Twice)
- Ornstein & Smough (Dark Souls)
- Isshin, the Sword Saint (Sekiro: Shadows Die Twice)
- Slave Knight Gael (Dark Souls III)
- Sister Friede (Dark Souls III)
- Fume Knight (Dark Souls II)
- Flamelurker (Demon’s Souls)
- The Nameless King (Dark Souls III)
- Gascoigne (Bloodborne)
Demon of Hatred (Sekiro: Shadows Die Twice)

O Demon of Hatred é um dos bosses mais temidos criados pela FromSoftware. Este gigante flamejante de Sekiro não só possui um conjunto de ataques devastadores, capazes de eliminar o jogador em um único golpe, como também apresenta uma velocidade surpreendente para seu tamanho. O combate é ainda mais complicado pelo fato de que o jogador deve derrotá-lo em três fases distintas, tornando a luta uma verdadeira prova de habilidade e paciência.
Ornstein & Smough (Dark Souls)

A luta contra Ornstein e Smough em Dark Souls é famosa por sua dificuldade. Este combate é único por envolver dois bosses simultaneamente, cada um com estilos de ataque distintos. Ornstein é rápido e ágil, enquanto Smough é lento, mas extremamente forte. A estratégia ideal é derrotar um deles primeiro, mas isso só faz com que o outro se torne ainda mais poderoso, criando uma dinâmica de combate que desafia até os jogadores mais experientes.
Isshin, the Sword Saint (Sekiro: Shadows Die Twice)

Isshin, the Sword Saint é o boss final de Sekiro e representa o ápice da dificuldade do jogo criado pela FromSoftware. Com uma variedade de ataques rápidos e letais, além de uma habilidade de parry que pode punir qualquer erro do jogador, essa luta exige não apenas reflexos rápidos, mas também um profundo entendimento das mecânicas de combate do jogo. A batalha é dividida em várias fases, cada uma mais desafiadora que a anterior, testando a determinação do jogador.
Leia também:
- O que são jogos Soulslike?
- 8 melhores jogos soulslike para PC fraco
- Os 10 melhores jogos da FromSoftware, segundo a crítica
Slave Knight Gael (Dark Souls III)

Slave Knight Gael é o chefe final da DLC The Ringed City em Dark Souls III. Sua luta é dividida em três fases, cada uma mais intensa que a anterior. Gael é extremamente agressivo, utilizando combos rápidos e ataques à distância que desafiam o jogador a se manter em movimento constante. A batalha se torna ainda mais complicada quando ele começa a usar habilidades que cobrem a arena com raios e ataques teleguiados, tornando a luta uma experiência memorável e frustrante.
Malenia, Blade of Miquella (Elden Ring)

Malenia, encontrada em Elphael, Brace of the Haligtree, é considerada o boss mais difícil de Elden Ring e possivelmente de todos os jogos da FromSoftware. Ela pode recuperar a saúde a cada ataque que acerta o jogador e seus invocados, exigindo um combate agressivo para mantê-la em desvantagem. Na segunda fase, ela se torna ainda mais agressiva e ganha a habilidade de infligir Scarlet Rot. A mística em volta de Malenia se tornou tão grande, que inúmeros desafios surgiram pela internet, além do próprio jogador “Let Me Solo Her”, que se tornou uma lenda em Elden Ring, por ser um jogador conhecido por auxiliar outros jogadores, derrotando Malenia sozinho sem recebe rum ataque sequer.
Sister Friede (Dark Souls III)

A batalha contra Sister Friede em Dark Souls III é uma das mais complexas da série. Ela possui três fases distintas, cada uma exigindo diferentes abordagens e estratégias. A primeira fase é relativamente tranquila, mas as duas seguintes aumentam significativamente a dificuldade, com Friede utilizando ataques rápidos e poderosos. A luta é uma verdadeira maratona que testa a resistência e a habilidade do jogador, não à toa sendo considerada uma das boss mais difíceis da FromSoftware.
Fume Knight (Dark Souls II)

O Fume Knight é um dos bosses mais desafiadores de Dark Souls II. Ele combina ataques físicos poderosos com magia negra, criando uma luta que exige tanto habilidade de esquiva quanto um bom controle de distância. Sua armadura pesada não impede que ele seja ágil, e sua capacidade de causar danos massivos torna essa batalha uma das mais memoráveis da série.
Flamelurker (Demon’s Souls)

O Flamelurker de Demon’s Souls é um dos primeiros grandes desafios que os jogadores enfrentam e um dos primeiros bosses marcante que a From Software desenvolveu. Este boss gigante de fogo é incrivelmente ágil e pode alternar entre ataques corpo a corpo e ataques de área, tornando a luta imprevisível. O Flamelurker é conhecido por sua capacidade de entrar em um estado frenético, aumentando a dificuldade da batalha.
The Nameless King (Dark Souls III)

The Nameless King é considerado um dos bosses mais icônicos e difíceis da série Dark Souls. Ele apresenta uma luta em duas fases, começando com um combate contra seu dragão, Stormdrake. Após derrotar o dragão, o jogador deve enfrentar o próprio Nameless King, que utiliza uma combinação de ataques rápidos e poderosos. A luta é uma verdadeira prova de habilidade e paciência, sendo lembrada por muitos como uma das mais difíceis da franquia.
Gascoigne (Bloodborne)

Father Gascoigne é um dos primeiros bosses que os jogadores encontram em Bloodborne, mas não se deixe enganar pela sua posição. Ele é rápido e possui uma variedade de ataques que podem facilmente eliminar um jogador despreparado.
A luta se torna ainda mais complicada quando ele se transforma em uma besta, aumentando sua agressividade e poder. Muitos jogadores lembram dessa luta como uma das mais desafiadoras do jogo, especialmente para aqueles que são novos no gênero.
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O que é rabdomiólise? Entenda por que a urina ficou preta depois de treinar

A cena é cada vez mais comum em consultórios, especialmente em tempos de academias cheias e após ondas de calor: a pessoa exagera na dose de exercícios e, pouco tempo depois, leva um susto ao olhar para o vaso sanitário. O que parece ser ”urina preta” é, na verdade, um marrom avermelhado muito escuro, cuja intensidade pode enganar os olhos dependendo da luz do ambiente.
Esse fenômeno se chama rabdomiólise e ocorre quando o entusiasmo supera o preparo físico, gerando um “curto-circuito” nos músculos que acaba sobrecarregando os rins. Antes de se desesperar, no entanto, é preciso entender exatamente por que o seu treino pesado foi parar na sua urina.
Rabdomiólise: qual a relação entre treinar pesado e fazer xixi mais escuro que o normal?
É fundamental esclarecer que a urina escura pode ser sinal de várias condições, desde uma desidratação severa até problemas no fígado (como hepatite) ou pedras nos rins. No entanto, quando esse sintoma surge horas ou dias após um esforço físico exagerado, acompanhado de dor muscular intensa, o diagnóstico provável aponta para a rabdomiólise.
A rabdomiólise é, em termos simples, a morte das fibras musculares. Quando você submete o músculo a um estresse muito superior ao que ele está condicionado a suportar, ocorre uma ruptura agressiva das células musculares (miócitos).
Ao se romperem, essas células liberam seu conteúdo interno diretamente na corrente sanguínea. O “vilão” dessa história é uma proteína chamada mioglobina. Em condições normais, a mioglobina fica guardada dentro do músculo, onde tem a nobre função de armazenar oxigênio e fornecer energia para a contração muscular. Porém, quando liberada no sangue em grandes quantidades devido à lesão muscular, ela se torna tóxica para o sistema renal.
O caminho do “líquido” até a urina

O sangue carrega essa “sopa” de restos celulares (que inclui potássio, cálcio e a mioglobina) até os rins, que funcionam como o filtro do nosso corpo. O problema é que a molécula de mioglobina é grande e pesada para os delicados túbulos renais.
Ao tentar filtrar esse excesso, os rins ficam sobrecarregados. A mioglobina pode obstruir os túbulos renais e causar uma toxicidade direta nas células do órgão. A cor escura da urina é, literalmente, a presença dessa mioglobina (pigmento avermelhado) que foi filtrada e excretada, sinalizando que seus rins estão lutando para limpar a sujeira deixada pelo treino excessivo.
Sintomas, perigos e tratamento da rabdomiólise
Além da cor característica da urina, o quadro clássico envolve outros sintomas físicos evidentes. A região muscular afetada costuma apresentar uma rigidez severa e o paciente muitas vezes mal consegue esticar os braços ou andar, dependendo do local da lesão. Há inchaço, sensibilidade ao toque e uma dor desproporcional àquela “dorzinha” clássica de pós-treino comum.
Se não tratada, a rabdomiólise é perigosa e pode evoluir para uma lesão renal aguda (falência dos rins). Em casos extremos, o desequilíbrio de eletrólitos, especificamente o aumento súbito de potássio no sangue, liberado pelos músculos rompidos, pode causar arritmias cardíacas e levar à morte.
Leia mais:
- Como e onde o sangue é produzido no nosso corpo?
- Por que músculos têm Espasmos?
- 5 dicas da ciência para cuidar da saúde aos 30 anos
O diagnóstico é feito via exame de sangue, medindo a enzima CPK (Creatinoquinase). Enquanto um nível normal de CPK gira em torno de 200 a 300 u/L, pacientes com rabdomiólise podem apresentar níveis de 20.000, 50.000 ou mais.
A boa notícia é que tem cura. O tratamento baseia-se em hidratação agressiva (geralmente soro na veia em ambiente hospitalar) para “lavar” os rins e diluir a mioglobina, além do controle dos níveis de potássio e repouso absoluto.
Atletas x sedentários: o perigo mora no exagero

Existe um mito de que isso só acontece com fisiculturistas ou ultramaratonistas. Na verdade, a literatura médica indica que qualquer pessoa pode desenvolver o quadro. O fator determinante não é o peso que se levanta, mas a intensidade relativa ao condicionamento da pessoa.
Um atleta olímpico pode ter rabdomiólise se for levado ao extremo, assim como um sedentário que decide fazer uma aula experimental de spinning ou cross training e tenta acompanhar o ritmo dos veteranos sem preparo prévio. Casos relatados na mídia mostram que a condição atinge jovens saudáveis que ignoraram os limites do próprio corpo na ânsia por resultados rápidos.
Como prevenir a rabdomiólise?
A prevenção da rabdomiólise passa longe de “não treinar”. O exercício é vital para a saúde. A prevenção envolve, primordialmente, respeitar a progressão de carga e intensidade.
Para evitar que o treino vire um caso médico, as recomendações são:
- Hidratação constante: a água ajuda os rins a filtrarem impurezas. Treinar desidratado aumenta drasticamente o risco de lesão renal.
- Não pule etapas: se você é sedentário, não tente levantar 50 kg no supino ou fazer 100 agachamentos no primeiro dia. O corpo precisa de adaptação.
- Escute a dor: se o exercício está gerando uma dor aguda ou exaustão extrema durante a execução, pare.
- Cuidado com o calor: treinar em dias muito quentes aumenta o estresse térmico e a desidratação, facilitando a ruptura muscular.
Sim! Se não tratada rapidamente, a condição pode evoluir para insuficiência renal aguda (falência dos rins) e causar desequilíbrios eletrolíticos graves (especialmente excesso de potássio), levando a arritmias cardíacas que podem ser fatais.
Sim. Além do esforço físico extremo, a rabdomiólise pode ser causada por traumas musculares (esmagamentos em acidentes), consumo excessivo de álcool, uso de drogas (como cocaína e anfetaminas), certos medicamentos (como estatinas), infecções graves ou insolação severa.
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Os 10 melhores jogos do Nintendo Switch 2 para você curtir nestas férias

Lançado no dia 5 de junho de 2025, o console Nintendo Switch 2 já conta com um catálogo de peso, reunindo jogos que se destacam não apenas pelo apelo comercial, mas também pela excelência técnica, narrativa e de jogabilidade. Com base nas notas atribuídas pela crítica internacional no site Metacritic, é possível traçar um panorama dos títulos mais bem avaliados disponíveis para o console.
A lista a seguir reúne os dez jogos que lideram esse ranking, trazendo informações essenciais como sinopse, data de lançamento para o Nintendo Switch 2, desenvolvedora e a respectiva pontuação obtida no agregador.
Leia mais:
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Top 10: melhores jogos do Nintendo Switch 2
Os games listados a seguir também foram lançados em 2025 e estão fazendo muito sucesso no console. Confira quais são os títulos que mais se destacaram este ano.
1. The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom

Aclamada continuação de “Breath of the Wild”, esta aventura leva Link a explorar não apenas Hyrule, mas também suas ilhas flutuantes nos céus e vastas áreas subterrâneas, oferecendo liberdade criativa e mecânicas inovadoras como construção e fusão de objetos. A versão para Switch 2 traz melhorias gráficas e desempenho refinado.
- Data de lançamento: 5 de junho de 2025
- Desenvolvedora: Nintendo EPD
- Nota no Metacritic: 95
- Preço: R$ 499,90
2. The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Este marco dos jogos de mundo aberto redefine o gênero ao colocar o jogador no controle de Link em uma vasta Hyrule repleta de desafios, enigmas e liberdade de exploração. A edição para Switch 2 eleva a experiência com melhorias técnicas e visuais.
- Data de lançamento: 5 de junho de 2025
- Desenvolvedora: Nintendo EPD
- Nota no Metacritic: 95
- Preço: R$ 439,90
3. Hades II

Continuação do premiado roguelike de ação, Hades II põe os jogadores na pele de Melinoë, filha de Hades, em uma jornada repleta de combate rápido, narrativa envolvente e sistemas de progressão que incentivam múltiplas replays.
- Data de lançamento: 25 de setembro de 2025
- Desenvolvedora: Supergiant Games
- Nota no Metacritic: 95
- Preço: R$ 82,42 até 06/01/2026
4. Hollow Knight: Silksong

Sequência aguardada do aclamado metroidvania, Silksong coloca Hornet em um novo reino repleto de criaturas perigosas e segredos a desvendar. A versão Switch 2 oferece apresentação e desempenho adequados ao novo hardware.
- Data de lançamento: 4 de setembro de 2025
- Desenvolvedora: Team Cherry
- Nota no Metacritic: 91
- Preço: R$ 47,99 até 05/01/2026
5. Donkey Kong Bananza

Uma reinvenção da franquia Donkey Kong em plataforma 3D, combinando ação e exploração com mecânicas de destruição e cooperação. O título destaca-se por seu design de fases e apelo tanto para fãs antigos quanto para novos jogadores.
- Data de lançamento: 17 de julho de 2025
- Desenvolvedora: Nintendo EPD
- Nota no Metacritic: 91
- Preço: R$ 439,90
6. Trails in the Sky 1st Chapter

Remake de um clássico RPG japonês, este título revitaliza o primeiro capítulo da saga The Legend of Heroes com gráficos 3D atualizados, combate por turnos e narrativa rica em personagens e eventos.
- Data de lançamento: 19 de setembro de 2025
- Desenvolvedora: Nihon Falcom
- Nota no Metacritic: 90
- Preço: R$ 228,67 até 08/01/2026
7. Split Fiction

Ação e aventura cooperativa que mistura mundos de ficção científica e fantasia. Jogadores exploram cenários criativos como escritores presos em suas próprias histórias, enfrentando desafios que exigem cooperação e estratégia.
- Data de lançamento: 5 de junho de 2025
- Desenvolvedora: Hazelight Studios
- Nota no Metacritic: 89
- Preço: R$ 249,00
8. Street Fighter 6
A mais recente entrada na icônica série de jogos de luta da Capcom. Com modos de jogo variados, um elenco diversificado de lutadores e sistemas de combate acessíveis e profundos, Street Fighter 6 mantém-se como um dos principais títulos competitivos.
- Data de lançamento: 5 de junho de 2025
- Desenvolvedora: Capcom
- Nota no Metacritic: 87
- Preço: R$ 95,50 até 02/01/2026
9. Atelier Ryza: Secret Trilogy Deluxe Pack

Coletânea que reúne os três títulos da série Atelier Ryza, com conteúdo adicional, novos personagens e melhorias visuais. O pacote oferece uma experiência extensa de JRPG com elementos de criação de itens e batalhas em turnos.
- Data de lançamento: 13 de novembro de 2025
- Desenvolvedora: Gust Co. Ltd.
- Nota no Metacritic: 87
- Preço: R$ 514,00
10. FINAL FANTASY TACTICS – The Ivalice Chronicles

Nova edição de um clássico do gênero tático, combinando elementos estratégicos e narrativa profunda. Esta versão inclui melhorias de interface, diálogos dublados e ajustes modernos que facilitam a experiência no Nintendo Switch 2.
- Data de lançamento: 30 de setembro de 2025
- Desenvolvedora: Square Enix
- Nota no Metacritic: 87
- Preço: R$ 199,60 até 05/01/2026
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Conheça a “vida estranha” que mora nas profundezas do Ártico

Cientistas descobriram espaço de grande concentração de vida marinha incomum a mais de dois quilômetros de profundidade no Oceano Ártico, no que se tornou o exemplo mais profundo já conhecido de um ambiente chamado infiltração fria de hidratos de gás, segundo um novo estudo publicado na revista Nature Communications.
No local, vivem vermes tubulares, caracóis, crustáceos e microrganismos que se alimentam de gases, como metano e petróleo bruto, que vazam do fundo do mar.

Onde o ecossistema foi encontrado
- O ecossistema foi encontrado a cerca de 3,5 quilômetros abaixo da superfície, no Mar da Groenlândia, durante a expedição Ocean Census Arctic Deep EXTREME24, realizada em 2024;
- Os pesquisadores utilizaram um veículo operado remotamente para explorar a região;
- De acordo com o estudo, o local recém-descoberto é mais de 1,5 km mais profundo do que qualquer outra infiltração fria de hidratos de gás já documentado;
- Os chamados vazamentos de hidrato de gás são áreas do leito marinho que liberam grandes quantidades de gases, como o metano;
- O novo sítio, batizado de montes de hidratos de gás Freya, revelou-se um conjunto de montes repletos de hidratos de gás, dos quais vazam petróleo bruto e metano, sustentando uma comunidade biológica densa em um ambiente onde não há luz solar.
A descoberta lança nova luz sobre esses ambientes, que desempenham um papel no clima e no ciclo do carbono e sustentam ecossistemas quimiossintéticos — organismos que se alimentam de substâncias químicas do fundo do mar em vez de energia solar. Giuliana Panieri, cientista-chefe da expedição e autora principal do estudo, relatou ter gritado de empolgação ao ver as primeiras imagens do local.
“Foi uma loucura porque vimos vários desses montes, que estão cheios de hidratos de gás, e todos os organismos vivendo ali”, disse Panieri, que também é professora da Universidade de Tromsø – A Universidade Ártica da Noruega e diretora do Instituto de Ciências Polares do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, em entrevista ao 404 Media.
“O que é fascinante quando temos esse tipo de expedição são os organismos que vivem lá embaixo”, acrescentou. “A uma profundidade de quase quatro mil metros, você tem esses oásis densos de organismos. Eu sei que há muitas espécies novas. Tenho que admitir, foi muito emocionante.”
Como a equipe chegou à região no Ártico
A equipe decidiu explorar a região após detecções anteriores de enormes plumas de bolhas gasosas subindo do fundo do mar. Uma dessas plumas media cerca de 3,2 quilômetros de altura, sendo a mais alta já registrada desse tipo nos oceanos. Embora os cientistas esperassem encontrar atividade geológica, a abundância de montes ricos em gás e o ecossistema associado surpreenderam os pesquisadores.
Além dos montes Freya, a expedição também explorou ecossistemas associados a fontes hidrotermais no fundo do mar próximo, no Estreito de Fram. As fontes hidrotermais se formam em fissuras do leito marinho, onde água quente rica em minerais irrompe no oceano e também são conhecidas por abrigar ecossistemas quimiossintéticos ricos.

Os resultados indicaram que os organismos que vivem nas infiltrações de hidratos de gás e nos sistemas de fontes hidrotermais são aparentados, sugerindo uma conectividade ecológica no Ártico que não é observada em outras regiões do oceano.
“O Estreito de Fram, no Ártico, é um lugar raro onde fontes hidrotermais profundas e infiltrações ocorrem próximos uns dos outros”, afirmou Jon Copley, coautor do estudo e professor de exploração oceânica e comunicação científica da Universidade de Southampton, em e-mail ao 404 Media.
“O Ártico profundo também é uma parte do mundo onde não há tantas espécies de águas profundas quanto em outras regiões, porque a vida marinha profunda ainda está se recuperando de quando uma espessa camada de gelo cobriu grande parte do oceano, há cerca de 20 mil anos”, continuou.
“Mas fontes hidrotermais e infiltrações frias são uma parte importante da biodiversidade de águas profundas hoje, porque a vida continuou nesses oásis quimiossintéticos sob o oceano coberto de gelo.”
Leia mais:
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Os hidratos de gás também armazenam enormes volumes de gases de efeito estufa, como o metano, que podem ser liberados caso a temperatura dos oceanos aumente, tornando esses ambientes um fator de incerteza para previsões climáticas.
Embora os montes Freya sejam profundos demais para serem afetados diretamente pelo aquecimento dos oceanos, a descoberta ajuda a preencher lacunas no mapeamento dessas áreas ricas em gás e petróleo no fundo do mar.
Esses locais também são considerados potenciais alvos para exploração de recursos, como perfuração offshore de petróleo e mineração em águas profundas. Um dos principais objetivos da expedição Ocean Census Arctic Deep é justamente explorar essas regiões remotas, documentar sua atividade ecológica e avaliar sua vulnerabilidade a futuras atividades industriais.
“Pesquisas já estabeleceram que fontes hidrotermais devem ser protegidas da mineração em águas profundas em qualquer lugar do mundo, por causa das colônias únicas de espécies que vivem ao seu redor”, disse Copley. “Nosso estudo indica que infiltrações frias profundas no Ártico precisarão de proteção semelhante, porque fazem parte da mesma teia de vida das fontes hidrotermais nessa região.”
Segundo ele, “sem dúvida, há mais infiltrações profundas de hidratos de metano, como os montes Freya no Ártico, já que outras plumas profundas de bolhas foram detectadas nas proximidades”.
O pesquisador acrescentou que a descoberta reforça a necessidade de cautela e proteção caso o governo da Noruega retome planos de mineração em águas profundas, atualmente suspensos pelo parlamento do país, mas passíveis de reversão no futuro.

Para Panieri e seus colegas, o achado reforça a importância de garantir mais financiamento e apoio à exploração do Ártico e à pesquisa oceânica de forma mais ampla. Além de revelar organismos novos e exóticos, essas expedições já inspiraram o desenvolvimento de novas biomoléculas usadas em medicamentos e outras aplicações.
“O fundo do mar e o oceano são quase desconhecidos”, disse Panieri. “Há muito a ser investigado. Acho que essa é a principal mensagem aqui: toda vez que temos a possibilidade de ver o fundo do mar, descobrimos algo novo.”
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