Saúde
Em nome da ciência, médico fica 8 anos sem tomar banho — e resultado surpreende

Normalmente, todos nós adoramos tomar um banho, seja para nos limparmos, seja para termos o prazer de nos renovarmos. Mas, o que aconteceria se uma pessoa permanecesse anos sem se banhar?
Foi essa pergunta que o médico especializado em medicina preventiva e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA) James Hamblin fez para si. Para respondê-la, ele resolveu parar de tomar banho em 2015.
Assim, ele queria entender quais são os efeitos da higiene mínima na saúde da pele e em seu bem-estar geral. Contudo, o professor manteve dois hábitos higiênicos que, para ele, são primordiais: lavar as mãos e escovar os dentes.

Como foi a experiência de ficar oito anos sem banho
- Em 2020, Hamblin cedeu entrevista à BBC, na qual contou que, aos poucos, o corpo se acostuma com a falta de banho, “a pessoa não cheira tão mal” e a pele fica menos oleosa;
- Mas Hamblin não parou de tomar banho de uma hora para outra; o processo foi gradativo. Começou diminuindo o sabonete, o xampu e, então, os banhos (ele tomava quase todos os dias);
- Quanto ao cheiro, ele pediu que seus colegas e amigos dessem sua opinião sincera sobre cheiros desagradáveis que ele estivesse exalando;
- Dessa forma, ele chegou à conclusão de que, em certo ponto, o corpo não produz mais o cheiro ruim que estamos acostumados;
- “Na maior parte de nossa história, tínhamos cheiros que faziam parte de como nos comunicamos com outras pessoas”, afirmou à BBC.
Muitas pessoas usam xampu para remover a oleosidade do cabelo e, em seguida, aplicam um condicionador para adicionar óleos sintéticos. Se você puder quebrar esse ciclo, seu cabelo vai ficar com a aparência de quando você começou a usar esses produtos.
James Hamblin, médico especializado em medicina preventiva e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA), em entrevista à BBC
Hamblin também aponta que, com o tempo, o cheiro que o corpo produz é um odor próprio, mas não necessariamente ruim.
Houve momentos em que queria tomar banho porque sentia falta, cheirava mal e parecia que minha pele estava muito oleosa. Mas isso começou a acontecer cada vez menos.
James Hamblin, médico especializado em medicina preventiva e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA), em entrevista à BBC
Mas engana-se quem pensa que o professor abdicou totalmente da higiene que o banho traz. Ele ainda se enxágua com água quando necessário ou quando quer, especialmente quando seu cabelo está sujo. Segundo ele, “você pode esfoliar ou remover os óleos simplesmente esfregando com as mãos e penteando o cabelo ocasionalmente”.
Hamblin pontou ainda que “os micróbios em nossa pele são tão importantes para sua aparência e saúde quanto a microbiota intestinal é para o sistema digestivo”.
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Todavia, o professor disse que, mesmo sendo adepto de uma rotina sem banho, ele não afirma que sua técnica é certa ou errada, apenas que, para ele, isso funcionou.
Mas, para aquelas pessoas que tiveram problemas de pele ou que apenas gostariam de tentar, aconselharia a tomar menos banhos. Comece devagar e continue até onde se sentir bem. Você pode começar com banhos mais curtos, menos frequentes, mais frios, com menos sabão.
James Hamblin, médico especializado em medicina preventiva e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale (EUA), em entrevista à BBC
Sobre nossa pele, ele rememorou que a saúde dela – que é nosso maior órgão – depende de nosso estilo de vida – como e o que comemos, como dormimos, estresses pelos quais passamos, etc.

E os microrganismos?
Hamblin também queria compreender como interagimos com os microrganismos que entram em contato conosco em nosso dia-a-dia. À BBC, o professor rememorou que “os micróbios em nossa pele são tão importantes para sua aparência e saúde quanto a microbiota intestinal é para o sistema digestivo”.
Além disso, segundo ele, ao lavarmos nossa pele, mudamos as populações microbianas, mas ainda não sabemos se isso é bom ou não.
É sabido que ter microrganismos em nossa pele é importante, pois ajuda o sistema imunológico ao servir como uma primeira barreira contra agentes que queiram nos atacar. Estudos recentes mostram que apenas a minoria dos microrganismos são associados a doenças.
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Saúde
Dieta vegana pode prevenir diabetes, sugere estudo

Os alimentos que você consome impactam diretamente na sua saúde. Isso não é uma novidade, mas novos estudos vêm descobrindo novas informações importantes sobre a relação entre a dieta e o combate a algumas doenças.
Este é o caso de um novo trabalho publicado na revista Frontiers in Nutrition. Nele, pesquisadores do Comitê de Médicos para Medicina Responsável identificaram que os alimentos presentes na dieta vegana podem auxiliar na prevenção do diabetes.

Consumo de alimentos veganos diminui a carga ácida do corpo
- De acordo com a equipe responsável pela pesquisa, o veganismo é capaz de diminuir significativamente a carga ácida do corpo em comparação com a dieta mediterrânea.
- Os pesquisadores explicam que este efeito é causado pela ingestão de produtos como carne, ovos e laticínios.
- Isso pode causar uma inflamação crônica que interrompe o metabolismo e pode levar ao aumento do peso corporal.
- No entanto, ao substituir alimentos de origem animal por produtos à base de plantas, como frutas e legumes, é possível promover o emagrecimento e criar um microbioma intestinal saudável.
- Ao mesmo tempo, a adoção desta dieta pode reduzir as chances de desenvolvimento de diabetes, uma vez que a carga ácida é um fator de risco para a doença.
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Dieta vegana também pode auxiliar na perda de peso
No novo estudo, os cientistas analisaram 62 pacientes adultos com sobrepeso. Eles foram divididos em dois grupos. O primeiro adotou uma dieta mediterrânea, enquanto o segundo consumiu apenas alimentos veganos com baixo teor de gordura.
O tempo total de experimento foi de 36 semanas. Ao final deste período, os pesquisadores calcularam a carga ácida de cada participante. Este trabalho é feito a partir da análise da Carga Ácida Renal Potencial (PRAL) e da Produção Líquida de Ácido Endógeno (NEAP). Uma pontuação maior nestes indicadores sugere uma carga ácida dietética mais alta.

A equipe observou que as duas pontuações diminuíram significativamente na dieta vegana, mas não apresentaram mudanças significativa na dieta mediterrânea. A redução da carga ácida ainda promoveu uma perda de peso média de quase seis quilos nos participantes que adotaram o veganismo.
Os principais alimentos utilizados na dieta vegana analisada foram vegetais (principalmente folhas verdes, brócolis, beterraba, aspargos, alho, cenoura e repolho), frutas (como maçãs, cerejas, damascos ou melão), leguminosas (por exemplo, lentilhas, grão de bico, ervilha, feijão ou soja) e grãos (quinoa ou painço).
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Saúde
Colgate descontinua linha de creme dental com reações adversas

Nesta sexta-feira (27), a Colgate-Palmolive Brasil informou que descontinuará o creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint após interdição cautelar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por relatos de efeitos adversos.
Em nota, a companhia comunicou que o produto — barrado desde o fim de março — não possui problemas de qualidade, mesmo com a decisão de descontinuidade. “A decisão é incentivada pela investigação conduzida em atenção aos consumidores brasileiros e à Anvisa, tendo por objeto os níveis de aromatizante do produto“, explicou.

Por que o creme dental da Colgate foi interditado pela Anvisa?
À época da suspensão do creme dental, a Anvisa disse, em resolução, que uma das possibilidades para as reações adversas era a presença de fluoreto de estanho na fórmula. Entre tais reações, estão:
- Lesões bucais;
- Sensações dolorosas;
- Sensação de queimação/ardência;
- Inflamação gengival;
- Edema labial;
- Inchaço em tecido amigdaliano, labial e mucoso da cavidade oral;
- Queimação;
- Anestesia labial e da região interna da boca;
- Secura da mucosa;
- Áreas de rubor.
Em comunicado, a Colgate-Palmolive pede que, caso os consumidores percebam “qualquer tipo de desconforto, irritação ou alteração incomum ao utilizar o produto, suspenda o uso imediatamente e entre em contato com o seu dentista” e avise-a pelos seguintes canais de atendimento:
- Site: https://www.colgatepalmolive.com.br/contact-us#
- WhatsApp: +55 11 972768642
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Relembre o caso
Em 27 de março, a Anvisa impôs medida cautelar contra o Colgate Clean Mint em todo o país após relatos que indicam efeitos colaterais após a utilização do produto. A agência compilou oito ocorrências, sendo 13 episódios de manifestações nocivas acerca da higiene bucal.
O produto em questão é reinvenção de um dos cremes dentais mais difundidos da marca, o Colgate Total 12. A fabricante implementou modificações na composição e rotulagem do produto em julho de 2024, usando o fluoreto de estanho no lugar do fluoreto de sódio.
O Procon-SP também acionou a Colgate, demandando esclarecimentos sobre as medidas que estavam sendo tomadas diante dos relatos de reações adversas associadas ao uso do produto.
No mesmo dia, a Colgate obteve vitória em recurso para retomar a venda do creme dental. Contudo, admitiu, no dia seguinte, que afirmou que algumas pessoas podem apresentar “sensibilidade a certos ingredientes” do produto (como fluoreto de estanho, corantes ou sabores, que estão presentes na Clean Mint), mas que ele não oferece riscos à saúde.
Ainda no dia 28, a Anvisa emitiu alerta sobre possíveis reações adversas associadas ao uso de cremes dentais que contenham fluoreto de estanho, composto reconhecido por suas propriedades anticáries e antimicrobianas, mas que pode provocar irritações em alguns casos.
A agência reforçou a importância de que consumidores reportem qualquer efeito indesejado por meio do sistema e-Notivisa, contribuindo para investigações e ações de vigilância.

Segundo a Anvisa, consumidores devem ficar atentos a sinais de irritação e, caso notem qualquer desconforto, interromper o uso do produto. Se os sintomas persistirem, é aconselhável buscar orientação de profissional de saúde.
Já os profissionais devem acompanhar possíveis alterações na saúde bucal dos pacientes, alertá-los sobre os riscos e indicar alternativas para pessoas com sensibilidade.
Os fabricantes precisam assegurar que a rotulagem de seus produtos contenha informações claras sobre as possíveis reações adversas, além de orientações precisas sobre o uso adequado do creme dental.
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Saúde
Vacina do Butantan contra dengue pode estar disponível em 2026

A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan ainda está em fase de análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a aprovação pode ocorrer em breve.
A expectativa do governo federal é que, com a conclusão do processo regulatório, a dose esteja disponível para uso em um programa nacional de imunização já no início de 2026, como informa a Agência Brasil.
“O processo está em avaliação. A Anvisa tem feito questionamentos técnicos, e o Butantan vem respondendo todos os dados necessários”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta terça-feira (25), durante entrevista a rádios no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Casos e óbitos caíram, mas SP vem sofrendo com a dengue
- A dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
- Em 2025, segundo Padilha, houve queda de mais de 70% nos casos e de 80% nos óbitos em comparação com 2024.
- Contudo, o estado de São Paulo concentrou a maioria das ocorrências e mortes em 2025.
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Precauções para o segundo semestre
O ministro destacou que os meses de junho e julho marcam o fim do período de maior transmissão. A partir de agosto, o foco será intensificar ações preventivas e informativas nos municípios, preparando o país para o novo ciclo de transmissão que começa em janeiro.
“Vamos trabalhar muito fortemente em agosto e setembro, já no segundo semestre, para os municípios e governos estaduais começarem ações de prevenção, controle e informação à população”, afirmou o ministro.
“Queremos que até o fim de 2025 a vacina esteja registrada, com base na parceria entre Anvisa e Butantan. Estamos trabalhando firmemente para isso”, concluiu Padilha.

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