Saúde
A explicação para a longevidade pode estar no sangue

Eu já perdi as contas de quantos textos escrevi sobre longevidade. É um dos temas mais caros para a humanidade, aliás. Os filósofos gregos Platão e Aristóteles, por exemplo, já discutiam e escreviam sobre o processo de envelhecimento há mais de 2.300 anos.
A literatura e a ficção estão repletas de histórias e figuras ligadas à vida eterna. No mundo real, a Medicina e a Ciência prolongam cada vez mais as vidas das pessoas.
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Dados de 2021 da ONU e do Fórum Econômico Mundial mostram que o planeta já tinha, naquela data, mais de 500 mil idosos com mais de 100 anos de idade. Não há números oficiais sobre 2024. A projeção, porém, é que os centenários superem a casa de 1 milhão de pessoas até o fim da década!
O que muita gente se indaga é como os centenários conseguem. Fatores genéticos? Fazer exercícios regularmente? Comer saudável? Ter um bom plano de saúde?
É claro que todos esses fatores são relevantes na conta. Mas será que não existe algo mais específico, aprofundado sobre o tema?
Um estudo realizado na Suécia pode ajudar a resolver essa questão.
O sangue e a longevidade
- Trata-se da maior pesquisa feita até hoje comparando exames de sangue de pessoas que viveram mais de 100 anos e de pessoas que viveram menos.
- Ao todo, os cientistas se debruçaram sobre os dados de 44 mil pacientes por 35 anos.
- Eles tinham idades entre 64 e 99 anos, ou seja, alguns deles morreram e outros passaram dos 100.
- Dos 44 mil suecos, 1.224 romperam a barreira centenária.
- E aqui vem o primeiro dado interessante: a grande maioria (85%) eram mulheres.
- Os pesquisadores também perceberam que os idosos que alcançaram essas marcas tinham algumas características em comum entre os seus biomarcadores sanguíneos.
- As pessoas com baixos níveis de ferro e de colesterol total tiveram uma probabilidade menor de atingir os 100 anos em comparação com aquelas com níveis mais elevados.
- Ao mesmo tempo, pessoas com níveis mais elevados de glicose, creatinina, ácido úrico e marcadores de função hepática também diminuíram a chance de se tornarem centenárias.
- O ácido úrico é um resíduo no corpo causado pela digestão de certos alimentos – e ele está relacionado à inflamação.
- Já a creatinina está ligada à função renal.

O que isso quer dizer?
Em termos absolutos, as diferenças foram bem pequenas para alguns dos biomarcadores. Mesmo assim, elas sugerem uma ligação potencial entre saúde metabólica, nutrição e longevidade excepcional.
O estudo, no entanto, não permite quaisquer conclusões sobre quais fatores de estilo de vida ou genes são responsáveis para ter esses índices satisfatórios.
Resumindo, não é muito diferente do que o médico já fala para você durante uma consulta, ou quando ele pede para você fazer um checkup.
A boa alimentação tem um papel determinante na manutenção de bons números desses biomarcadores. A ingestão excessiva de álcool, por sua vez, pode desregular os índices. Assim como o uso de outras drogas.
No mais, é sempre bom acompanhar os valores ligados aos rins e ao fígado, bem como da glicose e do ácido úrico à medida que envelhece.
A chave da longevidade pode realmente estar no sangue. Mas quem vai conseguir ler para você é o médico.
As informações são do Science Alert.
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Saúde
Consumo de álcool pode causar demência, revela estudo brasileiro

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que nenhum nível de consumo de álcool é inofensivo. A bebida alcoólica pode causar doenças no fígado, problemas gastrointestinais, doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer.
Agora, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) aponta que ela também pode ter relação com danos causados ao cérebro. E um destes efeitos potencializa a ocorrência de demência.
Menor proporção de massa cerebral e prejuízos cognitivos
- No total, foram analisadas 1.781 pessoas com mais de 50 anos no momento da morte.
- Todos os pacientes foram submetidos a autópsias para procurar sinais de danos cerebrais.
- Os pesquisadores ainda verificaram o peso cerebral e a altura de cada indivíduo.
- A conclusão foi que aqueles que consumiram grandes índices de álcool durante a vida apresentaram um risco 41% maior de apresentar emaranhados tau, um biomarcador associado à doença de Alzheimer.
- Eles também tinham uma proporção menor de massa cerebral e prejuízos nas habilidades cognitivas.
- As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Neurology.

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Efeitos do consumo de álcool no cérebro
Segundo os pesquisadores, a pesquisa associou o consumo moderado e pesado de álcool, definido como oito ou mais drinques por semana, à arterioloesclerose hialina e aos emaranhados neurofibrilares tau. Isso ocorreu mesmo em pacientes que já haviam parado de beber no momento da morte.
A equipe explica que a arteriosclerose hialina é uma condição de endurecimento dos vasos sanguíneos que dificulta o suprimento cerebral, pode danificar o cérebro e está ligada ao desenvolvimento de demência vascular. Já os emaranhados neurofibrilares são estruturas proteicas características da doença de Alzheimer.

Estas conclusões, no entanto, não significam uma certeza de que o álcool é o causador desses problemas. Para isso, são necessários maiores estudos. De qualquer forma, os cientistas envolvidos no trabalho afirmam que a associação entre álcool e danos cerebrais é bastante robusta, podendo ser importante no desenvolvimento de medidas contra a demência. As informações são do Jornal da USP.
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Saúde
Certos cheiros ajudam na recuperação da depressão e ansiedade; saiba quais

Um estudo conduzido pela Universidade de Pittsburgh (EUA) e publicado na JAMA Network Open revelou que odores familiares são mais eficazes que palavras para ajudar indivíduos com depressão a acessar memórias autobiográficas específicas.
A descoberta pode ter implicações significativas no tratamento da doença, oferecendo uma forma simples e acessível de combater ciclos de pensamentos negativos.

Descobertas do estudo relacionando odores com depressão e ansiedade
- A pesquisa, liderada pela neurocientista Kymberly Young, utilizou frascos opacos com aromas intensos para estimular memórias em pacientes deprimidos;
- 12 desses aromas foram identificados como os mais eficazes: Vick Vaporub, café, extrato de baunilha, sabonete de lavanda, óleo de coco, cominho em pó, bulbos de cravo, vinho tinto, cera para sapatos, extrato de baunilha, ketchup e óleo essencial de laranja;
- Ao comparar a eficácia desses estímulos com sugestões verbais, os pesquisadores constataram que os cheiros evocavam lembranças mais vívidas, detalhadas e emocionalmente positivas.
- Os participantes eram mais propensos a se lembrar de eventos específicos, como uma visita recente a uma cafeteria, em vez de memórias genéricas;
- Segundo Young, isso ocorre porque o olfato está diretamente conectado à amígdala — estrutura cerebral ligada à emoção, foco e memória — através do bulbo olfatório;
- Indivíduos deprimidos costumam ter dificuldade em acessar memórias detalhadas, e essa limitação afeta habilidades, como regulação emocional e resolução de problemas.
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Novas pesquisas relacionadas devem ocorrer
O estudo abre caminho para a aplicação de pistas olfativas em contextos clínicos, como terapia ou intervenções em casa. Young já planeja novas pesquisas com exames cerebrais para aprofundar a compreensão do impacto dos aromas na atividade da amígdala em pessoas deprimidas.
“Melhorar a recuperação de memórias pode trazer benefícios diretos para aspectos fundamentais da vida de quem enfrenta a depressão”, afirma a pesquisadora.

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Saúde
Um detalhe nos olhos pode indicar esquizofrenia, diz estudo

As conclusões descritas em um novo estudo podem acelerar e facilitar o diagnóstico da esquizofrenia. Segundo a equipe responsável pelo trabalho, a retina pode servir como um indicador precoce da condição.
No total, os pesquisadores analisaram 34.939 indivíduos caucasianos, britânicos e irlandeses a partir de um banco de dados. As descobertas foram divulgadas em um estudo publicado na revista Nature Mental Health.
Análise da retina pode servir para detectar a condição
Durante o trabalho, os cientistas identificaram que retinas mais finas podem ter uma ligação com a suscetibilidade genética à esquizofrenia. Isso significa que a retina pode servir não apenas como uma ‘janela’ para o cérebro, mas também como um espelho que reflete as complexidades genéticas desta condição.

No entanto, saber se a atrofia da retina é resultado de outros fatores, como tabagismo e um estilo de vida pouco saudável, ou se é uma consequência direta da esquizofrenia permanece sendo um mistério para a ciência.
Os próprios pesquisadores admitem que são necessárias maiores análises para estabelecer a especificidade e a sensibilidade do afinamento da retina como um indicador confiável dos principais processos degenerativos do distúrbio. Se isso se confirmar, haverá uma verdadeira revolução no diagnóstico da esquizofrenia.
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Diagnóstico ainda é um problema
- A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade, alucinações, delírios e piora da cognição.
- A condição afeta cerca de 1,6 milhão de pessoas apenas no Brasil.
- Uma das maiores dificuldades da ciência ainda é entender quais são as causas deste transtorno.
- Algumas pesquisas sugerem uma combinação de fatores hereditários, com alterações moleculares e funcionais no cérebro podem desencadear o problema.
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